Helloween e HammerFall - United Forces 2022
Espaço Unimed em São Paulo/SP
Sábado, 08 de Outubro de 2022

 

Abóboras e Machados: Forças Unidas!!!!

    Se formos analisar sobre um certo ponto de vista, posso cravar que o Dia das Bruxas para mim ( e para os milhares de fãs que estavam no Espaço Unimed neste sábado 08 de outubro de 2022 ) chegou mais cedo com a apresentação das bandas Helloween e Hammerfall em São Paulo/SP. É bem verdade que antes eles passaram por Ribeirão Preto/SP no dia 06 de outubro e se apresentaram também em São Paulo no domingo, 09 de outubro, mas, creio que a sensação que tivermos foi sim uma antecipação de altíssima qualidade da data festiva.

    A celebração de Heavy Metal contou com ambas as bandas divulgando seus mais recentes lançamentos, sendo o Helloween com o seu autointitulado álbum de 2021 e o HammerFall com o Hammer Of Dawn de 2022. E a junção destes dois importantes e imponentes nomes da história do Power Metal e Heavy Metal resultou na tour United Forces 2022, cujos detalhes dos shows realizados na noite de sábado no lotado Espaço Unimed ( o antigo Espaço das Américas ) serão contados nas linhas seguintes. 

HammerFall

    Com a incumbência de abrir a noite, os suecos Joacim Cans nos vocais, Oscar Dronjak na guitarra e backing vocals, Pontus Norgren na guitarra, Fredrik Larsson no baixo e backing vocals e David Wallin na bateria adentraram ao palco às 20:30 ( um relativo atraso e que provavelmente aconteceu para que os 8.000 espectadores se acomodassem no Espaço Unimed ) com as espadas em punho ( neste caso guitarras, baixo, microfones e baquetas ) para em pouco mais de uma hora de fizessem uma breve passagem por quase 30 anos de carreira, doze álbuns de estúdio e duas compilações.

    Pouco tempo para uma carreira tão longeva e com tantas boas músicas que deixaram suas marcas na história do Heavy e Power Metal, e isso, sem considerarmos que o disco novo Hammer Of Dawn estaria ocupando ao menos três das canções do set list, entretanto, garantia a certeza de um show transbordando eletricidade o tempo todo.

    E assim, o quinteto começou o show com a recente e empolgante Brotherhood, que trouxe os solos repletos de energia da habilidosa dupla Oscar Dronjak e Pontus Norgren, com destaque para este último, que sempre foi na frente do palco para solar sua guitarra e somados à suas atuações, o vocalista Joacim Cans cantou com muito carisma e moral puxando os fãs para dentro do show do HammerFall resultando em uma resposta muito pulsante do público com socos no ar e pulos. Aliás, o retorno dos fãs nesta primeira música já foi tamanho que parecia que eles haviam tocado um dos seus clássicos.

    Observando o palco após este forte impacto inicial reparei no plano de fundo inspirado na capa do cd Hammer Of Dawn, que mostrou o mascote Hector alado com seu martelo na mão e a segunda foi a cadenciada Any Means Necessary do álbum No Sacrifice, No Victory de 2009, onde Joacim Cans contou com um enorme coro dos fãs e muitos 'heeeey' a cada vez que pediu para nós, que olhamos atentamente cada movimento do vocalista e também para cada um dos solos de guitarras tocados com bastante peso e precisão feitos por Oscar Dronjak e Pontus Norgren.

    The Metal Age ( do primeiro álbum, o Glory To Brave de 1997 ) seguiu o set com um ritmo fulminante mantendo o clima Heavy Metal do HammerFall lá no alto surpreendendo positivamente cada um de nós, sendo que o vocalista inteligentemente deixava o microfone para que nós cantássemos o título da música e ao seu término reagimos gritando o nome da banda e aplaudindo bastante. Desta forma, Joacim Cans fez uma pausa para fazer a saudação inicial para a plateia e demonstrar toda a sua alegria ( e também da banda ) por estarem se apresentando no país novamente.

    Ele perguntou também se queremos músicas novas ou antigas e por fim anunciou a excelente Hammer Of Dawn, canção título do novo álbum que é possuidora de um 'punch' que te faz pular imediatamente seja pelo seu andamento, pela energia que passa ou mesmo por olhar a atuação dos músicos no palco, e, obviamente, foi o que fizemos, além de cantarmos "Thunder... lightning... hammer...fighting..." como uma sinfonia de batalha junto ao vocalista enquanto sentíamos o galope de seus solos de guitarras, que teve direito à Oscar Dronjak utilizando pela primeira vez nesta noite sua guitarra em formato do martelo do Thor.

    Sem tempo para respirar eles seguiram firmes com a Renegade, que fornece o nome do terceiro álbum de 2000 e contou novamente com um coro poderoso no momento que Joacim Cans berrou seu nome e também com solos fervorosos de Pontus Norgren na sua guitarra.

    Sendo a atração de abertura, não havia tempo para descanso e assim, o HammerFall seguiu rápido como suas músicas, sem realizar intervalos entre uma e outra ligando Renegade a Last Man Standing do Steel Meets Steel - Tens Years Of Glory de 2007 elevando consideravelmente nosso contentamento com uma música que traz aquele clima de sobrevivência em um conflito ( e se considerarmos que estamos vivos depois de dois anos desta famigerada e mortal pandemia, um som assim é demasiadamente adequado à nossa vitória ). A participação dos fãs na música é emocionante tanto para a banda quanto para nós mesmos curtindo este momento singular juntos.

    Depois disso, o quinteto sueco emendou um medley com uma sequencia de clássicos do aclamado Crimson Thunder de 2002, que começou com Hero's Return com uma avalanche de riffs no mais puro Heavy Metal Melódico, que passou pela On The Edge Of Honour, seguiu por Riders Of The Storm e a título Crimson Thunder. Após isso, o vocalista nos agradeceu, disse: "Amigos isso é um show de Heavy Metal, não uma escola. Quando vocês levantarem as mãos, vocês também gritam" e prosseguiu perguntando quantos estão vendo o show pela primeira vez ( ergui minha mão e para meu espanto, o meu caso era o de muitos presentes ) e quantos já viram antes.

    Discurso feito, ele gritou "Let The Hammer..." e conclamou a todos a gritarem "Faaaaall" e em seguida desta interação, o baixista Fredrik Larsson dá a linha para a cadenciada canção Let The Hammer Fall do segundo disco, o Legacy Of The Kings de 1998 ser executada em meio ao enorme coro de fãs, que cantou praticamente cada um de seus versos com Joacim Cans e confesso, no momento que chegara a hora de gritar seu título, nós enchíamos o peito e berrávamos com todas as forças de nossos pulmões, tanto que durante o solo de guitarra de Pontus Norgren seguimos acompanhando culminando em uma sequencia de "ôôôôôôôô" regida pelo vocalista e que nos levou a bradar "HaaameeerFaaaallll" produzindo grandes sorrisos em todos ( banda e plateia ), além de um marcante momento do show que levamos para casa e eles também.

    Antes da próxima música, Joacim Cans apresentou cada um dos seus parceiros de palco para que recebessem os aplausos dos fãs e por final disparou a ( We Make ) Sweden Rock do penúltimo álbum de estúdio, o Dominion de 2019, que demonstrou o tanto que o Heavy Power Metal do HammerFall capturou todos no Espaço Unimed, sendo que ficamos literalmente vidrados em seus solos de guitarras.

    Joacim Cans falou novamente e brevemente conosco para lançar toda a adrenalina contida em Hammer High do Built To Last de 2016, que também foi complementada pelo coro do público no refrão, aliás, as canções do HammerFall são em sua maioria todas 'sing along' ( ou se preferir para cantar junto ) e estar em um show fazendo isso é algo praticamente indescritível e o que diferencia um show de uma audição de um disco.

    Por fim, o vocalista enfatiza que teríamos logo depois o Helloween e a oportunidade que foi concedida pelos alemães para eles quando convocaram o HammerFall como banda de abertura de seus shows no seu início de atividades lá nos anos 90.

    Assim, a rápida Hearts On Fire do Crimson Thunder ficou com a glória de encerrar o excelente show do HammerFall neste sábado com direito à um refrão aumentado para que o público cantasse com Joacim Cans em um estado de plena satisfação e também apreciar pela última vez os sempre brilhantes solos de Pontus Norgren e Oscar Dronjak. Entretanto, não posso esquecer de citar outro ponto ímpar que aconteceu nestes instantes finais: Joacim Cans segurando a bandeira do Brasil e exibindo-a para a plateia em um sinal de respeito à todos nós e posteriormente reunindo-se a todos na banda para a foto e a despedida do HammerFall do público ao som de Dreams Come True tocando nos PA's do Espaço Unimed.

    Que bom que finalmente acompanhei e contei como foi um show do HammerFall, banda que está entre as mais relevantes e lendárias surgidas na década de noventa, que está pronta para conquistar muito mais com seu Heavy Metal Melódico, pois, foi tão bom que ficou aquela vontade de que tivéssemos mais uns trinta minutos de espetáculo, mas, desta vez foi apenas um aquecimento admirável para os "criadores" do Power Metal, o Helloween.

Set List do HammerFall

1 - Brotherhood
2 - Any Means Necessary
3 - The Metal Age
4 - Hammer Of Dawn
5 - Renegade
6 - Last Man Standing
7 - Hero's Return / On The Edge Of Honour / Riders Of The Storm / Crimson Thunder
8 - Let the Hammer Fall
9 - ( We Make ) Sweden Rock
10 - Hammer High
11 - Hearts On Fire

Helloween

    Como o show do HammerFall acabou aproximadamente às 21:30 e o horário previsto para o Helloween era às 22:00 tínhamos pouco tempo para circular pelo Espaço Unimed para conferir as camisetas, pegar uma cerveja, ir no banheiro ou conversar com os amigos e enquanto estava conversando com a galera de Santo Antônio do Jardim/SP ( cidade vizinha da minha ) percebi os sons da introdução do show principal e fui aceleradamente próximo de onde estava anteriormente para conferir os alemães.

Direto para a Galáxia do Metal

    Um grande pano preto com o logotipo do Helloween cobria o palco e caiu assim que estes sons da versão de Halloween ( do álbum Unarmed de 2009 ) foram tocados nos PA's e aí pudemos ver o telão, a enorme abobora aonde estava colocada a bateria de Dani Löble e mais alguns segundos depois a curta Orbit anunciou que seriamos conduzidos para a Galáxia do Metal com a formidável Skyfall do novo álbum auto intitulado. É... depois do magnífico show de 2017 da tour Pumpkins United ( confira como foi ) no mesmo local e a passagem em 2019 substituindo o Megadeth no RockFest no Allianz Parque ( confira matéria ), a expectativa de conferir um show do primeiro álbum de inéditas do Helloween com o retorno de Kai Hansen e Michael Kiske era imensa.

    E eles escolheram a melhor maneira de começar a nos mostrar isso com esta impactante música Skyfall, afinal, sentir seus solos de guitarras iniciais juntos da voz do 'piloto da espaçonave' Michael Kiske, a sua aceleração e ver Kai Hansen com sua guitarra Flying V vermelha, Michael Weikath com outra guitarra Flying V, Sascha Gerstner com sua guitarra branca de formato estranho, Markus Grosskopf sorrindo tocando seu baixo em formato de abobora e o 'homem de ferro' Andi Deris cantando suas partes neste hino foi para colocar o Espaço Unimed abaixo.

    Inicialmente os guitarristas ficaram na frente com Michael Kiske ao lado esquerdo do palco e Andi Deris no direito e posteriormente, os dois foram para a frente do palco dividindo o refrão demonstrando a perfeita sintonia que alcançaram neste line up do Helloween com a plateia cantando verso por verso os doze minutos de Skyfall. A parte em que Kai Hansen vai à frente para cantar foi uma verdadeira catarse coletiva já logo neste princípio de show, que contou com muitos 'hey...hey...hey...', palmas e milhares acompanhando sua participação também com os "ôôôôôôôôôôô". Enfim... início épico de um show majestoso.

    O estrondo ficou maior ainda na segunda da noite, a Eagle Fly Free do Keepers The Seven Keys Part II de 1988, que veio como um rolo compressor através dos vocais de Michael Kiske cantando com toda a destreza que é possuidor junto à um coral dos já fascinados fãs e vale lembrar que nesta música tivemos serpentinas arremessadas aumentando seu frissom.

    Retornando ao disco novo e com Andi Deris no comando dos vocais tivemos a Mass Pollution, porém, antes ele soltou um "Goood Eveeeniing Saooo Pauloooo" e entre os dedilhados no baixo feitos por Markus Grosskopf, ele ficou brincando e nos fazendo gritar "sayyy yeaaah" até junto aos demais executarem esta outra ótima canção, que também funcionou muito bem ao vivo, especialmente, no trecho "make some noise", que foi alongado para que nós pudéssemos reagir berrando bastante.

    Kai Hansen dedilha sua guitarra e traz consigo os solos de Future World e Michael Kiske outra vez incendiou o Espaço Unimed com este clássico do Keepers The Seven Keys Part I de 1987, onde novamente pulamos, cantamos e agitamos freneticamente com o Helloween, que de novo apresentou outra versão perfeita da música.

    Alternando o comando do palco, agora era a vez de Andi Deris relembrar de um dos grandes sucessos de seus anos no Helloween e sua escolha foi para a Power do álbum The Time Of The Oath de 1996, que contou com os solos de Michael Weikath e Sascha Gerstner e um prolongamento para que os fãs ( que cantaram o tempo todo ) se pronunciassem mais nos "ôôôôôôôôôôô" e no refrão.   

    Michael Kiske volta no palco para vocalizar mais uma do ilustre Keepers The Seven Keys Part II com a Save Us e é espantoso ouvir e assistir o alcance de seus vocais, bem como também conferir os seus velozes solos de guitarras, que tanto evidenciaram o Power Metal no planeta.

Onde tudo começou....

    Andi Deris apresenta Kai Hansen e este recua até o ano de 1985 para executar um medley com músicas do primeiro registro da banda, o álbum Walls Of Jericho, que começou com a intensa Metal Invaders passou pela rápida Victim Of Fate continuou com os ríspidos solos da cadenciada Gorgar e a explosiva Ride The Sky ( fortemente cantada pelos fãs ) e terminou com a ligeiríssima Heavy Metal ( Is The Law ).

    O sorriso estampado no rosto de Kai Hansen ao cantar estas canções me levou a pensar: "praticamente quarenta anos depois ele ainda possui a garra e determinação de um garoto exibindo suas novas composições". E o público cantou com ele e ficou extasiado com estas músicas Power Metal - digamos - menos polidas, que nos anos 80 já prenunciavam quão grande o Helloween seria no futuro. Inclusive, creio também que Markus Grosskopf e Michael Weikath se lembraram de bons momentos de quando começaram com a banda tocando nos pequenos bares na Alemanha.

    Após esta overdose de Power Metal em estado bruto, o Helloween nos ofereceu uma pausa e Michael Kiske junto a Andi Deris comentaram dos shows de 2017 questionando quem estava presente naqueles dois dias e desta forma tocaram com muito feeling a balada Forever and One ( Neverland ), onde os milhares de fãs 'ajudaram' a entrosadíssima dupla de vocalistas a fixarem mais paixão à esta canção do The Time Of The Oath ao dividirem suas estrofes.

Melhor tempo da vida

    As luzes ficaram púrpuras e Sascha Gerstner iniciou o seu solo de guitarra enquanto que os demais descansaram um pouquinho e esse solo se conectou à uma das novas e a segunda delas mais aguardada por mim ( a primeira foi a Skyfall ), estou falando da estonteante Best Time onde os três vocalistas - Michael Kiske, Kai Hansen e Andi Deris - trouxeram aquele clima de seu clipe no palco ( faltando apenas a belíssima Alissa White-Gluz aparecer com o seu Queen Beast ) e acredito que esta música pelo calor que recebeu do presentes já ganhou seu lugar nos set lists das próximas turnês do Helloween.

    Andi Deris questionou rapidamente se estamos prontos e com a resposta positiva anunciou a emblemática Dr. Stein do Keeper The Seven Keys Part II e a cantou junto com Michael Kiske ( além de todos nós ), que nesta hora estávamos demasiadamente felizes com este verdadeiro espetáculo Power Metal do Helloween, que atravessa em uma colossal fase.

    Com um coro de "Olê...Olê...Olê...Olê...Olê...Olê..." puxado pelo próprio e que foi completado com um "Kiske... Kiske..." por nós ( e alguns outros gritaram "Deris... Deris..." homenageando o outro vocalista ); ele diz que somos maravilhosos e deste modo chegamos na última antes do primeiro bis com a How Many Tears com Kai Hansen, Michael Kiske e Andi Deris alternando os vocais desta verdadeira dinamite Power Metal do álbum Walls Of Jericho, que manteve a alegria dos fãs nos mais altos níveis, sendo que nós ficamos devidamente admirados ao conferirmos os solos de Kai Hansen e Michael Weikath, assim como o sempre eficiente baterista Dani Löble, que não poupou as peças do seu kit e não deixou nenhuma sem ser tocada.

Perfeitos Cavalheiros

    No primeiro bis da noite, além da melodia conhecidíssima do álbum Master Of The Rings de 1994 pudemos assistir Andi Deris de cartola, bengala e um paletó brilhante confirmando qual música ele exibiria... que foi nada menos que Perfect Gentleman que fez novamente o Espaço Unimed agitar quase incansavelmente ( porque nesta hora o cansaço e o calor batiam forte, mas com uma canção deste naipe tiramos forças sabe-se lá de onde ) e formar aquele coro único com a banda que nos brindou com outra execução fabulosa da composição. Quando achávamos que tudo estava perfeito, eis que Michael Kiske retorna ao palco para dividir os vocais com Andi Deris em mais outro ponto grandioso do show.

    Aos dedilhados, uma das músicas que para mim estão no panteão das melhores do Power Metal e uma das que mais representam o estilo: Keeper Of The Seven Keys e nos vocais de seu criador... Michael Kiske inflamando de vez cada um dos milhares de presentes, que neste momento estavam gigantemente contentes e afirmo aqui caros leitores(as) do Rock On Stage: como faz bem assistir esta música ao vivo.

    Outra parte ímpar de Keeper Of The Seven Keys foi quando Michael Weikath, Kai Hansen e Sascha Gerstner se alternam nas guitarras, sejam fazendo base ou solos próximos ao outro. Na parte final desta memorável composição, Sascha Gerstner fica nos dedilhados e então Andi Deris pede palmas para Michael Kiske e este para ele para que ambos ( e nós ) mantenhamos os "ôôôôôôôôôôôôôôô" enquanto que a banda foi sendo apresentada um a um e assim ganhasse palmas e assovios da plateia.   

    Deu até a impressão que terminaria por aí por conta dos dez minutos que demoraram para retornar - se terminasse, não tenha dúvidas caro leitor(a) que já iríamos para casa satisfeitos - e creio que alguns foram até embora para pegar o metrô, entretanto, quem pode ficar após este longo intervalo viu o Helloween voltar para um segundo bis, que teve a flamejante I Want Out do Keeper Of The Seven Keys Part II aliada à uma chuva de papéis picados e foi recepcionada com todos cantando com a banda, especialmente, o seu título que ecoou por todo o Espaço Unimed.

    E o que difere uma música ao vivo de sua versão de estúdio são os improvisos e eventuais comentários, porém, desta vez Markus Grosskopf segurou o ritmo de I Want Out em seu baixo dedilhando bastante para que Andi Deris e Michael Kiske regessem a potência dos nossos gritos sempre solicitando para que fossem mais ensurdecedores.

    Na despedida dos fãs desta primeira noite foi tocada nos PA's a música For The Love Of a Princess de James Horner da trilha do filme BraveHeart ( Coração Valente ) e assim tão contentes quanto nós, o Helloween deixou em definitivo o palco após outra inesquecível apresentação em São Paulo.

    Relembrando o que sempre digo quando refiro-me ao Iron Maiden: todo fã de Heavy Metal deve assistir aos ingleses ao menos uma vez na vida e permito-me modificar o trecho e complementar aqui: todo fã de Power Metal deve assistir ao Helloween também ao menos uma vez e se gostar deve repetir a dose... e no meu caso específico, este foi o meu sétimo show dos alemães... que venha o oitavo... "Happy Happy Helloweeen... Helloweeenn... ôôôôôôô.... ôôôôôôôô".

Texto: Fernando R. R. Júnior
Fotos: Pati Patah
Agradecimentos à Catto Comunicação e toda a equipe da Mercury Concerts
pelo credenciamento, atenção e principalmente pela oportunidade
Outubro/2022

Set List do Helloween

1 - Skyfall
2 - Eagle Fly Free
3 - Mass Pollution
4 - Future World
5 - Power
6 - Save Us
7 - Walls Of Jericho
8 - Metal Invaders / Victim Of Fate / Gorgar / Ride The Sky
9 - Heavy Metal ( Is The Law )
10 - Forever and One ( Neverland )
11 - Guitar Solo ( Sacha Gerstner)
12 - Best Time
13 - Dr. Stein
14 - How Many Tears

Encore:
15 - Perfect Gentleman
16 - Keeper Of The Seven Keys
Encore 2:
17 - I Want Out

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