Epica - Requiem For The Indifferent Tour
Abertura: Dreadnox
 Sábado, 29 de setembro de 2012
 na Fundição Progresso no Rio de Janeiro/RJ

    Para a alegria de muitos, mais uma vez o Epica voltava a cidade do Rio de Janeiro, dessa vez para comemorar dez anos de carreira e lançar o mais novo álbum Requiem For The Indifferent.

Dreadnox

    A abertura do show ficou por conta da experiente banda carioca Dreadnox formada por Fabio Schneider ( vocais ), Kiko Dittert ( guitarra ), Dead Montana ( baixo ) e Felipe Curi ( bateria ), que mais uma vez mostra um show impecável, mostrando ser uma das melhores bandas do cenário atual. Lançando o pesadíssimo cd Dance Of Ignorance ( o segundo da carreira dos cariocas ), mostrou aos fãs presente a que veio.

  Eles iniciaram o show com a sequencia de Loser e Miracle, já animando os velhos fãs da banda e com certeza conseguindo mais alguns novos. Mas, a coisa começa a esquentar mesmo com o ótimo cover de Bark At The Moon, do mestre Ozzy Osbourne. E para o ritmo não cair, temos também a marcante canção própria Echoes At Midnight. Mas é em Blackened, do Metallica é que a coisa pega fogo.

    Todo o público batendo cabeça e cantando com o Dreadnox. Já esquentando as turbinas para o show que estava por vir. Mas uma dobradinha, com a excelente Dance Of Ignorance, que dá nome ao novo disco da banda e Fight With The Light. E para fechar quebrando tudo, a violenta cover do Sepultura com Refuse/Resist. Se tinha alguém ainda parado nesse show, o que eu acho meio improvável, com certeza agitou muito. Desfecho lindo de show para essa banda extremamente competente.

Set List Dreadnox:

1 - Loser
2 - Miracle
3 - Bark At The Moon
4 - Echoes At Midnight
5 - Blackened
6 - Dance Of Ignorance
7 - Fight With The Light
8 - Refuse/Resist

Epica

    Entrando no palco por volta das 21:30, a intro Karma do novo cd Requiem For The Indifferent foi trazendo ao palco cada um dos integrantes, e já víamos Mark Jansen na guitarra e vocal gutural, Rob Van der Loo no baixo, Coen Janssen no teclados e piano, Isaac Delahaye na guitarra e Ariën van Weesenbeek na bateria tomam suas posições para na sequencia a banda iniciar Monopoly On Truth, outra nova, preparando os fãs para a entrada da vocalista Simone Simons.

    Com a entrada dela, o show ganhou potência, com fãs cantando cada palavra da letra. No final, ela ainda foi presenteada com um ursinho de pelúcia. Para acalmar os ânimos, em seguida foi executada Sensorium, do primeiro álbum The Phantom Agony.

    Para não perder o ritmo, a nova Unleashed veio para sacudir a galera, sendo recheada no final por inúmeros elogios da deusa ruiva para o público carioca. E lógico que não deixaríamos de recompensa-la com total interação público-banda. Com todo o público gritando e com os punhos pra cima, todos da banda batiam cabeça com showzinho à parte de Coen Jansen, com seu teclado giratório.

    Antes de Martyr Of The Free World ( do Design Your Universe de 2009 ), Mark Jansen aproveita também para elogiar os cariocas, dizendo que nós éramos demais. Também citou o fato de sempre ter mais shows em São Paulo do que no Rio, o que fez o público vaiar, mas ele deu continuidade dizendo que apesar disso, hoje o Epica estava ali e que os cariocas tinham ganhado de longe Sampa na animação ( confira resenha do show no Via Funchal ). Pontinho para o Sr. Jansen.

    Depois tocaram Serenade Of Self-Destruction do novo álbum Requiem For The Indifferent e seguiram com a The Obsessive Devotion ( do The Divine Conspiracy de 2007 ), com Simone Simons mais uma vez agradecendo ao público e convida as meninas para bater cabeça com ela. Durante a música, ela e Mark Jansen batem cabeça juntos e animadíssimos.

    Em mais um papo com o público, Mark Jansen perguntou se todos estavam curtindo e disse que com certeza, a banda também estava e muito! Então ele anunciou Storm Of The Sorrow, dizendo que tinha certeza que todos ali conheciam essa música, também presente no novo trabalho dos holandeses.

    E como recompensa, os fãs soltaram uma chuva de balões brancos e pretos, simbolizando a ideia da música. No final da música Coen Janssen fez uma brincadeirinha com o “balão diferente”, que foi parar no palco, uma camisinha cheia.

 

    Na execução de Delirium, outra das novas canções apresentadas no show, Simone Simons pediu para que acendessem os holofotes no público para que ela pudesse ver seus fãs. A sequencia foi com músicas mais antigas e aguardadas pelo público como Blank Infinity do Consign To Oblivion e uma das mais esperadas da noite, a Cry For The Moon ( do primeiro cd The Phantom Agony de 2003 ) tendo Mark Jansen anunciando o Sr. Coen Janssen nos teclados.

    Antes da próxima música, uma pequena jam, seguida por um solo de bateria. Então, Mark Jansen pergunta se a plateia já está cansada e brinca que tem um cara dormindo no gargarejo. Ele conta que o Epica já está na estrada há dez anos e que tudo isso era por culpa dos fãs, bem, para presenteá-los iria tocar uma longa música do primeiro disco, a faixa título The Phantom Agony.

    As luzes se apagam deixando os fãs presentes angustiados, querendo um bis. Em seguida Coen Jansen retorna ao palco perguntando se o público estava gostando do show, porque a banda estava. É bom o público estar preparado para mais, por nos vamos tocar mais de qualquer jeito.

    Ele disse também que a banda cometeu um pequeno erro, e que esse erro era ter demorado tanto a voltar. Com a galera em estado de graça, ele pede que todos levantem os braços para receber a banda de volta. E mais um presente, a música Quietus, do aclamado Consign To Oblivion de 2005.

    Agora um momento diversão do show com a vocalista Simone Simons, que propõe um concurso para todos os presentes: aquele que batesse cabeça mais rápido iria ficar com a banda no palco na próxima música. Mas antes, para desespero de uns ou risadas soltas de alguns, a banda toca “Ai se eu te pego”, do Michel Teló (Hein? )!!!! Com direito a dancinha da Simone, para delírio dos marmanjos. Definitivamente nunca imaginei ver essa cena.

   Desafio lançado, e um menino que estava do lado direito do palco, bate a cabeça tão freneticamente, que assusta a banda, que é unânime em escolhê-lo. E ainda por cima chega cheio de autoridade e pergunta ao Mark Jansen se ele estava pronto e inicia-se Sancta Terra do Divine Conspiracy de 2007. O escolhido agita muito, bate cabeça com a sua deusa e se acaba no palco. Sonho realizado para o escolhido de Simone Simons. E Consign To Oblivion como última música, comprovando aos fãs mais uma vez que o Epica está cada fez melhor ao vivo e valeu a espera.

Texto: Camila Marinho
Fotos: Palmer Cardoso
Agradecimentos à Anna Carolina Braz da Fundição Progresso pela atenção e credenciamento.
Outubro/2012

Setlist Epica

1 - Karma
2 - Monopoly On Truth
3 - Sensorium
4 - Unleashed
5 - Martyr Of The Free Word
6 - Serenade Of Self-Destruction
7 - The Obsessive Devotion
8 - Storm The Sorrow
9 - Delirium
10 - Blank Infinity
11 - Cry For The Moon
12 - The Phantom Agony
Encore:
13 - Quietus
14 - Sancta Terra
15 - Consign To Oblivion