Passados
praticamente dois anos após da última visita dos finlandeses do Stratovarius
pelo Brasil, muitas águas rolaram
por debaixo dessa ponte, afinal, eles enfrentaram sem saber e de perto a insanidade de Timo
Tolkki, brigas, anúncios de novos integrantes, etc; porém, quiseram
os deuses do rock, e, para a nossa total alegria que a banda voltasse
com a formação clássica, gravassem um ótimo álbum ( veja
resenha ) e retornassem ao nosso país pela quinta vez.
A tour
brasileira contou com shows nas cidades de: Curitiba, Belo Horizonte,
Porto Alegre, Rio de Janeiro e em São Paulo com duas datas. Motivo:
na primeira data em São Paulo seria gravado o primeiro DVD ao vivo da
banda em comemoração aos 20 anos de carreira do Stratovarius e
como os ingressos se esgotaram rapidamente foi necessário marcar
uma segunda data ( no domingo dia 28 ) para " dar uma
mãozinha " àqueles que não conseguiram ir no show do sábado
dia 27 de agosto ( que seria o dia da gravação do DVD ).
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O palco escolhido para o show paulista foi novamente o Olympia,
e a resenha que lhes contarei nas linhas seguintes é sobre o show do
sábado, onde, com orgulho e muita satisfação pude estar presente em
mais um show memorável de um dos grandes mestres do metal melódico.
Para quem entra no Olympia pela primeira vez ( que foi o
meu caso ) você fica impressionado com a bela estrutura
da casa e sente o prazer, caros leitores ( as ) do Rock
On Stage, que está prestes a participar da história.
Resumindo o show e a gravação do DVD do Stratovarius em uma
só palavra: espetacular.
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Desta
vez, não tinha nenhuma banda de abertura, era só ficar na adrenalina
pelo Stratovarius mesmo. Quando as luzes se apagam, 20 minutos
após o horário programado para o show começar, os telões do Olympia
mostram imagens do início desta nova tour ( que já passou por
Chile, Argentina e algumas cidades do Brasil ) com um maravilhoso hino
( que não identifiquei de onde é ) que marcam o começo do
show.
E
então eu e mais uns 5.000 fãs somos brindados com a entrada no
palco dos músicos Timo Kotipelto ( vocal ), Timo Tolkki (
guitarras ), Jens Johansson ( teclados ), Jörg Michael (
bateria ) e Lauri Porra ( que é o novo baixista após a
saída de Jari Kaimulainen ). Com os estranhos acordes
iniciais da nova Maniac Dance ( que lembram vídeo
game dos antigos ) e single do novo álbum da banda, finalmente
é iniciado para valer a apresentação afiadíssima do Stratovarius
e explosão de alegria do público presente.
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Olympia lotado
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Timo Kotipelto - foto Rafael Sasso
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Seguindo um set-list excelente tivemos as músicas Speed
Of Light, The Kiss Of Judas e a rápida Legions que
empolgam a galera e fazem aquela interação banda-platéia que
só é vista no Brasil. A música seguinte, Twilight Symphony é
anunciada por Timo Kotipelto apenas no " Twilight
" e com o final do nome " completado " pela
platéia, que ansiava em muito ouvir essa música, afinal a
bela introdução no teclado de Jens Johansson com seu
jeito peculiar de tocar os teclados e o que falar dos riffs de
guitarra de Timo Tolkki? maravilhosos.
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E outro fato marcante é ver e ouvir o vocalista Timo Kotipelto dizer:
" Obrigado, vocês são fantásticos " ( em
português, é.. amigos ele aprendeu algumas palavras em nossa
língua ).
Depois tivemos a
power Will The Sun Rise? e em seguida uma pausa. Os demais músicos deixam
Lauri
Porra ( ex-Sinergy ) comandar o Olympia ( nem preciso dizer que o
público brasileiro brincou com o sobrenome dele novamente - porque
no ano passado no Rock In The Planet, leia
aqui, nós já fizemos isso!!! ). Mas independente de
brincadeiras, Lauri mostrou porque está escalado como
baixista do Stratovarius em solos fantásticos com suas "
quatro cordas" arriscando-se a passar por bossa nova e
até sons de guitarra no baixo, é, ele mostrou que possui uma
magnífica técnica e velocidade em seu instrumento sendo uma
excelente escolha na substituição de Jari Kainulainen.
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Então com a volta dos demais integrantes, temos em seguida duas
faixas do novo álbum: a primeira The Land Of Ice And Snow -
que é uma linda balada onde Timo Tolkki usa um violão
acústico e Timo Kotipelto canta performaticamente para total
delírio dos fãs que acendem seus isqueiros. Já a segunda começa depois de lermos nos
telões, trechos da " Declaração dos Direitos Universais
" ( e dizem que o público de rock é alienado, vai
nessa!!! ) e vê-se a frase " We Are United " e
começa ser tocada: United que teve no refrão os "oooo"
cantados pelo gigante coro de milhares de vozes.
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Lauri Porra
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Timo Tolkki - foto Rafael Sasso
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Foi um momento mais calmo este, mas, o show é de heavy metal e é o
que temos em seguida com os solos de guitarra na rápida, já
clássica e melódica Againist The Wind, que faz a galera da
pista agitar barbaramente. Com Timo Tolkki empunhando
novamente um violão e Timo Kotipelto comandando a galera com
palmas temos a balada Season Of Changes. E alternando com
outra mais rápida é hora de outro clássico com Father Time cantada
por muitos presentes encerrando esta primeira parte do show. Meia
noite, mais de uma hora de show, é tempo para uma pequena pausa. Com
os gritos de " ole ole ole Strato...Strato... ";
eles voltam mais calmamente tocando Coming Home.
Lembram daquela história que o melhor fica para o final? Então,
novamente é verdade, olhe a seqüência: Destiny executada
de forma inesquecível foi uma e Timo Kotipelto comanda os
gritos do público dizendo que os chilenos e argentinos gritavam
mais... ( pra quê ele fez isso...rs!!! ) a velha rivalidade
veio à tona e muitos, assim como eu, gritaram com toda força dos
pulmões. Seguindo com o hit Hunting High And Low para total
felicidade e agitação dos presentes.
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Uma nova
pausa e já é hora do bis, nossa já? Na volta com Visions,
outra clássica da banda e do metal melódico que alterna trechos rápidos
na guitarra e acústicos, é de pirar não? Outro momento
marcante foi quando a banda tocou a balada Forever, onde
novamente " o coro do Olympia " se pronunciou e
cantou junto com Kotipelto a letra inteirinha. O vocalista, que
esteve perfeito durante o show, brinca com o público antes de anunciar a
música que iria encerrar o show, dizia ele: " qual a cor favorita
de vocês? " Naturalmente que a cor preta ( ou black ) foi
escolhida, sendo anunciada então a fabulosa Black Diamond e fecha
o set com chave de ouro pondo o Olympia " quase abaixo
" de tamanha foi a alegria da galera. Com Timo Kotipelto comandando
a galera com sua forte presença de palco, Timo Tolkki curado e
tocando sua guitarra perfeitamente, Jens Jonhansson preciso nos
teclados, Jörg Michael fazendo malabarismos na bateria e tocando
sem perder o compasso ( a outra vez que vi isso foi com o mestre Neil
Peart ) e Lauri Porra detonando no baixo, só posso dizer
sobre o Stratovarius: vida longa e próspera.
Jörg Michael - foto Rafael Sasso
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Jens Johansson - foto Rafael Sasso
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É
tenho certeza que todos saem felizes de terem participado deste show
que marcou a gravação do DVD do Stratovarius. Não foi só
um show, foi uma grande festa do heavy metal. Na volta para casa
levei o cd Fourth Dimension, o single Maniac
Dance e uma camiseta. Quero registrar aqui um agradecimento
especial ao Rock On Line ( www.rockonline.com.br
) e a Andrea Santos da Century Media.
Por Fernando
Júnior
Fotos: Rafael Sasso ( Valeu Andrea das fotos!!! )
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