Iron Maiden - Legacy Of The Beast 2022
 Abertura: Avatar
Estádio do Morumbi em São Paulo/SP
Domingo, 04 de Setembro de 2022

Simplesmente monumental e épico

    Foram quase três longos anos para que a lenda inglesa Iron Maiden retornasse ao Brasil pela segunda vez com a turnê Legacy Of The Beast em um atraso causado pela pandemia do Coronavírus. Óbvio, que o plano inicial da banda era voltar em 2020 ou no mais tardar em 2021, mas, infelizmente sabemos o que aconteceu nestes últimos complicados dois anos.

    Esta segunda perna da Legacy Of The Beast deveria conter apenas as músicas do jogo de celular de mesmo nome modificando algumas canções do set list ao compararmos ao impressionante show de 2019 ( confira matéria ), entretanto, de lá para cá, o Iron Maiden lançou o ótimo álbum Senjutsu ( de 2021, que estava pronto para ser lançado já em 2020 ) e aí, a banda - que declarou que tinha vontade de executá-lo na integra - fez um amálgama das duas coisas: juntar os clássicos exibidos em 2019 com algumas músicas do novo trabalho.

    Com esta fórmula, o Iron Maiden conseguiu melhorar um espetáculo que imaginávamos que não poderia ficar melhor, mas, como estamos falando do Iron Maiden, eles conseguiram deixar o show ainda mais épico que o esperado.

     Antes de começar a contar como foi o show ocorrido na cidade de São Paulo/SP no Estádio do Morumbi que marcou a décima terceira turnê da 'donzela' pela América do Sul e pelo Brasil ( especificamente com as datas em Curitiba/PR no dia 27 de agosto, em Ribeirão Preto/SP no dia 30 de agosto, no Rock In Rio no Rio de Janeiro/RJ e esta finalizando presença no país ) vou comentar da banda de abertura escolhida para as três datas desconsiderando o Rock In Rio, o Avatar.

Avatar

    Embora para nós aqui no Brasil o Avatar pareça uma banda nova, a verdade é que os suecos Johannes Eckerström nos vocais, Jonas Jarlsby e Tim Öhrström nas guitarras, Henrik Sandelin no baixo e John Alfredsson na bateria estão na ativa desde 2001, quando montaram a banda na cidade de Gotemburgo. Este longo período de atividades do quinteto rendeu os álbuns Thoughts Of No Tomorrow de 2006, Schlacht de 2007, Avatar de 2009, Black Waltz de 2012, Hail The Apocalypse de 2014, Feathers & Flesh de 2016, Avatar Country de 2019, Hunter Gatherer de 2020, o ao vivo The King Live in Paris de 2019, além dos EP's Reasons To Die de 2004 e Black Waltz de 2011, ou seja, a banda teoricamente de Metal Melódico e Death Metal Melódico não estava para brincadeiras nesta passagem pelo Brasil.

    Com a temperatura baixando bastante, o Avatar subiu no palco no horário programado, ou seja, por volta das 18:45hs com seus músicos alternando roupas em tons vermelhos e pretos sendo somente o vocalista maquiado como um palhaço sinistro pronto para aquecer o público com sua postura icônica e carismática. Uma pena que a banda não teve acesso aos telões laterais e como o Iron Maiden não usa um telão principal no fundo do palco, a visão do show de quem estava mais longe do palco ficou prejudicada, sendo que todos mereciam observar a empolgada apresentação dos suecos, que começou com a Hail The Apocalypse ( título do álbum de 2014 ) em uma pegada pesada e cadenciada com vocais urrados em que os integrantes mostraram muita adrenalina e agitaram bastante destacando o momento em que sacudiram seus longos cabelos ( como é bom ser mais novo ). 

    A forma que o vocalista Johannes Eckerström se movimentava fazendo suas caras, bocas e gestos com um bastão conquistou facilmente o público e após a saudação inicial para a plateia tivemos a Let It Burn do Black Waltz ( o quarto da carreira ), que é uma canção que possui seus vocais mais agressivos e um formato encorpado, porém, o que chamou a atenção mesmo foram os agudos berrados por ele ( que certamente fez muitos vocalistas de Power Metal terem inveja ) já deixando o som do Avatar impossível de se rotular.

    Para Colossus ( a única do último disco de estúdio, o Hunter Gatherer ) a melodia era centrada nas linhas crus extraídas pelo baixista Henrik Sandelin em uma tonalidade mais Gótica e devidamente sombria, sendo que a canção também contou com vocais limpos desafiando o público, que foi capturado pelo Avatar.

    O vocalista enfatiza que é a primeira vez no Brasil, que estão contentes por estarem abrindo para o Iron Maiden e com todo o carisma que é detentor executou junto aos demais a Paint Me Red ( do álbum Black Waltz ), que exibiu linhas melódicas ( pontos para os guitarristas Jonas Jarlsby e Tim Öhrström solando lindamente ) e contou com os "hey...hey..." da plateia respondendo à convocação feita pelo vocalista Johannes Eckerström. Em um formato entristecido em seu princípio, Bloody Angel do Hail Of The Apocalypse manteve a proposta provocadora do show do Avatar em outra composição puxada para o lado mais obscuro ( e praticamente Gótico ) da banda.

    Em The Eagle Has Landed, que é pertencente ao Feathers & Flesh, os suecos dispararam uma canção mais pesada e na pegada cadenciada costumeira feita por eles em outros pontos do show e logo em seguida outra do Black Waltz, a Smells Like a Freakshow com a alternância de vocais guturais com normais aliadas à uma sequencia instrumental consideravelmente interessante de se assistir resultando em muitos aplausos, que certamente angariou muitos novos fãs para o Avatar.

    Nos agradecimentos após os seus pouco mais de quarenta minutos de apresentação, Johannes Eckerström disse: "é fofo vindo de vocês, mas sei que vocês querem ver o Iron Maiden" e diz que somos absolutamente incríveis em seu absurdamente feliz discurso de despedida, que sobrou um tempo ainda para a versão do Avatar para The Belgian Circus Episode de John Morris em um espírito circense macabro. Valeu... muito melhor que eu esperava este show do Avatar, uma opinião que foi compartilhada por muitos outros que conversei.

Set List do Avatar

1 - Hail The Apocalypse
2 - Let It Burn
3 - Colossus
4 - Paint Me Red
4 - Bloody Angel
5 - The Eagle Has Landed
6 - Smells Like a Freakshow
7 - The Belgian Circus Episode

Iron Maiden

Iniciando no Japão Feudal

    Como já virou tradição em shows do Iron Maiden antes que a banda entre no palco temos a canção Doctor... Doctor - clássico do U.F.O. e que é amado por Steve Harris - tocada em todos os PA's do Estádio do Morumbi e desta vez após o final de Doctor... Doctor ( que foi cantada por muitos ) ao contrário de outros shows da 'donzela' não tivemos um vídeo introdutório... desta vez vimos a configuração do Japão feudal do palco, que foi totalmente inspirada e interligada ao álbum Senjutsu em meio aos gritos de "Olê... Olê... Olê... Maiden... Maiden...".

    E foi justamente com a música título do disco, a Senjutsu, através das robustas batidas tribais feitas por Nicko McBrain em sua imensa bateria vemos os guitarristas Janick Gers, Adrian Smith e Dave Murray entrarem no palco juntos do baixista Steve Harris para então receberem o vocalista Bruce Dickinson ( com os cabelos presos formando um coque tal qual um samurai ) para cantar esta primeira canção, que teve direito a primeira participação do Eddie, na sua versão de guerreiro samurai aumentando a alegria e a eletricidade de cada um de nós, que bradamos muitos "hey...hey... hey..." sempre quando solicitado pelo vocalista durante os solos envolventes de Adrian Smith e Dave Murray.

    Em seguida, o Heavy Metal puro de Stratego, que foi cantado à plenos pulmões pelo público e obviamente, por Bruce Dickinson, que à despeito dos seus 64 anos está cantando muito bem e está com a voz bastante poderosa conforme pudemos constatar. Saliento também os solos de guitarras entremeados com a contribuição do tecladista Michael Kenney ( que fica discretamente escondido atrás do palco, mas é de uma importância seminal para os shows ).

    Antes da terceira da noite, Bruce Dickinson saúda todos os presentes com um "Eeeii... São Pauuloooo Morumbi..." e vemos Adrian Smith se posicionar perto do violão para a exibição do mais novo clássico do Iron Maiden, a eletrizante The Writing On The Wall, que foi recebida nas palmas, nos muitos "hey... hey... hey..." e teve seu refrão berrado pela grande maioria formando um coro simplesmente impactante. Nos solos pudemos conferir a exuberância técnica de Adrian Smith e de Dave Murray. Assim, fica fácil entender porque o álbum Senjutsu em um ano de seu lançamento já alcançou disco de ouro no Brasil por conta de suas vendas e execuções nas plataformas de streaming.

Religião

    Enquanto a configuração do palco ( que momentaneamente ficou todo escuro ) era concluída para o segundo ato deste épico teatral que são os shows da Legacy Of The Beast tivemos o barulho dos motores das motocicletas do clipe da The Writing On The Wall ao fundo e se tornando distantes até que os vitrais dos imensos 'backdrops' produzissem um clima de religiosidade para que Bruce Dickinson ( agora portando uma roupa preta com uma longa capa como um pregador ) cantasse um dos clássicos imortais do Iron Maiden com a belíssima Revelations e aí, partida já estava vencida, pois, cantamos com ele alegremente seus versos. Nos solos feitos primeiramente por Adrian Smith, o vocalista que sempre se movimenta muito pelo palco pede e recebe os altíssimos "heeeey...." de nós com os punhos para o alto enquanto que todos os demais executavam na mais perfeita harmonia esta canção do álbum Piece Of Mind de 1983.

    Em um discurso em que definiu São Paulo como a capital do Rock'n'Roll, Bruce Dickinson comentou sobre o frio que fez nesta noite de domingo ( e fez mesmo... ufa!!! ), afinal, eles estão acostumados a pisarem aqui sempre com a temperatura alta, mas, enfatizou que apesar de tudo que acontece, nós não mudamos nosso amor pelo Iron Maiden ( bem Bruce... não tem como... mesmo com muitos garotos e garotas jovens tendo nesta noite o seu primeiro show do Iron Maiden, a verdade é que nosso amor pelo Iron Maiden atravessa algumas décadas... ).

    Este discurso serviu para introduzir Blood Brothers, canção do álbum Brave New World de 2000, que marcou o retorno do vocalista e de Adrian Smith à banda iniciando assim a era de três guitarristas no Iron Maiden e que sempre me traz as boas lembranças do show do Rock In Rio de 2001 em um momento que fui 'socorrido' por uma garota ao me fornecer um gole de sua garrafa d'água ( tinha como procurar os vendedores, mas aí, significaria perder o lugar onde estava ). Voltando ao show, a versão desta noite foi tão emocionante quanto as outras vezes que presenciei a banda tocando-a e contou com os lustres no alto do palco dando um tom quase intimista ao cenário.

    Para Sign Of The Cross do The X-Factor ( de 1995 ), a decoração ganhou um contexto sombrio e muita fumaça durante sua introdução, onde uma figura com uma capa preta deixa uma cruz dotada de iluminação independente no ponto central do palco canta ante a sua emblemática melodia Progressiva que teve os solos de Dave Murray e Janick Gers e, posteriormente, de Adrian Smith enquanto que Bruce Dickinson nos 'abençoava' segurando esta cruz, que depois ele deixou fincada na parte superior do palco. Vale dizer que foi nesta parte que tivemos as primeiras ( e grandes ) labaredas de fogo do show e também os fogos de artifício estourando tanto que isto tudo resultou em muitos 'hey...hey...hey...', socos no ar e muitos sem piscar olhando a atuação de cada um dos músicos do Iron Maiden.

    Viajando até os anos 80, hora da pulsante Flight Of Icarus e o seu gigante Ícaro inflável no fundo do palco, além de Bruce Dickinson alternando entre as suas partes de vocais, os disparos de seu lança chamas pouco acima da cabeça dos outros membros da banda brincando como uma criança com fogo ( embora... crianças não devam brincar com fogo... ). E como é maravilhoso ver e ouvir os seus solos de guitarras feitos por estes singulares guitarristas da história do Metal.

Solidão e angústia

    O cenário é novamente trocado ( aliás, cada música tem o seu próprio ) se tornando totalmente nebuloso e sem os fundos que observamos nas anteriores para que os dedilhados Dave Murray e Janick Gers nas guitarras anunciassem Fear Of The Dark ( título do álbum de 1992 ), que por mais vezes que o Iron Maiden a toque... em todas vamos ficar entusiasmados... Nesta, Bruce Dickinson trajava um figurino da Londres do século XVII e portava um farol verde ( com laser ) passando um sentimento de solidão e desespero ( dentro do padrão teatral do show ), que graças aos solos de guitarras feitos por Adrian Smith e Dave Murray, aos toques poderosos de Steve Harris no seu baixo Fender e a precisão de Nicko McBrain na sua bateria... novamente a interação banda - plateia foi - como sempre - gigantesca, onde outra vez fomos responsáveis pelos "ôôôôôôôôôôôôôôô" no ritmo da canção.

    Aparecendo atrás das grandes, angustiado pela hora sua morte e nos dedilhados ( e com palmas no ritmo dos contentes fãs ) desfrutamos de uma das melhores músicas do Iron Maiden com a Hallowed Be Thy Name ( do The Number Of The Beast de 1983 ), que mostrou também uma corda chegando próxima do vocalista lembrando que ele seria condenado à forca e assim sentiu sua vida passar através de seus olhos em seus momentos finais em um Heavy Metal fantástico, onde o Iron Maiden prova porque é o Iron Maiden e sem discussões um dos mais importantes nomes das história. E nós, além de ficarmos de queixo caído só restava gritar com Bruce Dickinson durante os reluzentes solos de guitarras a cada vez que ele nos pedia e depois, observar sua sempre admirável interpretação.

Direto para o Inferno

    Com muito fogo... seja pelas tochas, pela iluminação vermelha, pelas lareiras ou apenas aqueles exibidos no fundo do palco e os gárgulas, este novo setup do palco trouxe o impecável clássico The Number Of The Beast ( título do terceiro álbum de 1982 ) conduzindo o Morumbi para o inferno, cujos presentes reagiram cantando com muita força junto à Bruce Dickinson, que no final já soltou um "Screaming for me São Paulo... Screaming for me São Paulo....".

    Esta frase que adoramos ouvir já nos fez saber que a música Iron Maiden seria tocada em seguida e aí... além da potência e velocidade que esta canção do primeiro álbum da banda de 1980 possui... sabemos que 'alguma surpresa vai acontecer'... coloco entre aspas porque... afinal... todo mundo sabe chegara a vez de uma nova incursão do Eddie no palco, agora na forma de uma cabeça demoníaca do Legacy Of The Beast ( aliás, para mim, um dos Eddies mais assustadores dentre todos já criados ), que aparece e vira para a esquerda e direita nos olhando entre os lustres e as lareiras finalizando após todos os seus grandiosos solos de guitarras, gritos de Bruce Dickinson e disparos do baixo de Steve Harris a primeira parte do show. Isso não antes da banda vir a frente, atirar palhetas, baquetas e agradecer pelos aplausos recebidos.

Guerra e liberdade

    No bis, o plano de fundo do palco com a capa do single da The Trooper, canção que também saiu no Piece Of Mind foi colocado em destaque e o vocalista Bruce Dickinson estava com a farda inglesa vermelha da Batalha da Crimeia, um assunto abordado pelo Iron Maiden quando a Inglaterra lutou contra os russos no século XVIII e o sofrimento que uma guerra traz está tristemente em pauta nos noticiários e na vida do povo ucraniano por conta da invasão da Rússia na Ucrânia, ocorrida em fevereiro deste ano.

    Mas, enfim, aqui o que interessa é o show e além da performance de gala da banda ( com solos brilhantes de Adrian Smith e de Janick Gers ), quem voltou e lutou contra o esgrimista e vocalista foi o Eddie ( também vestido com o uniforme dos soldados ingleses ). Entretanto, é que mesmo fazendo tudo isso, Bruce Dickinson encontrou tempo para agitar as bandeiras da Inglaterra, do Brasil e ainda mirar seu mosquete ( ornamentado pela nossa bandeira ) e atirar no Eddie fazendo o monstrengo mais amado do Metal sair do palco antes do término da música.  

      Sem delongas, Steve Harris usa seu baixolão junto aos dedilhados feitos por Janick Gers para a magnífica The Clansman, cujo tema central é a liberdade, que parece estar em esquecida no mundo atual. Nesta Progressiva e bela composição do Virtual XI, o vocalista Bruce Dickinson utilizou uma espada enquanto cantava e ao ergue-la, conclamou o nosso envolvimento após alguns versos ao dizer "In portuguese" e assim soltou a deixa para que nós gritarmos os "ôôôôôôôôô... ôôôôôôôôô" antes da segunda parte dos solos em que nem preciso enaltecer a maestria dos guitarristas ( sim... inclusive Janick Gers, que faz a parte showman ao girar o braço, esticar a perna ao solar, jogar a guitarra para o alto, enfim, todas aquelas estripulias que já acostumamos a ver ele fazer ).

    Com os toques conhecidíssimos de Nicko McBrain em sua bateria, hora de mais outra clássica com a Run To The Hills, canção que te concede uma energia única, te faz querer pular imediatamente e que claro, cantamos com o Iron Maiden com toda a força que ainda possuíamos em nossos corpos formando um coro único ecoando pelo estádio.

     Algo que chamou a atenção neste momento não foi somente o plano de fundo com os dois Eddies lutando ( o Samurai e o 'British Eddie' ), mas, o vocalista no melhor estilo Looney Tunes explodir todo o palco utilizando um detonador ( escrito T.N.T. ), surreal, mas, fantasticamente divertido.

Ases nos ares

    E uma banda que já tem mais de quarenta anos de estrada, dezessete discos de estúdio e incontáveis shows ao vivo ( esta foi a 76ª apresentação na América do Sul e a 44ª no Brasil ) pode ser dar ao luxo de colocar Churchill's Speech, o discurso que antecede a frenética e arrebatadora Aces High no final do set, quase após duas horas de show e trazer uma 'estrela' aguardada por todos que viram a banda em 2019 e aqueles que não viram e ansiavam demais em vê-la... o Spitfire inflável 'voando' acima dos integrantes enquanto que eles nos exibiam mais outra primorosa versão deste clássico do álbum Powerslave de 1984.

    Aos gritos de "Olê... Olê... Olê... Maiden... Maiden...", eles se despedem em definitivo dos mais de 70.000 presentes ( sim.. lotação esgotada novamente ) no Estádio do Morumbi jogando suas palhetas, baquetas e desta maneira saíram sorridentes por mais um radiante e único espetáculo em São Paulo, porém, os shows do Iron Maiden só acabam em 'definitivo' quando Always Look On The Bright Side Of Life do Monty Python é tocada nos PA's e desta vez até que demorou um pouco para isso acontecer nos levando por um breve instante a pensar que poderia ter mais uma música, mesmo sabendo que a banda não iria apresentar uma surpresa desta tamanho.

    Todavia, este era mais um desejo de muitos de nós que uma possibilidade real... era mesmo o fim da Legacy Of The Beast World Tour 2022 pelo Brasil e por São Paulo, sendo que além da certeza que presenciamos um dos melhores shows do ano sabemos que - mesmo com a idade do sexteto já começando a ficar mais avançada - eles evidenciaram que possuem fôlego para voltarem aqui no ano que vem ( no Wacken de 2023 o Iron Maiden já está confirmado ). Encerrando esta matéria, quero reiterar aqui o que sempre digo aos amigos e amigas do Rock On Stage... assistir um show do Iron Maiden é algo que todo headbanger deve fazer ao menos uma vez na vida. Eu, orgulhosamente - graças à Midiorama e a Move Concerts - presenciei o meu nono show do Iron Maiden e que venha o décimo...

Texto: Fernando R. R. Júnior
Fotos: Stephan Solon - Move Concerts
e Fernando R. R. Júnior
Agradecimentos à Alex, Camila Dias e para toda a equipe
da Move Concerts e Midiorama
pelo credenciamento, atenção e principalmente pela oportunidade
Setembro/2022

Set List do Iron Maiden

1 - Senjutsu
2 - Stratego
3 - The Writing On The Wall
4 - Revelations
5 - Blood Brothers
6 - Sign Of The Cross
7 - Flight Of Icarus
8 - Fear Of The Dark
9 - Hallowed Be Thy Name
10 - The Number Of The Beast
11 - Iron Maiden
Encore:
12 - The Trooper
13 - The Clansman
14 - Run To The Hills

Encore 2:
15 - Churchill's Speech
16 - Aces High

Voltar para Shows