Viper - To Live Again Tour 2012
Abertura:
Voodoo Shyne, Kondenius
e
Bloody Sabbath (Black Sabbath Cover)

Sábado, 15 de setembro de 2012
no Santa Fé Eventos em Itapira/SP

    Após a primeira etapa da turnê To Live Again, que comemora com muito sucesso os 25 anos da gravação do álbum Soldiers Of Sunrise, o Viper está novamente na estrada fazendo vários shows por diversas cidades brasileiras sempre reunindo um significativo número de fãs antigos e muitos garotos, que não chegaram a ouvir o disco, quando este foi lançado. Isso é uma das maiores provas como a banda foi importante para o Heavy Metal brasileiro estando no mesmo nível que o Sepultura, Korzus, Overdose e o Ratos de Porão, pois nos anos 80 era muito difícil gravar um disco no Brasil e conseguir sucesso com ele então nem se fala.

    Bem, o Viper foi um dos vitoriosos deste período tendo seu nome muito divulgado e respeitado tanto no Brasil quanto na Europa e Japão. Do primeiro show - que resultou na gravação de um DVD do show de São Paulo ( veja cobertura ), que será lançado brevemente para cá - a tour passou por mais de 20 cidades ( em sua maioria capitais, entre elas no Rio de Janeiro, confira cobertura ) que reviveram a atmosfera Heavy Metal que a banda fazia nos 80.

    Sempre antenada com o melhor do Heavy Metal nacional a equipe da Festa Rock de Itapira colocou a cidade na rota do Viper e neste sábado dia 15 de setembro a região da baixa mogiana teve a sua oportunidade de fazer parte da grande festa que a To Live Again está representando tanto para a banda, quanto para os fãs no Santa Fé Eventos. Porém, como é tradição nas apresentações na cidade uma atração do porte do Viper não tocaria sozinha, teríamos algumas bandas de abertura, que vou começar a detalhar nas linhas abaixo.

Kondenius

    Depois de um certo atraso para a abertura dos portões do Santa Fé Eventos, motivado pela passagem de som do Viper, finalmente por volta das 22:00hs, as portas foram finalmente abertas e os fãs que aguardavam para entrar entraram e já puderam assistir a primeira banda da noite, o Kondenius, banda de Heavy Metal de Itapira/SP cantado em português, que conta em seu currículo aberturas para o Korzus ( em dezembro de 2010 leia resenha ) e para Paul Di' Anno ( confira aqui ) tinha a missão de "esquentar" os fãs que estavam na euforia pelo Viper.

    E sem mais delongas, Krico nos vocais, Betão no baixo e backing vocals, Maicon na guitarra e Orê na bateria sobem no palco para tocar algumas de suas canções próprias e alguns dos melhores clássicos do Heavy Rock.

     Desta maneira pudemos acompanhar Mestres do Terror seguida pelo cover de Caught In A Mosh do Anthrax e a cadenciada Justiceiro do Universo. Fazendo um ótimo set, o Kondenius continuou com a vibrante versão da banda para The Last In Line, sucesso do Dio, que foi muito bem executada pela banda e garantiu os primeiros aplausos merecidos ao quarteto ( para mim, a melhor de seu set ).

    Depois, com a plateia ganha ( que ainda se encontrava em número pequeno ) tocaram Opalão Preto e o cover para Cowboys From Hell do Pantera encerrando com a composição própria Reinado do Fogo, que é o típico 'Heavão' oitentista cadenciado, que foi novamente muito bem tocado pelo Kondenius. Depois o vocalista agradece aos organizadores pela oportunidade e recebe muitas palmas do público.

Bloody Sabbath - Black Sabbath Cover

    O cover do Black Sabbath intitulado Bloody Sabbath entrou no palco do Santa Fé Eventos por volta das 23:00hs com os músicos Kire Iommi ( Erik Kire Terrabuio ) na guitarra, Fabiano Buttler ( Fabiano Serpentini ) no baixo, Celso Ward ( Celso Ferrari ) na bateria receberam Ozzy Osborges ( Rafael Borges ) nos vocais devidamente caracterizado com uma roupa vermelha e branca muito bem estilo do Madman. A única coisa desnecessária no palco era o livro com as letras, mas foi compensado pela atitude e a encarnação do Ozzy que Rafael Borges fez com muita garra.

    O Bloody Sabbath iniciou seu set com dois clássicos Sympton Of The Universe e War Pigs, ambos executados com muito peso e lembrando bastante as suas versões originais. Ozzy Osborges não para quieto e além de mostrar uma intensidade muito grande falava com as pessoas em inglês, literalmente personificando muito bem o cantor. Com a parte instrumental ( com destaque para o baixo e a guitarra ) muito bem feita recebemos as ótimas versões de N.I.B. e Black Sabbath.

    O vocalista - antes de dar inicio a seguinte - falou várias vezes os tradicionais "God Bless You All", tais como Ozzy faz até hoje e então com muitas palmas tivemos Children Of Damned com uma eletricidade muito forte vinda da guitarra de Kire Iommi. Depois nas palmas vindas dos fãs que estavam no ritmo da banda e com os "Ei..Ei..Ei..!!!" pronunciados pelo vocalista é a vez de Iron Man em mais uma variante de igual qualidade. Fechando a curta apresentação que homenageou um dos criadores do Heavy Metal tivemos a eletrizante Paranoid, que fez o público agitar bastante. Foi um bom show que fez a galera se divertir bastante e deixou bem claro a qualidade do Bloody Sabbath.

Voodoo Shyne

    O cantor, baixista e compositor conhecido por Voodoo já caminhou pelo underground paulista desde 2002 tempos do Sirface e posteriormente o Outlove, e em 2006, incorporando o Shyne ao nome o vocalista iniciou sua carreira solo. Neste ano de 2012, ele está lançando seu primeiro trabalho com o nome de Satan’s Gonna Like It ( que lhe rendeu problemas em sua cidade com as velhinhas católicas ) e foi baseado neste lançamento que se concentrou o set list do show do Voodoo Shyne.

    As quatro primeiras foram as mesmas do álbum e tocadas na sequencia que foram gravadas, e lhes asseguro tivemos o Hard Rock dos bons com Satan’s Gonna Like it cheio de solos de guitarras e seguido pela rápida Rise & Shine, que é uma sonzeira muito boa. Depois o vocalista/baixista fala que está muito calor ( e estava mesmo... ) manda um abraço para o organizador ( o meu amigo Leandro ) pela oportunidade e começa com a energia de Rock n Roll Proud ( uma das melhores de seu set  ) e antes da próxima manda um abraço para o amigo Renato Orsi do Programa Metal Heart ( da rádio de Jaguariúna/SP, terra do Voodoo Shyne ) e então toca Ascending Down.

 

    Com uma boa postura de palco o Voodoo pergunta: " Tem Rockeiro aí hoje??" e ao receber a resposta positiva dos fãs dispara Chase Is Better Than The Catch do Motörhead.  Mostrando que o álbum está muito bem calcado nas lições do Hard Rock, a seguinte é a balada com uma levada de Blues Blow Your Fuse com direito a um dos guitarristas de sua banda realizar excelentes solos com uso do slide e também Voodoo mostrar que é um baixista competente com sua bela atuação.

    Aproveitando bem a oportunidade para exibir praticamente todas as músicas do cd tivemos Devil Overrated e a pesadona Corpses From My Past, que se não eram tão bem absorvidas pela plateia que não agitou muito, pelo menos para este repórter ficou uma conclusão até aqui: estamos diante de uma ótima promessa do Hard Rock da região.

    Em seguida tivemos o cover de Eighteen do Alice Cooper seguida pela sensacional Lustful Women, que Voodoo mostrou muito carisma ao solicitar a participação da galera. No decorrer de seus longos e ótimos solos o vocalista aproveitou para apresentar sua banda que tinha Gabriel Adorno e Vinicius Sampaio nas guitarras, além de Daniel Job ( do Hellish War ) na bateria.

    Quando chegou a vez de Things Of The Devil, o vocalista brinca que desde muito tempo já ouve dizer que Rock é coisa do capeta... e justamente desse tema trata a música que encerrou o set do Voodoo Shyne. Em poucas palavras: boa banda, com um Hard Rock competente e vibrante. Teve gente que não gostou muito, que provavelmente preferia uma banda cover, mas meus amigos e amigas precisamos ouvir e prestigiar as novas bandas para que possamos ter sempre a renovação na cena ainda mais quando são deste nível.

Viper

    Imagino que dentre a grande maioria dos presentes, poucos, mas muito poucos mesmo devam ter assistido ao Viper nos anos 80, eu mesmo só vi a banda em 2004 na abertura para o Edguy ( confira aqui ), e ainda assim sem o André Matos, na época tocando com o Shaman, e desde então, sempre quando ouvia os álbuns Soldiers Of Sunrise e Theatre Of Fate ficava aquela vontade de assistir o Viper com o André Matos.

    Bem, o meu sonho e de muitos outros começou a ser realizado nesta noite em Itapira, tudo bem que levou um tempo até que o palco do Santa Fé fosse devidamente acertado para que o Viper iniciasse um dos melhores shows que vi neste ano, a formação atual conta com André Matos nos vocais, Pit Passarell no baixo, Felipe Machado na guitarra e Guilherme Martin na bateria acrescidos de Hugo Mariutti na outra guitarra, ou seja, descontado Yves Passarell, que está tocando com o Capital Inicial, tínhamos o line-up que projetou o Viper entre os maiores nomes do Heavy Metal nacional e quando era por volta das 02:20 da manhã, eis que a lendária banda paulistana dava início a sua inesquecível apresentação.

 

    Inesquecível mesmo, pois não foi apenas um show relembrando os dois álbuns clássicos, o que se via era uma reunião de amigos de longa data literalmente felizes da vida e fazendo questão de compartilhar essa felicidade com todos os presentes, então já afirmo neste começo de resenha: assista se puder o Viper, pois verá um espetáculo totalmente maravilhoso.

    Bem a primeira parte do show foi idêntica ao que está acontecendo na To Live Again Tour com Knights Of Destruction e Nightmares em execuções perfeitas e muitos solos cavalares de guitarras, que fizeram a galera colar frente ao pequeno palco do Santa Fé Eventos. O contentamento dos fãs já era imenso e um muito comunicativo André Matos saúda os fãs da baixa mogiana e ressalta a oportunidade que estamos tendo ao assistir o Viper na cidade de Itapira.

    Pit Passarell estava notadamente 'no grau', mas tocando com muita eletricidade e André Matos comenta sobre o prazer que sente ao ouvir os solos da música seguinte e Heavão de The Whipper entram seguidos de Wings Of Evil. A reação da galera não era outra senão cantar, agitar, se emocionar a cada nota vinda das guitarras, baixo ou bateria e esse clima de felicidade continuou, pois, um dia antes deste show era aniversário de André Matos e Pit Passarell pede para esperar para não estragar a surpresa... e eles executam com muito peso a Signs Of The Night com o vocalista cantando com um feeling impressionante como se fosse aquele garoto de quinze anos quando estreou no Viper.

 

    Posso afirmar... nunca vi um André Matos tão contente e solto no palco como nesta noite e ele brinca dizendo que a "Princesa do Inferno está encarnada em Pit Passarell" ( olha se estava mesmo eu não sei, mas isso explica a adrenalina do músico ) e com a 'deixa' jogada no ar a instrumental Killera ( Princess Of Hell ) foi exibida com o frontman regendo os "ooooo" dos fãs durante os indiscutíveis solos de guitarras de Hugo Mariutti e Guilherme Martin, e mais uma vez me rendo ao talento destes músicos.

     E quem também se destacou nesta hora foi Pit, ele é muito divertido no palco, mas na hora de pegar seu baixo e solar com bravura, o cara manda super bem. E sempre brincando e falando André Matos recebe um LP do Soldiers Of Sunrise e exclamou: " 'PQP' o cara tem um vinil ", que foi repetido por algumas vezes e seguido pelos fãs, mas aí retoma o microfone, exalta a qualidade do som do vinil e a dificuldade que eles tiveram para gravar o álbuns Soldiers Of Sunrise, bem a dica para a música de mesmo nome estava dada e assim... tivemos mais este clássico do Heavy Metal com novamente o vocalista regendo os fãs na hora dos solos, coisas que só frontmans da categoria de André Matos sabem fazer.

    Sem pausar desta vez o Viper tocou a rápida Law Of The Sword e aproveitando para descansar um pouco do gigantesco calor que fazia no Santa Fé Eventos André e Pit ficam sentados e desta maneira comandam a agitação dos fãs.

    Para apresentar a última música desta primeira parte, André explica que HR quer dizer 'Heavy Rock', uma das alcunhas de Heavy Metal e conta sua história, de como ela surgiu para integrar o álbum e a tocam com a mesma categoria das demais, só que o Viper não é apenas uma banda que toca muito bem, eles brincam o tempo todo e André Matos pega o baixo de Pit Passarell e o toca enquanto este último assume os vocais e faz a parte final da música em um clima de desconcentração total, e mesmo não alcançando as linhas potentes de seu vocalista, Pit até que soube divertir os fãs.

   São pontos assim que tornam um show diferente e surpreendente, e infelizmente muitas bandas se esquecem de fazer isso ao vivo, pois se quiséssemos o som igualzinho aos cd´s, não precisaríamos ir aos shows.

  

    E então eles deixam o palco por um tempo e rapidamente é exibido um vídeo com entrevistas e histórias engraçadas ( que com certeza farão partes do vindouro DVD ) contando com foram os primeiros shows e as gravações tanto de Soldiers Of Sunrise e quanto de Theatre Of Fate, dos integrantes que saíram e entraram na banda, enfim um resumo da história deste ícone do Metal. O interessante foi que, quando chegava sobre os detalhes de Theatre Of Fate, a banda já havia retornado para o palco e assim que os acordes de Illusions começaram a aparecer no vídeo, o Viper continuou de cima do palco para delírio dos fãs. E aí meus amigos e amigas do Rock On Stage começei a acompanhar na integra as músicas de um dos discos que mais aprecio e respeito quando se fala de bandas brasileiras.

    At Least A Chance foi executada conforme esperávamos: rápida, precisa e energizando cada um dos presentes que agitavam tanto quanto a banda no palco, e as viradas de guitarra da música foram realizadas muito semelhantes ao cd por Hugo Mariutti e Felipe Machado. E não sei se a empolgação era passada da banda para a plateia com as músicas ou da plateia para a banda, mas a verdade é que assim que assim que a melodia de guitarras de To Live Again surgiu... ouvimos umas das melhores músicas do cd sendo acompanhada pelos fãs, que música a música iam ampliando o êxtase que era sentido por todos. Esse sentimento aumentou quando os dedilhados de A Cry From The Edge foram ligados à acordes praticamente progressivos extraídos dos teclados do André Matos sendo ligados às guitarras, realmente um momento do mais puro Heavy Metal.

 

Living For The Night e o bolo

    Living For The Night já se tornou ao longo destes anos um dos maiores clássicos do Viper e até de André Matos, mesmo com canções de muita qualidade gravadas em seus anos de Angra, Shaman e em sua carreira solo, creio que não tenha conseguido uma música que representasse tanto para uma geração quanto esta e foi muito bacana ver os fãs cantando os versos e a banda fazendo as partes instrumentais para que os fãs acompanhassem, mas isso, só até virem com um rolo compressor instrumental e vocal tocando a Living For The Night até uma interrupção, que gerou um alongamento ( é aí se vê o diferencial de um show ao vivo ) em que André Matos contou-nos como compôs um coro, quando passou pela primeira vez por Itapira ( confira ), coro este composto no hotel, durante aquele momento que não se tem nada para fazer no quarto e ele mencionou algo mais ou menos assim: "A cidade de Itapira nos inspirou e criamos um verso assim - Itapira ... pira.. pira ...!!!" .

    Bem muitos riram e outros gostaram e nesse ínterim o transloucado Pit Passarell apresenta cada um dos membros da banda. E uma surpresa, combinada entre a produção local, os músicos do Viper e a equipe técnica aconteceu: André Matos recebeu um bolo em pleno palco seguido pelo 'parabéns para você' cantado pelos fãs e visivelmente contente, o músico comentou depois: "Realmente não esperava por isso", vale lembrar que ele fez aniversário um dia antes deste show em Itapira. E depois deste momento marcante para os fãs, a banda e principalmente para André, eles retornaram a pleno vapor para o final de Leaving For The Night.

    Confesso que cheguei a pensar o show terminaria por aí após a soberba e surpreendente execução de Leaving For The Night, mas seguindo o set tivemos a faixa título Theatre Of Fate ( em outro momento indiscutível do show ) e a dramática Moolight, novamente com muito peso e com André literalmente mandando ver nos teclados para encerrarem a segunda parte do show com a pesada Prelude To Oblivion em versão praticamente perfeita.

    Não parecia mas já haviam se passado bem mais de uma hora e quarenta minutos da apresentação do Viper e eles saem do palco por alguns instantes e todo mundo se perguntava o que iria rolar no bis, era sabido que Rebel Maniac estava no set, mas o Viper realmente quis deixar esta noite imortalizada para cada um dos presentes no Santa Fé Eventos e o alucinado Pit Passarell assume o posto de vocalista principal e dispara uma 'palhinha' quase que Punk de Evolution ligada a Crime e também a  Spreading Soul para delírio completo dos fãs, que não esperavam por essas músicas no set.

    A adrenalina provocada por elas só não foi maior que a seguinte, a citada Rebel Maniac, que foi também cantada por Pit Passarell e fecharam o magnífico e histórico sábado em Itapira com a versão bastante pesada de We Will Rock You do Queen, essa cantada por André Matos.

    O Viper não fiz um show desta magnitude somente porque é uma banda profissional, das antigas, comemorando os 25 anos de seu primeiro disco, etc... fez porque estava realmente feliz da vida de uma forma que há muito tempo não vejo nos shows de muitas bandas, eles tocaram por prazer, por felicidade, por amor ao Heavy Metal ( obvio, é claro, que também receberam para isso, mas vocês entenderam o que quero dizer... ).

    A turnê prossegue ainda por mais datas no Brasil e provavelmente algumas no Japão e excedendo-se apenas o também histórico show de Paul Di'Anno em Itapira, creio que este foi o melhor que vi na cidade, que seja possível quem sabe, mais uma data em Itapira no futuro, pois foi realmente 'o show do ano' na Cidade do Rock. Parabéns amigos e amigas da Festa Rock Produções e em especial para a simpática e comunicativa Vanessa Freitas, que foi a responsável pelo controle do setor do mezanino e camarim das bandas.

 

Texto e Fotos Fernando R. R. Júnior
Foto do Bolo: Pinna´s - Portal Megaphone
Agradecimentos ao Leandro Sartori, Pinna´s
pela atenção e credenciamento.
Outubro/2012

 

Set List
Primeira Parte: Soldiers Of Sunrise

1 - Knights Of Destruction
2 - Nightmares
3 - The Whipper
4 - Wings Of The Evil
5 - Signs Of The Night
6 - Killera (Princess Of Hell)
7 - Soldiers Of Sunrise
8 - The Law Of The Sword
9 - H.R.

Segunda Parte: Theatre Of Fate
10 - Illusions
11 - At Least A Chance
12 - To Live Again
13 - A Cry From The Edge
14 - Living For The Night
15 - Theatre Of Fate
16 - Moonlight
17 - Prelude To Oblivion
Bis:
18 - Evolution (Intro Pitt)
19 - Crime
20 - Spreading Soul
21 - Rebel Maniac
22 - We Will Rock You (Queen cover)

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Bloody Sabbath ( Black Sabbath Cover ) e Kondenius
no Santa Fé Eventos em Itapira/SP

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