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Uma equipe entrosada "tocando a bola" direitinho
Gary Wright entregou a "posse de bola" para Richard Page, que saudou os presentes e nos lembrou que tínhamos um lendário baterista no Credicard Hall, e aqui encaixo um parêntese nesta matéria: como Ringo fica discreto em sua bateria e deixa seus convidados assumirem o posto de figura principal da banda, nem parece que ele é "o cara" que todos foram prestigiar, mas Ringo nem se importou com isso, ficou como se fosse coadjuvante de muito luxo em seu próprio show. Voltando ao texto, Richard Page cantou Kyrie, cover do Mr. Mister, que foi acompanhada nas palmas graças ao entusiasmo passado pelo baixista neste clássico oitentista.
Os roadies montaram rapidamente algumas partes de uma bateria no centro do palco para que Ringo Starr se dirigisse até lá cantasse o rockão The Other Side Of Liverpool, outra solo dele, que conta sua história de quando era garoto naquela cidade e foi muito bem recebida por sua contente plateia. Provando que estava feliz com o público, Ringo nos falou: “Essa eu não vou nem falar o nome, porque se vocês não conhecerem é porque estavam esperando o Lenny Kravitz no palco”, e rindo de sua piada ( e nós também rimos!!! ), iniciou um dos momentos mais mágicos da noite ao cantar o hino Yellow Submarine ( presente no álbum Revolver e posteriormente intitulando mais um filme dos Beatles ), que foi acompanhada por todo mundo, e os fãs que estavam na frente ergueram cartazes com o "submarino amarelo" impresso, foi uma interação perfeita que deve ter emocionado o ex-Beatle. A vibração de Yellow Submarine foi tão grande, que após ao seu término, os fãs continuaram enaltecendo a música e cantarolam seu refrão por mais alguns segundos, o que levou Ringo a dizer: “vou descer aí para dar um abraço em cada um ou vocês vão subir ao palco para cantar…", para risos e sorrisos gerais.
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Como um bom meio-campo camisa 10, Ringo "devolveu a bola" para Wally Palmar que cantou What I Like About You, um Rock´n´Roll bem animado do The Romantics, que além do virtuoso solo de guitarra que ele fez, teve direito ainda à um excelente solo de gaita e claro, acompanhamos nas palmas, dançamos e cantamos o seu refrão, tanto que faço um complemento por conta: que sonzeira meus amigos(as), procure por um vídeo no Youtube dessa música!!!.
Wally Palmar "passou" para Rick Derringer, que tocou Rock And Roll, Hoockie Koo com uma Gibson Les Paul, um Rock´n´Roll de primeira, que além de empolgar muito os presentes, mostrou que o ex-The McCoys tem seu lugar assegurado entre os grandes nomes das seis cordas, como percebi na hora de seu solo individual, pois, ele tirou notas rápidas que pareciam inspiradas por Eddie Van Halen. Em seguida Ringo, lá de sua bateria, pegou o microfone e falou:"Vou tocar mais uma daquela banda que eu fiz parte… Rory Storm and The Hurricanes” ( vale o registro da curiosidade, banda que tocava antes dos Beatles ) e completou: “Não é o grupo que vocês estavam esperando?”, provocando mais risos dos fãs. Bem, quando a linda Boys, presente no primeiro álbum dos Fab Four, foi executada, ela resgatou o sensacional clima dos anos 60 para outro grande êxtase dos fanáticos seguidores do quarteto.
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With Little Help From All My Friends...
A próxima foi Act Naturally, do álbum Help, um Rock´n´Roll básico que transbordou nossas almas de alegria e empolgação, mas, que só não foi maior devido ao grand finale que Ringo Starr havia preparado. Ele nos perguntou se estávamos prontos para o maior momento da noite, enfim, era a hora do maior clássico cantado por suas cordas vocais desde 1967, With A Little Help From My Friends e Ringo segurou uma estrela e uma das mais emblemáticas composições dos Beatles foi executada diante de nossos olhos para o nosso contentamento ser supremo. O mais interessante é que os fãs sopraram bexigas, ficaram agitando elas, e aumentaram ainda mais a sinergia da canção. Se parasse aí... eu já teria história para contar por meses, mas Ringo nos agradeceu, saiu do palco e voltou para cantar com sua All Starr Band a maravilhosa Give Peace A Chance, que nos passou uma sensação de paz gigante, uma satisfação maior ainda, pois acompanhamos seus versos extasiados e a inesquecível inesquecível mensagem composta por John Lennon, que deveria fazer parte de nossas vidas.
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Ringo Starr e seus amigos realizaram, para mim, um dos melhores shows do ano, um show que contou com praticamente duas horas e não sentiu-se o tempo passar. Creio que, assim como nós todos ficamos muito felizes por ver Ringo esbanjando vitalidade aos 71 anos em um grande show, ele também adorou sentir o calor de cada um dos fãs brasileiros. Espero que muitos de vocês caros leitores(as) do Rock On Stage possam ter assistido uma das datas do Ringo Starr no Brasil, se viu, sei que sua alegria foi igual ou maior que a minha. Que ele possa voltar novamente para compartilhar um pouco mais das músicas que fazem parte da história de nossas vidas.
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