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Com uma ótima evolução instrumental, especialmente nos teclados, o Rockão What Comes Down abre o cd e seu ritmo contagia logo na primeira audição do cd, por estar vocalizado de uma forma mais 'largada' e com os pés fincados nos anos 70. Depois deste som de ótimas variações e algumas dosagens sombrias, que remetem ao Uriah Heep por suas harmonias vocais e pelo órgão no melhor estilo Hammond de A. Stefanovitch, a segunda, Mecathronic promove uma rifflerama envolvente que deixa G. Fischer à vontade para cantar com muita habilidade, pois, o Kappa Crucis já surpreende o ouvinte várias vezes nesta composição cheia de categoria, principalmente pelo fato deles deixarem a música ir viajando cada vez mais e nos levando junto. Em School Of Life, os 'licks' de bateria entram juntos com as linhas puramente setentistas da guitarra de G. Fischer em uma sonzeira que te conquista imediatamente e é muito gostoso de se ouvir pelo seu andamento calcado no Blues/Rock, que flui sensacionalmente por seus adoráveis minutos.
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Investindo em linhas que até lembram de momentos feitos por Jon Lord nos teclados em um ritmo Hard Rock com pitadas de Blues, Flag And Lies marca a sexta música de Rocks, que sofre uma brilhante virada no seu andamento e aí quero que você me diga: estamos ou não diante de uma baita sonzeira? E cabe mais um comentário: esta música possui as linhas necessárias para que o Kappa Crucis possa aplicar os improvisos 'purpleanos' em suas execuções ao vivo e se o tempo do show permitir, exibir em versões 'beeeem' longas.
Na seguinte, Nobody Knows, o quarteto caminha para um Rock´n´Roll mais acelerado devidamente embasado pela guitarra de G. Fischer e muito bem apoiado nos teclados de A. Stefanovitch, que juntos com a cozinha de F. Dória na bateria e R. Tramontin no baixo realizam outra excelente canção com momentos que te trazem o Uriah Heep na mente e como é bom ouvir uma banda que faça isso, aliás note as viradas que eles fazem nesta música. De início mais calmo e emocionante, Between Night And Day é uma falsa balada de Rocks, pois no seu decorrer eles aplicaram mais peso e energia em um set instrumental sensacional, cheio de viagens ( repare no que A. Stefanovitch faz nos teclados e me fale ), que está vocalizado com muita garra por G. Fischer.
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Parabéns ao Kappa Crucis por nos brindar com este fabuloso lançamento, tanto que já considero Rocks ( cuja capa exibe apenas algumas pedras ) como um dos melhores discos que ouvi neste ano e que terá que ser apreciado sem moderação seguindo o ritual de se colocar para rodar no aparelho de som para ouvir em um alto volume pelosfãs de bandas que sabem fazer uma sonzeira bem feita.
Nota: 10,0.Sites: www.kappacrucisband.com, www.myspace.com/kappacrucis,
www.facebook.com/kappacrucisband e www.youtube.com/kappacrucisband.
Por Fernando R. R. Júnior
Abril/2014