Projeto Hard´N´Heavy com Almah
Abertura: Rygel e Parallax
Quinta, 06 de setembro de 2012 no Tribal Clube em Santos/SPBom, depois de muito tempo sem resenhar volto à ativa para o show do Almah na Tribal Club. É a minha primeira vez nessa casa que já trouxe várias bandas boas para Santos, posso dizer que é espaçosa, possui um palco bem alto, que ajuda a ver a banda de qualquer parte da pista, adorei o bar ser bem próximo ao palco, pois facilita muito a quem está com sede e quer continuar vendo a banda e os preços das bebidas são ótimos também, só dessa vez não visitei o mezanino, mas acredito que seja muito confortável, pois, quem estava em cima não desceu por nada.
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Parallax
O idealizador do Projeto Hard'n'Heavy Pepinho Macia chama ao palco a banda Parallax ( que é uma banda de Heavy-Metal / Hard Rock formada em 2009 com o seguinte line up Lena Papini no baixo e vocal, Nando Martins e Rodrigo Alves nas guitarras, Pingüim na bateria e Cristopher Clark nos vocais, que atualmente estão preparando seu debut ) que começa a tocar a meia noite em ponto, a casa ainda não estava cheia e o pessoal ainda tava naquelas de encontrar a galera e bater papo. A primeira que eles mandam é a Reconsider e deu para perceber que o vocalista Cristopher Clark canta muito, mas a animação do pessoal ainda é pouca, talvez por desconhecimento da banda, mas ao fim da primeira música, muitas palmas, porque os caras são bons.
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Eles emendam a Stand Your Ground e o vocalista agita, mas o resto da banda é mais tranquila e compenetrada, mas notei que o arranjo dessa é bem legal. Agora é a vez de um cover do Ozzy Osbourne para Bark At The Moon e a pista até deu uma acordada nessa hora, afinal Ozzy é Ozzy, e o pessoal da banda mandou muito bem, no meio da casa dá para sentir o bumbo da batera ressoar no peito, que louco isso. A quarta é a Lions and Lambs tanto que afirmo seguramente: essa é animal.... seus riffs são tão legais que a galera agita, nem que seja só a cabeça... é o pessoal se rendendo ao Parallax! Mais um cover, agora para Cowboys From Hell do Pantera e te pergunto: é realmente necessário falar que a versão deles ficou ótima? O povo da pista amou, entretanto tem sempre aqueles que ficam mais para trás de braços cruzados avaliando o som das bandas, mas, dava para ver no sorriso da cara deles que essa música até eles curtem.
Em tempo, o baixo da Lena Papini é lindo tem cinco cordas e ela toca muito bem todas elas. Eles tocam Stillness Of Mind e sem dúvida foi a que eu mais curti deles, todos são bons músicos, como notei no bumbo muito bem tocado dessa banda, ao fim de todas as músicas muitas palmas, toda a galera foi conquistada e a banda conseguiu novos fãs essa noite ( eu estou nesse meio ) o Cristopher nos apresenta a seus colegas de palco.
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Rygel
A próxima da noite é a banda santista Rygel ( na ativa desde 2004 e possui influências de do Hard Rock ao Death Metal, mas sempre pautados pelo Heavy Metal tradicional ) e o quinteto formado por Daniel Felipe nos vocais, Ricardo Reis no baixo, Vagner Silva na bateria, Anibal Pontes e Wanderson Barreto nas guitarras, possuem dois álbuns e um EP e já chegam esmerilhando os instrumentos, por serem conhecidos de longa data da plateia são ovacionados durante a entrada dos músicos. Eles mandam a primeira End Of Days ( do novo cd, o Imminent - abril de 2012 confira resenha ), um pouco de microfonia nesse início, mas muita gente a minha volta cantando junto também.
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Emendam a Damnation ( Imminent ) nessa Anibal e Wanderson fazem solinhos juntos e coordenados ( todos possuem belos exemplares de equipamentos). Depois tocam a faixa presente no EP, a A Long Way To...: Nightmare, que apesar de ser a mais agitada, a galera desconhece e não acompanha tanto, o clima em cima do palco é de descontração, sorrisos e brincadeiras, mas o Ricardo continua na dele. E para fechar a noite com chave de ouro vem a A New Level ( cover do Pantera ) e mesmo o pessoal com aparência de cansado bangeou nessa ultima música, execução perfeita e com perdão da palavra, mas é uma Puta Banda!
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Almah
Por volta das 1h30 começa a preparação do palco para o Almah, a bandeira enorme com a capa do último álbum está lá desde a primeira banda e a bela bateria da banda também, detalhe: quem comprou os primeiros ingressos ganharam o Meeting and Greeting com a banda durante o show do Rygel, depois vi vários sorrisos femininos descendo as escadas, são iniciativas como essa que mostram o quanto a banda é receptiva com seus fãs, espero que mais e mais músicos apostem nessa ideia. E finalmente às 2h20 entram os músicos: Edu Falaschi nos vocais, Raphael Dafras no baixo, Marcelo Moreira na bateria, Gustavo Di Padua e Marcelo Barbosa nas guitarras com a Hypnotized ( do Motion de 2011 ) e aí todos esquecem do cansaço de toda a semana e bangeiam muito. Emendam mais uma do Motion com a música Living And Drifting para a galera agitar e cantar juntos com o Almah.
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E finalmente na You’ll Understand ( outra cd Fragile Equality ), um baixista veio à frente do palco. Com vocês o promissor Raphael ( o novato da banda ), pois no meio da música guitarras e batera se calam e ele faz um solo digno, mesmo sendo a que eu mais curti ( escutem vocês vão entender o porquê... ), o pessoal de trás deu uma acalmada grande. Edu Falaschi apresenta a sua banda para nós e já emenda a Breathe ( do primeiro álbum Almah de 2007 ), ela é a mais baladinha de todas, tem um arranjo lindinho ( quer saber como é um arranjo lindinho? Escute a música e você saberá! ). Em seguida o vocalista também conta que a próxima música que eles farão clipe é a Days Of The New com seus riffs de guitarra ótimos e quem conhece canta junto, detalhe: para promover esse cd os caras disponibilizaram essa e outras músicas para os fãs tocarem juntos e enviarem por email de volta para banda, os melhores poderiam subir ao palco com a banda. Boas idéias? A gente vê por aqui!
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As próximas duas são do Motion: a primeira Bullets On The Altar, dotada de uma bela melodia e refrão de grudar no cérebro, que fez a pista acompanhar a levada dos músicos, que igual as outras bandas da noite são mais para concentrados e técnicos no palco. Já a segunda foi a Trace Of Trait para acordar o pessoal do fundão, fazer todos cantam o refrão dessa música, aumentar muitos sorrisos no palco e a cara de missão cumprida estampada no rosto dos músicos. E outro detalhe: sério na minha frente só podia estar o fã clube dos caras, porque eles, além de agitar, pular e cantar todas do começo ao fim, ainda agora debatem com o Edu a próxima música da noite!
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E pedido feito é pedido atendido, e assim, entra a última da noite: Torn ( do segundo cd Fragile Equality ) é uma música intensa e os riffs são muito bons que fazem a galera simplesmente amar essa e ir à loucura ( afinal, é a última quem não pulou o show inteiro tem só tem essa para compensar ) e todos cantam, bangeiam e pulam, pena que só agora que os músicos ( tímidos que só eles ) ficam mais soltos e vão mais para a ponta do palco, Ao fim eles agradecem ao público, que cansado mas feliz, aplaudem muito os músicos. Um show de técnica e amor a bandas nacionais.
Texto e Fotos Erika Alves de Almeida
Outubro/2012
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