Maiden X  ( Iron Maiden cover )

    O Maiden X, cover do Iron Maiden que já existe há cinco anos e foi formado em Sumaré/SP subiu no trinta minutos após o horário programado para o inicio dos shows e embora tenha perdido as músicas “Be Quick Or Be Dead”, “Two Minutes To Midnight” e “The Trooper” até que entrei no Santa Fé Eventos, mas presenciei a versão deles para The Number Of The Beast e percebi a qualidade do quinteto que fez o público agitar bastante.

    Verdade seja dita que a galera ainda estava em número pequeno como sempre acontece no inicio dos shows, mas quem estava lá agitava a correspondia o que o Maiden X esperava. E para aumentar a nossa alegria o vocalista Flávio com o gorrinho idêntico ao que Bruce Dickinson utiliza nos shows da "Donzela" toca Run To The Hills e inteligentemente ele deixa o microfone para os fãs completarem os versos. Depois ele comenta do forte calor que estava e tocam sua versão para Powerslave, que aliás foi muito bem realizada pela banda, talvez um pouco mais pesada que a original, mas não diminuiu a intensidade do show.

   A próxima, conforme anúncio de Flávio era de 1983 do álbum Piece Of Mind e Flight Of The Icarus só não foi melhor que a seguinte, a Phantom Of The Opera, clássico dos tempos de Paul Di'Anno no Iron Maiden muito bem executado pelo Maiden X. Flávio brinca com o guitarrista Carlinhos falando da lâmpada que esquentava bastante logo atrás dele. Muito bem humorado, o vocalista apresentou seus companheiros de palco, a saber o citado Flávio nos vocais, Cabelo e Carlinhos na guitarra, além de Lemão no baixo e Darcy na bateria, e vale lembrar que nesta apresentação eles estavam desfalcados do seu outro guitarrista, o Thiago, que viajou a trabalho.

    Muito interessante foi quando eles disseram que o set não estaria completo sem Fear Of The Dark, e é verdade.... show de uma banda que é cover do Iron Maiden e mesmo a original, sem Fear Of The Dark tem que ser presença certa nos shows. Confesso que pelo nome deste cover imaginei que tivéssemos um cover dos álbuns X-Factor e Virtual Eleven, mas foi com a Wrathchild que o set seguiu para encerrar com Iron Maiden, e lógico, a galera agitou freneticamente. Boa banda, que fez um curto set, mas que deixou seu ótimo recado.

Slaytanic ( Slayer cover )

    A segunda banda da noite era um cover do Slayer e um dos melhores que sempre se apresenta no Blackmore Rock Bar e no Manifesto Bar em São Paulo, o Slaytanic formado por Douglas Gatuso ( também do Psychotic Eyes e Side Effectz ), Bruno Coronato ( que toca também no Helloween Cover Brasil ) nas guitarras, Fernando Lima ( Massacration e Death Tribute ) na bateria e o Waldo Luis ( Jack Band ) nos vocais e baixo iniciam o seu show promovendo um verdadeiro massacre sonoro com muita técnica louvando os norte americanos do Slayer com as músicas como "World Painted Blood", "Angel Of Death", "Show No Mercy", "Raining Blood" e "Black Magic" , que levaram o publico presente para as rodas de empolgação e ao headbanging sem parar.

    Foi um show muito agitado que o Slaytanic superou  uma pequena microfonia e também interação com os fãs como na hora que o vocalista Waldo pergunta se ouvimos o Slayer e se estamos prontos para outra. Quem também deu um show foi o Fernando Lima, que em todas as músicas disparou notas pesadíssimas de sua bateria. Um dos maiores destaques do set foi com o matador encerramento que teve a citada Angel Of Death. O detalhe é que o set foi curto e quando o Slaytanic terminou sua apresentação todo mundo ficou com aquela cara de “mas já????” ligada a um “agora que estava ficando bom”, mas acontece, faz parte do regulamento de qualquer festival e é também uma forma de respeito com as demais bandas que iriam se apresentar posteriormente.

    No período que antecedia a entrada da próxima banda, a simpática Ya Exodus do Metal On Metal me pediu para ajudá-la em um entrevista com a galera do Slaytanic, e com o apoio de outra amiga, a Vanessa Freitas, fui até o camarim para conversar com a galera da banda, que respondeu prontamente as perguntas feitas pela Ya, mas o papo começou a ficar bom e acabei emendando algumas outras, que não estavam na pauta inicial e a conversa descontraída que tivemos se tornou um pouco maior que o previsto e você pode conferir neste link.

Real Nirvana Cover

    Mas, a entrevista com o pessoal do Slaytanic teve um preço: perdi algumas músicas do trio Real Nirvana Cover, formado em maio de 2012, mas mesmo à distância no inicio do show, deu para perceber que os músicos estavam dispostos a realizarem um show que estivesse à altura do que o trio original composto por Kurt Cobain, Dave Grohl e Krist Novoselic, ou seja, tivemos a pegada Grunge do Nirvana executada por um vocalista que além de cantar muito bem, tinha uma fisionomia bastante parecida com o norte-americano. E fez um set com grandes clássicos como "Smells Like Teen Spirit","Lithium", "Come As You Are", "Heart Shaped Box", "Polly", "About A Girl", "School", "The Man Who Sold The World" e tantos outros, que colocaram a galera presente no Santa Fé Eventos para agitar bastante.

    Perdi boa parte do set devido a entrevista com o Slaytanic, mas nas poucas musicas que vi, a performance do vocalista era no mesmo grau que o saudoso líder do Nirvana, pois ele solou sua guitarra no chão se estrebuchando tal qual Kurt Cobain fazia nos shows. Claro, que ver um momento assim, os fãs adoraram. Enfim, belo show do Real Nirvana Cover que agradou bastante aos presentes e em uma próxima oportunidade vou prestar mais atenção a cada detalhe de sua vigorosa atuação.

Animal Boys ( Ramones cover )

    E o cover do Ramones de São Paulo/SP Animal Boys entrou no palco muito bem caracterizado como os norte-americanos, e estavam com óculos escuros, cabeleiras lisas cumpridas ( está certo que eram perucas, mas serviram para deixar o figurino muito bem parecido ) e o quesito espetáculo não estaria completo se eles não tivessem a atitude e a velocidade Punk no palco. E lhes asseguro caros leitores(as), eles tinham e de sobra para numa tacada só começarem o show no melhor estilo “1... 2... 3... 4” imortalizado pelo Ramones com “Durango 95”, “Teenage Lobotomy” e “Pyscho Therapy”. Depois emendam a clássica e cheia de energia Blitzkrieg Bop, que transformou o Santa Fé em uma roda Punk das bem fortes e seguiram com a Rock'N'Roll Radio?, que é pura adrenalina e Believe In Miracles, enfim, era um clássico muito bem tocado atrás do outro.

    Depois, o Animal Boys executou “Gimme Gimme Shock”, “Rock'N'Roll High School” e a conhecida I Wanna Be Sedated, que entusiasmou ainda mais a plateia. A versão de Have You Ever Seen The Rain do Creedence Clearwater Revival em ritmo Punk foi outro destaque do set desta banda cover, que pouco falou com os fãs, mas que tocou músicas que fizeram a história do Punk Rock como por exemplo as seguintes “The KKK Took My Baby”, "Bonzo Goes To Bitburg” e “Sheena Is a Punk Rocker”.

   Entretanto um dos pontos altos do show aconteceu depois de “Rockaway Beach” com a conhecidíssima Pet Sematary, que fez a maioria sair cantando junto com a banda. E como um Punk é sempre aquele esquema três acordes, rápido e músicas que não tem mais que três minutos, o Animal Boys fez um set longo no número de canções tocadas e seguiu com “Strenght To Endure”, “Cretin Family”,“Do You Wanna Dance”, “Animal Boy”, “Surfin Bird”, “Cretin Hop”, “R.A.M.O.N.E.S”, “Today Your Love Tomorrow”, “Pinhead”, “Poison” Heart” e “Judy Is A Punk”, que foram quase de tirar o fôlego pela empolgação seja do vocalista Caco ou do guitarrista Jefferson ou dupla baixo com Fábio e bateria com Marcelo.

    E havia tempo para mais um clássico em versão Punk com What A Wonderful World de Louis Armstrong, que corou um show excelente e que marcou um belo tributo a Joey, Johnny, Dee e Marky. Sinceramente, mesmo não sendo tão fã de Punk Rock, tenho que dizer, foi um dos melhores covers que vi na vida.