Live´N´Louder Rock Fest 
dia 12 de outubro de 2005 - Estádio do Canindé - São Paulo/SP
com: Tuatha de Danann, Dr Sin, The 69 Eyes,
 
Destruction, Rage, Shaaman, Nightwish e Scorpions

 

Álbum de Fotos do Live´N´Louder Rock Fest

    Era um dia que teríamos grandes ícones do heavy metal reunidos. A proposta de realizar um grande festival fora cumprida. Finalmente, depois da última edição do Monsters of Rock, teremos um grande festival em São Paulo capitaneado pelos veteranos do Scorpions. E isso é ótimo, pois o público se encontrava saudoso de um grande festival na capital paulistana. A data escolhida foi o feriado do dia da Padroeira do Brasil - Nossa Senhora ( no dia 12 de outubro ) e foi ótimo ver tanta gente junta reunida com um único objetivo: apreciar mais de 10 horas de excelente música.

    A maratona musical que eu, e a imensa legião de fãs, com suas camisas pretas, estávamos submetidos começa logo na manhã da quarta-feira, é claro que muitos foram chegando durante o dia todo somente para ver as atrações principais, mas, na qualidade de " maratonista musical ", assim como muitos, eu já estava por lá logo cedo, fritando no forte calor que fazia no estádio Osvaldo Teixeira Duarte. Os portões foram abertos pouco tempo depois do horário previsto e todos nós sabíamos que a forte maratona iria começar. E a primeira atração sobe no palco pontualmente no horário marcado, logo às 13:30hs. 

Tuatha de Danann

    Quem teve a honra de abrir este importante festival  foram os mineiros de Varginha do Tuatha de Danann ( credenciados pela votação do Brasil Metal Union como a banda mais votada - onde não tocaram devido a sua primeira tour Européia  ). E o show do Tuatha de Danann serve para mostrar porque eles estiveram tocando no Wacken Open Air em agosto deste ano.   

    Esse crescimento da banda se deve ao fato também da grande presença de palco do vocalista, flautista e guitarrista Bruno Maia que fez um set com músicas do novo Trova di Danú e dos álbuns mais antigos. 

    Abrindo com The Dance Of The Little Ones do álbum Tingaralatingadun a mescla de vocais urrados, flautas no melhor estilo Jethro Tull conquistam o público presente no estádio da Portuguesa. O set do Tuatha de Danann vai seguindo com músicas novas, como Trova di Danú ( do disco homônimo ), algumas que já podem ser consideradas clássicas, como Brazuzan, Taller Than a Hill

    A galera que estava altamente empolgada com o set apresentado, pedindo várias vezes a música Finganforn e quando foi atendida pela banda o tempo do show havia acabado, e, infelizmente acontece algo que ninguém queria: eles são literalmente cortados às 14:00hs pela organização do festival. Ficou chato, porque eles tentaram continuar a música mesmo assim. Sei como é difícil realizar um festival, ainda mais deste porte, mas creio que os aproximadamente 5 minutos para a execução dessa música, não comprometessem tanto o tempo das demais bandas e não criaria um incidente lamentável como este acabou se tornando, ainda mais com uma excelente e querida banda brasileira como é o Tuatha de Danann.

Dr. Sin

    Rapidamente - no tempo apenas de percorrer o estádio e pegar um sorvete, é amigos e amigas do Rock On Stage, o calor estava forte nesta tarde paulistana e o único jeito era esse - o palco já é totalmente preparado para a segunda atração do dia, os paulistanos do Dr. Sin

    Os irmãos Andria e Ivan Busic somados com o Eduardo Ardanuy começam o seu show no Live ´N´ Louder às 14:10 detonando e fazendo com que a galera empolgue-se já de cara pra valer: eles tocam um medley de "São Paulo Rock".. digo... Detroit Rock City e Love Gun. Depois para divulgar o vindouro e praticamente pronto álbum Listen To The Dr.s, tivemos Calling Dr. Love  ( do  Kiss ) em uma versão fantástica, que poderia até causar uma certa inveja em Gene Simons e Cia. com solos majestosos de guitarra e bateria. 

    Seguindo com Time After Time do álbum Dr. Sin II e clássica Emotional Catastrophe que mantém o público em alta sintonia com a banda. Depois é hora de  Miracles um rockão de primeira, onde Andria Busic fala sobre acreditar nos sonhos que temos e tentar realizá-los ( e concordo com ele, porque estar no Live´n´Louder, vendo shows como este é um sonho realizado ). Depois temos outra que estará no novo trabalho, com Dr. Rock ( do Motorhead ) e para encerrar este excelente show a música Futebol, Mulher & Rock n' Roll que deixa o público em estado de graça. Vale lembrar que o refrão " eta..eta...eta...brasileiro quer..." era completado com uma rima bem interessante e verdadeira...rs.. Bem retomando, o solo do Eduardo Ardanuy no final a la  Hendrix foi outro grande destaque deste show do Dr. Sin, que mandou nos seus 30 minutos de show uma verdadeira aula de hard rock, e detalhe, foi a primeira vez que vi a banda - agora sei que devo ver muito mais vezes...

The 69 Eyes

    Três da da tarde e os "Vampiros de Helsinki" foram a primeira atração internacional a entrar no palco do Live ´N ´Louder para mostrar o seu gothic rock ao público brasileiro com músicas como Devils e The Chair. O visual glam rock a la Marc Bolan da banda foi prejudicado pelo forte calor ( afinal, se sem camisa já estava o um inferno, imagine então com jaquetas de couro como estavam os membros do The 69 Eyes - e entre uma música e outra eles foram tirando as pesadas jaquetas  - fica a pergunta: não avisaram a banda que o Brasil é quente e estamos praticamente no verão ? ). 

    O vocalista Jyrki 69 comanda bem a banda e não para quieto, a dupla de guitarristas Bazie e Timo-Timo fazem belos solos e a cozinha de Archzie ( baixo ) e Jussi69 ( bateria ) está bem ajustada, mas a banda é bem desconhecida por aqui. Mesmo assim, eles fazem um set de 45 minutos bem empolgantes, com músicas do seu último disco Devils e outros sucessos da banda, entre elas a homenagem ao Scorpions com Feel Berlin e Gothic Girl, que Jyrki 69 dedica às belas mulheres brasileiras ( bobo ele num é... ). 

    Uma coisa que me chamou bastante a atenção foi o estoque de baquetas que Jussi 69 deve ter levado ao estádio, porque no final de cada música ele as jogava  para a galera.

Destruction

    Eram poucos minutos além das quatro da tarde quando os substitutos do Testament ( que teve problemas com seu guitarrista e cancelou os shows;  coisa que foi frisada por Schmier : "Só lembrando, somos o Destruction, e não o Testament" ) começaram seu show destruidor, bem ao nome da banda.

     O Destruction entra no palco e mostra que a substituição fora excelente: os alemães Schmier ( vocais e baixo ), Mike ( guitarra ) e Tommy ( bateria ) entram em cena mostrando um thrash metal brutal e matador.

    Nem preciso dizer que a destruição literalmente começou - As rodas que foram abertas eram totalmente insanas!!! Quem entrou nelas com certeza gostou e os alemães também mostraram contentes com o público brasileiro e anunciaram seu retorno com um show completo para breve - eles tocaram por apenas 45 minutos -  fico pensado o grau de insanidade que o Destruction deve proporcionar num set completo.

    Músicas como Nailed To The Cross com inversões rápidas e fabulosas, pancadaças como Bestial Invasion do álbum Infernal Overkill e Soul Colector do novo disco Inventor Of Evil servem o começo da demolição dos pescoços dos fãs, mostrando toda a potência do som que eles alcançam com apenas baixo, guitarra e bateria. Aliás uma curiosidade do festival foi a presença de vários powers-trio. ( o Dr. Sin, o Rage e o Destruction ). 

    Os solos de guitarra foram espetaculares, a bateria e o baixo matadores. Durante o show do Destruction  a organização jogou jatos de água para abaixar o calor da galera, que ainda era muito forte mesmo sendo quase 17:00hs. E não é que uma nova gafe acontece: durante uma pausa entre uma música e outra, o técnico de som corta os microfones da banda e coloca nos falantes " uma mensagem dos patrocinadores " o que causou um certo dissabor entre músicos, público e organização, ou seja, Schmier e o público ficam deveras bravos com a organização. Está certo que uma banda de thrash metal, às vezes faz um set mais curto, mas não foi o caso e eles voltam tocando mais alguns petardos de sua carreira como Metal Discharge.

Rage

    Olha, preparar o palco para cada banda não é uma tarefa fácil. E a organização do Live´N´Louder foi precisa neste ponto. Nos intervalos de uma banda para outra, rapidamente todos os instrumentos já eram trocados, a bateria por exemplo, era trocada todo o  ' palquinho ' de uma vez só. Com a bateria montada e com Rage que começou o seu show às 17:15 não foi diferente. 

    Apresentando um power metal de primeira durante a uma hora de show que tem direito, o globalizado Rage cuja formação é a seguinte:  o alemão Peter Wagner  no baixo e vocal, o russo Victor Smolski na guitarra e o norte-americano Mike Terrana na bateria, mostram que são uma banda extremamente bem afiada e com um currículo de 20 anos de serviços prestados ao metal. Músicas como Set This World On Fire, War of Worlds, Firestorm e Higher Than The Sky ( em uma versão maravilhosa com um fantástico duelo do público dividindo os vocais com Peter Wagner ) são alguns dos destaques deste show perfeito e marcante fizeram.

     O vocalista Peter Wagner tem uma excelente postura de palco e um forte carisma, facilitando bastante a vida dele para comandar a galera num dos melhores shows de heavy metal que já vi. Dois outros destaques desse show foram: o excelente solo de guitarra com Rocket Science de Victor Smolski e a competência, velocidade e técnica do "insano moicano"  Mike Terrana no solo  de bateria de outro mundo, com a música Anarchy. É tivemos grandes e sagrados polvos se encontrando neste festival - Terrana, Tommy ( do Destruction ) Ivan Busic ( do Dr. Sin ) e James Kottak ( do Scorpions ).

Shaaman

    Uma demora um pouco maior para montar o palco para uma das principais bandas do festival - os paulistas do  Shaaman que começam a tocar no início da noite, às 18:50, divulgando o seu novo álbum Reason com uma introdução no melhor estilo de Matrix ( os efeitos apresentados no telão ) para abrirem o set com a música Turn Away

    Depois tivemos Trail Of Tears ( do disco novo  Reason ) e relembrando o álbum Ritual com a aclamada Distant Thunder. E, além de ser um grande frontman, André Matos está fazendo a parte de relações publicas dos eventos ( assim como fez no Rock In The Planet ) agradecendo a todos: "Obrigado para vocês que vieram ver o Shaaman. Obrigado para vocês que não vieram ver o Shaaman, mas estão tendo a paciência de nos ouvir. Prometo que não vamos decepcionar ninguém". Vale lembrar que André também deu um belo trabalho a seus roadies, arremessando toda hora o pedestal de seu microfone. 

    Voltando ao set, o Shaaman toca For Tomorrow que empolga bastante pessoal, Time Will Come com uma grata e ótima  surpresa que foi a presença de Marcus Viana ( Sagrado ) no violino. Ainda com Marcus, eles tocam a balada Innocence ( considerada a substituta direta de Fairy Tale ) que levantam todos os presentes que cantam juntos com a banda. Que o Shaaman é banda grande todo mundo já sabe, e tivemos Born ( cover do Sisters Of Mercy presente no álbum Reason ) e Pride onde o vocalista da banda tem seu momento de " padre "  falando sobre a importância da data: “Irmão e irmãs, estamos reunidos aqui hoje... " ( afinal era o  dia de Nossa Senhora Aparecida ) e convida a todos para " rezarem " com ele a letra da canção, que encerra o ótimo show do Shaaman

    Mas claro que que tivemos um bis, e ele veio com Lisbon ( e a galera não se cansa de pedir Carry On ) em uma execução maravilhosa, com muita empolgação da banda e os vocais divididos com a platéia.

Nightwish

    Agora chega a hora de uma das atrações mais esperadas por todos: os finlandeses do Nightwish. E eis que às 20:30 da noite eles sobem ao palco, durante a introdução vemos surgindo os integrantes um por um: o líder Toumas Holopainen nos teclados, Emppu Vourinen na guitarra, Jukka Nevalainen na bateria e o 'casal'  que divide os vocais com Marcos Hietala no baixo e a estonteante Tarja Turenen nos vocais e ao fundo uma enorme bandeira com a capa do disco Once.  A excelente iluminação usada durante o show do Nightwish é outro destaque a parte.    

    Tarja Turunen ( com vestimentas amarelas iguais ao pedestal de seu microfone ) está muito mais solta, ainda mais simpática e notavelmente feliz por estar novamente no Brasil em menos de um ano. Ela comanda o êxtase coletivo com perfeição e melhorando em muito o português ela arrisca palavras como: " Boa Noite São Paulo! Muito obrigada! " . O show é aberto com a maravilhosa Dark Chest Of Worders do disco Once.

    Seguindo com a pesada Planet Hell onde Tarja sacode seus longos cabelos pretos no melhor headbanging. Para acalmar um pouco, temos a emocionante Ever Dream ( do disco Century Child )  e The Kinslayer ( do Wishmaster ) que reativa a agitação da galera. O baixista Marco Hietala, que sempre divide perfeitamente os vocais com Tarja, o faz novamente na perfeita execução de Phantom Of The Opera ( também do Century Child e canção tema do musical do Fantasma da Ópera - concebido por Andrew Lloyd Webber ).

    Voltando ao Once com a música The Siren com seu toques com influências árabes, onde Tarja solta o potencial de sua voz com os fortes agudos líricos. A faixa que volta a emocionar o público é a lenta Sleeping Sun ( do Century Child ) e chega a hora do descanso de Tarja e Hietala agora assume o posto de principal vocalista.

    Durante esse descanso da bela frontwoman, o fera Marco Hietala manda um cover que me faz entrar num delírio completo ao ouvir a versão de High Hopes ( do Pink Floyd ), que foi uma excelente surpresa no set, ainda mais pela competência da banda na execução desta música. Na volta, a deusa morena volta com um vestido amarelo,  e, para não perder o pique emenda a encantante Bless The Child ( do Century Child ) e Wishmaster ( do disco com o mesmo nome ), onde sente-se aquela sensação de que o estádio iria vir abaixo, devido ao tanto que o público paulista adora, pula e canta essa canção. Continuando o momento mais heavy temos a pesada Slaying The Dreamer ( do Century Child ) que Hietala avisa que é um momento para bangear bastante, e é o que acontece.    

    Chega a hora de um certo descanso, uma excelente e memorável surpresa com a execução de Kuolema Tekee Taiteilijan, cantada em finlandês, somente pela rainha nórdica Tarja e o público, onde milhares de isqueiros foram acesos criando uma atmosfera perfeita e única entre vocalista e público, e a vocalista percebeu que muitos estavam cantando e ficou uma sensação no ar que ela iria chorar. Na volta dos quatro cavaleiros, vemos e ouvimos Toumas começar no seu teclado os toques de Nemo ( do Once e que não poderia faltar ...). Esta faixa cria novamente outro momento único no show e é cantada por todos numa integração perfeita entre banda e público que é uma das maiores e mais marcantes características de nossos headbangers.

    Eles saem do palco e com os gritos de "Olê... Olê.. Olê.. Nightwish .. Nighwish!!! " voltam para o bis que conta com os dez maravilhosos minutos de Ghost Love Score e Tarja desfila sua simpatia e sensualidade com um belo e longo vestido branco, seguida de Wish I Had A Angel com Marco Hietala novamente dividindo os vocais com Tarja e a platéia de milhares de fãs, que fecha este set perfeito dos finlandeses. A apresentação do Nightwish foi memorável e marcante deixando todos realmente felizes com a beleza do show. Porém, ainda não era tudo, tínhamos os mestres do hard rock alemão para entrar em ação...

Scorpions

    É chegada a hora dos alemães do Scorpions, escalados como headliners do festival, mostrarem as caras, e quando finalmente via-se no palco:  Klaus Meine nos vocais, Rudolf Schenker e Matthias Jabs nas guitarras, James Kottak na bateria e o novo baixista Pawel Maciwoda, sabíamos que eles estão prontos para fazer o que o melhor sabem fazer:  hard-rock!!!  Estilo que consagrou a banda no OIimpo dos monstros sagrados do rock.

    E não é que teve gente indo embora depois do Nigthwish? Quem foi embora não tinha noção do que estava para começar no estádio, não sabia que esses escorpiões estão com muito veneno para ser destilado, que iriam nos mais mostrar sucessos de trinta anos de carreira em vinte álbuns.

    Meu coração setentista jamais poderia imaginar que os inquebravéis escorpiões tinham preparando um set inesquecível, passando por todas as fases da banda ( exceção dos álbuns experimentais que não tiveram sucesso ), que eles tem tantas forças para queimar, ainda que já estejam com mais de 50 anos de idade. O mais aguardado show do Live´N´Louder tem seu início às 22:30, com duas músicas do novo e ótimo disco Unbreakable: New Generation e Love´em Or Leave´em, com Klaus Meine mostrando que o rock é a fonte da juventude, pois sua voz está ótima como era antes há mais de vinte anos atrás.

   Depois de conhecer essa novas músicas fomos, brindados com uma sequencia de clássicos que é para não esquecer da memória com: Bad Boys Running Wild ( uma das clássicas do disco Love At First Sting que é para lembrar de quando começei a ouvir rock´n´roll ), seguida com The Zoo do álbum Animal Magnetism onde os solos da dupla Jabs/Schenker estão fantásticos, seguida da viagem para a década de 70 com We´ll Burn The Sky do disco Taken By Force e o baixinho Klaus tocar sua banderola ( que é um instrumento de percussão ) durante os solos, e meu amigo, ainda bem que o roadie deles é esperto, porque ele arremessava o instrumento a cada música tocada.

     Em seguida, mais uma música de Unbreakable, o rockão Deep And Dark que tem ótimos solos de guitarra, e então chega a hora de ouvirmos a clássica Coast to Coast. Holiday foi a seguinte, magistralmente apresentada num misto de acústica com plugada, numa versão bem longa, onde Rudolf Schenker utiliza um violão ( até aí normal ) mas em flying V como sua guitarra foi a primeira vez que vi. Depois tivemos a balada Wind Of Change ( do disco  Crazy World ) que faz os isqueiros serem acesos de novo e o Scorpions faz o Canindé inteiro cantar a música com eles, como se fizessem parte de um coral perfeitamente ensaiado.

    O show prossegue com Loving You Sunday Morning do álbum Lovedrive e a hardaça Tease Me Please Me também do Crazy Worlds. E chega a hora daquele solo de bateria que mostra a excelente forma de James Kottak nas baquetas: ele mostra uma fantástica técnica em Kottak Attack  ( nome do solo ), comandando e brincando com o público, deixando todos sem piscar os olhos olhando seu monstruoso solo.

    E no final deste solo, ao som de sirenes, temos a execução de Blackout ( do álbum homônimo de 1982 ), que não deixa ninguém parado ( apesar do cansaço  que eu e muitos se encontravam ) e outra do Unbreakable com a rápida Blood Too Hot. E com essa mescla de clássicos com novas, o show dos inquebravéis escorpiões alemães vai seguindo para total felicidade dos presentes e temos Hit Between The Eyes ( do Crazy World ) - outro hard rock do início dos anos 90, que é um sucesso da banda e então é apresentada uma das mais clássicas do set: Big City Nights ( do Love At First Sting ) - que fecha essa primeira parte do show.

    E até então faltavam duas músicas que não poderiam deixar se serem tocadas, porque senão eu não consideraria que tinha visto uma das maiores bandas de hard rock do mundo ao vivo. Sim, amigos e amigas do Rock On Stage, eles guardaram o melhor para o final: aos gritos de "Scorpions... Scorpions" eles retornam e Klaus Meine manda a balada Still LovingYou que faz os isqueiros novamente se ascenderem e o " coral do Canindé " retomasse suas atividades ao cantar a letra inteirinha.   

    Quem ainda se agüentava em pé curtiu Dynamite ( eu estava no final mas criei forças sei lá de onde e também curti ). Mas ainda faltava aquela música, aquela que eu me lembro do clipe, aquela que foi responsável por eu adorar os Scorpions, é estou falando do hino Rock You Like a Hurricane que todos agitaram, cantaram de forma fantástica e mandaram os braços para o alto como nunca. É... agora era o final, era?...Bem... eles ainda tinham gás e mandaram a " saidera " com  When Smoke is Going Down para ver se além deles, alguém mais é inquebrável. E com os agradecimentos finais dos Scorpions encerramos a primeira edição do Live´N´Louder Rock Fest em São Paulo. Notei que muitos pais levaram seus filhos para curtirem os shows, aproveitaram para curtir uma banda de sua juventude e mostrar para os mais novos a sonzeira que os " velhinhos "  do Scorpions fazem.

    Tenho certeza que os quase 25.000 foram embora felizes com mais um dia especial que só o rock proporciona. E sem nenhum tipo de problema com o público ( afinal quem vai em um show como esse vai apenas para curtir a sua banda favorita - não é como infelizmente tem acontecido nos jogos de futebol ).

    Pronto!!! Findada a maratona podia ir para casa de alma lavada, com muita  felicidade e tendo aquela certeza absoluta: estamos de volta aos grandes festivais, que venha a segunda edição!!! Já estamos aguardando e estaremos todos presentes por mais 10 horas de heavy metal no segundo Live´N´Louder Rock Fest!!!!

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Por Fernando Júnior

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