Metal Attack com Beehler e Hirax
Sexta, dia 17 de junho de 2011 no Carioca Club em São Paulo/SP

     Mais um show onde a galera Heavy e Thrash ia estar reunida com visual típico dos anos 80 e de fato foi assim, claro que com outros com o visual mais moderno lógico. O Hirax era uma das bandas mais esperadas por aqui. O público chegou cedo, na hora marcada o show começou, pois a casa de shows tinha programação normal depois das 23:00 horas, coisa que os “metaleiros” fogem, afinal era pagode e afins, mas tudo bem, ninguém de um estilo se misturou com o de outro, não teve confusão e o show rolou direitinho, ou quase direitinho pois na hora do Beehler o som ficou alto demais e saturado. Ouvia-se bem a bateria de Dan Beehler e a sua potente voz. Mas antes vamos a apresentação do Hirax que abriu a noite.

Hirax

    O quarteto norte-americano ( sim, estavam como um quarteto sem um guitarrista ) mandou seu Thrash Metal com uma qualidade de som não muito apropriada, mas também não muito estranha. A formação da banda tinha apenas como membro original o vocalista pra lá de carismático Katon De Pena acompanhado pelo baixinho Lance Harrison ( guitarra ), Steve Harrison ( baixo ) e Jorge Iacobellis ( bateria ), que foi o único que não desceu na pista para tirar fotos com os fãs depois do show do Hirax, pois parecia ter um problema nos pés, a não ser que ele andasse assim sempre, com uma espécie de deficiência, não sei ao certo. Mas ele andava devagar, descia as escadas lentamente e mancava muito.

     A banda focou o show no últmo lançamento deles, o álbum El Rostro De La Muerte, lançado em 2009, mas é claro não poderiam deixar os ávidos pela fase antiga e os clássicos da banda como as músicas “Broken Neck”, “El Diablo Negro”, “Walk With Death”, “Hate Fear And Power” e “Baptized By Fire” só para dizer algumas. Katon é uma figuraça e vivia fazendo caretas, se movimentando bem e fazendo poses que certamente foram bem aproveitadas pelos fotógrafos profissionais e pelos fãs que ali estavam.

    Claro que não podia deixar de faltar, levantar a banda brasileira e Katon foi um cara preocupado em se comunicar com os fãs pois depois do show tentava conversar com um deles que estava na grade. Aliás, o lugar não estava tão cheio e com tantos fanáticos para não se conseguir chegar até o local, tanto é que fiquei na grade quase em frente ao guitarrista que estava ao lado do palco e voltava pra trás no salão para ouvir o som de outros locais e avaliar melhor a pegada da banda. Muito deles me lembrou o Overkill dos anos 80 e alguns riffs me lembraram o Slayer da época do Show No Mercy e Reing In Blood. Boa performance da banda e depois uma pausa de meia hora pra que Dan Beehler e companhia arrumassem seus instrumentos.

 

     Enquanto rolava o som ambiente, notei o pequeno Lance Harrison passando perto de mim e pensei se era ele mesmo devido a sua vasta cabeleira e sim, era ele com cerca de 1,50 de altura, e olha que isso no palco não ficou tão evidente pois o braço da guitarra não pareceu grande demais para ele ao contrário do braço do baixo da baixista da The Iron Maidens, que tocaria no dia seguinte e que você pode ler a resenha aqui.

 

    O próximo do Hirax que desceu para perto do público foi o baixista Steve Harrison quase logo depois de Lance. Depois de uns 15 minutos, finalmente Katon estava entre o público e foi logo cercado por vários fãs que não cansaram de tirar fotos com eles. Um ponto positivo para relação da banda com o público.

 

Beehler

 

    Era hora do Beehler e muitos haviam comentado que o Beehler toca mais clássicos do Exciter do que o próprio Exciter... e não é que é verdade, pois abriu o show logo com a música Violence & Force! e logo nos primeiros acordes o público foi se aproximado do palco e vibrando com essa surpresa logo de cara. Sorrisos se abriam, olhares brilhavam e Dan Beehler, já na faixa dos 50 anos, ainda parecia ser o mesmo de 25 anos atrás, tocando com uma garra, força e precisão enormes, ainda mais cantando, claro. A banda era composta pelos músicos Scott Walsh e Sean Brophy nas guitarras e Brian Stephenson no baixo, que toca guitarra e também faz os vocais na banda Aggressor, ex-Annihlator. Brian substituiu o ótimo baixista Allan Johnson e deixou nada a desejar ficando a altura de seu antecessor.

     O povo queria clássicos do Exciter, então Behhler mandou mais Exciter e vieram petardos como “Iron Dog”, “Scream In The Night”, “The Holocaust”, “Stand Up And Fight” ( agitada praticamente por todos ), “Heavy Metal Maniac”, “War Is Hell”, “Evil Sinner”, “World War III”, “I Am The Beast” e “Beyond The Gates Of Doom” para se dizer algumas. Ah, foram mais de 15 sons que só não foram melhores apreciados pois o técnico de som da banda, não conseguiu deixar tudo redondinho.

    A banda também tocou algumas músicas que estarão no novo álbum que pretendem lançar ainda esse ano e uma delas, aprovada pelos fãs se chama Messages Of Death. Ainda tivemos o solo de baixo do baixista/guitarrista que misturou em sua apresentação trechos do famoso solo de Cliff Burton ( Anesthesia ) Pulling Teeth do álbum Kill´em All do Metallica. Para animar ainda mais o público, eles encerram o show tocando com muito punch e agressividade uma versão de Iron Fist do Motörhead, terminando assim um bom show.

    Dan Beehler claro que falou que era muito bom voltar ao Brasil depois de tantos anos, mas será que ele lembra mesmo que tocou aqui ou era mais pra fazer uma graça com o público e esperar os famigerados gritos de alegria da plateia? Seja como for, ele e sua banda foram simpáticos com o público e deram atenção para alguns que conseguiram ir até os camarins conhecer os músicos ou que esperavam por eles lá fora. Não digo que esse show foi inesquecível, mas com certeza foi memorável, pois alegrou a todos que estavam ali e simpatia das bandas foi de algo incomum de ser visto.

Por Hamilton Tadeu
Fotos: Luciano Piantonni

Agosto/2011

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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