Warrel Dane
Abertura: Seventh Seal
Domingo, 20 de abril de 2014
no Hangar 110 em São Paulo/SP

    Warrel Dane, vocalista que fez fama e sucesso nas bandas Sanctuary e Nevermore, porém, desde quando o guitarrista Jeff Loomis e o baterista Van Willians anunciaram suas saídas, a banda segue sem definição quanto a sua situação.

    Em sua terceira vinda ao Brasil ( a primeira foi em outubro de 2001 e em 2006 no festival Live 'N' Louder Rock Fest - saiba como foi , ambas  com o Nevermore ), Warrel Dane fecha a turnê com chave de ouro em São Paulo, esbanjando simpatia e tocando os clássicos de toda sua carreira seja do único álbum solo, o Praises To The War Machine ou dos tempos do Nevermore. Foi a primeira vez que ele realizou shows solo no país e mesmo sem estar divulgando um novo trabalho, quem foi até o Hangar 110 pode acompanhar uma noite de muito Heavy Metal com um vocalista deveras empolgado.

Seventh Seal

    A noite promete muito antes de começar, ainda na van para o evento, os meus companheiros de viagem iam comentando sobre suas expectativas de como seria a apresentação de Warrel Dane esta noite, chegamos bem cedo no Hangar 110 ( por volta das 18h30 ) e tanto dentro da casa como fora, tem poucas pessoas e às 19h45, sobe ao palco a banda paulistana Seventh Seal, com a seguinte formação: Thiago Oliveira e Tiago Claro nas guitarras, Leandro Caçoilo ( ex-Eterna, Soulspell, Sacred Sinner, Aquaria ) nos vocais, Gustavo Marabiza no baixo e Jackson Ferrante na bateria.  O quinteto está na estrada desde 1995 eles possuem três álbuns de estúdio para nos mostrar. A empolgação dos músicos é evidente, mas o som das caixas estava bem embolado de onde eu estava ( na pista e de frente do palco ).

    A primeira do set é a Beyond The Sun que também abre o último álbum dos caras de fevereiro desse ano, o Mechanical Souls ( leia resenha ). Todos os músicos bangeiam bastante, o vocalista Leandro Caçoilo pede "hey" e os poucos que estão na pista apoiam, enquanto os guitarristas Thiago Oliveira e Tiago Claro esmerilham as guitarras e o baixista Gustavo Marabiza me lembra “O cara que sente as músicas” ( do programa "A Estranha Mente" do Multishow ). Leandro Caçoilo avisa que essa é a banda Seventh Seal, Gustavo Marabiza chama a galera para agitar, nesse momento ainda somos um pequeno grupinho, mas todos com a atenção voltada para o palco.

 

    A próxima é Dreams Of Green ( outra do Mechanical Souls) e a música tem um peso ótimo, Leandro Caçoilo é muito bom, apesar do som estar ainda ruim e o guitarrista Thiago Oliveira também toca com o Warrel Dane, tocando nas duas bandas hoje e acompanhando o vocalista nessa maratona pelo Brasil.

    Leandro Caçoilo conta sobre o novo álbum, agradece e comenta como é importante abrirem o show para um músico como Warrel Dane, e avisa: "vamos tocar a Seventh Seal" ( do primeiro álbum, o Premonition de 2001 ) e do meu lado um cara solta um "puta que o paril!". Essa já começa nervosa, o Hangar vai começando a encher, Thiago Oliveira faz umas firulas durante este solo, Gustavo Marabiza é só caras e bocas, Leandro Caçoilo é 'fudido', e isso tudo gera naturalmente muitas palmas sempre, tem até pessoas gritando nomes de música dos caras.

    Um Tiago Claro está super feliz em tocar a Stand Up And Shout ( essa é uma cover do saudoso Dio e seu primeiro álbum Holy Diver de 1983 ). A galera canta junto toda a música, afinal Dio é Dio. O pessoal acompanha nos "heys" e punhos ao ar essa música e também aplaudimos muito ao final.

    Em seguida, Leandro Caçoilo avisa: "Obrigado a próxima é do nosso segundo disco Days Of Insanity" e a Pleasure Of Sin, gravada por eles em 2007 começa com uma batera insana, ele canta mais concentrado e o microfone do backing vocal soa um pouco baixo em relação aos outros instrumentos, mas, adorei essa música. Tiago Claro bangeia muito e se junta para tocar com Gustavo Marabiza e fazem um solinho ( caótico ) que provoca  a galera, que bangeia mais de leve e em seguida ele assume o microfone para nos agradecer. Leandro Caçoilo anuncia que as próximas serão do álbum Mechanical Souls e agradece a galera que apoia as bandas nacionais.

    A Back To The Game é outra pesada, a casa tem telão onde eles transmitem tudo o que se passa no palco, e a banda não utiliza nenhum adorno no palco. A próxima é a Mechanical Souls, com uma intro e um 'peso da porra' e dessa vez quando ele pede "hey" muitos mais participam, eles se movimentam no palco como podem - já que o palco é bem pequeno - eles têm fãs fiéis... e porque eu sei? Bem porque sabem o que cantam tanto que recomendo escutar os álbuns dos caras, porque as caixas de som hoje não fizeram jus a essa ótima banda. Também atendemos as palmas, a galera curte e alguns até bangeiam, mas, a maioria fica de boa, entretanto sempre muitas palmas ao final de cada música, e pelo menos de onde eu estava não teve o clássico desrespeito com as bandas nacionais: "acaba logo!".

    Leandro Caçoilo anuncia: "Essa agora é a saideira, valeu!, Dark Chant" ( adivinha o álbum? também do Mechanical Souls ) e prossegue: "aí galera quero ver todo mundo cantando alto!".

    Posso dizer que esta possui uma pegada mais envolvente e no meio da música me sobe um cara no palco, mas, demora meia hora até juntar quem queira ampara-lo na pista, mas, depois de vários gestos para o pessoal, ele consegue se jogar e comemora nos braços da galera, Tiago Claro, já está possuído pelo espírito dos bangues, eles tocam com vontade, a maioria acompanha só com a cabeça de boa, os músicos agradecem e saem ao som das palmas, jogam palhetas e nos cumprimentam, enquanto as cortinas ( que lembram uma banheira gigante ) se fecham, antes de sair Thiago Oliveira relembra: "nos vemos daqui a pouco!". O show acaba às 20h30, o pessoal curtiu muito, e o melhor, sem aquela multidão de câmeras para obstruir a minha visão.
 

 


Set List do Seventh Seal

1 - Beyond The Sun
2 - Dreams Of Green
3 - Seventh Seal
4 - Stand Up And Shout
5 - Pleasure Of Sin
6 - Back To The Game
7 - Mechanical Souls
8 - Dark Chant

 

Warrel Dane

    Às 20h55, entra o tão esperado Warrel Dane ex-vocalista das bandas Nevermore e Sanctuary, nosso filósofo, teólogo e sociólogo, também é conhecido por algumas letras polêmicas. Em meio a comemoração da galera, os músicos tocam a When We Pray ( do Praises To The War Machine álbum solo de Warrel do ano 2008 ). Todos cantam apaixonadamente e acompanham nas palmas do baixista Fabio Carito ( que toca também nas bandas Shadowside, Instincted e SupreMa ), as câmeras guardadas no show de abertura já estão a postos, casa cheia e o palco continua sem adornos, no final dessa música uma chuva de palmas.

    Eles emendam a The Day The Rats Went To War ( outra do Praises To The War Machine ) acredito que podiam aumentar a voz do Warrel em alguns momentos, os backing vocals então... Quase nem dá para escutar... e Warrel Dane pede: "Let me see your fucking hands" !!!, algumas pessoas comentam: ele está bem velho, eu achei ele super estiloso me lembra o 'Pai Mei' do filme Kill Bill!.

    Agora sim uma pequena pausa, noto que no palco os músicos são só sorrisos, Warrel Dane pergunta: "vocês estão bem? Vocês gostam de Heavy Metal? Porque Heavy Metal não e só música, é um way of life".

    Enquanto ele ensina o que é Heavy Metal, o pessoal não para de gritar nomes de músicas, mas, a escolhida entre tantas agora é a Narcosynthesis ( gravada no Dead Heart In A Dead World, álbum da banda Nevermore do ano de 2000 ), e já é o suficiente para levar alguns à loucura, o pessoal canta em cima e embaixo do palco, no meio da música Warrel Dane se abaixa para cumprimentar os mais próximos na pista, a minha volta muitos pulos e até um maluco arrancando os cabelos ( sério ), nossa voz sobressai a dele em alguns momentos, ele ainda trabalha bem os agudos, apesar do mic baixo, existe uma pequena microfonia, Warrel Dane tira uma onda e também o chapéu nos últimos riffs e bangeia com seus cabelos brancos, longos e fininhos com a gente.

   Nova pausa, enquanto um 'roadie ninja' se joga no palco para arrumar algo no palco. "Um pouco de voz no retorno por favor", pede Warrel Dane e pede para nós: "quero que vocês cantem, pulem ou enlouqueçam com a Inside Four Walls", gravada no Dead Heart In A Dead World e pulam os músicos, pula a pista e até o Warrel Dane, que não satisfeito pula outras vezes, faz vários gestos para comandar a galera, aponta o 'mic' para nós no refrão, e avisa: "eu não entendo o inglês de vocês!" É um fanfarrão.

    "Vocês já ouviram a Dreams? Vocês estão prontos? Estão prontos para ir além?" E então, Beyond Within, mais uma da época do Nevermore do álbum Dreaming Neon Black de 1999 e essa foi cantada a plenos pulmões do início ao fim, nós completamos o refrão "Welcome To The Fall", os músicos vêm até a frente, bom eles vêm até onde dá... ( já que o palco é pequeno para grandes movimentações ), todos nas palmas, o cara do pulo está de volta.

    Um 'roadie' dá uma ajuda com o 'pé na bunda', mas sem maldade, pois, nem o derruba e como já imaginava, depois de vários gritos e pedidos para a galera se juntar, ele se joga novamente, noto que Warrel Dane está com uma camiseta com o símbolo da banda Sepultura de baixo da jaqueta, também está com um chapéu de cowboy... Estiloso como ele só.

    Todo paciente, o músico fica dizendo depois eu canto, mas a galera não para de pedir músicas lá na frente, mais e mais músicas, Warrel Dane decide: "vocês estão prontos? Prontos para um pouco de veneno? Essa é uma canção especial para nós! Essa é a Poison Godmachine!", e a música gravada no Dreaming Neon Black começa com uma bateria feroz. Me pergunto se tem alguma música que esse povo não conheça, pois, a grande maioria da casa canta todas como se não houvesse amanhã, solinho da hora e Warrel Dane vai até os cantos para cumprimentar outros fãs, pouquíssimas câmeras gravando agora, a maioria do público está apaixonada demais para perder qualquer minuto do show.

    Já não tão mais paciente Warrel Dane pede: "Cara não seja tão fucking eager!", provavelmente estava falando com um cara que não parava de pedir para ele autografar um cd e a próxima é a The River Dragon Has Come ( do Dead Heart In A Dead World ) os guitarristas Johnny Moraes ( Hevilan ) e Thiago Oliveira ( Seventh Seal ) se juntam para tocar, e adivinha? Essa a galera também se mata de cantar! Muitos 'heys' e banges, a galera grita "Warrel Dane, Warrel Dane", e ele corta o nosso barato com um: "Ok já chega!".

    "Vocês escutaram muitas palavras, algumas palavras são acidas... E essa é uma rápida, enlouqueçam se quiserem, mas não é minha culpa, essa é a My Acid Words", gravada pelo Nevermore no This Godless Endeavor de 2005 e não é que é rápida mesmo? Os músicos fazem jus as suas sete cordas nas guitarras e cinco no baixo, a paixão do povo só aumenta, no refrão cantamos com punhos ao ar, mas eu só acho... que essa música merecia uma roda!

    Warrel Dane fala que está suando, ele avisa que ainda tem muitas canções, mas, a galera ainda continua pedindo músicas, e lá de cima ele fica: "essa vem depois!" Então conversa com o Fábio Carito e se acertam com o Thiago Oliveira, Warrel Dane filosofa: "as coisas são loucas, as pessoas são loucas, essa é a fucking Seasons Of Destruction", composição gravada no Sanctuary no álbum de 1995, o Into The Mirror Black, ele canta muito ainda, essa a galera conhece e canta menos, mas ao vivo, não tem como ficar parado e já consegui ficar tão perto do palco! ( Adoro casas de show pequenas) os sorrisos dos músicos nos contagiam.

    Ao final de cada música eles são ovacionados sempre, ele fala mais sobre a música, mas eu não entendo tudo o que ele diz, só 'pesco' o vamos espiar The Termination Proclamation ( música do Nevermore do cd The Termination Proclamation de 2010 ), o baterista Marcus Dotta ( da banda Skin Culture ) está fazendo um ótimo trabalho está noite, já Thiago Oliveira toca mais concentrado agora, Warrel Dane continua um show de vitalidade pulando e agitando, e nós pulamos com ele, ele vira o microfone para nós completarmos o refrão: "Welcome to this vital installation, The termination proclamation!".

    E pacientemente pede para esperar ( as pessoas continuam pedindo música! Força na paciência Warrel! ), e ele avisa: "Vamos tocar outra da banda Sanctuary, vocês são poderosos! São Soldiers Of Steel" e esta dos idos de 1987, do álbum Refuge Denied contém belos riffs, é toda trabalhada no falsete e a galera tenta imitar algumas partes, mas nem todo mundo nasceu para os falsetes da vida, além de cantar, também usa as mãos para interpretar a parte mais lenta da música, flagro o momento em que Johnny Moraes balançando a cabeça, olha para o Warrel Dane tipo: 'é... Ele cara é foda!'.

    "Let me see your hands!", ele diz e vibra, assina uma capa de cd, bebe água, vai e cumprimenta o cara na pista, tudo ao mesmo tempo!!! Em seguida, comenta que está um calor danado e abre a jaqueta mostrando a camiseta do Sepultura, que está por baixo e todos saudamos seu bom gosto.

       E então complementa: "Essa próxima vem do meu coração, quero que vocês cantem comigo, eu sei que vocês têm um irmão que que vocês brigam! Mas vocês se amam! Vocês vêm da mesma mãe" e um cara vai correndo ( atropelando ) até a frente do palco com os braços abertos, para curtir a música Brother ( do cd Praises To The War Machine ), e Thiago Oliveira se envolve nessa música, enquanto Fabio Carito canta junto com a gente e não é que o cara conseguiu parar lá na frente e ainda cumprimentou o Warrel?

   No final da música Warrel Dane diz que havia anunciado uma surpresa para esse show e chama um convidado: Daniel Erlandsson, baterista da banda de Death Metal Melódico Arch Enemy e ele sobe ao palco e assume as baquetas. Warrel Dane manda: "e vocês Beijem suas namoradas, porque elas roubaram seus corações! Elas são seus The Heart Collector", foi a deixa dada para a execução da música gravada no Dead Heart In A Dead World.

     A galera comemora e canta essa como se não houvesse amanhã, para alivio dos fotógrafos de plantão, as fumaças do mal ficam apenas no teto, depois ele pede: "eu quero que vocês cantem esse refrão bem alto!" Bem acredito que nós conseguimos, já que nem consigo mais escutar a voz de Warrel Dane nessa música.

    Ao final, ele agradece a participação de Daniel Erlandsson, que sai do palco aplaudido por nós, voltando para o show: "ok... agora vamos tocar uma do Refuge Denied, vocês estão prontos para a Battle Angels?" Ele avisa: "olha São Paulo eu quero um pit!". E até que essa música merece um pit, mas não temos um, bom temos o garoto que quer pular novamente do palco e o roteiro não muda: o roadie vai lá para dar aquele empurrão amigo, a galera não está afim de se juntar para segurar ninguém e dessa vez ele quase cai para ninguém pegar, entretanto, essa é a melhor música da noite! Ele pede roda e a galera só quer bangear e pular com o Warrel Dane, até aparece a galera do empurra-empurra para fazer um H, mas, já estava no finzinho da música.

    "Vocês estão se divertindo? Esse show é muito especial! Bom eu não quero ser salvo, porque I Next In Line!!!", foi o anúncio da composição gravada no The Politics Of Ecstasy do Nevermore em 1996 e a galera completa o nome da música antes dele, dizem que nessa música tem um pequeno 'sample' do filme Jacob’s Ladder, eu já escutei mil vezes e não achei, mas, se tiver só mostra o bom gosto dos caras! Nós cantamos "I don't want to be saved" e Warrel Dane completa "I'm next in line to die", o trampo de riffs de guitarras é lindo, a casa parece cheia, mas, dá para agitar de boa. Eles emendam a pesada Enemies Of Reality, título do álbum Enemies Of Reality de 2006, também da época da banda Nevermore, que vem para trazer o caos para o Hangar 110.

    "Obrigado, agora nós vamos fingir que não voltamos e vocês fazem bastante barulho" e completa baixinho... "na verdade vamos beber água", eles saem as 10h20, voltam em menos de cinco minutos, com um Warrel Dane querendo barulho, nós também temos mais uma convidada, Juliana Rossi da banda Sattva Rock, essa é a Dreaming Neon Black ( título do cd Dreaming Neon Black ) e a galera volta a cantar com vontade, algumas pequenas microfonias, mas, nada que atrapalhe nossa animação e as nossas câmeras, ela canta bem, mas a voz sai baixa em alguns momentos e essa música acalma os ânimos da galera, ao final Juliana Rossi se despede ao som das nossas palmas, enquanto Warrel Dane agradece a sua participação.

    "Então vamos lá? Que tal cantar uma mais uma canção? Chame sua mãe e diga que a ama! Ou algo do gênero, pois ela é o motivo de You Are Born", forma de anunciar a Born, do ótimo This Godless Endeavor, opa a galera da uma acordada e até temos um empurra-empurra amigável, quase uma roda. Warrel Dane comemora com um "Let me see your fucking hands! Obrigado vocês são foda! Opa... esqueci temos mais uma canção" e o Thiago Olveira faz gestos para pedirmos mais músicas, enquanto Warrel Dane confabula com o Fabio Carito e os músicos tocam a Taste Revenge ( do Into The Mirror Black ), a animação do povo volta com força total agora, cantamos juntos com os músicos, enquanto o vocalista continua cantando e cumprimentando os mais perto do palco.

    Agora é a vez de Future Tense ( outra do Into The Mirror Black ) e a galera da pista comemora e Thiago Oliveira bate palmas conosco, e se nessa altura do campeonato Warrel Dane consegue pular, eu também consigo! Sorrisos estampados nas caras dos músicos, a minha volta e também me contagio com esse clima. Essa é outra cantada do início ao fim por esse coro apaixonado, quem não canta, bangeia, quem não bangeia abraça o seu amor, mas todos acompanhamos as palmas de Warrel Dane nessa música. Ele ainda insiste em um pit, afinal estamos perto do fim do show, alguns se empolgam, mas dura pouco.

    Os músicos se reúnem mais um pouco, e iniciam a The Seven Tongues Of Fucking God ( o 'fucking' não pertence ao nome da música do álbum The Politics Of Ecstasy ), agora sim, a roda é por nossa conta e jogam cervejas nas pessoas e o mais inesperado: a roda termina em abraços para todo lado, o resto das pessoas bangeia ou pula com vontade.

    Warrel Dane pergunta: "One more? keep the best for last!" E a última da noite é a Dead Heart In A Dead World, que intitula o álbum e tome roda de novo, mas, dessa vez eu sinto alguns empurrões nas minhas costas e mais outras pessoas sobem ao palco só para se jogar na galera, muitas palmas e punhos ao ar, enquanto cantamos com Warrel Dane, ele agradece e avisa que nos veremos novamente e antes de sair tira foto com a gente, cumprimenta mais um pouco os fãs, os outros músicos se despedem jogando palhetas e baquetas para nós.

    O público estava muito empolgado com o show, isso se refletiu na animação de Warrel Dane e de seus músicos, houveram microfones baixos, um ou outro rateio em um nota ou outra, também acredito que a qualidade do som das caixas poderia estar muito melhor ( principalmente na primeira banda ), quem teve acesso ao mezanino da casa disse que o som lá em cima estava perfeito, uma pena para todos que curtiram na pista, mas isso não impediu de ser uma grande noite para os fãs, que deram um show à parte, independente dos que saíram botando defeitos a torto e a direito quando o show terminou. Eu e todos os fãs dessa noite vamos torcer para que Warrel Dane cumpra sua promessa e volte logo novamente!

Texto: Erika Alves de Almeida
Fotos: Erika Beganskas
Agradecimentos à Tiago Claro da
TC7 Produções pela atenção e credenciamento
Maio/2014

Set List de Warrel Dane

1 - When We Pray
2 - The Day The Rats Went To War
3 - Narcosynthesis
4 - Inside Four Walls
5 - Beyond Within
6 - Poison Godmachine
7 - The River Dragon Has Come
8 - My Acid Words
9 - Seasons Of Destruction
10 - The Termination Proclamation
11 - Soldiers Of Steel
12 - Brother
13 - The Heart Collector
14 - Battle Angels
15 - Next In Line
16 - Enemies Of Reality
Encore:
17 - Dreaming Neon Black
18 - Born
19 - Taste Revenge
20 - Future Tense
21 - The Seven Tongues Of God
22 - Dead Heart In A Dead World

 Clique aqui e confira uma galeria com 65 de fotos dos shows de Warrel Dane e Seventh Seal no Hangar 110 em São Paulo/SP

Voltar para Shows