Segundo dia - Reconhecendo as "Criaturas do Wacken"
Sexta
, 02 de Agosto de 2013

    A “vantagem” de dormir em uma barraca, é que, mesmo sem querer, você acorda cedo, pois, a claridade e o barulho não vão te deixar dormir até muito tarde, então, rumo aos vestiários para tomar banho e se arrumar. A fila estava graaaaande, parece que todas as pessoas do Wacken resolvem tomar banho na mesma hora, então a outra dica, se não estiver muito cansado, tome banho de noite antes de dormir.

    Banho tomado e roupa trocada, fomos experimentar os traillers de café da manhã, tudo em ordem por lá, mesas e cadeiras para sentar, suco e sanduíche gostosos, preço total de 6 euros, vale à pena! Resolvemos nesse dia dar uma observada melhor nas “figuras” que habitam o Wacken, duas coisas nos chamaram a atenção de imediato: A primeira, que nós também aderimos, é a forma como as pessoas se cumprimentam, gritando: “WACKEEEEEEEEEENNNNNN!!!!!!!”, é uma espécie de saudação, esse “grito de guerra” é OBRIGATÓRIO, você TAMBÉM vai ter que gritar! ;-)

    A segunda são as pessoas fantasiadas, sim, você leu certo, fantasiadas!!! Por lá encontramos de TUDO, gente vestida de Batman, casal ( de homem e mulher ) ambos vestidos de princesa ( você NÃO leu errado, rsrsrs ), homem vestido de Hello Kitty ( oi??!! ), de Pókemon ( u-huuu, infância mode on!! ), de caveira, bate-bola, guerreiros medievais, de noiva cadáver, de “Adão e Eva” ( sim, peladões também se acha por lá! ), enfim, de tudo que você possa imaginar!!!

    Claro que nossa curiosidade falou mais alto e fomos perguntar para algumas dessas pessoas o por que dessas fantasias, a maioria respondeu que essa é uma espécie de tradição do festival, desde sua primeira edição, então, se você curte se vestir como o seu personagem favorito, essa é a sua chance!! :-D

    Outra coisa bacana de ressaltar é que você vai conhecer gente de toda parte do mundo, o Wacken é muito internacional, nós conhecemos gente de todas as partes da Europa, da China, do Canadá, USA, Colômbia, Argentina, e, claro, brazucas.... Para galera que, além do som, está afim de curtir com um Metaleiro ou Metaleira que venha a conhecer por lá, a dica é, SE JOGA, o esquema que impera no Wacken é o “vêm que eu tô facinho (a)”, e uma das coisas que mais ouvimos por lá foi “What happens in Wacken, stays in Wacken, bem diferente do padrão de comportamento geral das pessoas na Alemanha, que costumam ser mais devagar, o Wacken é um caso à parte!!!

No dia de hoje as bandas que conseguimos assistir foram:

TRUE METAL STAGE:
12:15 - 13:15 Tristania
14:45 - 15:45 Powerwolf
19:45 - 20:45 Sabaton
22:30 - 00:00 Doro
01:45 - 03:00 Grave Digger

BLACK STAGE:
13:30 - 14:30 Gojira
16:00 - 17:00 Ihsahn
21:00 - 22:15 Motörhead

PARTY STAGE:
18:30 - 19:30 Soilwork

Tristania

    Bom, quando acordamos já ia começar o Tristania. Mas precisávamos tomar café, banho, e se arrumar, pois uma vez que se vai para área de shows, é para ficar. Imaginem, se já estando lá não é possível ver todos os shows, imagine indo e voltando para área de camping. Definitivamente, não há tempo a perder no Wacken.

    Quando chegamos ao True Metal Stage, eles já estavam agitando tudo no palco e a galera que também acabava de acordar, ia com café da manhã e tudo na mão para curtir a banda. Sinceramente, eu já tive que abrir uma cerveja devido ao sol quase tão escaldante quanto do Rio de Janeiro.

    Encontramos um Tristania muito animado, mesmo estando torrando no sol. Infelizmente, Mariangela Demurtas e Kjetil Nordhus nos vocais, Anders Høyvik Hidle na guitarra e vocal gutural, Ole Vistnes no baixo, Tarald Lie na bateria e Gyri Smørdal Losnegaard na guitarra já estavam no meio do set, com a música Yeah Of The Rat, onde eles agradeciam a presença de todos tão cedo lá e que era a quarta vez deles no Wacken. Já tinham sido executadas as canções Number, do novo disco Darkest White lançado em 2013, Beyond The Veil, do disco homônimo, Darkest White e The Wretched. Aliás, fiquei arrasada que a banda já tinha executado a música Beyond The Veil, logo no início do show. Fazer o que, o cansaço falou mais alto. Logo em seguida, eles tocam a música Exile e a galera cantava e batia cabeça com a banda. Lógico, com a sua cervejinha na mão, para matar a ressaca da noite anterior. E para não deixar o ritmo cair, já que a temperatura só aumentava, eles mandam uma dobradinha de Night On Earth e Himmelfall, que é do novo disco Darkest White, onde toda a banda agitava muito, mas total destaque para os vocalistas Mariangela Demurtas e Kjetil Nordhus. Dava para ver como eles estavam empolgados de estarem tocando no Wacken.

    Eu não consegui ver a Beyond The Veil, mas ia ter a honra de ver The Shining Path ao vivo. Acho essa música simplesmente maravilhosa e a sua execução foi totalmente perfeita! Nesse meio tempo a área de show já está bem mais cheia e começa a abrir as rodinhas. E para fechar, Requiem também do disco novo, onde podemos ver a qualidade dos guitarristas Anders Høyvik Hidle e Gyri Smørdal Losnegaard. E a banda agitou muito e levantou a galera. No fim, agradeceram muito a oportunidade e a todos que levantaram cedo ( mas, nem tanto ) para prestigiar essa ótima banda norueguesa.

Set List do Tristania

1 - Number
2 - Beyond The Veil
3 - Darkest White
4 - The Wretched
5 - Year Of The Rat
6 - Exile
7 - Night On Earth
8 - Himmelfall
9 - The Shining Path
10 - Requiem

 

Powerwolf

    Essa era uma banda que eu não conhecia e resolvi dar uma olhada. E gente eu amei! Eles não são Black Metal, mas tem toda uma indumentária sinistra e meio satânica talvez. Mas são aquela banda de Metal com vocal limpo e muito, mas muitoooooo teclado, bem sinfônico. Pelo que eu pude perceber a temática básica são lobisomens e vampiros. De cara, Attila Dorn nos vocais, Matthew Greywolf na guitarra, Charles Greywolf no baixo, Roel van Helden na bateria e Falk Maria Schlegel nos teclados iniciaram o show com uma música bem legal, que depois eu descobri que se chama Sanctified With Dynamite e que todos sabiam de cor a letra. 

    Em We Drink Your Blood, a banda atiça bastante a galera com toda a parte teatral que eles apresentam ao vivo. Pena que o sol não ajudava a compor o clima. Estava escaldante e a maquiagem dos músicos meio que já escorria. Outra música bem interessante foi Amen & Attack, do novo álbum Preachers Of The Night e inclusive virou um vídeo clipe para divulgar o novo álbum. Outra música bem bacana é a Resurrection By Erection, que eles foram bem teatrais. Aliás, o baixista e os guitarristas parecem gêmeos! Mesmo cabelo armado vermelho e a mesma cara, e não é que eles são irmãos?

 

    Deixei de falar que esse show não estava nos meus planos, até porque eu não conhecia a banda, mas quando estava indo para a área de Meet & Greet, ouvi o show da banda e definitivamente, não resisti. Enfim, e é o tipo de banda que faz o meu estilo. E Werewolves Of Armenia foi mais uma música que chamou demais a minha atenção, tudo é ótimo, vocais, teclados. Os 'lobisomens da Alemanha' mais uma vez acertam em cheio com All We Need Is Your Blood. Absolutamente... eu me apaixonei e será uma banda que vou acompanhar com certeza. E todo o povo do Wacken, porque quem conhecia cantava todas as músicas e quem não conhecia parou tudo que estava fazendo para prestar atenção. E o final matador foi com Lupus Dei e Wolves Against The World, que fechou com louvor essa grata surpresa chamada Powerwolf.

Set List do Powerwolf

1 - Lupus Daemonis (Intro)
2 - Sanctified With Dynamite
3 - We Drink Your Blood
4 - Amen & Attack
5 - Resurrection By Erection
6 - In the Name Of God (Deus Vult)
7 - Werewolves Of Armenia
8 - Kreuzfeuer
9 - All We Need Is Blood
10 - Coleus Sanctus
11 - Raise Your Fist, Evangelist
12 - Lupus Dei
13 - Wolves Against The World

 

Sabaton

    Incondicionalmente, essa era uma das bandas que eu queria muito ver. Esses piratas da Suécia têm discos ótimos, definitivamente eles são incríveis. E para minha surpresa, o show começa com: The Final Countdown !?!?!?! OI? Mas calma, é só um pedacinho. E eles emendam lindamente com Ghost Division, que eu amo! E melhor ainda: o baterista é ninguém menos que Snowy Shawn, que para quem não conhece, já tocou com inúmeras bandas como Therion, Mercyful Fate, King Diamond e Dream Evil. Completam o line up os músicos Joakim Brodén nos vocais, Pär Sundström no baixo, Chris Rörland e Thobbe Englund nas guitarras.
 

    E o vocalista Joakin Brodén orquestra a galera, que, com as mãos cerradas cantam cada frase da música e faz gracinha, tirando meleca e comendo de frente para a câmera. E no final ainda arrisca um “muito obrigado” em alemão. E logo em seguida tocam Gott Mit Uns do álbum Carolus Rex.

    E continuando no clima do novo álbum, Joakin Brodén anuncia a música título Carolus Rex, e mesmo estando claro o dia ainda, já iniciam os fogos no palco. No final dessa música, Joakin Brodén emocionado comenta que ele nunca viu tanta gente assistindo o show do Sabaton na vida. E que ele estava arrepiado.

    Mas, ele continua dizendo que algo o deixa intrigado: todo o lugar que eles vão, as pessoas gritam Sa-ba-ton e a Alemanha era o único lugar que diziam algo em alemão, que mais uma vez eu não entendi 'hahahha...' Entretanto, como logo em seguida ele vira uma cerveja, acredito que havia dito seja algo como: “Mais uma cerveja”. E começa Into The Fire, que aliás, é bem apropriada para o clima “de montanha”, que estava fazendo naquele dia. Ele continua interagindo com a galera e diz que acabou de ver uma bandeira sueca, e comenta que todo lugar sempre vê pessoas com a bandeira do seu país e que essas pessoas sempre pedem para ele tocar uma música, que a letra é em sueco e que essa música é Karolinens Bön, que segundo ele fala sobre os soldados suecos. Essa música tem um ótimo rif de guitarras e os backing vocals também são o forte nessa música.

 

    Antes de Swedish Pagans, Joakin Brodén diz que acha inacreditável que a galera consiga ficar de pé, bater cabeça e cantar depois de tanto beber cerveja, que se fizer isso na próxima música vai ficar muito bêbado e não vai conseguir cantar. E em homenagem a isso, ele iria levar a música Swedish Pagans, que o pessoal já tinha pedido antes. Durante a música era possível ver a galera sendo carregada no alto pelo público. Depois do “Stage Diving” era possível dar um passeio. Tinha um fã que inclusive tinha um mini bote para navegar no mar de gente. 

    Em Midway, ele avista um fã com mesma roupa que ele, aquele colete com as placas prata e pede para deixarem ele entrar no pit dos fotógrafos e faz uma troca: dá o seu colete original para o sortudo e fica com o do fã, e ainda dedica a música para ele. O menino ( sim, ele deveria ter uns 14 anos, sai de lá feliz igual pinto no lixo ). Isso tem um significado imenso para qualquer fã.

   Agora, Cliffs Of Gallipoli tem um belo teclado e mais, um solo de guitarra dos mais espetaculares e riff incríveis. E ao vivo dá um mega impacto, ainda mais com os fogos incríveis do palco e a galera cantando toda a música, o que faz os músicos do Sabaton sorrirem o tempo todo.

    Joakin Brodén diz que tem uma coisa que eles estão querendo e se podem contar com eles, o público. Ele explica que tem algumas câmeras, e que se TODOS podiam cantar e pular com ele. E imediatamente anuncia Primo Victoria. Dessa vez, o melhor ficou para o final mesmo e antes que a banda comece de fato a música, todos, sem exceção a cantam. E a banda se derrete mais uma vez em sorrisos. Emocionado, ele diz que acha que ia ter sim uma galera para ve-los, mas nunca passaria na cabeça dele que seriam esse mar de gente. Ele disse que quando era um garoto alguém virou para ele e disse que talvez ele um dia pudesse estar no palco principal do Wacken e mandou a pessoa se F**** ( risos ). Coitado desse amigo que profetizou. Mas, enfatiza que se isso veio a acontecer a culpa era de todos esses fãs, que deram suporte a banda por todos esses anos. E para fechar esse show simplesmente sensacional, Metal Crue. Depois de hoje, definitivamente o Sabaton ganhou mais uma fã.

Set list do Sabaton

1 - The Final Countdown
2 - Ghost Division
3 - Gott Mit Uns
4 - Carolus Rex
5 - Into The Fire
6 - The Carolean's Prayer (Swedish version)
7 - Swedish Pagans
8 - Midway
9 - Cliffs Of Gallipoli
10 - Primo Victoria
11 - Metal Crüe

 

Doro

    Ahhhhh, DORO! A Rainha, Deusa, Diva do Metal! E comemorando 30 anos de carreira no Wacken! Decidamente, essa é a forma perfeita de se comemorar isso. E ela já começa atropelando tudo com uma das minhas preferidas, a I Rule The Ruins da sua antiga banda Warlock. E ela cumprimenta as pessoas em alemão, onde eu só pude entender o “Hallo Wacken”.

    Depois, pede para todos cantarem dividindo a galera em direita, esquerda e meio. Nem preciso dizer que foi prontamente atendida. Infelizmente, como se trata de mais uma artista alemã, todo o papo com o público a maioria do tempo é em alemão, e eu fico sem entender nada e tentando pegar coisas no ar. Pelo que eu pude entender ela agradece a todos e anuncia mais uma música do Warlock, a Burning The Witches e na sequencia com a Rock Till´ Death.

    Agora sim... a Metal Queen falava com todos em inglês dizendo que estava muito agradecida a todos que estavam ali no aniversário de 30 anos de sua carreira e que nem podia acreditar em todos esses anos maravilhosos, além de todo o suporte dado a ela. E que ela amava cada um mais e mais, todos os dias, todos os anos e isso jamais mudaria. E convidava ao palco o seu grande amigo Chris Bothendal, do Grave Digger. Com ele, ela pergunta as pessoas de onde elas tinham vindo e a primeira pergunta foi: "Alguém da América do Sul?" E eu gritei como se não houvesse amanhã: "YEAHHHHHHHH!"

    Aí ela foi perguntando se tinha alguém do leste europeu, da Rússia, e finalmente quem era da Alemanha... E o grito foi ensurdecedor. Por isso, ela só poderia tocar East Meets West. Nossa, definitivamente um encontro de tirar o fôlego. E no final, Chris Boltendalh ajoelha aos pés da nossa diva máxima.

  Nisso, o palco fica escuro e silencioso e de repente no telão aparece aquele cara de capuz mal encarado da capa do na época LP Triumph And Agony falando com o público a sinistra introdução de The Night Of The Warlock. Nessa música, ela bate cabeça como se não houvesse amanhã. Agora o palco é invadido por mais de cinquenta fãs, onde ela anuncia o hino do Wacken, We Are Metalhead, que ela diz que é uma grande honra poder cantar o hino do festival em seu show de aniversário. Lembrando que esses fãs foram selecionados através de um concurso pelo site do festival, onde você tinha que dizer porque merecia estar ali cantando com a Doro. Estremeci só de pensar na possibilidade. Inveja branca dessa galera (rs).

   Instantes depois, ela agradece a todos os que estavam no palco e diz que queria que todo mundo estivesse ali. Ela pergunta se todos estão se divertindo e se querem se divertir mais. Então pede a todos para colocar os punhos fechados no ar e anuncia a música Raise Your Fist, título do seu último cd de estúdio. E mais um convidado mais que especial vem ao palco. Ninguém menos que Biff Byford para tocar um hino de sua banda, o Saxon com a canção Denin And Leather. E eles dividem a galera em time “Saxon e time “Doro”. E todos ganham... Acabada a música, eles se abraçam e ela agradece por Biff Byford estar ali, já que o Saxon é a sua banda preferida.

    Dá para ver que a Doro é uma pessoa doce e está super emocionada. Ela mais uma vez agradece muito por esse momento incrível e que a trinta anos atrás, quando começou a curtir Metal e sonhava em cantar, nunca imaginou que tudo isso aconteceria. Nisso, pergunta se o pessoal estava pronto para mais e se estava a fim de bater muita cabeça. Então ela anuncia Hellbound, que praticamente não é muito tocada ao vivo. Que presente!!!!

 

    Mais uma pausa e a emoção aumenta mais, Doro agradece mais um milhão de vezes e diz que que nunca viu tanta gente batendo cabeça no Wacken. Ela disse que teve a chance de excursionar com tanta gente maravilhosa, como por exemplo o Judas Priest, que foi a primeira banda com a qual excursionou em 1986 e que a sua segunda tour, em 1987, foi com o maravilhoso Ronnie James Dio. E que onde ele estivesse... ela e todos ali iam amá-lo pra sempre. E que a linda Fur Immer ( 'para sempre' em alemão ) era dedicada à ele. E eis que de repente, entra Uli Jon Roth, a lenda! Que isso minha gente! Gente chorei! Uma das músicas mais lindas do mundo, para uma das pessoas mais especiais que pisavam na face do Planeta Terra, Ronnie e cantando pela diva máxima do Metal. Demais para mim. E a guitarra de Uli John Roth cantava junto com a Doro, para o Ronnie...

    Mais uma vez, ela agradece a todos e diz que quer homenagear a sua banda. Falou também que desde 1999, o baixista Nick Douglas toca com ela e continuou ao apresentar o guitarrista Luka Princiotta e o outro guitarrista, o Bas Maas, que antes era do After Forever e que agora ela tinha a honra de tê-lo em sua banda. E por último, mas não menos importante, o batera Jonnhy Dee. Então, Nick Douglas anuncia a nossa Metal Queen Doro.

    E ela fica muito emocionada e agradece a Deus por tudo que aconteceu em sua vida. E para continuar o set, ela dedica a composição Revenge - do novo álbum - a todos os 'metalheads' que festejavam com ela. Ah, ela está feliz e não é para menos! Ela merece tudo, pois foi a pioneira entre as mulheres e consegue se manter no topo até hoje.

    Ela pergunta se todos estão curtindo e diz que tem mais uma participação especial. E quer saber se todos querem dançar um tango com ela. E quem não gostaria, ainda mais um Metal Tango? E ela chama ao palco Eric Fish do Subway To Sally e a violinista Fran Schmitt. Ele se ajoelha e entrega a Doro um prêmio, mas como fala em alemão, não sei bem do que se trata, mas entendo que ele a pede para não chorar. E ela diz que vai tentar. E começa então a Metal Tango e com violino, lindo!!!!!! E Eric Fish dança mesmo em volta da ‘Deusa’. Nada mais justo do que reverencia-la. Enquanto isso, Fran Schmitt faz um duelo violino/guitarra com Bas Mass. E dessa vez... não é que ele pega Doro e começa a dança o tango? Que fofo.

    Mais uma vez, ela fala mais algumas coisas em alemão e em seguida, enfatiza também mais uma vez que como a sua primeira grande tour foi com Judas Priest e que gostaria de fazer uma homenagem a eles cantando a Breaking The Law, com ninguém menos como convidado como o guitarrista Phil Campell, do Motörhead. A primeira parte da música é bem lentinha e de repente a banda simplesmente mete a porrada. No final, ela agradece ao Phil Campell e diz que o ama e também ama cada um ali, que amável você é Doro.

 

 

  E ela quer saber se todos ainda conseguiam cantar a última música com ela, que foi a All We Are. E que todos, ali agora seriam um e um, e então um enxame de convidados invade o palco, pois vieram Joakin Brodén, vocalista do Sabaton, Eric Fish do Subway To Sally retorna e os caras do Corvus Corax tocando gaita de fole. Não teve como ficar maravilhado e cantar junto! Teve uma hora que Joakin Brodén do Sabaton parou de cantar sem querer, embasbacado com o público cantando junto.

    Tinham outras pessoas no palco, como o tecladista do Circle II Circle, que foram entrando no palco na empolgação. Gente, Deusa é Deusa, com letra maiúscula mesmo. Ela agradece a todos um milhão de vezes e diz o quanto ama todos ali. Nem precisava agradecer, depois desse show. Diva, Metal Queen, Deusa!!! E que continue a brilhar por mais 30, 300 3000 anos!

Set List da Doro:

1 - I Rule The Ruins 
2 - Burning The Witches
3 - Rock Till Death
4 - East Meets West 
5 - The Night Of The Warlock
6 - Wacken Hymne
7 - Raise Your Fist ( In The Air )
8 - Denim And Leather
9 - Hellbound
10 - Für Immer
11 - Revenge
12- Metal Tango
13 - Breaking The Law
14 - All We Are

Black Stage e Party Stage

   Bom, demos uma passada rápida pelo Blackstage e e pelo Party Stage para dar uma conferida entre um show e outro do True Metal Stage. Seguem os comentários das bandas que rolavam por lá:

Gorija

    Era mais uma banda que eu não conhecia, mas queria dar uma conferida já que tocaria no Monsters Of Rock, em São Paulo ( confira matéria ). E me surpreendeu em saber na minha consulta com “São Google” que se trata de uma banda francesa, de Progressive Death Metal! Oi? Gente!!!! Iria ser no mínimo, interessante. A banda formada por Joe Duplantier nos vocais e guitarra, Mario Duplantier na bateria, Christian Andreu na guitarra e Jean-Michel Labadie no baixo é bem pesada e agita muito no palco e pareceu agradar a galera. Muita gente batendo cabeça e flutuando em cima da galera. Com um set de uma hora e algumas músicas em francês, sendo as que mais se destacaram na minha opinião foram Connect e Remembrance, que em alguns momentos me lembraram o Fear Factory, que também tocaria no festival.

Set List do Gorija
1 - Explosia
2 - Flying Whales
3 - Backbone
4 - Love
5 - L'Enfant Sauvage
6 - The Heaviest Matter Of The Universe
7 - Vacuity
8 - Connected
9 - Remembrance
10 - Oroborus
Encore:
11 - The Gift Of Guilt

Ihsahn

    Velho conhecido do mundo Black Metal, já que já foi vocalista do Emperor, aqui aparece em carreira solo. Com um set curto, com apenas oito músicas, ele apresentou uma banda com uma levada mais Doom Metal na maioria do tempo, e com dividindo vocais com o tecladista da banda. Não sei se gostei muito da primeira música, com um gemidos meio “gays” do tecladista, mas no final das contas está valendo.

    Afinal de qualquer forma, estava ali um dos ícones do Black Metal norueguês. Entre os intervalos, ele cumprimenta a galera e pergunta se estão curtindo. E conforme o show vai rolando o entrosamento vai ficando melhor e o show vai ficando mais bacana. Mas no fundo, não emocionou.

Set List do Ishahn

1 - On The Shores
2 - Arrival
3 - Called By The Fire
4 - Frozen Lakes On Mars
5 - Unhealer
6 - The Paranoid
7 - The Barren Lands
8 -
The Grave

 

Motörhead

    Muito se falou sobre esse show do Motörhead. Primeiro eles estavam confirmadíssimos no Wacken, depois o Lemmy Kilmister teve que fazer uma cirurgia e foi pouco a pouco cancelando as datas na Europa. E depois de muito se tentar para que isso não acontecesse, o Wacken foi cancelado também. Tristeza geral, inclusive a minha, já que show do Motörhead nunca é demais. Mas, eis que perto do festival eles confirmaram novamente. Que alegria!

    E finalmente eu estava lá para ouvir o velho Kilmister dizer: “We are Motörhead and we play Rock'n'Roll”. Coisa linda! Então, que venham os clássicos com as músicas I Know How To Die e Damage Case... só para esquentar. Lemmy Kilmister diz que estava meio mal, mas que agora estava melhor, e que ainda chutaria muitos traseiros por muitos e muitos anos. E eu tenho certeza disso, afinal, Lemmy is God!

 

    E mais Rock’n’Roll viria com as clássicas Stay Clean e Metropolis. Phil Campbell e Mikkey Dee mandavam ver, porém, víamos um Lemmy Kilmister meio comedido. Mas totalmente compreensível por tudo que ele passou nos últimos meses. Afinal, ele não é mais um menino e tem que começar a pegar leve. Em Over The Top, Phil Campbell dá uma ajuda a Lemmy Kilmister na comunicação com a galera pedido para gritarem bem alto e contar “1,2,3,4”. Mas, Lemmy não se segura e também atiça a galera.   

    Depois de um longo solo de guitarra, Lemmy Kilmister volta... mas, não termina a música The Chase Is Better Than The Catch. Infelizmente, aconteceu o que todos temiam e já sabiam. Lemmy, não aguentou e não pode retornar ao palco. A banda e o idealizador do Wacken voltaram ao palco para explicar o que aconteceu e todos aplaudiram! Lemmy mais uma fez e foi um herói. Foi um guerreiro e mais uma vez fez tudo pelo Rock'n'Roll. Achei super digno e tem meu respeito. Que ele volte melhor! Hail!

Set List do Motörhead

1 - I Know How To Die
2 - Damage Case
3 - Stay Clean
4 - Metropolis
5 - Over The Top
6 - Guitar Solo
7 - The Chase Is Better Than The Catch

    Fomos também hoje ao Meet & Greet do Ihsahn e a fila não estava tão grande, mas no sol é complicado esperar, já que o local é ao ar livre, chato também se estiver chovendo, mas, para quem é muito fã, isso é o de menos. Há um display que mostra o nome e horário das bandas que estarão por lá. Dia encerrado, cansados e felizes, amanhã promete!

Por Cintia Seidel e Camila Marinho
Maio/2015

Parte 1 - Preparativos

Parte 2 - Primeiro dia com resenhas dos shows do Annihilator, Deep Purple e Rammstein

Parte 3 - Segundo dia com resenhas dos shows do Tristania, Powerwolf, Sabaton, Doro, Gojira, Ihsahn e Motörhead

Parte 4 - Terceiro dia com resenhas dos shows do Fear Factory, Lamb Of God, Danzig, Anthrax e Nightwish

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