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Com uma linha instrumental muito interessante, Pete Townshend com uma Fender Stratocaster vermelha começa os solos de Eminence Front, composição presente no It´s Hard que é mais eletrônica ( até por conta do uso dos sintetizadores no início dos anos 80 por praticamente todas as bandas de Rock ) e canta sua letra com uma certa raiva nos vocais, enquanto que Roger Daltrey com uma guitarra bege contribuía para os solos e cuidou dos backing vocals. Apesar dos efeitos visuais e da nossa enorme alegria por estar no show do The Who, esta deu uma leve abaixada na vibração do show, porém, em contrapartida serviu para observarmos seu excelente solo final com direito a Pete Townshend a erguer o braço no último riff. |
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Olha... faltavam ainda músicas para conferir neste show, mas, após os mergulhos em dois dos mais importantes álbuns da história como foram os casos do Quadrophenia e do Tommy, se acabasse aqui nós todos já estaríamos satisfeitos, porém, aos gritos de "Who... Who... Who..." Baba O'Riley do Who's Next foi a próxima e novamente abalou as estruturas do Allianz Parque com toda aquela multidão cantado e pulando com Roger Daltrey, que se não fosse a excelente produção com tudo regulado corretamente, a voz dele poderia ser encoberta.
Falando nisso, o show de luzes durante a Baba O' Riley foi algo fora dos padrões, algo que só estando lá para sentir e se emocionar mais. E presenciar Roger Daltrey solando sua gaita com a vibração que passou é para cravar na memória mesmo este show do The Who em território brasileiro, assim como o pulo característico de Pete Townshend.
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Pensa que foi só? Não... ainda tivemos o 'Rockão' Won't Get Fooled Again para atear mais fogo nos fãs já extasiados, que responderam cantando com estes lordes do Rock Mundial. Esta majestosa versão desta música do Who's Next contou com alongamentos em suas melodias, solos de guitarra e bateria que a embelezaram consideravelmente quando Pete Townshend cantou suas partes sendo acompanhado nas palmas dos fãs e contou com um grito de Roger Daltrey que você fica pensando: como que ele consegue?!?!, e desta maneira foi encerrada a primeira parte do show.
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Antes do bis, o empolgado Pete Townshend apresentou cada um dos membros do The Who, que ganharam bastante aplausos e assovios para então nos agradecer dizendo "é a primeira vez na América do Sul, muito obrigado!!!". De volta ao seu posto, hora de capitanear muita emoção com 5:15 ao dividir os vocais com Roger Daltrey nesta outra canção do Quadrophenia, que também provocou sensações inesquecíveis no público pelo grande Rock'n'Roll que é e com solos longos de Pete Townshend, que girou seu braço freneticamente e com os gritos mais encorpados de Roger Daltrey para terminar da forma mais leve. Pete Townshend agradece várias vezes e avisa que "nos veremos em breve" para pouco depois aos gritos de "Who... Who... Who..." trazer junto com os demais, o Rock'n'Roll sessentista e que está entre os primeiros compactos do The Who de 1965 chamado Substitute com sua letra alternada entre o guitarrista e o vocalista, que ficou com a honra encerrar o fabuloso e único espetáculo.
A euforia que ficamos posso descrever como fora do comum e acredito que isso atingiu tanto Roger Daltrey quanto Pete Townshend de forma significativa, pois, ambos ficaram olhando para nós enquanto baquetas e palhetas eram jogadas aos gritos de "The Who... The Who... The Who..." e pedidos de mais músicas, que levaram o músico a falar em tom de brincadeira: "It´s over, People go home... Go Home..."
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Sonho realizado
Para tantos de nós que jamais pensaram em suas vidas que poderíamos assistir ao The Who em uma apresentação ao vivo no Brasil, esta noite no Allianz Parque foi um acontecimento inesquecível em que a história aconteceu diante de nossos olhos, ouvidos, corações e almas. É bem verdade que Pete Townshend já avisou que em 2018 pretende tirar um período sabático para descansar e refletir sobre sua vida, mas, será que esta foi a primeira e única vez que conferirmos o The Who mesmo? Afinal, a vitalidade que eles demonstraram nestas duas horas em São Paulo, a eletricidade de suas músicas e a resposta do público diante de cada uma delas pode muito provavelmente motivar uma volta da banda aqui. Caso aconteça necessitamos de estarmos todos presentes e se não acontecer, teremos histórias para contar no futuro, pois, todos realizamos nosso sonho de assistir o The Who neste primeiro dia do São Paulo Trip - Concert Series.
Texto: Fernando R. R. Júnior
Fotos: Ricardo Matsukawa e Marcel Jabbour/Mercury Concerts
e Fernando R. R. Júnior
Agradecimentos à Denise Catto Joia, Simone Catto Joia e para a Mercury Concerts
pela atenção, oportunidade e credenciamento
Outubro/2017
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