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Após serem bastante aplaudidos pelos fãs, o show começou com Behold The Wicked Child ( aliás, a instrumental que fez a introdução e esta são do último trabalho de estúdio ) com seus riffs rápidos e melódicos garantem a energia necessária para a recepção calorosa e frenética dos fãs que aguardaram a banda por todos esses anos. Martin bangeava muito, ia de um lado para o outro e pedia mais clamor dos fãs, e conseguiu facilmente, pois todos batiam palmas com vontade e cantavam com ele. O Iced Earth quis compensar por não ter vindo no Brasil nenhuma vez e realizou um set list com músicas de toda a sua carreira, e a terceira da noite foi a melodiosa Burning Times do Something Wicked This Way Comes ( álbum de 1998 ) seguida de Declaration Day ( presente em The Glorious Burden de 2004 ) que serviram para aumentar a empolgação dos fãs que cantaram sentindo a vibração feita pelo vocalista Matthew Barlow ( originalmente essa musica foi gravada com Tim Ripper, mas a interpretação de Matthew foi excelente, e agradou o público ) e foi muito interessante ver Jon Schaffer, Troy Seele e Freddie Vidale se unindo no centro do palco para realizarem os solos desta música ( e eles repetiram isso por diversas vezes no show ). Neste inicio de show o som estava um pouco alto demais, mas, ainda bem que o problema foi rapidamente sanado pelos engenheiros de som, e então, o som ficou com boa qualidade até o final da apresentação.
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A seguinte foi a matadora Violate do The Dark Saga ( 1996 ) recebida entusiasticamente nas palmas pelos fãs que cantavam o refrão com firmeza juntos com ex-policial Matthew, que começara o show com uma jaqueta de couro, mas com o forte calor que fazia, sentiu-se 'obrigado' a tirá-la. Depois tocam a épica e pesada Pure Evil do Day Of Purgatory ( 1997 ) que transforma-se em um Heavy Metal de primeira cheio de solos de guitarras que são ainda melhores ao vivo, aliás, tenho que registrar dois grandes destaques: os gritos agudos de Matthew e os 'oooooo.....ooooo' da plateia durante os viajantes solos de guitarras de Jon e Troy, realmente muito marcante. E conforme o prometido o Iced Earth tocou músicas de toda sua carreira, e assim, partimos para ao ano de 2001, e então Matthew Barlow anunciou que a próxima é do disco Horror Show ( um dos mais conhecidos por aqui ); e assim tivemos Dracula com suas cativantes linhas melodiosas iniciais que nos deixam ainda mais contentes e quando chega a parte acelerada, tivemos o poder das guitarras ( e olha, Jon Schaffer solou com uma destemida bravura que nos honrou ainda mais ).
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Então saem do palco, são aclamados pelos fãs e ao retornarem são recebidos com parte do refrão de Watching Over Me. Nem é preciso dizer que isso emocionou os norte-americanos, que até ameaçaram tocar essa música, mas talvez ela não estivesse tão bem ensaiada para ser executada para um público tão ávido e exigente como o brasileiro, então eles executaram a pesada e cadenciada The Dark Saga, título do álbum de 1996 que conta a história do ( anti ) herói dos quadrinhos Spawn, e esta música manteve a empolgação da plateia que acompanhou os poderosos vocais de Matthew Barlow. Sem tréguas eles já emendam mais uma desse disco com a épica A Question Of Heaven, dotada de muita melodia, solos longos de guitarras e muitos agudos de Matthew, aliás nesta o vocalista usou e abusou de seus fortes agudos, os fãs por sua vez, acompanharam alguns riffs de guitarras vibrando bastante e registraram sua participação com vários coros de "ooooo...ooooo...oooo". Encerrando este momento admirável, tivemos direito ainda a rápida My Own Savior ( do Something Wicked This Way Comes, 1998 ) que enfatiza um dos maiores pilares do Heavy Metal : os solos de guitarra.
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E o vocalista lembrou-se da cantora pop americana Beyoncé que estava no Morumbi realizando seu show naquele momento e a saudou com um grande "Fuck You!!!" e completou dizendo: "Aqui estão os melhores fãs do mundo". E infelizmente já estávamos no final do show, e assim é tocada Iced Earth, um rápido e excelente Heavy Metal do primeiro álbum da banda com Jon Schaffer solando com extrema precisão sua guitarra. Em seguida reúnem no centro do palco notadamente felizes, exibindo muitos sorrisos, se abraçam e despedem-se dos fãs que os aclamam com os gritos de "Iced...Iced..." e vão um a um embora após um grande show com quase duas horas de duração. Valeu Iced Earth.
Os únicos pontos que poderiam ter elevado este show à uma categoria ainda maior seriam: a presença de um visual de palco inspirado nas elaboradas capas dos cd´s da banda e a falta de um merchandising oficial da turnê, mas com os cancelamentos dos outros países sul-americanos, talvez eles não tivessem imaginado que o potencial do público brasileiro seria tão forte para encher a casa e ser tão emocionante. Mas ainda assim, sem estes detalhes, eles já cravaram sua marca no Via Funchal como um dos shows que serão lembrados dentre os melhores do ano, pois fomos embora com um sentimento de vitória em nossos corações e totalmente satisfeitos. E agora já sabendo do nosso poder, que o Iced Earth cumpra a promessa do seu líder e retorne brevemente trazendo seu Heavy Metal aos palcos brasileiros.
Por Fernando R. R. Júnior
Fotos Stephan Solon - Via Funchal www.viafunchal.com.br
Agradecimentos à Miriam Martinzes - Via Funchal www.viafunchal.com.br
Fevereiro/2010
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