Terceiro dia - Último dia de show e a temida chuva chegou!!!
Sábado, 03 de Agosto de 2013

    Certamente um dos aspectos mais conhecidos do Wacken e que todo mundo chega a ficar “aguardando” é a chuva, e consequentemente, o lamaçal... Admito que já estávamos achando que neste ano iríamos passar incólumes ( leia-se: secos! ), aquela coisa mesmo de “sorte de principiante”, sabe? Bom, depois de mais um dia ensolarado, divertido, louco e cansativo, mais uma vez acordamos com um imenso sol da cara. E criar coragem e curtir como se não houvesse amanhã esse último dia de Wacken!

    Mas... depois de três dias de um calor digno do verão carioca em plena Alemanha, São Pedro achou que estava de bom tamanho, e resolveu nos “presentear” com uma chuva estilo filme de catástrofe, que apesar de não ter durado muito, foi TORRENCIAL e suficiente para criar aquela quantidade de lama até acima do calcanhar, que justificou 100% o uso das ( abençoadas ) galochas! Chega a ser engraçado ver como as pessoas lidam com essa lamaceira toda, enquanto algumas mulheres se desesperam para proteger os cabelos, maquiagens e roupas ( ora, Metaleira também é vaidosa! ) com capas de chuva e chapéus, a maioria dos cuecas se joga na lama, LITERALMENTE falando.

   Você vê MUITOS Metaleiros brincando no lamaçal, como se estivessem nadando em uma piscina ( aliás, vocês sabiam que para aliviar o calor, há uma piscina de verdade? Ela não fica dentro do local do festival, mas é parte dele e há transporte direto de ida e volta, uma boa maneira de começar o dia antes dos shows! ), e é relativamente comum que essa galera tente te dar “aquele abraço” depois da farra, portanto, se não quiser entrar no clima e ficar com suas roupas todas sujas, saia de perto! ;)

    O terceiro dia também trás um quê de nostalgia antecipada, não tem como sair da sua cabeça que aquele é o último dia, e que a vida vai ter que “voltar ao normal” na manhã seguinte, fazer o quê??? :(  Aproveitamos esse dia para andar até os palcos menores e mais afastados, cara, é loooonge DE VERDADE, mas, não dá para sair do Wacken sem ao menos dar uma fuçada em todos os cantos, né? Esses palcos, tem um quê circense, pois, ficam dentro de uma tenda, possuem um clima mais intimista e dá para chegar bem perto dos artistas, o que é bastante bacana. Nesse clima de despedida, as bandas que conseguimos assistir foram:

Fear Factory

    Bom, infelizmente só poderemos dar uma palhinha, pois até rolar todo aquele processo: ressuscita, levanta, toma banho, café da manhã. É bem complexo ( risos ). Mas, como sempre é um show preciso e pesado. E o Black Stage estava bem cheio para conferir o show de Burton C. Bell nos vocais, Dino Cazares na guitarra, Mike Heller na bateria e Matt DeVries no baixo, tendo em vista que normalmente o primeiro show do dia sempre é prejudicado devido a ressaca alheia da noite anterior e muita gente só consegue acordar bem tarde.

    Chegamos bem para o finalzinho do show, e logo de cara já tinha rolando o clássico Demanufacture, o que me deixou bem chateada, mas fazer o que né? O Wacken é tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que não tem como.

    Também tivemos Self Bias Resistor, que a bateria me assusta! A precisão desse cara é algo absurdo. Juro que se não estivesse vendo, acharia que é uma bateria eletrônica. Outro ponto alto do set list do Fear Factory é Cyberwaste, que não era tocada desde 2006 e deixou muitos fãs boquiabertos, porque é o tipo de música que você acha que só vai ouvir em casa e entra num set list do Wacken! Quem viu, viu! E para encerrar rolou a dobradinha destruidora do clássico álbum Replica, com a música título e a Martyr, onde Dino Cazares mandava todo mundo bater cabeça e entrar pra roda para quebrar tudo! E a galera obedeceu com vontade!!!

Set List do Fear Factory

1 - Demanufacture
2 - Self Bias Resistor
3 - Shock
4 - Edgecrusher
5 - The Industrialist
6 - Powershifter
7 - What Will Become?
8 - Archetype
9 - Cyberwaste
10 - Replica
11 - Martyr

 

Lamb Of God

    Ao anunciar a banda no telão, a galera já gritava sem parar o nome da banda atualmente formada por Randy Blythe nos vocais, Mark Morton e Willie Adler nas guitarras, John Campbell no baixo e Chris Adler na bateria, porque com certeza esse show será muito, mas, muito bom. Porém, infelizmente, a galera se dividiu... porque no mesmo horário iria tocar o Sonata Artica, no palco Party Stage. Bom, a banda resolveu vir com tudo e o vocalista Randy Blythe já chamava a galera para pular com ele em Desolation. Mas, o Lamb Of God não é de muita conversa, e sim de mostrar serviço.

    E mostram mesmo lançando duas porradas seguidas como Ghost Walking e Walk With Me In Hell, onde Chris Adler simplesmente destroi sua bateria, enquanto a banda inteira bate cabeça sem parar, e lógico, o vocal instigava a galera a cantar todas as músicas. Em uma pausa para galera respirar só um pouquinho, já que a porrada estava tensa, Randy Blythe pergunta como está a galera e diz que é a primeira vez do Lamb Of God no Wacken e que isso era muito incrível para eles, sendo assim, eles queriam fazer o melhor show possível. E você conseguia ver o quanto eles estavam empolgados em estar ali, afinal, tocar no Wacken é a consagração para qualquer banda de Metal.

    E rola mais uma sequencia de pancadaria extrema com Set To Fail e Ruin, onde se abre uma abre uma roda gigantescaaaaaaa! E a galera ia aderindo cada vez mais, fazendo virar um grande furacão. E para completar durante a música Now You´ve Got Something To Die For acontece o que eu temia e coisa mais que clássica no Wacken: começa a chover torrencialmente. Era o que eu temia durante todo o festival, e estava até então tendo certa "sorte", pois pela primeira vez em anos, não choveu loucamente os três dias. Tentei segurar até onde pude, mas tive que correr para Tent Press, porque estava molhando tudo, inclusive na máquina fotográfica profissional, que eu tinha comprado dias antes. Então melhor esperar a chuva passar e beber umas cervejinhas para passar o tempo.


Set List do Lamb Of God

1 - Desolation
2 - Ghost Walking
3 -
Walk With Me In Hell
4 -
Set To Fail
5 -
Ruin
6 -
Now You've Got Something To Die For
7 -
Omerta
8 -
The Passing
9 -
In Your Words
10 -
Laid To Rest
11 -
Redneck
12 -
Black Label

 

Danzig

    Com certeza, esse era o show mais esperado por mim de todo o Wacken! Iria finalmente ver o Danzig depois de praticamente 20 anos. A primeira e única vez que os vi foi no Rio de Janeiro/RJ na recém 'ex-falecida' casa de shows Imperator em 1995. E melhor ainda, com a participação do Doyle, que é o músico que eu mais amo no Misfits e que nunca vi tocando ao vivo. Momentos antes do show deixei bem claro a todos que me acompanhavam que iria parar tudo que estava fazendo para ver esse show. E assim o fiz. Quando começou a tocar a vinheta que antecede aos shows, sai em disparada para a frente do palco.

    Para começar esse que com certeza entraria para o 'hall dos shows' da minha vida, eles iniciaram com Skin Carver do disco Circle Of Snakes. E para contribuir com o meu ‘infarte fulminante do miocárdio’, quando a banda entra no palco é que eu me dou conta de quem faz parte dela: além de Glenn Danzig, nada mais e nada menos, Tommy Victor do Prong, Johnny Kelly do Type O´Negative e Steve Zing do Samhaim.

    A minha sorte é que eles emendaram em Hammer Of The Gods do disco Deth Red Saboath para que eu pudesse tomar um fôlego e conseguir me concentrar em escrever essa matéria. Agora sim, a coisa iria ferver ainda mais. Primeira música antiga a ser tocada, a Twist Of Cain foi cantada em coro pela galera, enquanto mais no meio, começava a grande dança da lama. Um buraco negro cheio de gente que nadavam e batiam cabeça felizes. E para completar, eles simplesmente emendam mais uma vez, só que agora com Am I Demon. Eu não quero nem ver, quando chegar a parte que tem a participação com o Doyle.

    Eu estava totalmente enganada pensando que eu iria tomar um fôlego. Glenn Danzig e banda voltam ao palco após uma breve pausa e anunciam uma das minhas músicas preferidas: Her Black Wings, que com certeza dispensa apresentações. É impressionante o entrosamento da banda, que consegue soar ao vivo como se fosse um cd. E claro, o Wacken vem abaixo! Tommy Victor e Johnny Kelly batem cabeça freneticamente enquanto Glenn Danzig com toda a sua pose de mau, dá o microfone em muitos momentos para que a galera cante com ele, e lógico que não desapontam nosso baixinho.

    Mas, eu fiquei mesmo de queixo caído quando eles anunciaram Devil´s Plaything, do disco Danzig II, que eu posso estar enganada, mas há muito tempo não faz parte do set list da banda. Entretanto, quem acha que a citação ao disco Danzig II ficaria por aí, eles ainda tocaram a Blood And Tears. Chocada!

    E para encerrar a “Parte Danzig” com perfeição tivemos a maravilhosa How The Gods Kill do Danzig III. E foi o momento mais lindo do show até aqui, execução perfeita e o público cantando da palavra da letra da música. E eu já querendo chorar. Após uma pausa de uns 10 minutos, a banda retornava ao palco e eu gelei. E minhas suspeitas estavam confirmadas quando Glenn Danzig agradece a todos no Wacken e diz que gostaria de apresentar um velho amigo. E logo a batera e o baixo simulam passos assustadores para que o monstro entre: Doyle. E a pancadaria já começou com Death Comes Ripping do álbum Earth A.D/Wolfs Blood, muito das antigas.

   Como todos sabem, Glenn Danzig não é um cara de muitas palavras com o público, ainda mais quando se faz um show dentro de um show como esse. Se com o Danzig ele já não fala muito, imagina tocando Misfits. Então, nada mais justo que uma pancadaria atrás da outra e melhor ainda, clássico atrás de clássico! Dobradinha de I Turned Into A Martyan e nada mais e nada menos que Vampira, um dos clássicos máximos do Misfits. E ver isso sendo executado por metade da banda original é um sonho para qualquer fã dos caras. E Glenn Danzig não perde a oportunidade de fazer uma gracinha em Vampira, onde ele diz que está vendo umas meninas gostosas e pede para elas mostrarem os seios.

    E se você acha mesmo que os clássicos acabaram, está muito enganado. Mais uma super trinca com “Skulls”, “Astro Zombies” e “ Bullet”, onde fiquei com muita pena da guitarra do Doyle, que era espancada sem piedade durante todo o show. Agora, o fim estava próximo, literalmente! Mais um clássico 'master' e lógico uma das minhas preferidas: Last Caress e o festival vem abaixo e eu também. Garantia de dor no pescoço no dia seguinte. No meio da música eles dão uma paradinha e Glenn Danzig atiça a galera a cantar junto o hino, lindo demais.

     Mais uma pequena pausa e a banda já volta e dessa vez com o hino máximo do Danzig com a Mother. Gente, eu mal conseguia ouvir a banda de tão alto que as pessoas cantavam junto, simplesmente inacreditável! E destaque para Tommy Victor, que fez um solo incrível nessa música e aproveitou para fazer uma breve propaganda de sua banda, o Prong, mostrando a munhequeira da banda para a câmera. E um grand finale mais do que esperado e com a volta do 'Famous Monster' mais querido de todos! Die, Die My Darling com Doyle e Glenn Danzig: sonho realizado, torcicolo conquistado e felicidade extrema!

Set List do Danzig

1 - Overture Of The Rebel Angels
2 - SkinCarver
3 - Hammer Of The Gods
4 - Twist Of Cain
5 - Am I Demon
6 - Her Black Wings
7 - Devil's Plaything
8 - Blood And Tears
9 - How The Gods Kill
10 - Death Comes Ripping
11 - I Turned Into A Martian
12 - Vampira
13 - Skulls
14 - Astro Zombies
15 - Bullet
16 - Last Caress
17 - Mother
18 - Die, Die My Darling

Anthrax

    Ainda chuviscando um pouco, afinal, Wacken sem chuva não é Wacken, eis que finalmente chega a hora da lenda Anthrax!!!! E Joey Belladonna nos vocais, Scott Ian e Jonathan Donais nas guitarras Jon Dette na bateria e Frank Bello no baixo já chegam logo impondo respeito e fazendo a felicidade geral da galera do True Metal Stage com Among The Living e o clássico Caught In A Mosh e que gerou uma roda gigantesca, com muita lama e o resto do povo 'bangeando'. Aliás, é algo que eu queria entender como esse povo consegue ficar nesse estado ( risos ). Esse lance da chuva e lama é até legal, de assistir, lógico .

        O bacana é que o povo não cai na porrada, eles abrem a roda gigante e ficam rodando tipo numa ciranda. E ainda por cima, o senhor Joey Belladonna pilhando o povo a rodar cada vez mais rápido e bater cabeça e a quem estava na fila do gargarejo a cantar e levantarem as mãos bem alto! E engatam na música Efilnikufesin ( N.F.L).

    Sinos começam a tocar e Joey Belladonna fica sério com a mão para o alto com chifres e em silêncio e todos fazem o mesmo. E ele anuncia que essa música, a In The End é dedicada aos ícones Ronnie James Dio e Dimebag Darrell. E ele faz uma performance ‘à la’ Dio, com todos os trejeitos do mesmo e são estendidos dois grandes panos de fundo com o rosto dos dois pintados. Lindo! Horns Up!!!

 

    Uma breve pausa e Scott Ian pergunta se a galera curte um Thrash Metal e provoca a galera lá do fundão... perguntando se também gosta... porque eles não estavam ouvindo. E pasmem, ele anuncia Deathrider, primeira música do primeiro disco deles, o Fistful Of Metal. E para completar, um cover muitooooo maneiro do AC/DC, com a T.N.T., dotado de um ótimo solo do guitarrista Jonathan Donais, acompanhado por um incógnito que solava uma ‘air guitar’ no meio da lama na grande roda aberta. E Joey Belladonna pergunta se a galera está legal e pede para roda agora ser maior que nunca, pois virá o grande clássico Indians. Pena que ele não põe mais o cocar como antigamente.

    E o trio Scott Ian, Frank Bello e Jonathan Donais batem cabeça juntos enquanto o novo batera Jon Dette destroi a bateria. E Nossa Senhora... agora definitivamente abriu uma roda de respeito! GIGANTESCA! E com certeza ela iria aumentar, porque eles simplesmente emendaram outro clássico, a Got The Time. E ele anuncia o baixista Frank Bello durante um breve solo de baixo, enquanto anda pelas caixas de som reverenciando o público e segue a câmera. E acabam emendando em outra música, a Fight’em Till You Can.

    E agora, o final. E que final! Que conheça logo de cara com um pedacinho de The Ripper a capela do Judas Priest emendada com mais um puta clássico do Anthrax, a Madhouse. Total volta pra infância! E durante a música Joey Belladona se diverte apontando um cara que “nadava” na lama. E para fechar a pancadaria e volta a infância, Antisocial, hino de qualquer pessoa que tenha sido adolescente nessa época e o cover do Rainbow com Long Live Rock´n´Roll.

Set List do Anthrax

1 - Among The Living
2 - Caught In A Mosh
3 - Efilnikufesin (N.F.L.)
4 - In The End (Dedicated to Ronnie James Dio and Dimebag Darrell)
5 - Deathrider
6 - T.N.T. (AC/DC cover)
7 - Indians
8 - Got The Time (Joe Jackson cover)
9 - Fight 'Em 'Til You Can't
10 - I Am The Law
11 - Madhouse
12 - Antisocial (Trust cover)
13 - Long Live Rock 'n' Roll (Rainbow song)

 

Nightwish

    Um dos shows mais esperados do Wacken era o do Nightwish, pois seria a gravação de DVD, onde finalmente a banda sairia da maré de azar, com a saída repentina de Anette Olzon e onde Floor Jansen teve que aprender todas as músicas do dia para a noite. E toda banda que se preze... faz questão de gravar um DVD no Wacken como já foram os casos de Running Wild, Sodom, Emperor, Saxon e tantos outros. Então o show prometia e era muito esperado por todos os presentes assistir as atuações de Tuomas Holopainen nos teclados, Emppu Vuorinen na guitarra e violão, Jukka Nevalainen na bateria e percussão, Marco Hietala no baixo, vocais e violão, Floor Jansen nos vocais  e Troy Donockley na gaita irlandesa, tin whistle e vocais.

    O show inicia colocando tudo abaixo com Dark Chest Of Wonders, que foi emendada a com a clássica Wish I Had An Angel, onde notamos uma grande afinidade entre o baixista Marco Hietala e a vocalista Floor Jansen nos duetos vocais. Em seguida, a banda optou por She Is My Skin, que particularmente eu acho maravilhosa e com certeza merecia estar no set list desse DVD, que tem tudo para ser antológico. Essa música foi incluída a pedido de Floor Jansen, que fazia cover dela com o After Forever.



 

    Nessa altura do show, que teríamos a surgir músicas do álbum Imaginaerum, o último de estúdio da banda. E Ghost River mostrou mais uma vez que a química existente entre Floor Jansen e Marco Hietala. Ever Dream do Century Child trouxe a emoção do público à tona, e com certeza, será um grande momento desse DVD.

    A sequencia com Storytime, música de trabalho do Imaginaerum foi de uma beleza indescritível e finalmente em I Want My Tears Back temos um destaque maior da novidade da banda: o multi-instrumentista Troy Donockley, que fez uma participação no álbum Dark Passion Play ( de 2007 - confira resenha ) e agora se torna essencial para trazer a tona várias passagens do último disco para a performance ao vivo e uma das grandes sacadas e usar sua versatilidade para trazer cara nova a músicas, como por exemplo, o clássico Nemo. Troy Donockley ainda mostrou seu talento na instrumental Last Of The Wilds, onde assistimos um interessante duelo entre ele e o guitarrista Emppu Vuorinen.

 

    O show continuou com a maravilhosa Bless The Child, seguida por Romanticide e Amaranth, que juntas levantaram o público mais uma vez. E o Nightwish prosseguiu com a lindíssima Ghost Love Score e seus longos 10 minutos e 31 segundos de duração, que incrivelmente apesar de ser imensa, não se torna maçante ao vivo, inclusive Floor Jansen deixa claro que é uma das suas músicas favoritas do Nightwish. Mas, se a Ghost Love Score foi executada lindamente, a idéia de colocar outra música de longa duração no show não foi a escolha mais inteligente, e Song Of Myself acabou se tornando entediante e se transformando naquele momento do show onde todos vão buscar mais uma cerveja.

    Para encerrar, a empolgante Last Ride Of The Day, colocando o clima lá em cima novamente e a instrumental Imaginaerum foi tocada enquanto toda a banda se despede emocionada de seu público e com a sensação de dever cumprido. Showtime, Storytime, certamente se tornará um clássico, onde podemos ver o amadurecimento da banda ao longo de todos esses anos e o fortalecimento da mesma depois de tantos baques com trocas de vocalistas.

   Com um certo nó na garganta, depois do show de encerramento, voltamos pra nossa barraca, literalmente com a nossas almas lavadas!!! Amanhã é dia de ir embora... :(

Set List do Nightwish
1 - Crimson Tide (Hans Zimmer song)
1 - Dark Chest Of Wonders
2 - Wish I Had An Angel
3 - She Is My Sin
4 - Ghost River
5 - Ever Dream
6 - Storytime
7 - I Want My Tears Back (with Troy Donockley)
8 - Nemo (with Troy Donockley)
9 - Last Of The Wilds (with Troy Donockley)
10 - Bless The Child
11 - Romanticide
12 - Amaranth
13 - Ghost Love Score
14 - Song Of Myself
15 - Last Ride Of The Day
16 - Imaginaerum

Quarto dia - Saindo do WACKEEEEEEEEEENNNNNN, se sentindo devidamente “WACKENIZADO”!!!
Domingo, 04 de Agosto de 2013

    Como dizem, tudo que é bom dura pouco, chegou a hora de literalmente desmontar nosso acampamento e seguir em frente. Começamos o dia indo ao trailer de café da manhã, que fica aberto neste ainda. Após o estômago forrado, fomos tentar nos informar como voltar para Hamburgo, aonde iríamos fazer um pequeno “estica”... pós festival.

    Bom, há um guichê aonde é possível comprar os bilhetes dos ônibus especiais do Wacken, tanto para Itzehoe, como para Hamburgo. Descobrimos apenas lá, que as passagens, para ir direto para Hamburgo já estavam esgotadas desde o primeiro dia, compramos então para Itzehoe e de lá pegamos um trem, problema resolvido, mas fica a dica, se você não quer fazer baldeação, compre seu bilhete de retorno assim que chegar!!!

    Quando chegamos à Hamburgo, tivemos a certeza que a nossa ideia, foi a mesma de muita gente, por todos os lados haviam pessoas vestindo suas camisetas do Wacken e urrando o famoso “grito de guerra” WACKEEEEEEEEEENNNNNN ( :-D ), o que foi uma forma de identificar quem estava lá e até mesmo socializar um pouco mais e trocar impressões sobre os shows e o festival em si! :). Não deixe de se programar para passar um diazinho que seja por lá depois do Wacken, mas, reserve seu hotel ANTES, tivemos dificuldade de encontrar um local para ficar, aliás, nós não conseguimos nenhum, estava tudo lotado! *_*

    Depois de toda essa incrível experiência, ficamos com a certeza de que após o primeiro Wacken, não tem mais jeito, você “vicia” e vai querer voltar todo ano - independente de custos, dormir em barraca ou lamaçal - e que algo em nós havia mudado, a sensação de fazer parte desse lugar, desse festival, com gente de todo o planeta, faz você realmente sentir que, por pelo menos por alguns dias, o mundo inteiro é igual a você, que todo o Planeta Terra é METAAAAAAL!!! :)

Por Cintia Seidel e Camila Marinho
Maio/2015

Parte 1 - Preparativos

Parte 2 - Primeiro dia com resenhas dos shows do Annihilator, Deep Purple e Rammstein

Parte 3 - Segundo dia com resenhas dos shows do Tristania, Powerwolf, Sabaton, Doro, Gojira, Ihsahn e Motörhead

Parte 4 - Terceiro dia com resenhas dos shows do Fear Factory, Lamb Of God, Danzig, Anthrax e Nightwish

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