Annihilator
Abertura: Otep
Terça, dia 24 de abril de 2012  no Carioca Club em São Paulo/SP
 

    Com mais de duas décadas de existência o Annihilator, uma das bandas mais cultuadas no final dos anos 80 e começo dos 90 vem ao Brasil para dois shows sendo um em São Paulo/SP e outro em São Luis/MA, onde ocorreria o festival Metal Open Air ( confira cobertura ), mas, devido a inúmero problemas ocorridos, o festival foi interrompido em seu segundo dia, originalmente programado para três. Só se falava disso nas mídias sociais e especulava se a banda tocaria em São Paulo e para a sorte dos fãs mais antigos que acompanhavam a banda desde o começo e assistiam aos vídeo-clipes em programas de música na TV, eles vieram e tocaram. Tocaram juntos com a banda Otep, que tem um estilo musical diferente dentro do Rock e é sobre o show do Otep que começo este artigo.

Otep

    Liderados pela vocalista Otep Shamaya a banda possuía fãs fiéis ali no show, que estavam lá só para assisti-los. A iluminação e visual dos músicos, todos com cabelos curtos, corpos atléticos e camisas apertadas faziam deles mais frequentadores de balada do que músicos de Rock pesado como se esperaria de um show de Metal, mas deixa isso para lá.

    De fato, a iluminação do show do Otep tinha cores diferentes comparadas ao show do Annihilator e eles misturam um Nu Metal com Industrial e sei lá mais o que, que não consegui identificar e os assisti esperando algum cover ou uma música que me impressionasse, mas foram tocar logo Nirvana como cover e até que uns fãs do Annihilator curtiram.

   O Otep gira em torno de vocais guturais, outras vezes gritados, mas a vocalista manda bem dentro do estilo que eles sem propõem a fazer e muitos fãs que foram exclusivamente para assisti-los cantaram juntos e para interagir mais com a plateia, ela desceu e foi cantar na grade em frente aos fãs. Depois da apresentação de cerca de 50 minutos, a banda desceu para a pista ficando no estande onde se vendia camisetas para atender os fãs, que queriam tirar fotos e pegar autógrafos e olha que a fila tinha bastante gente, creio que mais de quarenta pessoas. Todos da banda foram simpáticos, mas Otep era a mais visada de todos e a primeira que os fãs viam na sequencia da fila. Por falar em autógrafos, Jeff Waters, o líder e fundador do Annihilator tirou fotos e falou com fãs que aguardavam do lado de fora na fila antes do show começar, alegrando muita gente.

Set List do Otep

1. Batle Ready
2. Eet The children
3. My Confession
4. Blood Pigs
5. Confrontation
6. Ghostflowers
7. Speeas
8. T.R.I.C

9. Breed

Annihilator

    Lá por volta das 22:30 horas, era a hora esperada da noite por muito, já que alguns que foram ver o Otep iam embora do Carioca Club. O quarteto canadense adentra o palco sendo bem recebido pela plateia já mandado ver com a pesada Ambush seguida da clássica King Of The Kill mostrando muito peso e entrosamento de palco. Jeff Waters não é mais cabeludo e embora a banda não seja o quinteto que foi antes com Randy Rampage e Aaron Randall, o quarteto sabia mandar o recado e o outro guitarrista Dave Padden mandava bem nos vocais, que ele dividia com Waters. Ah, ele também tem cabelos curtos por isso agitar os cabelos compridos, era apenas com o baterista e o baixista.

    A banda segue tocando os sons Betrayed e Clown Parad, e então Jeff se comunica com o público perguntando se eles gostavam mesmo de Thrash Metal e ao responderem que sim, Jeff pede para todos agitarem e já emenda Ultra-Motion, onde muitos atenderam o pedido de Jeff agitando e muito. Ah, claro... já havia uma roda formada na pista, até que pequena e com poucos integrantes, mas estes poucos estavam entusiasmados demais e dispostos e ficar ali. Jeff saiu do palco deixando sua guitarra Flying V vermelha e voltando com outra guitarra para tocar Set The World On Fire, do álbum homônimo e que fez o Carioca Club agitar muito. Este tipo de show durante a semana, sem nenhuma pressa dos seguranças da casa ou gerentes, e com um público razoável, estimado em 400 a 500 pessoas fazem o show ser mais acolhedor. De fato assisti o show da pista e de um camarote próximo ao palco notando reações de fãs e da banda ali, na cara de todos.

 

 

  A banda continuava o show tocando sons de várias épocas, mas os fãs queriam ver e ouvir clássicos do começo da carreira e então eles emendam duas do álbum Alice in Hell que são W.T.Y.D. e Burns Like A Buzzsaw Blade, e logo na sequência tocam Phantasmagoria e Stonewall, do álbum Never, Neverland, lançado em 1990 um ano após o debut e clássico citado acima. Jeff se comunicava com a plateia e até tentou contar piada ou alguma história engraçada, mas não entendi muito bem, mas, alguns riram e seus colegas de banda riram de forma diferente se entreolhando, então era algo especial do grupo, da banda, sobre como conhecem Jeff seu humor.

    Como não era hora para piadas eles tocam 21 e I Am in Command seguidas por The Trend, que é do álbum de 2010 e que simplesmente se chama Annihilator. The Fun Palace é a música seguinte, e a banda sai do palco para voltar logo em seguida para o encore final.

    Começa a tocar nos PAs Hells Bells do AC/DC e logo emendam com Shallow Grave, música que tem uma pegada nitidamente influenciada pelo AC/DC. Waters estava feliz e emocionado com o retorno do público e o show que estavam prestes a finalizar acabaram atiçando o público começando a tocar Children Of The Sea do Black Sabbath, deixando o povo todo na vontade.

Jeff pergunta ao público se ainda faltava alguma coisa e é claro que todos gritam que sim e deixam o baixista Al Campuzano conduzir as notas iniciais de Alison Hell, a mais aguardada da noite por muitos dali, inclusive eu. Era uma música para se prestar atenção e sentir por completo, mas, acabei não desfrutando dela totalmente, embora lembrasse e vivesse cada verso dela, riffs e o solo, entretanto, no final valeu a pena pelo menos ter ouvido a música ali de perto, do camarote, já que nunca tinha ouvido-a ao vivo, mas assistido ao video-clipe dezenas de vezes e ouvido a versão fonográfica algumas centenas.

  E lá se vai a noite, pois o show acabou bem depois da meia noite, o metrô já estava fechado, mas ainda havia 'busão' para voltar para casa e tudo está bem, quando acaba bem. Sim, o show acabou muito bem, e o desenrolar do mesmo foi igual. Sem nenhum problema no local e imagino que todos ficaram felizes. Do jeito que foi desta vez, o Annihilator deve e precisa voltar ao Brasil para mais shows em breve, o que fará muitos fãs felizes. Que venham mesmo!

    Ah, já ia esquecendo. Este com certeza foi o show de Thrash Metal com a pegada mais Rock´n´Roll que vi na vida. Acho que foi a influência de bandas como AC/DC para a música Shallow Groove, que fizeram o feeling deles ser o que era. Toda a magia do show se resumiu na pegada deles. Alguém devia chamar a banda para tocar num festival e compartilhar isso com os demais. De fato, valeu a pena!!!!

Por Hamilton Tadeu
Fotos: Marcos César de Almeida
Agradecimentos à Juliana Negri e a Negri Concerts
pela atenção e credenciamento
Junho/2012

 

 

Set List do Annihilator

1. Ambush
2. King Of The Kill
3. Battered
4. Clown Parade
5. Ultraparanoia
6. Set The World On Fire
7. W.T.Y.D.
8. Burns Like A Buzzsaw Blade
9. Phantasmagoria
10. Stonewall
11. 21
12. I Am In Command
13. The Trend
14. Back To The Palace

Bis
15. Shallow Grave ( AC/DC )

16. Alison Hell

 

Clique aqui ou na foto ao lado e confira uma galeria de Fotos dos shows do Annihilator e do Otep no Carioca Club em São Paulo/SP

Clique Aqui e confira a Galeria de Fotos dos shows do Annihilator e do Otep no Carioca Club em São Paulo/SP

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