Lollapalooza 2014 - Primeiro Dia
Com: Capital Cities, Cage The Elephant,
Imagine Dragons, Nine Inch Nails
e Muse
Sábado, 5 de abril de 2014
no Autódromo de Interlagos em São Paulo/SP
   

    Lollapalooza, o festival idealizado e criado em 1991 por Perry Farrell, cantor do Jane's Addiction, que após algum tempo fazendo o festival apenas nos E.U.A. e Canadá, decidiu há alguns anos atrás expandir seu mega-evento e atingir o público que todos consideram como as melhores plateias do mundo, ou seja, a nossa querida América do Sul com edições realizadas no Chile, Argentina e Brasil.

     E o Lollapalooza é um festival que abrange todos os gêneros do Rock, desde Pop, Indie ou Heavy Metal, e sempre com bandas de renome, como são os casos de Foo Fighters, Pearl Jam, The Killers, Joan Jett e muitos outros.

    A edição deste ano foi bem eclética e em seu 'cast' não continha muito do estilo Indie, que todos pensam que será a grande maioria do festival, cujo local foi transferido do Jockey Club para o Autódromo de Interlagos, uma grande área na minha opinião, que não chega a ser tão usada em sua totalidade, exceto pela Fórmula 1 ou por outras corridas como Stock Car ou Fórmula Truck, que recebem muitas pessoas, mas o assunto aqui é Rock´n´Roll, então...

    Conforme recomendação da produtora - e para checar a facilidade de locomoção - decidi ir ao Lollapalooza por meio de transporte público, que foi o melhor, e claro, acessível a todos que neste tipo de eventos culturais estão sujeitos às pragas chamadas “flanelinhas”, que tentam extorquir e estragar qualquer pessoa que se coloque em seu caminho, mas vamos ao festival em si.

    Após sair da Estação da CPTM do metrô e de uma boa subidinha - mas nada demais - finalmente estava em Interlagos, realizei o meu credenciamento, porém, perdi o início do show da banda Vespas Mandarinas. Entretanto, ainda era cedo, havia pouca gente e acabei decidindo conhecer toda a estrutura do Lollapalooza.

    Como apreciador de boa gastronomia fui conhecer o Chief’s Stage, onde ao invés daquelas tranqueiras 'super caras' de lanche X-Burguer ou Hot Dog, que sempre existem em festivais, aqui tínhamos uma área era destinada a barracas, como visto em feiras mesmo, como a conhecida Feira Gastronômica de São Paulo de restaurantes de várias localidades que vendiam seus pratos mais conhecidos e por um preço bom, comparado ao que normalmente pagamos em lanches, sem a menor estrutura nutritiva digamos assim.

 

Capital Cities

    Ao me dirigir ao Palco Ônix, que era um dos objetivos daquele dia, tanto que vi três shows lá, acabei acompanhando um pouco e de longe o show do Capital Cities, que na verdade é uma dupla de Indie Pop americana, de Los Angeles Califórnia, terra de tantas excelentes bandas de Hard Rock e é formada por Ryan Merchant e Sebu Simonian.

    Enquanto me dirigia ao palco, que teríamos em alguns minutos, o Cage The Elephant acompanhei atentamente três músicas do Capital Cities, sendo a primeira Farrah Fawcett Hair, que com o sax e baixo bem pulsantes, notei que tínhamos música que contagia quem a ouve, que fez o público dançar e essa seria a intenção da banda.

    A seguinte não precisou de apresentação, Stayin' Alive, do Bee Gees em uma versão que funcionou muito bem no festival e todo o público do Palco Skol pulou e cantou muito e certamente, a música foi incluída no set list com esse propósito.

    A última que acompanhei foi a música Love Way do álbum In A Tidal Wave Of Mystery de 2013, que serviu de base para todo o show da banda. Depois desta saí da parte onde o som estava perfeito e fui em direção para o palco onde o Cage The Elephant iria se apresentar.

Set List do Capital Cities

1 - Kangaroo Court
2 - Origami
3 - Patience Gets Us Nowhere Fast
4 - Center Stage
5 - Chartreuse
6 - Farrah Fawcett Hair
7 - Stayin' Alive (Bee Gees cover)
8 - Love Away
9 - One Minute More
10 - I Sold My Bed, But Not My Stereo
11 - Safe And Sound
12 - Holiday ( Madonna cover )
13 - Safe And Sound (Cash Cash Remix)

Cage The Elephant

    Pela segunda vez no Brasil e também pela segunda vez no Lollapalooza, o Cage The Elephant  agora com sua nova formação sendo ela, Matt Shultz no vocal, Brad Shultz e Nick Bockrath nas guitarras, Jared Champion na bateria e Daniel Tichenor no baixo, já que um guitarrista saiu ano passado.

    Com um bom público e pouco antes do início da apresentação, o telão exibiu algumas pessoas, que poderiam assistir o show ou de algum camarote ou do palco, e alguns minutinhos depois, a banda entra a mil por hora com Spiderhead do último lançamento, o Melophobia de 2013 e eu achava que a banda teria um som mais Indie e errei feio, pois na apresentação eles foram bem psicodélicos estilo anos 60 mesmo, bem parecidos com o grande Gong que vimos no Centro Cultural São Paulo ( confira resenha ).

     Após um "obrigado" do jeito que um inglês falaria, o vocalista Matt Shultz desce do palco e do primeiro álbum Cage The Elephant ele canta In One Ear seguido por Aberdeen, do segundo cd, o Thank You Happy Birthday de 2011. Já de volta ao palco, Matt Shultz comenta que sabe que no palco é mais confortável que na plateia, mas isso não nos diferencia, pois somos os mesmos e vocês estão demais e assim foi como ele anunciou Back Against The Wall, do álbum de estreia de 2008.

    Matt Shultz mais uma vez elogia o público e fala que sempre ouviu sobre os fãs da América Latina, que sempre quando toca é muito mais do que esperava e então entoa a nova Take It Or Leave It  e já a essa altura, pelo calor que estava, o vocalista já havia tirado a camisa e ficou no sol se bronzeando com todos nós

    O som da banda é muito psicodélico, talvez falte um certo peso na guitarra, talvez, mas, a banda não pensa assim, continuaram realizando um grande show e seguiram com a outra recente, a Halo, num estilo muito anos 60. O vocalista agradece mais uma vez por compartilharem aquele momento e após resolver um probleminha técnico na guitarra, chegou a vez de tocarem Cigarrete Daydreans, essa do último álbum Melophobia.

    Quando executaram a música Ain't No Rest For The Wicked, do primeiro cd, mais uma descida para perto da galera e aquele som maravilhoso dos anos 60 com psicodelia, quebra de ritmos, teclado bem forte, canto harmonioso ficou evidente e o público correspondeu e cantou esta e algumas outras como a recente It's Just Forever.

    Na Teeth ele desceu de novo e no meio da plateia perdeu por pouco tempo o microfone ficando com a galera, e quando voltou ao palco, falou: "sem problemas quando eu descer, mas por favor, eu realmente preciso do microfone", e ainda rindo dedicou a próxima aos fãs, o maior sucesso comercial da banda, maior hit como descreveu Matt Shultz. E assim, Come Lilte Closer ( também gravada no Melophobia ), que foi cantada mais alto pela plateia, pois essa, claramente a maioria conhecia.

    Shake Me Down e Sabertooth Tiger, ambas do Thank You Happy Birthday encerraram as músicas, pois, o show não terminaria com o fim das músicas, isso porque o vocalista - literalmente extasiado pela plateia - mais uma vez foi até ela e subiu no sistema de som, que ficava mais a frente. Ele foi ovacionado por todos na atitude mais Rock'n'Roll do Lollapalooza e como show - sem dúvidas - foi o melhor do festival.

 Set List do Cage The Elephant

1 -  Spiderhead
2 - In One Ear
3 - Aberdeen
4 - Back Against The Wall
5 - Take It Or Leave It
6 - Halo
7 - Cigarette Daydreams
8 - Ain't No Rest For The Wicked
9 - It's Just Forever
10 - Teeth
11 - Come A Little Closer
12 - Shake Me Down
13 - Sabertooth Tiger

 

Imagine Dragons

     O primeiro dia do Lollapalooza era o que em minha opinião tinham mais bandas interessantes para assistir e uma delas era o Imagine Dragons, cuja curiosidade se aguçou mais após estar presente na coletiva de imprensa feita dias antes ( confira aqui como foi ). Mesmo com o sucesso monstruoso que a banda vem fazendo, eu achei eles com muito "sangue no olho" e fiquei mais curioso ainda de ver uma banda Pop com muitos e excelentes ritmos, que poderiam muito bem se encaixar com qualquer banda brasileira pela adição de percussão, que a banda introduz em seu som, e assim como eu, um mar de fãs acompanharam a apresentação.

    Formado por Dan Reynolds nos vocais, Ben McKee no baixo, Wayne "Wing" Sermon na guitarra e Dan Platzman na bateria, os músicos entram no palco com vários elementos de percussão e Dan Reynolds entra carregando a bandeira do Brasil e a receptividade que obtiveram com Fallen, música do cd Nigth Visions de 2012, que iniciou o show da tour Into The Night de forma fantástica e após essa primeira Dan Reynolds ergue os braços e brada "BRASILLLLLLLLL".

   A dançante Tiptoe foi a segunda e já no começo do riff do guitarrista Wayne "Wing" Sermon temos as palmas dos fãs, que acompanharam no ritmo e como ela não é um dos grandes hits da banda, eu fiquei feliz ao ver tanta gente cantado junto e o melhor, bem alto, diga-se de passagem, fazendo aquilo um momento mágico.

    Dan Reynolds então pergunta como está a plateia e fala que aquele é o último show depois de muito tempo em turnê e que eles não podiam estar em um lugar melhor que aquele, e aí com Hear Me também do aclamado cd Night Visions, o público estava mais do que ganho. Dan Reynolds era só elogios, agradece ao incansável público da América Latina e afirma que viajou por todo o mundo, e completou dizendo que o Brasil é o melhor público que já tinha tocado.

    E então começa a cantar o refrão de It's Time, um dos maiores sucessos da banda. Indescritível, ver cerca de 60 mil pessoas cantando juntos com ele. A quantidade de aplausos no final registrou certamente um dos grandes momentos do Lollapalooza 2014.

    "Vocês são incríveis, obrigado" disse o simpático vocalista, antes de continuar com o ritmo Pop e dançante de Amsterdan, era perceptivo a boa luz do palco, que se perdeu em função do horário e depois o próprio telão foi desligado, Dan Reynolds lembra que seu pai morou no Brasil nos anos 80 e fala que somos um dos povos mais acolhedores do mundo e anuncia a próxima a música, a Rocks.

 

    Antes do cover de Song 2 do Blur ele avisa: "essa é uma das melhores bandas do mundo e pergunta a todos se estavam se sentido bem, pois ele estava e muito". Cha-Ching ( Till We Grow Older ) e o grande hit da banda Demons prosseguiu o show, sendo  que a Demons teve participação intensa dos fãs. Feliz da vida, o vocalista confessa que a banda é de Las Vegas e gostaria que lá fosse como aqui. Bleeding Out também foi uma surpresa por ver todos cantando e em seguida tivemos um pequeno solo de bateria feito por Dan Platzman que para serviu de intro para a música On Top Of The World.

    Dan Reynolds anuncia mais uma e coloca a bandeira do Brasil na percussão para executar The River do EP It´s Time de 2011 e nos aplausos finais, Dan Reynolds confessa que ele aquele tinha sido o melhor show da sua vida e que voltarão para o segundo álbum. Mas faltava ainda o mega-hit que colocou a banda no mainstream para o mundo... E então o Imagine Dragons  fechou o show com Radioactive. Impecável..

Set List do Imagine Dragons

1 - Fallen
2 - Tiptoe
3 - Hear Me
4 - It's Time
5 - Amsterdam
6 - Rocks
7 - Song 2
8 - Cha-Ching (Till We Grow Older)
9 - Demons
10 - Bleeding Out
11 - On Top Of The World
12 - The River
13 - Radioactive

Nine Inch Nails

    Embora a banda já tenha se apresentado pelo Brasil, aquela seria a primeira vez que eu viria a banda, tanto que lembro quando a vi pela TV na transmissão do Festival de Woodstock 94 com todos com os corpos cobertos por lama e o som frenético que encantou todo mundo na ocasião, e exatos 20 anos depois daquele festival, eu finalmente iria vê-los ao vivo.

    A minha decepção foi que a maioria esmagadora se dirigiu já para aguardar o Muse ficando grandes espaços e muitos que se encontravam atrás foram a frente para aguardar Trent Reznor nos vocais e guitarra, Robin Fink na guitarra, Alessandro Cortini na guitarra, baixo e teclado, Josh Eustis no teclado e baixo e Ilan Rubin na bateria. 

  Começaram de maneira absolutamente insana, com Wish do EP Broken de 1992 e com pancadaria solta, com o refrão "Wish there was something real..." inflamando e certamente pensei: "valeu a pena esperar", pois seguiram direto com a intro de bateria e riff cortante de Letting You, do álbum The Slip de 2008. A terceira foi Me, I'm Not, do excelente Year Zero de 2007, porém, a balada tirou um pouco de entusiasmo.

    Mas no começo de Survivalism, outra do Year Zero, a galera fez um pequeno coro,  que até parecia que o show seria mais Rocker e com os vocais agressivos de Trent Reznor. E o que dizer da seguinte a intro de bateria e o gênio pedindo participação dos fãs lá estava March Of The Pigs, seguida por Piggy, ou seja duas do The Downward Spiral de 1994. A próxima foi Find My Way do Hesitation Marks lançado em 2013, uma música triste e melancólica, seria estranho se fosse outro, mas afinal, estamos falando do Nine Inch Nails.

     Trent Reznor agradece aos fãs e a batida de Sanctified do Pretty Hate Machine foi facilmente reconhecida pela galera, afinal era do primeiro disco da banda de 1989. Depois tivemos Disappointed e All Time Low, numa sequencia digamos mais tranquila, do último cd de estúdio do Nine Inch Nails, que quem estava no festival desde as primeiras horas, digamos que acusou o golpe e aí, mesmo fã da banda, achei que eles erraram na escolha do set, já que sabiam que fechariam um placo do Lollapalooza e não colocar músicas mais Rocker, de levantar a plateia, já que um festival como esse certamente merece um set ou show diferenciado, que abale as estruturas e seja relembrado por todos, mas o NIN preferiu fazer o show normal da tour.

    E assim, como comecei a ir para a parte de trás, vi muitos fazendo o mesmo, talvez com o mesmo sentimento. A intro de bateria seguinte anunciou a Burn, única do set presente do cd Natural Born Killers.

   The Great Destroyer do Year Zero e The Big Come Down do The Fragile ( esse de 1999 ) continuaram o show neste clima menos intenso e seguiram com a segunda faixa do álbum Broken, a Gave Up e essa voltou com a sonoridade que queria ver, afinal a música de de 1992 era uma das minhas referências do NIN, aos gritos de "Nine Inch Nails", com uma calma introdução nos teclados, Hand Covers Bruise, música de outro projeto do vocalista ao lado de Atticus Ross, e certamente, as melhores voltaram com Beside You In Time do With Teeth de 2005.

   Chegado ao final do show eles tocaram a trinca The Hand That Feeds do With Teeth, Head Like A Hole do Pretty Hate Machine e finalizaram o show com Hurt, esta do The Downward Spiral foi muito esperada e teve uma execução excelente. Grande show, entretanto, eu esperava mais, ainda mais em um festival e obviamente eu queria apenas as mais Rocker, ou agitadas, pois imaginava que teríamos um set cheio de clássicos e certamente, muitas das tocadas foram as preferidas pelos fãs, que não arredaram o pé durante toda a apresentação. Agora  é esperar uma volta deles com um show solo e aí sim, que sejam tocados músicas mais pesadas.

Set List Nine Inch Nails

1 - Wish
2 - Letting You
3 - Me, I'm Not
4 - Survivalism
5 - March Of The Pigs
6 - Piggy
7 - Find My Way
8 - Sanctified
9 - Disappointed
10 - All Time Low
11 - Burn
12 - The Great Destroyer
13 - The Big Come Down
14 - Gave Up
15 - Hand Covers Bruise
16 - Beside You In Time
17 - The Hand That Feeds  
18 - Head Like A Hole
19 - Hurt

Muse

     Chegava a hora finalmente de (re)ver o Muse, pois já havia assistido eles no Rock In Rio em um excelente show, sem contar a abertura do show do U2 anos atrás, porém, muita ansiedade estava no ar, afinal, dias antes por uma nota no site oficial da banda, por problema de saúde do vocalista, eles cancelaram um show especial em uma das Lolla Parties e um atraso no horário previsto da apresentação serviu para os 'exageradinhos de plantão' começarem com rumores que não haveria show, e todos vendo o palco claramente sendo montado.

    Um erro monstruoso da minha parte foi não me aproximar muito de onde Matthew Bellamy ( voz principal, guitarra, piano, teclado, letra, sintetizador ), Christopher Wolstenholme ( baixo, voz secundária, teclado, sintetizador, harmónica ) e Dominic Howard ( bateria e percussão ) estavam tocando, pois em todos os festivais, o som é planejado para ser ouvido dentro de uma área especifica ou calculada, e a partir do momento que você fica fora dessa área, o som fica claramente ruim, pois fiquei no mesmo ponto onde estava quando passei no show do Capital Cities. Enfim, me posicionei diante daquele mar de gente, onde parecia que havia o dobro do informado por todas as fontes.

    Começaram com New Born do Origin Of Symmetry de 2001 e de lá, podia ouvir muito mais o público cantando do que claramente o som ( que realmente não estava bom no durante o show do Muse ) e tive a impressão de vir apenas do palco e não das caixas laterais.

    A seguinte foi Agitated do Random 1-8 ( o terceiro EP lançado em 2000 ) de que tem uma introdução de bateria de Dominic Howard, que quase não a ouvi e percebi que ali onde estava não teria condições de ter uma boa análise, que costumamos fazer de todos os shows que cobrimos e quando ouvi que a próxima seria homenagem a alguém e o Muse começou a tocar Lithium, aí percebi que seria a homenagem ao Kurt Cobain do Nirvana e na execução da mesma mesmo com um som péssimo,  percebi que a banda soa muito bem, mesmo sem seus elementos eletrônicos, que certamente sairiam bem se optassem por um som mais "agressivo"... digamos assim.

 

 

    Para resumir e não ser repetitivo em relação ao som, eles fizeram seu set list com Bliss e Plug In Baby, ambas do do Origin Of Symmetry, seguiram com The 2nd Law: Unsustainable do mais recende cd, o The 2nd Law de 2012, Butterflies & Hurricanes do Absolution de 2003 e Liquid State, também do último lançamento de estúdio, mas pelas questões de locomoção, não tenho como destacar mais detalhes destas músicas, afinal, estava tão cheio que era impossível ir para um lugar onde o som estava melhor. Entretanto, cito a hora que tocaram a Madness ( também do The 2nd Law ), que foi trilha sonora de novela, contou com muitas palmas da plateia, que a cantou a balada com a banda, em um momento que realmente marcou bastante.

    Depois disso tocaram Interlude e levantaram os fãs com Hysteria com a parte de Back In Black do AC/DC mais ao final, e posso dizer que estas duas do Absolution foram notadamente um ponto alto da apresentação. No meio de Starlight do Black Holes And Revelations de 2006 decidi ir embora perdendo a sequencia final da apresentação do Muse, que contou com Times Is Running Out e Stockholm Syndrome do Absolution, além de Yes Please do Random 1-8 antes do bis, que teve The 2nd Law: Isolated System ( do The 2nd Law ), Uprising  do The Resistance de 2009 e terminou com Knights of Cydonia do Black Holes and Revelations.

    Mas estas canções eu vi posteriormente que foram tocadas, ao escrever esta resenha, pois ao sair, qual foi minha surpresa - e o grande problema do festival - já que a CPTM infelizmente não se atentou a grandeza do evento e não fez nenhuma operação especial em função do Lollapalooza, para no mínimo 40.000 pessoas ( chutando por baixo ) que foram por dia de condução pública, afinal, a enorme fila que se formou na entrada da estação com o horário já tardio e para complicar no fim de suas operações de dias normais. Isso caros leitores(as)... gerou um sentimento muito ruim a todos que estavam lá, ou seja, o horário deveria ter sido prorrogado. Mas, como todos nós somos eleitores e teremos uma votação importante esse ano... é hora de pensarmos duas vezes antes de votar ou trocar o atual governo.

Texto: Marcos César de Almeida
Fotos:
Marcos César de Almeida e Equipe da T4F
Agradecimentos à Costábile Salzano Júnior e a equipe da T4F pela atenção e credenciamento.
Maio/2014

Set List Muse

1 - New Born
2 - Agitated
3 - Lithium
4 - Bliss
5 - Plug In Baby
6 - The 2nd Law: Unsustainable
7 - Butterflies & Hurricanes
8 - Liquid State
9 - Madness
10 - Interlude
11 - Hysteria
12 - Starlight
13 - Time Is Running Out
14 - Stockholm Syndrome
15 - Yes Please

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