Lacuna Coil - Dark Legacy World Tour 2013
Abertura: Painside
Sexta, dia 01 de março de 2013
no Circo Voador no Rio de Janeiro/RJ


    Finalmente teríamos os italianos de Milão do Lacuna Coil em solo carioca e divulgando a tour do ótimo disco Dark Adrenaline ( confira resenha ). Show mega aguardado, mas que infelizmente foi atrapalhado pela greve dos rodoviários no Rio de Janeiro, e a chuva que castiga a cidade há alguns dias. Além de problemas internos na banda.

 

Painside

    A noite começou com o Painside, banda formada por Guilherme Sevens nos vocais, Carlos Saione e Leandro Carvalho nas guitarras, Thiago Dominogorgoth no baixo e Eduardo Julião na bateria, que mostrou um bacana Heavy Metal tradicional, mas que também flerta para inúmeras vertentes do gênero, tanto que a cover escolhida foi Before I Forget, do Slipknot. Por outro lado, o vocalista Guilherme Sevens exibia fortes influencias de Bruce Dickinson.

    Super animados no palco, por muitas vezes se empolgavam na comunicação com o público, mas não deixando de mostrar um som bacana que empolgava os presentes, que aguardavam ansiosos o Lacuna Coil, uma vez que o Painside entrou no palco muito mais tarde que o previsto, por causa da tal “greve de ônibus”.

    Algo surreal foi o acidente que aconteceu com o vocalista da banda, Guilherme Stevens, que durante a música Reject The Silence, que deslocou o ombro do nada!!!!! E incrivelmente retornou ao palco, depois de ter o mesmo recolocado no lugar por um médico que estava no local assistindo o show, com tipoia e tudo!!! Muita força de vontade depois de uma dor incrível.

Lacuna Coil

    Já eram 23h30min quando finalmente o Lacuna Coil entraram no palco com o seu clássico uniforme, vindo direto do aeroporto para o show. E acredito que muitos fãs nem perceberam, mas realmente o dia não estava bom para a banda: o grupo está nesta tour sem o baterista Cristiano Mozzati devido a problemas pessoais do mesmo, que foi substituído por um dos roadies (Oi?), Ryan Blake Folden , que é ex-The Agony Scene e sem o baixista, que teve seu posto ocupado por um ... sample. É realmente o negócio não está fácil para ninguém...

    Iniciando com o peso de I Don’t Believe In Tomorrow do novo Dark Adrenaline ( de 2012 ) e já era de se esperar que a noite fosse ser de muita intensidade nas suas músicas e performance, característica da banda. Com clima nas alturas, I Won’t Tell You ( do Shallow Life de 2009 ) e a recente Kill The Light vieram colocar fogo ao Circo Voador.

    O fato que muitas vezes o vocalista Andrea Ferro, que completa a banda com Cristina Scabbia ( vocal ), Cristiano ‘Pizza’ Migliore e Marco Emanuele Biazzi ( guitarras ) é tido como mero coadjuvante, mas com o passar dos anos soube se destacar e estar no mesmo patamar de carisma e simpática que Cristina Scabbia.

    Sendo assim, ele fez as honras da casa e anunciou Self Deception, do álbum Comalies de 2002, que marcou a passagem da banda para o estrelato e onde eles falaram pela primeira vez desde o início do show com os fãs do Rio agradecendo e dizendo estarem muito felizes por estarem ali.   

    Lógico que também é impossível não comentar o carisma incrível de Cristina Scabbia, deixando o público na palma da sua mão e lançando "uma bomba atrás de outra bomba" começando com Heaven’s A Lie, que é uma canção sobre liberdade de ideias que traz à tona o reconhecido e aprovado álbum de 2002, e verdade seja dita, eles agitam o público pedindo para cantar junto com eles e foram devidamente correspondidos.

    Nessa primeira parte do show, a voz de Cristina Scabbia estava um tanto abafada, mas a coisa foi engatando aos poucos, com To The Edge e a linda Senzafine, do álbum Unleashed Memories de 2001 ( onde o público presente colocou todo o seu italiano em prática ) e Swamped ( outra do Comalies ), que a banda num momento “recordar é viver”, dava um gostinho da pegada mais antiga de seus três primeiros álbuns. E a seguinte Fragile junto a To The Edge ( executada anteriormente ) nos rememoraram ao disco Karmacode de 2006.

Acústico

    Depois dessa pressão toda, um momento de calmaria com o set acústico da banda, especial para a perna latino-americana da tour. E fomos presenteados com o momento mais intimista da noite, com interpretações belíssimas de Falling Again do In A Reverie do primeiro álbum de 1999, onde a vocalista Cristina Scabbia acenando, sorrindo e jogando beijos, diz como o público do Rio é fantástico e frisa a ideia de a parte acústica do show ser um momento de mais proximidade com o público, tudo isso sendo complementado com Closer e Within Me, ambas do Karmacode.

    Finalizando a parte acústica executaram também a bela Shallow Life, título do ótimo álbum da banda de 2009 ( confira resenha ). Foi bem legal, mas deu uma quebradinha no clima intenso que estava rolando no show até então.

Elétricos novamente

    No terceiro ato da noite, e de volta ao formato elétrico, a dose dupla com Our Truth ( do Karmacode ) e a nova Upsidedown do Dark Adrenaline trazem de volta a pegada pesada e a perfeita atmosfera de um show de Heavy Metal. O Lacuna Coil não deixou a peteca cair, apesar de muito cansados devido a agenda apertada, que não foi motivo para perder o pique da apresentação sendo foi constatado com a trinca End Of Time ( Dark Adrenaline ), Survive ( Shallow Life ) e Intoxicated ( Dark Adrenaline ), coloca na berlinda uma pesada critica as pessoas que têm o péssimo habito sobrepujar o próximo a qualquer preço.

   Continuaram com mais uma do novo disco, a Trip Of Darkness e muito emocionada e satisfeita com o retorno dos fãs, Cristina Scabbia pede a participação de todos na última canção da noite antes do bis, e o ‘gran finale’ é com o clássico Spellbound do Shallow Life.



    Quando as pessoas presentes já começavam a se despedir dos amigos e estavam pensando em ir embora, eis que o Lacuna Coil retorna para a alegria da galera. “Estávamos no camarim nos trocando para ir embora e ouvimos vocês nos gritando”, exclama Cristina Scabbia. E com a canção, My Spirit, veio encerrar o show com uma linda homenagem ao grande baixista/vocalista Peter Steele mentor do Type O'Negative ).

    Apesar de todos os perrengues ocorridos com as bandas e público, o final foi de saldo positivo e promessa de retorno do Lacuna Coil. E acho que o público foi bem convincente, deixando o palco repleto de presentinhos para o grupo, inclusive uma bandeira do Estado do Rio de Janeiro, coberta de assinaturas.

Texto: Camilla Marinho
Fotos: Palmer Cardoso
Agradecimentos a Vivien do Circo Voador pela atenção e credenciamento.
Março/2013

Set list Lacuna Coil:
1 - I Don’t Believe In Tomorrow
2 - I Won’t Tell You
3 - Kill The Light
4 - Self Deception
5 - Heaven’s A Lie
6 - To The Edge
7 - Senzafine
8 - Swamped
9 - Fragile

Acústico
10 - Falling Again
11 - Closer
12 - Within Me
13 - Shallow Life

Elétrico
14 - Our Truth
15 - Upsidedown
16 - End Of Time
17 - Survive
18 - Intoxicated
19 - Trip The Darkness
20 - Spellbound
Bis
21 - My Spirit

Galeria de Fotos  do Lacuna Coil e do Painside no Circo Voador no Rio de Janeiro/RJ

Lacuna Coil no Circo Voador no Rio de Janeiro/RJ Lacuna Coil no Circo Voador no Rio de Janeiro/RJ Lacuna Coil no Circo Voador no Rio de Janeiro/RJ Lacuna Coil no Circo Voador no Rio de Janeiro/RJ Lacuna Coil no Circo Voador no Rio de Janeiro/RJ Lacuna Coil no Circo Voador no Rio de Janeiro/RJ Lacuna Coil no Circo Voador no Rio de Janeiro/RJ Lacuna Coil no Circo Voador no Rio de Janeiro/RJ Lacuna Coil no Circo Voador no Rio de Janeiro/RJ Lacuna Coil no Circo Voador no Rio de Janeiro/RJ Lacuna Coil no Circo Voador no Rio de Janeiro/RJ Lacuna Coil no Circo Voador no Rio de Janeiro/RJ Painside na abertura para o Lacuna Coil no Circo Voador no Rio de Janeiro/RJ Painside na abertura para o Lacuna Coil no Circo Voador no Rio de Janeiro/RJ Painside na abertura para o Lacuna Coil no Circo Voador no Rio de Janeiro/RJ

Voltar para Shows