Vinnie Moore - Workshow
Domingo, dia 30 de maio de 2010 no Blackmore Rock Bar em São Paulo

    Vinnie Moore, atualmente integrante da banda U.F.O. se apresentou com eles dias antes na casa de show Carioca Club ( leia resenha ), também em São Paulo e nesse dia teria um breve workshow no Blackmore, respondendo a perguntas do público e tocando sozinho algumas de suas músicas de álbuns como "Mind´s Eye", "The Maze", "Time Odissey" e "Meltdown". Ele não estava com uma banda de apoio e sim trazia consigo um playback para que ele solasse ou fizesse a base que lhe fosse de agrado.

    Grande parte do público assistiu a tudo sentado em cadeiras em frente a mesas, desfrutando de alguma bebida ou comida do bar ou simplesmente curtindo sem nada consumir. Outros mais ficaram em pé o tempo todo analisando o show e até... conversando. Pois é, não sei porque sempre tem uma dupla que resolve conversar, ainda por cima sendo um deles alguém que trabalhava no show. Que papo longo viu. Eram os dois lá atrás e o Vinnie na frente, mas uma hora a língua cansa e dá sede e o show fica melhor.

    Vinnie cumprimentou a todos meio tímido e com luzes em seu rosto que não dava para enxergar quem ficou no andar de cima e alguns rostos ali na frente, mas mandou bem na sua guitarra, especialmente na hora de tocar uma das músicas do álbum Mind´s Eye.

    Vinnie tocou umas 4 músicas da época do Meltdown e The Maze e abriu para perguntas e praticamente todas elas interessantes. O problema foi que a tímida tradutora ficou no canto e alguém logo de cara pediu que ela levasse o microfone para a platéia e ela deve ter dito algo como: “Não! Pode deixar, estou ouvindo o que dizem...” quando na verdade a pessoa queria que todo o bar ouvisse a pergunta. Imaginava-se que ela iria falar ao microfone o que a pessoa perguntou, mas não, tínhamos que deduzir a pergunta pela resposta do Vinnie. Apenas duas ou três vezes ela falou ao microfone o que perguntaram, sendo que uma ou duas pessoas pegaram o microfone para perguntar.

    As perguntas foram as esperadas, que consistia em como ele começou a tocar, técnicas que ele tem, modo de tocar e até se ele lembrava de músicas que ele fez, que os fãs gostam muito, mas Vinnie disse que algumas ele não se lembra mais se for para tocar ela toda, apenas alguns riffs e demonstrou esses riffs ao público ali presente. Vinnie disse que sua mãe o colocou para tocar guitarra e ele fazia escala, o que era mais legal para ela do que tocar clássicos do Led Zeppelin, Hendrix e os gigantes dos anos 60 e 70.

    Seu professor achou que ele levaria jeito e lá foi ele aprendendo aos 13 anos de idade, chegando aos 15 anos de idade sabendo o que faria e o que queria. Vinnie fez comentários sobre Deep Purple, Hendrix e Ritchie Blackmore olhando algumas vezes para o quadro deste último que está no Bar ao alcance de todos. Logo no começo, ele cumprimentou um fã de apenas 10 anos de idade que subiu ao palco e no meio do show retornou ao palco e Vinnie brincou com o garoto apresentando-o uma garota que estava ali no canto do palco, e rapidamente o menino pulou fora acenando com a mão que não queria nada de conhecer meninas, fazendo o público sorrir.

  Vinnie manda mais algumas músicas incluindo o mais recente álbum, To The Core, que estava sendo vendido ali no local, e que por sinal vendeu bem. Alguém da platéia perguntou se ele tinha interesse em fazer uma turnê com o G3 e porque ele ainda não fez, Vinnie respondeu que tocou em dois shows com eles e não o chamaram mais, mas se a pessoa da platéia ligasse para o líder do G3, Joe Satriani, pedindo que ele tocasse com eles, poderia ser que o Joe aceitasse. Vinnie tem um bom humor e a platéia correspondia a suas brincadeiras e simpatia.

    Em um dado momento, alguém lhe mostrou um songbook para que ele pudesse tirar músicas dali ou simplesmente olhar com mais clareza o que lhe perguntavam especificamente, e logo de cara ele abre em suas fotos do final dos anos 80 onde ele passava muito spray no cabelo e explicou como fazia isso. Ah, um detalhe sobre seu bom humor, foi que no começo do show ele pediu uma palheta para alguém, pois ele deu a palheta para o garoto de 10 anos e lhe deram uma palheta rosa e Vinnie espantado e fazendo caretas disse: “Oh, mas logo rosa?! Ok, vou tocar mesmo assim”.

    O resenhista aqui também foi a frente do palco fazer uma pergunta, mas antes gritei lá do fundo para a tradutora repetir a pergunta. Ela pediu desculpas pela falta dela e repetiu. Quis saber de Vinnie como foi tocar com Aquiles Priester, baterista do Hangar que o acompanhou numa turnê recente pela Europa. Vinnie disse que foi bom, elogiando Aquiles dizendo que ele é um baterista que toca bem ‘Heavy’. Ao sair da beirada do palco alguém sentado próximo dali me perguntou sobre quem eu falava - e respondi que era o Aquiles, mas esse problema da platéia não entender parte da coisa era muito ruim e chegava a dar nos nervos ainda mais para quem gravava essa conversa.

    Vinnie terminou o show tocando um clássico do Mind´s Eye e logo atendeu o público, tirando fotos com todos que queria, autografando e até conversando brevemente. Até mostrou para a platéia antes do show terminar uma revista em quadrinhos que ele ganhou, com o King Diamond na capa, dizendo com uma careta: “Olhem... o diabo ( the devil )!” . Como um workshow no começo da noite de domingo, antecipando o começo da semana, foi algo bem interessante, pois às 20:00 horas o show havia começado e muitos já estavam retornando para seus lares para descasar e no dia seguinte dar sequência a labuta diária.

 

    Se o workshow foi curto ou se ele mais falou do que tocou, o bom é que a coisa andou e agradou a praticamente todos que esperavam ouvir algumas de suas melhores músicas e conhecer mais do artista. Fico aqui imaginando como seria a emoção de assistir um show desse cara ou simplesmente um ensaio. Vida longa ao Vinnie e as suas composições.

Por Hamilton Tadeu
Fotos: Gil Joker
Junho/2010

 

Galeria de Fotos do Workshow de Vinnie Moore

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