Epica - The Brazilian Enigma Tour
Abertura: Dragonforce
Domingo, 08 de março de 2015
no Áudio Club em São Paulo/SP

    Há praticamente dez anos atrás, tive o prazer e a honra de assistir o Epica pela primeira vez, e naquele dia, estava começando a ouvir a banda holandesa, que se apresentou ao lado do Kamelot no extinto Via Funchal em São Paulo/SP ( saiba como foi ) na festa que comemorava os quinze anos da gravadora Hellion Records. De lá para cá a banda cresceu, se consolidou no cenário, garantiu uma grande legião de fãs e retornou ao Brasil praticamente sempre a cada novo cd lançado. Nesta atual passagem eles estão divulgando o seu sétimo trabalho de estúdio, o álbum The Quantum Enigma, lançado em 2014, que foi muito elogiado pelos fãs e crítica.

     E assim como tem sido nas apresentações em vários países do mundo, a banda DragonForce foi a atração de abertura desta tour, sendo que eles estão divulgando o álbum Maximum Overload, o sexto da carreira e que marcou o retorno dos ingleses ao país após três anos de sua última passagem por aqui.

DragonForce

    O DragonForce é uma banda de Power Metal fundada em 1999, que ficou famosa pelas suas músicas complexas utilizadas no game Guitar Hero, tanto que muitos os consideraram como 'a banda do Guitar Hero'. E apesar de gostar bastante do estilo Power Metal há vários anos, confesso que a forma que o DragonForce explora o estilo não é das que mais aprecio e estava bastante apreensivo para ver como seria o show deles ao vivo.

    Pois bem, após o rápido credenciamento, adentrei ao Audio Club e reparei que a casa ficou muito melhor após sua reforma ( para quem não se lembra, lá era o antigo A Seringueira ). Com o passar do tempo foi recebendo um grande público, sinal claro que se não tivéssemos uma apresentação de 'ingressos esgotados', com certeza, chegaríamos bem próximos disso, o que foi muito bom em se tratando de duas bandas da nova geração do Heavy Metal mundial.

    E conforme o programado, às 19:30, o DragonForce iniciou o seu show com a entrada de Gee Anzalone na bateria durante a introdução com um estilo de jogo de vídeo game, que trouxe também Herman Li  e Sam Totman nas guitarras, Frédéric Leclercq no baixo, Vadim Pruzhanov nos teclados e por fim, Marc Hudson nos vocais, além de muitos aplausos dos fãs, que aguardavam ansiosamente pelo show e demonstraram isso também com 'heys' e braços ao alto.

   Em recepção, o DragonForce executa o Power Metal Fury Of The Storm ( do disco Sonic Firestorm de 2004 ) à toda velocidade com direito à todas as 'fritações', digitações, dedilhados e toda aquela técnica do tipo "eu-toco-3000-notas-por-minuto-e-sou-melhor-do-mundo", que já eram esperados. A diferença é que a banda exibiu muito carisma, muita movimentação e foi contagiando o público com facilidade.

    O vocalista Marc Hudson faz a saudação para a plateia, diz que é um grande prazer para o DragonForce estar de volta ao país se apresentando nesta noite e que é muito importante estar nesta turnê com o Epica, assim, com o vocalista pedindo um 'Wall Of Death' ( que não aconteceu pelo tanto de gente na pista ) e com Vadim Pruzhanov trazendo efeitos viajantes nos seus teclados, eles iniciam a ótima Three Hammers do novo Maximum Overdrive de 2014, que foi acompanhada nas palmas, 'heys' e até que o seu refrão foi cantado por muitos felizes fãs, e uma verdade tem que ser dita... eles empolgam também quem não os conhecia, pois, o vocalista cantou os versos com muita dedicação e entrega e vale dizer: o nível não baixou mesmo quando os inquietos Herman Li e Sam Totman fritaram suas guitarras ( ou se preferir, extraindo aqueles solos aceleradíssimos ).

    Aos gritos de "DragonForce... DragonForce..." o carismático vocalista fala novamente com os fãs e instantes depois, as linhas melódicas e um tanto cadenciadas de The Game ( outra do novo trabalho ) ecoam pelo Audio Club, que pelo seu ritmo fizeram todos agitarem bastante com a banda e nesta música o guitarrista Herman Li deu um pulo completamente transloucado: ele pulou para trás e girando o corpo no ar... muito impactante para quem está olhando, além disso, ele erguia toda hora sua guitarra e por muitas vezes colocava a língua nas suas cordas para inflamar mais a galera ( sinal que ele deve ter se inspirado em um certo Jimi Hendrix ao fazer isso ).

    Em seguida, o vocalista nos envia um "obrigado" na nossa língua e avisa que vai nos dar um presente: a música super melodiosa Seasons do The Power Within de 2012 e esta contou com grandes agudos do vocalista, longos solos de guitarras e teclados combinados, um verdadeiro deleite aos fãs do Power Metal, que responderam em muitos "heys..heys" e aplausos.

    E foi nesta hora que o vocalista ganha uma bandeira do Brasil, a exibe e a coloca em diante da bateria de Gee Anzalone. Muito bacana foram as paradinhas para que os fãs participassem ainda mais antes dos solos de guitarras e teclados, que aconteceram nesta terceira música do show dos ingleses.

    De forma direta Marc Hudson anuncia a nova Symphony Of The Night com todo o seu clima de batalha medieval, que é acompanhado nas palmas mais uma vez e que pouco depois ferve em adrenalina levando à galera à um momento de quase insanidade.

    E quando chega a hora da dupla disparar seus solos de guitarras totalmente melodiosos, o vocalista pega uma câmera e filma os fãs, mas sempre lhes solicitando mais palmas, mãos aos altos e gritos. E quem pensa que tivemos apenas solos de guitarras se engana, pois, o tecladista Vadim Pruzhanov também veio à frente ( e repetiu isso algumas vezes no show ) com um 'keytar' para comandar a euforia dos presentes. É.... ao vivo o DragonForce provou que ser melhor que eu pensava.

    Agradecendo com um "Thank You" e sendo aclamado pelos presentes no Audio Club, o vocalista Marc Hudson nos pergunta "se estamos prontos para uma dos bons tempos" e com o forte "yeaahhhh" que foi ouvido em resposta, eles iniciam a Cry Thunder do álbum The Power Within e seus vocais - que costumeiramente são cantados em coro pelos demais integrantes da banda - tiveram nesta noite a participação de um grande número de fãs e o vocalista era só alegria, pois, além de sua grande presença de palco, ele deixou claro que possui um 'baita gogó' ao cantar seus versos.

    E um fato tenho que registrar: como essa banda gosta de pular durante o show, inclusive o guitarrista Herman Li foi o mais alvoroçado durante todo o show. E em plena euforia, Herman Li, Vadim Pruzhanov, Sam Totman e Frédéric Leclercq tocaram um trecho da música no instrumento do outro, um momento de muita técnica que fica bastante divertido no show.

    Com os fãs gritando novamente o nome da banda, eles executam a rápida e deveras melódica Valley Of The Damned ( título do álbum de 2003 ), que ganhou de vez que ainda não estava ligado na banda. E foi impressionante como a dupla Herman Li e Sam Totman abusava das digitações em suas guitarras, como o Gee Anzalone mantinha a base no bumbo duplo de sua bateria e o tecladista Vadim Pruzhanov, que saia de trás dos seus teclados empunhando seu já citado 'keytar' para participar deste momento de pura interação com os fãs.

    Eles avisam que o tempo estava do seu show estava se encerrando, que eles queriam muito barulho dos fãs e então, do álbum Inhuman Rampage ( de 2006 ) eles tocam a veloz e exageradamente Power Metal Throught The Fire And Flames, uma contagiante composição, que foi cantada por todos e exibiu longos solos melódicos de guitarras cheios de novas 'fritações', além de toques velozes na bateria e muitos solos de teclados, mas sempre com partes destinadas aos fãs cantarem os versos com Marc Hudson.

    E vale dizer que a galera cantou com muita força, especialmente os trechos dos "ôôôôô", que foram regidos pelo vocalista naquele esquema de lado direito e esquerdo, porém, feito discretamente no meio de tantos solos. Esta música marcou um pequeno acidente: no final, o frenético guitarrista Herman Li joga sua guitarra para o roadie pegar, mas este não estava preparado, a deixou cair e com a queda no chão... ela quebrou... ( inclusive existe um vídeo da guitarra colada, veja aqui https://www.youtube.com/watch?v=CzAOg3FcAxk ).

    Na despedida, eles jogam palhetas, cumprimentaram a plateia, seguram a bandeira do Brasil nas mãos, além de registrar a tradicional foto com todos nós ao fundo. Durou apenas uma hora, entretanto, asseguro: foi um ótimo show do DragonForce, com uma iluminação que deu mais emoção ao espetáculo e vou ouvir mais da banda a partir de agora, mas com algumas ressalvas, afinal, eles mergulham um pouco mais fundo do que sou acostumado à ouvir em se tratando de Power Metal, como disse anteriormente. É tem bandas que funcionam melhor ao vivo que no estúdio.

Set List do DragonForce

1 - Fury Of The Storm
2 - Three Hammers
3 - The Game
4 - Seasons
5 - Symphony Of The Night
6 - Cry Thunder
7 - Valley Of The Damned
8 - Through The Fire And Flames

Epica

    A troca de palco para o Epica não demorou e ao contrário do que normalmente acontece, onde deveria ficar a bateria havia um espaço livre, esta estava no lado direito e os teclados no lado esquerdo do palco ( de quem olha da pista ), isto me chamou a atenção, mas depois quando o show começou entendi o porquê. E mantendo a pontualidade, quando o relógio marcava 21hs, hora de começarmos a ouvir a introdução orquestrada de Originem em meio a muitas fumaças ( que praticamente durante todo o show se fizeram presentes ) para que os integrantes da banda pudessem adentrar ao palco em um clima relativamente sombrio.

    O primeiro que chegou ao seu posto foi o baterista Ariën van Weesenbeek e depois o tecladista Coen Janssen seguidos pelo trio de cordas da banda, Mark Jansen na guitarra e vocais guturais, Isaac Delahaye na guitarra e Rob van der Loo no baixo, para que a emoção dentro de cada um dos presentes aumentasse significativamente por aguardar linda vocalista Simone Simmons, que chegou por último. O show desta noite no Dia Internacional da Mulher seria o último da The Brazilian Enigma, nome dado a perna brasileira da tour e era evidente que a banda - que possui treze anos de carreira - queria realizar uma apresentação para deixar saudades.

    A beldade ruiva trajava um vestido até que curto, preto, longas meias pretas e um 'tomara que caia' para delírio da ensurdecedora galera, que ante a um solo de guitarra matador, que trouxe a melodia caótica e cheia de solos de guitarras presente em The Second Stone, do novo cd The Quantum Enigma. E esta nova composição de 2014 mostrou que os fãs brasileiros também aprovaram o novo álbum, pois, cantaram seus versos com a vocalista e receberam os guturais de Mark Jansen. Durante os solos de guitarras, era impressionante como os músicos 'bangueavam', inclusive a diva de olhos azuis.

    Em seguida, com Simone Simmons dizendo um "good evening São Paulo" hora da agressiva The Essence Of Silence, outra música nova, que estava na ponta da língua dos fãs e seu clima mais agressivo nos vocais de Mark Jansen foi sendo contrastado com a suavidade dos vocais de Simone Simmons conquistando assim de vez a plateia, que estourou nos "hey...hey...hey", e deu para ver que a pegada do Epica está mais pesada se comparada quando vi a banda pela primeira vez.

    Aos gritos de "Epica...Epica", a sorridente e notadamente feliz vocalista nos agradece pela calorosa recepção e introduz com a plateia nas mãos, a The Last Crusade do Consign To Oblivion de 2005, que já pode ser considerada um clássico da banda. Esta música colocou fogo no Audio Club e eletrizou de vez o show.

    Dois pontos que estavam chamando a atenção desde o início da apresentação - e que quero ressaltar nesta resenha - eram a iluminação perfeita e o peso que o Epica estava aplicando no show, levando do seu tradicional Symphonic Metal mais próximo a um Death Metal. E do ponto central entre a bateria e os teclados, Simone Simmons cantou as partes mais progressivas com todas as luzes voltadas para ela e passeando pelo seu corpo criando um efeito visual muito bonito de se ver, que garantiu muitas palmas dos presentes no Audio Club no ritmo da música e a condução dos holandeses com momentos pesados e calmos encantou ainda mais.

    Antes da próxima música foi a vez de Mark Jansen nos saudar dizendo que este era o último show da tour no país e então anunciou a Unleashed do Design Your Universe ( de 2009 ), que começa mais sinfônica e instantes depois, deixou claro o lado mais extremo do sexteto, caminhando pelo Death Metal, excedendo-se apenas pela angelical voz de Simone Simmons, que desfilava de um lado para outro do palco e sempre brincando com os músicos do Epica em um clima de muito carinho, e os fãs não deixam por menos... cantam e seguem nas palmas nas partes mais calmas.

    Foi nesta hora alguém jogou uma bandeira do Brasil ( com os dizeres: "Enigma Tour" ) no palco e carinhosa vocalista, a guarda na frente da bateria, como é de certa forma um padrão de respeito de quem se apresenta por aqui.

    Com braços ao alto e muitos 'hey...hey', que são regidos por Mark Jansen, Storm The Sorrow do Requiem For The Indifferent ( disco de 2012 ) prossegue o show com muitas palmas, linhas sinfônicas e um andamento gostoso de ouvir que ficou muito mais pesado nesta noite no Audio Club, ainda mais com Mark Jansen urrando com muita fúria suas partes.

Atendendo aos pedidos

    Depois, Mark Jansen nos pergunta se preferimos Façade Of Reality ou Fools Of Damnation para que escolhamos qual das duas músicas seriam tocadas, bem minha preferência era pelas duas, mas a galera escolheu a primeira ( do primeiro The Phantom Agony de 2003 ) e a longa criação foi tocada com todo o seu delirante ar progressivo e fantasmagórico. A potência que o Epica aplicou nesta versão ao vivo foi mesmo emocionante, mas, quando a vocalista volta a cantar... voltamos a ficar enfeitiçados com sua atuação seja na frente do palco ou 'bangueando' com Coen Janssen nos seus teclados, acredito que tivemos neste momento tivemos um dos pontos altos do show.  

    Do The Divine Conspiracy eles tocam na sequencia a Fools Of Damnation, a segunda daquela hora de se escolher ( é... eles ouviram e atenderam meu pedido... e de muitos fãs lógico!!! ), com muitos aplausos e muitos cantando seus versos com uma orientação árabe, bastante vocais guturais de Mark Jansen duelados com os líricos de Simone Simmons e um andamento mais rápido de forma que os fãs pudessem 'banguear' bastante, que teve direito até ao - agora careca - Coen Janssen vir a frente com um pequeno ( e deveras curioso ) teclado curvo para interagir com os fãs ( ato que ele repetiu mais vezes no decorrer do show ). Nesta, quem se destacou também foi o baterista Ariën van Weesenbeek, que manteve a pegada em todos os seus repiques.

     A vocalista nos pergunta se queremos mais em um bom português ( que dúvida para responder hein... ) e então, o hit Sensorium, gravado no The Phantom Agony voltou a incendiar a casa pelas suas linhas contagiantes, que ora são mais melódicas e calmas... ora são mais agressivas e pesadas, essa música é uma bela lembrança de quando me tornei fã da banda e ao vivo, especificamente esta noite, ela soou ainda mais pesada para delírio geral de todos no Audio Club, que acompanharam muitas partes nos "hey...hey...hey" e nas palmas. Nestas horas, é possível se reparar com clareza como o Epica estava realizando um reluzente show.

    Com a plateia aplaudindo bastante recebemos as linhas orquestradas junto a solos de baixo, guitarras, teclados e bateria, que trouxeram uma linha mais caótica ao show para a The Obsessive Devotion com Mark Jansen assumindo o destaque com a sua fúria gutural nesta música do álbum The Divine Conspiracy.

    A plateia estava ouriçada com a apresentação do Epica e correspondia com firmeza a cada música do set, afinal, eles estavam cravando um show mais Death Metal se for ver e entre 'heys', palmas e 'bangues', eis que executam mais outra de suas mais pesadas composições com a Victims Of Contingency do novo The Quantum Enigma, onde o destaque vai para o vocalista/guitarrista, que solta seus guturais reservando à Simone Simmons um papel mais discreto, porém, importante, no meio das luzes no centro do palco.

Forever And Ever

    Existem músicas que são as mais aguardadas em um show, pois, desde sua composição marcam a todos em suas audições, e a seguinte, a Cry For The Moon do The Phantom Agony com seus repiques de batalha, com melodias belas e clássicas, me fixaram desde que a ouvi a primeira vez, tanto que fiquei fã da canção e da banda. Neste show sua execução provocou uma verdadeira explosão de alegria nos fãs, que participaram efetivamente com o Epica.

    Nesta música pude observar alguns pontos muito interessantes: o palco ser tomado por luzes azuis, Coen Jansen realizando alguns improvisos nos teclados, e lógico, sentir a magia que a música nos passa e algo muito bacana... um cartaz que foi jogado para a vocalista com o verso "Forever And Ever" escrito nele.

    Com toda a simpatia que possui, ela pega-o e nos exibe nos momentos exatos para que gritássemos ainda com mais vigor criando uma sinergia entre banda-plateia imensa, aumentando a 'vibe' do show, inclusive, isso se amplificou no trecho que eles alongaram a canção, apenas com a voz de Simone Simmons e dos fãs, enfim, simplesmente magnífico. Cry For The Moon foi ligada à um bom solo de bateria de Ariën van Weesenbeek, que mandou bem enquanto nos pedais duplos os demais descansavam um pouco.

    No retorno, Simone Simmons elogia a plateia e nos brinda com a música título do álbum de 2009, a Design Your Universe, que começa mais lenta com os dedilhados de Mark Jansen e Isaac Delahaye, e então, a fascinante voz da frontwoman nos encanta consideravelmente. Interessante, que nas partes mais calmas e progressivas, ela faz todos no Audio Club mexerem os braços e assim, se despedem do pessoal e a linda ruiva nos enviou muitos beijos ao sair do palco.

Final marcante e triunfal

    Mas, calma, era apenas o final da primeira parte, afinal, faltavam ainda mais algumas músicas para nos deixar satisfeitos... E os holandeses decidiram exalar o amor que sentem pelo Brasil com camisetas da Seleção Brasileira de Futebol, primeiro Simone Simmons com uma camiseta 'amarelinha' de número 10 com seu nome gravado e também a dupla Issac Delahaye e Mark Jansen ( este inclusive retornou primeiro e agradecendo aos fãs, à produtora por ter trazido eles novamente por aqui ) só que com camisetas azuis ( também de número 10 ).

    Neste ambiente, com Coen Janssen tirando algumas notas nos teclados para garantir os "ôôôôô" em resposta, ouvimos um "thank you much" e um "muito obrigado" dito por Mark Jansen, que estava verdadeiramente contente com a atuação dos fãs... fez um até que longo discurso que termina em "São Paulo... Brasil... vocês são maravilhosos" para começar o bis com a sinfônica Sancta Terra do The Divine Conspiracy, com a gata da banda sorridente, sempre se aproximando dos demais músicos e mostrando o quanto é amável ao passar seu enorme carisma enquanto cantava.

    O segundo bis foi com a nova Unchain Utopia, com Mark Jansen provocando os "yeaaaahh" na galera e a formosa mezzosoprano nos cativando muito mais com seu poder vocálico.

   Simone Simmons grita: "vocês querem mais?", agradece e pede para completarmos o nome da última da noite, ela dizia "Consign To..." e nós berrando "...Oblivion", e a música Consign To Oblivion, que intitula o excelente disco de 2005, começou a ser exibida com seus excelentes acordes sinfônicos e épicos, que levam a um feeling enorme, a um clímax gigante durante os seus quinze excelentes minutos. Depois, eles se reúnem no palco, como é tradicional para jogar as palhetas, baquetas, no caso da Simone Simmons... muitos beijos carinhosos e também aquela foto com os fãs.

    Comparando com aquele longínquo show de 2005 com o deste domingo, percebo como o tempo fez bem para o Epica, como a banda cresceu, amadureceu, como eles possuem ótimos álbuns lançados e como a banda poderá segurar a chama do Metal quando os nomes clássicos, que todos conhecemos e adoramos não estiverem mais em atividade. Foram duas horas de um exuberante show de uma banda afiada, que sabe passar carisma, peso, atitude, e todas essas características somadas levarão o Epica a consolidar seus domínios no país. E pelo amor que demonstram a cada passagem... é mais que certeza que eles estarão de volta brevemente.

Texto: Fernando R. R. Júnior
Fotos:  cortesia de Marcos César de Almeida ( A Ilha do Metal )
Agradecimentos à Costábile Salzano Júnior e a Overload
pela atenção e credenciamento
Março/2015

Set List do Epica

1 - Originem
2 - The Second Stone
3 - The Essence Of Silence
4 - The Last Crusade
5 - Unleashed
6 - Storm The Sorrow
7 - Façade Of Reality
8 - Fools Of Damnation
9 - Sensorium
10 - The Obsessive Devotion
11 - Victims Of Contingency
12 - Cry For The Moon
13 - Drum Solo
14 - Design Your Universe
Encore:
15 - Sancta Terra
16 - Unchain Utopia
17 - Consign To Oblivion

Clique aqui e confira um álbum de 50 fotos
 dos shows do Epica e do Dragonforce
 no Audio Club em São Paulo/SP

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