Manowar - Death The Infidels
Abertura: Kings Of Steel
Sexta, dia 07 de maio de 2010
no Credicard Hall em São Paulo/SP

 

    O show do Manowar, foi um dos melhores do ano, apesar do percentual de criticas de quem esteve no Credicard Hall ser quase que total por causa da ausência de grandes clássicos; claro que clássicos são importantes e o Manowar pisou um pouco na bola sim, porque depois de doze anos depois da ultima passagem deles aqui no Brasil, os fãs que estavam no Credicard Hall mereciam alguns deles. 

    E por que foi um dos melhores shows do ano? Por causa das espadas, por causa do som da batalha, esse sim estava impecável, o Manowar tocou num imenso brilho, puro Heavy Metal, eles trabalharam muito bem com o som, a exemplo disso, colocaram um conjunto de amplificadores nas laterais da platéia em que foram colocados os canais da bateria e do contrabaixo que melhorou incrivelmente o som da banda, realçando a cozinha da banda; nem mesmo o Megadeth fez isso aqui.

    Os metalheds tem de ter a humildade de entender que Heavy Metal, não é um show da Adriana Calcanhoto, não tem violãozinho e uma bandinha acompanhando, é uma administração de uma energia elétrica imensa de decibéis, num show de Heavy Metal é muito importante, muita técnica, ou seja, som muito alto e perfeito, na distorção, na equalização, esse inúmeros efeitos que nos hipnotizam, o timbre da guitarra a principal arma do Heavy Metal, a bateria, o contrabaixo, voz, teclado, tudo deve estar muito perfeito, os músicos de metal se orgulham demais disso ( Iron Maiden, Metallica, Megadeth e por aí vai ), o som deve ser alucinante, os músicos devem serem ases, e músicas que não são clássicos devem se tornar, e acho que isso foi o que o Manowar não somente tentou como conseguiu; engenharia de som perfeita, os músicos tocaram com uma habilidade sem precedentes o timbre estava perfeito.

    Uma banda abriu o show do Manowar, a Kings of Steel, infelizmente o show deles começou muito cedo, e acabamos não podendo acompanhar, embora conversando com outros colegas presentes, eles apresentaram covers do mestre Dio ( Rainbow In The Dark ), do Accept  e uma música própria, e pelos relatos, a banda que fazia cover do Manowar se saiu bem na abertura para seus ídolos.

    Quando o Manowar entrou no palco ( sem Scott Columbus, no lugar dele foi escalado para a bateria Donnie Hamzik ), o puro Heavy Metal comeu solto com a Hands of Doom, Call to Arms e Die With Honour, e o Karl Logan mandou muito bem na guitarra fez solos com muita precisão e muita categoria, nas primeiras a banda arrebentou. 

    Logo após tocaram a Swords In The Wind, a melhor do show, nesta o grande destaque foi Eric Adams, essa música é como uma balada, e Eric cantou com uma potência que impressionou não pouco, mas demais, cantava e mantinha o grito ecoando com uma afinação de voz nos trilhos, ninguém nesse ano ganhou dele como vocalista no fim do ano passado tivemos Glenn Hughes  ( veja resenha ) que foi um outro maioral.

     Em seguida Karl Logan fez o seu solo individual, muito bom, como em 1998 no Monsters of Rock daqui ( que saudades!!! ), Karl impressiona mais quando sola dentro das musicas, o solo dele foi bom. Logo depois o puro Heavy Metal voltou com Let The God Deicide e não somente nesse momento, mas até o fim do show o público cantou em coro quase todas as músicas, na Let The God Deicide Karl Logan mais uma vez detonou, o cara se encontra melhor nas seis cordas quando esta dentro das músicas do Manowar, o que o torna uma das marcas registradas da banda. 

    Depois, Joey DeMaio pediu para um sortudo ir no palco, e depois o Manowar agraciou a galera masculina com três strippers, começaram a tocar a Die For Metal e as minas tiraram os peitos 'pra fora' e ai foi um desfrute. Nós ficamos apreciando aqueles peitões, tinha uma que tinha um peitão muito bom, outra tinha um peito não tão grande, mas não me importei, antes um peito pequeno do que aquela nojeira artificial do silicone, só que quem aproveitou mesmo foi os músicos em que as minas esfregavam os peitos neles. 

 

 

    Voltando ao mundo da música e o som pesado e límpido que é necessário como citei no inicio da resenha, eles tocaram a Sons Of Odin e Sleipnir, nessa a banda mostrou a precisão cirúrgica orquestrada que fazem no show, talvez até mudaram o repertório para mostrar que não precisam dos maiores clássicos para fazer um bom show, e foi incrível, e o pessoal tem de ter olhos e ouvidos para isso também, após esta o Joey DeMaio fez o seu solo individual. 

    O Joey faz um solo totalmente atípico para o contrabaixo, ao invés de aproveitar os graves que é a característica deste instrumento, ele abusa nos efeitos com microfonias e distorção, transformando seu baixo em guitarra, ele é muito bom, tem bom senso em escolher as notas o tipo de corda e isso impressiona.

    Depois o Manowar tocou "God Or Man", "Loki God Of Fire" e a "Thunder In The Sky", mais uma vez a banda mostra plena forma e maestria e nessa trinca eles encerraram o show antes do bis, foi um showzão, tocaram de forma soberba o que tinham em mãos, mesmo sem clássicos.

 

    Depois no bis eles voltaram com Warriors Of The World e o pessoal estava gostando, tanto é que auxiliou na voz a melodia desta música e ainda cantaram o refrão, em seguida House Of Death e finalizaram com Kings Of The Kings, rápida, muito boa, foi aí que senti que no bis eles poderiam colocar um pouco a mais, talvez neste momento um medley curto de dois clássicos salvaria o pessoal da frustração; o que acontece?. Cansaço da banda, pacote econômico ( pagam pouco tocam pouco ), como meu camarada Fernando Junior fala, enfim, no fim faltou um pouco, mas não maculou. Eric Adams disse que retornariam, como nós esperamos isso. Depois eles fizeram uma coreografia que adorei, quase militar, Eric pegou o baixo de DeMaio e a guitarra de Karl, eles desfilaram como numa ordem unida, andaram no palco em formação, muito legal, chamaram mais dois sortudos no palco para encerrar, estouraram as acordas e aí acabou mesmo.

    Pode-se dizer que no fim deixou no ar uma falta de complemento, mas dizer que o show foi uma droga, isso foi injustiça, um dos maiores exemplos disso esta na Swords In The Wind, em que Eric Adams mostrou um incrível talento na voz e antes do bis à execução do set foi impecável, se o pessoal cantou em conjunto com a banda por quase todo o show e vibraram que eu vi, é injusto dizer que foi uma droga. Não foi não, e o Manowar prezou o que esta se tornando uma coisa difícil em até em bandas grandes, chegar, passar o som, deixar ele perfeito para cada tipo de arena, isso ficou claro no Credicard Hall. Esse show que apesar da falta de clássicos, foi magnífico como o que disse acima, seja uma etapa de um bem próximo que possa agradar mais a maioria. 

Texto: André Torres e colaboração de Fernando R. R. Júnior
Fotos: Marcelo Rossi - Time For Fun e Fernando R. R. Júnior
Agradecimentos à Ricardo Zonta - Time For Fun
Maio/2010

Setlist:
Hand Of Doom
Call To Arms
Die With Honor
Swords In The Wind
(Karl Logan Solo)
Let The Gods Decide
Die For Metal
The Sons Of Odin
Sleipnir
(Joey De Maio Solo)
God Or Man
Loki God Of Fire
Thunder In The Sky

Bis
Warriors Of The World (United)
House Of Death
King Of Kings

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