Glenn Hughes
Sábado, dia 11 de dezembro de 2010
no Carioca Club em São Paulo/SP

    Mais uma vez o Voice Of Rock finaliza um ano de muito Rock na capital paulista, no ano passado Glenn Hughes fez um show magnífico ( leia resenha ), e o show deste ano foi para os metalheads uma ótima festa de fim de ano, se essa festa continuar será sempre uma abençoada comemoração do Natal e de fim de ano, um dos maiores talentos de vocal de Rock de todos os tempos, Glenn com seus 57 anos, alia poder de voz especialmente nos agudos, feeling, junto com muita experiência; e essa experiência o faz uma lenda viva que teve seu auge no Deep Purple, junto com grandes nomes do Heavy Rock como Richie Blackmore, David Coverdale, Tommy Bolin e outros.

    No show de 2009, prevaleceram músicas do Deep Purple, dos álbuns Burn, Stormbringer e Come Taste The Band, desta vez ele diversificou mais o set, colocando várias do Trapeze e de sua carreira solo, além claro, das do Deep Purple. Juntamente com o guitarrista Soren Andersen, o tecladista Anders Olinder e o baterista Pontus Engborg, Glenn Hughes iniciou o show com Muscle and Blood a voz de Glenn é realmente brilhante, cativante, chegou cantando com seus gritos agudos perfeitamente no tom, sem contar a grande moral de frontman que ele tem, já chegou empolgando e impondo muita moral.

    E já na primeira musica que saiu magistral, infelizmente teve alguns inconvenientes, pois não fizeram a devida regulação dos 'amps' e soaram algumas microfonias, mas nada que abalasse o Voice Of Rock. Glenn Hughes empolgado com sua própria força, apresentou outra em que ele mostrou mais uma vez um talento enorme na voz tocando a Touch My Life do Trapeze, e logo em seguida Orion, depois a Sail Away do Deep Purple, com uma excelente intro do guitarrista Soren Andersen.

    Em seguida eles tocaram a bela música do Trapeze Medusa ( e regravada no atual projeto de Glenn, o Black Country Communion ), uma composição totalmente original, perfeita, chega-se a conclusão que se o Trapeze não tivesse terminado na época, com certeza poderia ser uma super banda de Heavy Rock dos anos 70, o impressionante é que na época Glenn Hughes tinha apenas 18 aninhos. E o show seguiu com muito agito com You Kill Me, depois Can’t Stop The Flood que contou com a ajuda da galera que cantou em coro, e logo em seguida a melhor de todo o set, com uma intro virtuose do guitarrista Soren Andersen, podendo-se dizer até que foi seu solo individual, e não tem jeito, essa música quanto mais o guitarrista interpretador se aproximar de Ritchie Blackmore, mais essa música toma vida, foi o momento da Mistreated, e Glenn Hughes cantou com o apoio da galera que também cantou em coro, mais uma vez ele brilhava com o timbre de seus gritos agudos, por toda a extensão da música.

 

    Nessa música ele fazia melodia em seus gritos e mesmo que cada um deles distanciados pelo refrão e as passagens da música, a junção de todos eles criava uma grande e bela melodia; e nessa Glenn saiu triunfante, todos estavam emocionados, na minha opinião posso dizer com segurança, me perdoe David Coverdale, mas Glenn Hughes é melhor, e digo mais ele é capaz de cantar a Child In Time do Deep Purple que o Ian Gillan não canta há muito tempo. Devo salientar que a banda acompanhante foi excelente, Soren Andersen mostra talento quando tem de ser fiel aos timbres dos 70’s, e prosseguiram com Don’t Let Me Bleed em que Glenn Hughes acertava em cheio quando queria atingir qualquer extensão de seus agudos, sem contar o ritmo contagiante junto com o peso, nesta música ele mostrou bem o estilo Soul que uma das maiores influências dele.

    E rolou mais Trapeze com Keepin’ Time e Steppin On e o agito continuou, porém, tem aquele ditado, tudo que é bom dura pouco, depois de presenciarmos o show que estava perfeito, começaram a aparecer problemas no som. Apos as duas últimas músicas, a seguinte foi nada menos que Stormbringer, um dos maiores clássicos do Deep Purple, cantada por todo o Carioca Club, e apareceram umas microfonias desagradáveis e no fim Glenn Hughes diversificando estilos, tocou a Soul Mover, não posso deixar de citar que alem do grande vocalista que Glenn é, ele também é um excelente baixista, isso é claro desde a época do Deep Purple, o baixo dele jamais fica escondido na música, nesta musica por motivos que não diziam respeito a banda o som estava deteriorado, e Glenn aproveitou para sair do palco para depois entrar para o bis.

    Antes de Glenn Hughes entrar foi uma confusão, pois dois roadies, um carinha e uma gordinha pareciam cegos em tiroteios para acertar o som, e quando Glenn retornou para o bis não tinha som no seu contra baixo, ele apontou para os roadies tipo “cadê o som ôôhh!!!??”, depois de alguns acertos e ele falando “I’m sorry this is not my staff” ( me desculpem,  essa não é a minha equipe ) ele pode voltar e rapidamente tocou a Addiction e o grande clássico Burn que finalizou o show, foi agito e empolgação mas o som ainda estava prejudicado, deu até a impressão de que eles queriam terminar rápido o show depois desses imprevistos, para a nossa sorte esses problemas foram só no fim e não macularam o show de Glenn.

   Em 2009 o show me surpreendeu, esse de 2010, mesmo com os contratempos Glenn Hughes comandou o show com muita moral e carisma, e deu até a impressão que o seu vocal melhorou, é um puro exemplo de vida, vitalidade, venceu vários momentos ruins em sua vida como o seu vício em heroína, e é um grande exemplo para seguirmos, seguirmos o modo de vida Heavy Metal, esse estilo que tem uma nobreza imensa, não é um entretenimento, é uma filosofia de vida.

Por André Torres
Fotos: Fernando R. R. Júnior
Agradecimentos a Milton Arthur da Advance Work Or
der ( http://www.awo-mkt.com/ )
Janeiro/2011


Set List:
1 Intro

2 Muscle And Blood
3 Touch My Life
4 Orion
5 Sail Away
6 Medusa
7 You Kill Me
8 Can't Stop The Flood
9 Mistread
9 Crave
10 Don't Let Me Bleed
11 Keepin' Time
12 Steppin' On
13 Stormbringer
14 Soul Mover

Bis:
15 Addiction
16 Burn

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