Maná
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Mas, voltando a apresentação no Credicard Hall na qual tivemos um excelente público ( com casa cheia ) e assim como outros shows também, conforme fiquei sabendo, havia um sistema de gravação que a banda trouxe para registrar a turnê. Com um palco aparentemente simples e de dois círculos de iluminação, que estavam desligados e parecia estranho, mas quando o show começou, esses círculos trouxeram uma excelente iluminação juntamente a um telão de excelente qualidade, assim que as informações de seguranças foram passadas era hora do Maná mostrar seu show da coletânea recém lançada Exilados na Bahia.
Após a intro eis que entra o Maná com o grande sucesso Oye mi Amor ( do cd ¿Dónde Jugarán Los Niños? de 1992 ), que já faz todo o Credicard Hall pular e cantar junto, embora para nós que falamos a língua portuguesa, o espanhol pareça sempre fácil com nosso querido portunhol e que nessas horas cai sempre muito bem. E neste clima positivo Déjame Entrar ( do álbum de 1995, o Cuando Los Ángeles Lloran ) e De Pies a Cabeza ( outra do ¿Dónde Jugarán Los Niños? ) dão sequencia a uma apresentação que pensei: "desta vez será mais Rock que baladas, era essa minha torcida para o show..."
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José Fernando "Fher" Olvera anuncia então que a próxima música é a 'Puta Madre' da banda e Lluvia al Corazón ( do Drama y Luz de 2003 ) ensandece a plateia completamente. Fher anuncia a banda mexicana e com a tequila nas mãos - que é o espírito mexicano - dedica para as "chicas sedutoras da platéia" a próxima canção, a Eres Mi Religion ( nome da coletânea lançada no Brasil com duetos nacionais ). Detalhe no palco já citado havia com um telão ao fundo de excelente qualidade e com a plataforma circular de luz, que falei no inicio, criou-se o excelente visual para o concerto, e ao terminar Mariposa Tracionera ( presente em Revolución de Amor ), vem talvez a música mais pesada deste set list que a banda vem apresentando El Dragon ( mais uma do Drama y Luz ), com seu clima pesado e tenso, e aumentando a energia, os telões ficaram passando vários desenhos de Dragões ( óbvio ) configuraram um clima extremamente denso, talvez o momento mais rocker da noite.
Manda una Señal do Amar es Combatir ( de 2006 ) antecede um bolo solo do guitarrista Sergio Vallin e após temos o hino LatinoAmérica ( do Drama y Luz ), que também cantado pelo baterista Alex Gonzales. Aliás, esse músico merece um capítulo à parte, pois sua qualidade é excepcional, um dos melhores bateristas que já vi ao vivo, pois, ele toca fácil parecendo sempre que é difícil como diria um velho jargão. Posso afirmar que a qualidade é do quilate de um Aquiles Priester, e durante a faixa citada Latinoamerica, todas as bandeiras da América Latina foram passando no telão como sugere a música, que a região se fortaleça para ser a região mais forte do mundo e por que não? Afinal, já que somos a plateia mais quente conforme é dito por todas as bandas em suas apresentações, nada melhor que uma letra e uma bela canção confirmando isso. E encerrando este momento tivemos uma bandeira mesclada do México e o Brasil, que naturalmente levou a todos os presentes à loucura.
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Clavado En Un Bar do Sueños Líquidos ( de 1997 ) e Me Vale do ¿Dónde Jugarán Los Niños? , serviram de intro para o solo de bateria de Alex, onde mais uma vez percebemos a qualidade do mesmo, embora eu não seja muito fã de de solos em shows, mas assim como no show do X-Japan ( confira resenha ), onde o batera é a estrela maior, sempre soa um pouco diferente, mas a melhor cena do solo para mim, foi quando ele abre sua caixa ( a parte da bateria ), que estava tocando e embaixo dela tem uma espécie de freezzer e de lá tira sua cerveja. E abre a mesma com as baquetas e vira fazendo o Credicard Hall inteiro vibrar com sua atitude. Magistral.
Após o solo Alex Gonzales, sai do palco com a sensação de que a primeira parte do show tinha acabado, e após algum minuto Sergio Vallin e José Fernando "Fher" Olvera voltam para um set acústico e decidem escolher alguém da plateia para cantar com eles, e ficar no palco, assim como o Epica fez no show deles ( veja os detalhes aqui ), e assim que a garota foi escolhida tivemos trechos de várias músicas como Te Lloré un Río ( do ¿Dónde Jugarán Los Niños? ), a bela homenagem que a banda fez a Chico Mendes, Cuando Los Ángeles Lloran ( título do álbum de 1995 ), Cachito ( mais uma do ¿Dónde jugarán los niños? ), Si No Te Hubieras Ido sendo essa um cover de Marco Antonio Solís e o último hit Vivir Sin Aire ( ¿Dónde Jugarán Los Niños? ), que teve uma bela intro de gaita com participação de palmas dos fãs e claro, cantada em uníssono já com todos membros da banda de volta ao palco. Finalizando de maneira brilhante a primeira parte do show tivemos ainda Rayando el Sol ( do Falta Amor de 1990 ) e El Muelle de San Blas ( essa do Sueños Líquidos ).
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Ao voltar para o bis, o vocalista José Fernando "Fher" Olveraagradece a Andreas Kisser do Sepultura, que tocou com eles no Rock in Rio, que estava no Credicard Hall assistindo a banda amiga, e o bis vem com dois clássicos muitos executados nas rádios brasileiras Labios Compartidos ( do Amar es Combatir ) e Corazón Espinado ( do Todo Maná de 2000 ) deixando todos extremamente satisfeitos com a performance perfeita da banda.
A parte mais Hard Rock do Maná presente em seus primeiros discos ficou de fora do set list, bem como o hino Angel Del Amor, que esperava ver a sua poderosa intro de bateria ao vivo novamente, que infelizmente, não foi dessa vez, entretanto, o Maná realizou um show brilhante, perfeito, feito para fãs, que certamente acolheram a banda há mais de dez anos com inúmeras passagens de sucesso pelo Brasil e assim como foi essa data, a certeza é que muitas outras virão.Texto e Fotos: Marcos César de Almeida
Agradecimentos à Guilherme Oliveira e
equipe da T4F pela atenção e credenciamento.
Dezembro/2012
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Galeria de Fotos do Maná no Credicard Hall em São Paulo/SP