Echo & The Bunnymen 
Segunda, dia 11 de Outubro de 2010
no Credicard Hall em São Paulo/SP

  Depois de dois anos de sua última apresentação no país, os ingleses do Echo & The Bunnymen voltam ao Brasil para uma apresentação para lá de especial, pois todo o CD Ocean Rain foi tocado na íntegra. Afirmo que essa banda não é uma das bandas que faço questão de ouvir e conheço-os apenas por causa das músicas que tocavam no rádio, mas no show pude conferir que essas músicas que são as mais apreciadas pelos fãs. Chegando ao Credicard Hall para pegar as credenciais de fotógrafo e repórter, víamos o movimento na casa de shows com um público chegando em massa de carro pagando R$25,00 pelo estacionamento ali no Credicard Hall mesmo. E olha: com dois estacionamentos e mais de 500 lugares para se estacionar, o Credicard Hall ganha uma boa grana por noite de espetáculo.

    Notava-se claramente que o público era formado em sua maioria por pessoas da classe média e classe média alta, não tanto pelo carro, mas pelas roupas e pelo quanto gastavam na choperia e lanchonete do Credicard Hall. Andando pelo hall de entrada aguardando a espera do começo do show, acabei esbarrando com o baterista da banda Subtera, Didi, que estava com sua namorada, afinal ela ganhou dois ingressos para o show. O Subtera é uma banda que mistura vários estilos de Metal Extremo, mas nem por isso o músico deixaria de apreciar outros estilos, ainda mais num show onde não se pagou para entrar, coisa que eu penso ser interessante e legal, mas outros não pensam assim e fazem sempre questão de pagar para ir num show, mesmo se o som estiver péssimo e não poder ver a banda no palco, nem esticando o pescoço, pois o importante é estar lá vendo a banda. Bom, são opiniões diferentes!

 

    Chegou a hora dos fotógrafos andarem em fila indiana para frente do palco ( entre o palco e grade de proteção que separava o público dos artistas ) para tirar as fotos nas primeiras três músicas como é sempre de costume em todos os shows que acontecem por aqui. Eu fui atrás, já que a fila para pista estava grande e seguindo alguém da produção era mais fácil de me acomodar. Andando pela pistas para dar uma geral no público me deparei com o jornalista André Forastieri que na semana em que o Ronnie James Dio faleceu, postou em seu blog um texto polêmico criticando algumas coisas no Dio, mas também enfatizando que foi um grande vocalista. Brinquei com ele logo que o vi dizendo que havia quinhentos fãs do Dio esperando ele lá fora depois do show e ele não se importou muito com isso. Bom, vamos ao show.   

    O show estava marcado para começas as 21:30 horas, mas atrasou cerca de 25 minutos e um pouco antes das 22:00 horas a banda já estava animando o pessoal na platéia. Essa animação se dá apenas com gritos claro e a casa não estava lotada, apenas cheia, com fácil movimentação pela pista e quem queria ver da frente do palco mas na lateral, conseguia chegar tranquilamente. Dias mais tarde, no mesmo local, teria o show do The Cranberries e aí sim o Credicard Hall estaria lotadíssimo.

    A animação da banda e da platéia era parecida, pois nem músicos e nem platéia eram de se movimentar muito ao som das músicas. Para mim, apreciador de Rock pesado e Heavy Metal, é comum ver os músicos se movimentando pelo palco de um canto a outro e achei muito estranho o vocalista, guitarristas e baixista, que não saíram do lugar praticamente o show todo. O máximo que agitavam era tocando mais forte com o braço para dar os acordes ou fazendo uma careta, ou mesmo levando os braços ao alto. Ian McCulloch ( voz ), Wil Sergeant ( guitarra ), Gordy Goudie ( guitarra ), Stephen Brannan ( baixo ), Jez Wing ( teclado ) e Nick Kilroe ( bateria ) eram seguidos por uma mini-orquestra, que a princípio pensei apenas enfeitar o palco, mas reparei que de fato a sonoridade vinda dos instrumentos dessa orquestra eram deles mesmo e não do tecladista.

    A falta de interação da banda com o público é conhecida pelos fãs, mas o público parecia não interagir com a banda também e nem entre si, cada um ficava no seu canto. O máximo de agitação que vi ali foram duas garotas que se movimentavam muito com os ombros e mãos pendulando para o lado, mas se a agitação delas incomodou os demais que estavam ali perto delas, no fundo da pista, não sei. O máximo que se via nas pessoas eram um pendulo causado pela cabeça e o tronco do corpo ou os calcanhares se levantando do chão em movimentos alternados.

    Essa apresentação toda durou cerca de 45 minutos apresentando todo o CD Ocean Rain e a ordem das músicas foi “Silver", “Nocturnal Me", “Crystal Days", “The Yo Yo Man", “Thorn Of Crowns", “The Killing Moon", “Seven Seas", “My Kingdom” e “Ocean Rain”. Sem sombra de dúvidas, na dobradinha “The Killing Moon” e “Seven Seas”, foi o momento em que o público mais agitou e de fato ali parecia ser a hora do show. Essas duas músicas são conhecidas de qualquer um que ouve ou ouvia rádios de Rock Pop e felizmente o som estava bom no Credicard Hall, que é conhecido por uma acústica não muito boa. Ao final da última música o vocalista agradece a platéia em português, coisa que ele fez algumas vezes no show, e disse que voltariam em 15 minutos. De fato o “breaktime” deu para que o povo fosse comprar bebida, ir ao banheiro e conversar um pouco. Acabei revendo um ex-colega de escola que não via há mais de 20 anos e seus amigos comentaram que no show do Rush foi a mesma coisa, mas o show do trio de prog-rock canadense durou cerca de 3 horas ( confira cobertura ). Até um deles comentou que para alguém que veio ouvindo no carro AC/DC e ouvir agora o Echo, era um diferença grande. Fim do intervalo e a banda retorna ao palco sem a orquestra.

    O show recomeça com “Going Up”. Do álbum mais recente intitulado The Fountain, lançado no ano passado, a banda tocou apenas uma música: Think I Need it Too. Logo a seguir vieram músicas como “Rescue”, “Villiers Terrace”, “Bring On The Dancing Horses”, que por sinal também agitou a platéia, afinal é uma das músicas mais famosas deles. “Disease”, “All That Jazz” e “The Cutter” foram as últimas músicas apresentadas antes de saírem do palco para o bis.

    O sexteto volta em seguida com um medley ( que teve “Nothing Lasts Forever”"Walk On The Wild Side",  "In The Midnight Hour" e "Don't Let Me Down" ) e encerram com a conhecidíssima “Lips Like Sugar”, que fez a platéia gritar e aplaudir. E lá por volta das 23:15 as luzes acendem e a banda sai do palco, deixando na memória dos ali presentes um bom show, com boa iluminação e sem nenhum tipo de problema ocorrido.

Por Hamilton Tadeu
Fotos: Gil Joker
Agradecimentos à Carolina Lopes T4F www.t4f.com.br 

 

Set List do Echo & The Bunnymen

1 - Silver
2 - Nocturme Me
3 - Crystal Days
4 - The Yo Yo Man
5 - Thorn Of Crowns
6 - The Killing Moon
7 - Seven Seas
8 - My Kingdom
9 - Ocean Rain

 Encore:
10 - Going Up
11 - Show Of Strength
12 - Rescue
13 - Villiers Terrace
14 - Bring On The Dancing Horses
15 - Think I Need It Too
16 - Disease
17 - All That Jazz
18 - All My Colours
19 - Back Of Love
20 - The Cutter
21 - Zimbo

Encore 2:
23 - Nothing Lasts Forever/ Walk On The Wild Side / In The Midnight Hour / Don't Let Me Down
24 - Lips Like Sugar 

 

 Galeria de Fotos do Echo & The Bunnymen

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