Mal
acaba a “amostra grátis” o telão sobe, luzes
escurecem e conseguimos visualizar os pés do cara que
dominaria aquela noite, sim, era o início da apresentação do
“Mr. Moonlight”, que já começou com King Vulcano,
clássico absoluto do Bauhaus, lançado há 30 anos
atrás no disco Burning From The Inside, que
também contém a segunda música do show a Kingdom's Coming,
que já mostrava que o Carioca Club estava
inteiro nas mãos de um carismático Peter Murphy, que
não poupou bala e já mandou uma trinca composta por
"Double Dare”, “In The Flat Field” e ”God In
Alcove”, todas do do debut In The Flat
Field ( 1980 ).
O
calor que reinava dentro da casa era bem diferente do frio
lá de fora, mas quem ligava para suor e possível choque
térmico que teríamos quando saísse de lá? Cantando e
dançando e seguindo a canção, Peter Murphy arremessa
mais clássicos do Bauhaus, como: “Boys”,
“Silent Hedges” ( do The Sky´s Gone Out de 1982
), “Endless Summer Of The Damned” ( gravada
no Go Away White de 2008 ), "Spy In The Cab"
( do In The Flat Field ) e “A
Strange Kind Of Love” ( do álbum Deep de 1990
). Ok, teremos um tempo para respirar.
Ou melhor,
pensamos isso, mas o que se viu foi um dos momentos mais
aguardados da noite, a apresentação de uma versão estendida
de Bela Lugosi’s Dead e Kick In The Eye ( a
minha preferida presente no álbum Mask de 1981 )
em uma performance matadora, que fez o pessoal se descabelar
por toda casa.