Opeth
Domingo, dia 1º de abril de 2012
 no Carioca Club em São Paulo/SP

    Três anos desde a última passagem da banda, finalmente no primeiro dia de abril, também conhecido como dia da mentira, o Opeth finalmente desembarcava em terras brasileiras, e mesmo com show de Roger Waters no mesmo dia ( confira a cobertura ), um Carioca Club simplesmente lotado, com várias excursões e um público extremamente fanático fazia uma fila enorme poucas vezes vista na já tradicional "Casa do Metal" no Brasil.

    Como aquecimento, tivemos um vídeo do At The Gates no telão, e todos imaginando como será o futuro show da banda no Brasil. E em qualquer movimentação no palco o público se exaltava, mostrando que a plateia daria um show a parte. Pouco depois das 20 horas lá estava no palco Mikael Åkerfeldt, guitarra e voz, Martin Mendes no baixo, Fredrik Åkesson na guitarra ( ex-Talisman ), Martin Axenrot na bateria e Joakim Svalberg nos teclados ( ex-Yngwie Malmsteen ).

    The Devil´s Orchard inicia o concerto, onde a música esta presente no mais recente álbum, Heritage de 2011, seguida por I Feel The Dark, e neste momento todo o Carioca Club cantava as músicas junto com a banda, que tecnicamente soa uma perfeição pela qualidade dos músicos somada a iluminação criou o clima perfeito de um Rock tendendo do Progressivo ao Metal Extremo, Face Of Melinda, incluída no álbum de 1999 Still The Life foi a terceira canção a ser tocada, e nessa hora pude perceber que o vocalista usava uma camisa do Sarcófago, mostrando o quanto o Metal Nórdico, que é exaltada hoje em dia foi fortemente inspirado no Death Metal Brasileiro.

    Mais uma do novo álbum, Slither e após uma homenagem ao mestre Ronnie James Dio, em um som que lembrou bem a fase do mestre no Rainbow com Windowpane e a sensacional Burden mantiveram o clima em alto estral, e foi surpreendente ver o Carioca cantando todas as músicas do set o tempo todo. Depois tivemos The Lines In My Hand e Folklore duas do novo Heritage, além da pesada faixa Heir Apparrent do álbum Watershed de 2008, que deu sequencia com a plateia dando um show a parte com 100% do público cantando. Em seguida, a escolhida do álbum Ghost Reveries foi The Grand Conjuration e terminam a primeira parte do show com The Drapery Falls do cd Blackwater Park de 2001.

   O show teve uma levada extremamente interessante começando com as canções com ritmo mais lento e sendo aquecendo com o final, sempre com mais peso e melodia, mas, sem esquecer das quebra de ritmo e sonoridade que caracteriza o Opeth e extremamente difícil destacar qual músico se destaca mais, e se fosse para escolher um, escolho o baterista Martin Axenrot, que mesmo com um kit pequeno para padrões de baterias que costumo ver   toca como poucos, sem esquecer o vocal e guitarrista Mikael Åkerfeldt, que com sua técnica e carisma não precisa de malabarismos para mostrar sua perícia e feeling.

    Para o bis o clássico Deliverance, lançado em 2002,  uma porrada com muita melodia, sem ser piegas, fecha a apresentação da banda com chave de ouro, finalizando um show único, que mesmo com quase duas horas de duração fez a todos deixar um gostinho de.... por que não três horas no set list?

    Na saída, só tivemos comentários positivos em relação ao show, tanto na lanchonete tradicional em frente ao local do evento quanto no Metro, onde pude perceber vários postando suas fotos ou vídeos nas redes sociais, mostrando que mesmo em dia de Roger Waters em São Paulo, a satisfação por ter visto uma performance ímpar no Carioca Club.

Texto e Fotos Marcos César de Almeida
Agradecimentos à Costábile Salzano Jr.
e a produtora Dark Dimensions pela atenção e credenciamento
Abril/2012

Galeria de Fotos do Opeth no Carioca Club em São Paulo/SP

Galeria de Fotos do Opeth no Carioca Club em São Paulo/SP

Setlist
The Devil´s Orchard
I Feel The Dark
Face Of Melinda
Slither
Windowpane
Burden
The Lines In My Hand
Folklore
Heir Apparent
The Grand Conjuration
The Drapery Falls

Bis
Deliverance

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