1º Rock Fest
Com: Meat, White Shadows, Macchina, BrightStorm e These Days - Bon Jovi Cover
Sábado, 13 de agosto de 2015 no Califórnia Bar e Danceteria em Poços de Caldas/MG

    O 1º Rock Fest de Poços de Caldas/MG levou ao Califórnia Bar e Danceteria cinco ótimas bandas, que passearam por vários estilos do universo do Heavy Metal e do Rock, pois, tivemos o headliner These Days - Bon Jovi Cover relembrando dos grandes clássicos do Hard Rock eternizados pela banda americana, o BrightStorm que mostrou uma mescla de Gothic Metal com Symphonic Metal em suas composições autorais, o Macchina que exibiu canções próprias que transitam em um misto de Crossover com Thrash Metal, o White Shadows que relembrou grandes clássicos do Rock, do Punk e até do Thrash Metal em um set bastante diversificado e o Meat, que enviou seu Thrash Metal de pegada oitentista em músicas de sua criação.

    O local escolhido é grande, conta com um ótimo palco de forma que possibilita uma boa visão das bandas que se apresentam, além de uma espaçosa área de convivência. Sempre é bom presenciar eventos mais Underground para conhecer nomes que estão buscando mais espaço e batalham fortemente por isso. Vamos aos detalhes dos shows.

Meat

    A banda que abriu o 1º Rock Fest foi o Meat, uma velha conhecida do Rock On Stage por conta de seu EP Neocortex (  leia aqui ) e seu cd debut de 2006 intitulado A New Medicine ( veja mais detalhes ) já terem sido resenhados por este editor e também por ter acompanhado alguns shows - anos atrás - em Andradas/MG e em Poços de Caldas/MG. Eles enfrentaram um hiato em suas atividades por conta das sabidas dificuldades que temos no meio Underground Brasileiro.

    Entretanto, Bruno Castellani vocalista, guitarrista e único membro original do Meat decidiu reativar a banda neste ano ao lado de Kauan Caliari no baixo, Eder Marcos Souza na bateria e Dennis Claudiano na guitarra e exibiu aos presentes as músicas de seu novo álbum e também algumas dos seus antigos registros dentro de uma linhagem Thrash Metal oitentista, que começou com a pesada Posture ( do A New Medicine ) com Bruno Castellani empunhando uma guitarra Flying V e cantando com muita raiva. Contente, ele informa que vai tocar a primeira do novo trabalho da banda e A Beginning That Never Ends, que está no EP de 2016, cujo título é You Can Be Gold ( que está disponível para audição neste link ). Desta maneira, o Meat nos mostrou uma canção de riffs rápidos e vocais irados.

 

    Em seguida, o guitarrista e vocalista pede para a galera chegar um pouco mais perto dizendo: "eu gosto de calor humano" de uma forma bem humorada e foi atendido, assim, tivemos a cadenciada Let Me Provoke You ( do A New Medicine ), onde além dos solos de guitarras, as viradas fortificadas que o baterista Eder Marcos Souza realizou elevaram a potência desta música.

    Bem descontraído, Bruno Castellani avisa que vai tocar a última canção do novo EP You Can Be Gold com I Know What Talk About, que provocou alguns "hey...hey..." da plateia no começo e depois por ser um Thrash Metal cadenciado e mais direto, com ênfase nas linhas de bateria tivemos algumas 'bangueadas'. Bem tranquilo, Bruno Castellani comenta que a próxima música também é do EP novo, que também é o novo clipe do Meat e aos riffs mais pesados dos guitarristas somos expostos a And He Knows What's Spoken, que é dotada de um ritmo mais acelerado, além de bastante distorção nos solos de guitarras, ou seja, é para bater a cabeça com vontade.

 

    Outra do novo EP anunciada por ele é a You Are Not The Silver e creio que foi a mais vigorosa do seu curto set de pouco mais de trinta minutos, pois, seu começo foi impiedoso e no seu decorrer deu para sentir que o Meat detonou mesmo nesta destruidora composição com solos melodiosos, que garantiu muitos aplausos.

    Rapidamente, Bruno Castellani comenta que chegou a sua última canção e que é a que intitula o primeiro cd dos caldenses, para que a 'metralhante' e de ritmo caótico A New Medicine fosse exibida como um rolo compressor em nossas cabeças. Muito bom que o Meat retornou com Thrash Metal e já está preparando seu novo cd com seu novo line-up.

Set List do Meat

1 - Posture
2 - A Beginning That Never Ends
3 - Let Me Provoke You
4 - I Know What Talk About
5 - And He Knows What's Spoken
6 - You Are Not The Silver
7 - A New Medicine

White Shadows

    A segunda banda do evento foi a caldense White Shadows, um quarteto onde o baterista Rodrigo Mariano comanda os vocais junto a Dielis Araujo e Jhons Souza nas guitarras e André Higa no baixo para executar vários clássicos do Hard Rock e do Rock´n´Roll das décadas de 70, 80 e 90 salientando o Creedence Clearwater Revival, banda que eles inclusive prestam um tributo a cada show.

    E  com este propósito, o White Shadows começou seu show com três músicas dos norte-americanos, sendo elas: "Hey Tonight", "Fortunate Son" e o hit "Have You Ever Seen The Rain", que foram responsáveis por levar mais fãs para perto do palco do Califórnia. Na sequencia dispararam outro clássico dos anos 70 e que nem sempre é lembrado por bandas que tocam o chamado Classic Rock: Breaking All The Rules do Peter Frampton, onde o guitarrista Jhons Souza realizou aquele impactante solo introdutório com muita precisão e até alguns backing vocals.

    Empolgado o baterista Rodrigo Mariano viaja até a década de 90 para nos mostrar a Man In The Box do Alice In Chains e recua aos 60 com Born To Be Wild do Steppenwolf, que foi dedicada aos motociclistas. Na sequencia do set eles apresentam The GodFather Theme em uma ótima versão, que naturalmente lembrou do que o Guns´n´Roses realiza em seus shows antecedendo a Sweet Child O´Mine, que também foi apreciada nesta noite durante o 1º Rock Fest e garantiu muita agitação dos presentes.

    A clamorosa introdução de Painkiller do Judas Priest serviu para nos colocar diante de um momento que não poderia deixar de acontecer em uma banda liderada por um baterista e que toca clássicos do Rock: um vibrante solo de bateria, que se ligou na eletrizante T.N.T. do AC/DC, que balançou os fãs.

    Entretanto, não é só de músicas conhecidas que vive a banda, pois, Rodrigo Mariano avisou que a próxima do White Shadows neste sábado seria uma composição própria com o nome de Free Souls And Hard Bones e deu para sentir que a música que presta uma homenagem ao moto clube que os membros fazem parte é possuidora de uma ótima pegada, é pesada, tem seu andamento meio lento e muito emocionado.

    Retomando as canções antigas, o quarteto enviou mais uma do Creedence Clearwater Revival com Proud Mary e a conhecida Pet Semetary dos Ramones. Porém, o White Shadows surpreendeu mesmo na parte final de seu set ao tocar a sequencia pesada e devastadora de Rainning Blood do Slayer ( embora tenha sido apenas uma 'palhinha' ) que deu lugar ao hino Highway To Hell do AC/DC cravando uma envolvente apresentação do quarteto, que certamente agradou bastante.

Set List do White Shadows

1 - Hey Tonight
2 - Fortunate Son
3 - Have You Ever Seen The Rain
4 - Breaking All The Rules
5 - Man In The Box
6 - Born To be Wild
7 - The GodFather Theme/ Sweet Child O' Mine
8 - Intro Painkiller/Solo de Bateria/ T.N.T
9 - Free Souls and Hard Bones
10 - Proud Mary
11 - Pet Semetary
12 - Intro Rainning Blood / High Way to Hell

 

Macchina

    A terceira banda do 1º Fest Rock de Poços de Caldas foi o Macchina, banda que transita pelo Thrash Metal e o Punk Rock pendendo mais para o Crossover com influências de nomes como Metallica, Black Label Society, Black Sabbath e Pantera. O Power Trio de São Bernardo do Campo/SP, que teve sua formação em 2011 e atualmente conta com Anderson Mattiello na guitarra e vocais, Marvin Rodrigues no baixo e Rodrigo Gimenes na bateria aproveitaram a data para mostrar as músicas de seu primeiro cd autointitulado de 2013 com muita atitude.

    A primeira do set foi Starting Over, que  veio cadenciada, pesada e distorcida, onde o vocalista Anderson Mattielo agitou tanto quanto as notas que extrai de sua guitarra. Depois, eles mantém suas linhas raivosas para You Are Inside My Soul com direito à um breve solo do baixista Marvin Rodrigues. Do Black Sabbaht, o Macchina expõe a sua ótima versão de Into The Void, que por ser mais conhecida, contou com uma participação maior dos presentes.

    Decidido a marcar a galera com o show do Macchina, Anderson Matiello solta um grito forte para anunciar a Don´t Get Stopped, que passa uma linhagem furiosa o tempo todo e provando que eles não estavam para brincadeiras, era porrada atrás de porrada em cada instante de seu show.

    Deixando claro que a energia que sai do palco, chega na plateia e volta perante o trio, Anderson Matiello bate no peito agradecendo pela recepção dos fãs e na sequencia temos o Groove cheio de cólera presente em I Came Here To Win. Demonstrando suas influências do Pantera e Black Label Society, o Macchina nos apresenta outra canção de seu cd com Living Illusions, onde seu maior destaque vai para os solos mais 'largados'.

    Anderson Mattiello, que por todo o show não parou quieto e sempre mexia com os presentes convocando-os para sacudir os pescoços, desta vez desceu do palco para solar sua guitarra em volta dos fãs que 'bangueavam' ao seu lado em uma interação que é prazerosa para quem participa, para que a faz e para quem a vê ( meu caso, enquanto fotografava ). Para a música que empresta seu título para a banda, a Macchina, o trio solta o peso sem dó na bateria, no baixo, na guitarra e nos vocais.

    Depois hora da 'pancadaça' chamada Alive, que segundo o vocalista é o primeiro clipe da banda e segue por um ritmo mais cadenciado, especialmente nos toques do baterista Rodrigo Gimenes, que se mostraram muito interessantes também. Em Good Old Rock´n´Roll, o Power Trio dispara uma canção repleta de distorção.

     A última do set do Macchina foi a F.Y.B., que é mais lenta, porém, novamente trouxe à tona a lembrança do Black Label Society, só que bem mais agressivo. A apresentação do Macchina foi até que curta, durou cerca de 50 minutos, porém, foi intensa naquele formato 'sangue no zoio' que nomes que percorrem este caminho Crossover possuem em suas veias.

Set List do Macchina

1 - Starting Over
2 - You Are Inside My Soul
3 - Into The Void
4 - Don´t Get Stopped
5 - I Came Here To Win
6 - Living Illusions
7 - Macchina
8 - Alive
9 - Good Old Rock´n´Roll
10 - F.Y.B.

BrightStorm

    Prestigiando vários estilos, o 1º Rock Fest teria em sua quarta atração, a banda BrighStorm de São José dos Campos/SP, que desde sua origem em outubro 2012 tem mergulhado em uma mistura de Gothic Metal e Symphonic Metal, que já garantiu ao quarteto atualmente formado pela bela Naimi Stephanie nos vocais, Odair Salles na bateria, Will Lopes na guitarra e Allan Silveira no baixo dois singles ( Under The Moon e Breathing In Death ) e um EP ( Past In Flames - 2014 ).

    Desta forma, eles começaram com Taste Of Wine, uma das canções registradas no EP, que mostrou a forte, carismática e contagiante presença de palco da vocalista Naimi Stephanie - toda de preto como manda o costume - se entregando de corpo e alma ao show conquistando aos presentes, que ficaram de 'antenas ligadas' em sua atuação no palco.

   Se movimentando bastante, sacudindo seu pescoço o tempo todo e deixando claro o seu poder de frontwoman, Naimi Stephanie cumprimenta a todos, agradece pela oportunidade e nos mostra o novo single do BrightStorm com a canção Vampire, o primeiro que estará presente no vindouro debut ( cujo título será Through The Gates ), que começa mais introspectiva e torna-se mais pesada para que a 'possuída' Naimi Stephanie interprete sua letra utilizando de sua voz mais lírica.

    Ao contrário do guitarrista Will Lopes e do baixista Allan Silveira, que ficaram mais parados em suas posições no palco, a frontwoman moveu-se o tempo todo segurando o show em sua atuação, que pouco depois contou com a Walk ( outra do primeiro álbum ) anunciada com muita simpatia pela beldade, que convocou a galera para se alvoroçar com ela.

    Amável, Naimi Stephanie convida a todos para visitar o Instagram e o Facebook da banda para conhecer o EP Past In Flames, e sendo assim, deste trabalho tivemos a Breathing In Death em um pesado andamento mais cadenciado, que evidencia o alcance de seus vocais. A trinca seguinte prestigiou três do futuro novo álbum - o citado Through The Gates - sendo que a primeira foi a Into My Skin, mais rápida em seu começo, porém, que intercalou momentos mais intimistas e muito peso, mostrando que o BrightStorm está com a fórmula de um bom Gothic Metal nas mãos.

    Aplaudida, ela agradece e prossegue com a cadenciada Nightmate, onde mais uma vez percebo como a vocalista é inquieta enquanto canta, pois, não para de se mexer e com isso, nos conecta ao palco com sua determinação. Se as mulheres presentes aguardavam pelo These Days, não tenha dúvidas que muitos 'marmanjos' ficaram encantados com a beleza de Naimi Stephanie e comprovaram que ela sabe o que está fazendo no palco.

  Em seguida, a morena de cabelos longos e algumas 'mexas' loiras agradece sorrindo com um "valeu" e já segue com Psicostasia, que é dotada de uma pesada linha instrumental inicial, que se suaviza apenas quando ela canta de forma mais fascinante. Entretanto, a vocalista sempre encontra os pontos corretos para soltar sua poderosa voz em longos gritos.

  

      No final do set do BrightStorm, o quarteto nos exibiu dois covers, primeiro uma releitura para Children Of The Sea do Black Sabbath da fase de Ronnie James Dio na banda - com direito a admiráveis linhas do baixista Allan Silveira - e que ficou deveras proveitosa por justamente ter ficado diferente da original e por fim, ela agradece a organização, aos presentes, às demais bandas e emenda a conhecida pelos mais góticos Sweet Dreams do Marlyn Manson com sua aura sinistra, onde a vocalista se deu muito bem nas notas mais altas e os demais souberam segurar a distorção.

    O BrightStorm aproveitou muito bem cada um de seus pouco mais de 45 minutos de show para nos deixar com 'água na boca' para conhecer mais detalhes de seu primeiro cd e também 'eletrizados' com a performance de sua vocalista.

Set List do BrightStorm

1 - Taste Of Wine
2 - Vampire
3 - Walk
4 - Breathing In Death
5 - Into My Skin
6 - Nightmate
7- Psicostasia
8 - Children Of The Sea
9 - Sweet Dreams

These Days - Bon Jovi Cover

    Para encerrar este 1º Rock Fest tivemos a mais aguardada banda da noite e a responsável pela maioria dos presentes no evento: These Days - Bon Jovi Cover, que está completando 10 anos de atividades e já se apresentou nos programas Máquina da Fama do SBT e no Domingão do Faustão da Globo sendo considerados pelos fãs e pela mídia como a maior banda cover do Bon Jovi da América Latina, pois, sempre conseguem levar a nossa imaginação para que pensemos que estamos diante da banda verdadeira, graças à sua atuação e por detalhes como figurino, pedestal de microfone branco, maracas, talkbox, chapéus, óculos, enfim, é um show para retornar aos anos 80 e relembrar dos grandes sucessos do Bon Jovi.

    O These Days - Bon Jovi Cover conta em sua formação  com os seguintes músicos: Jean Ramos nos vocais e violão, Carlos Cassim na guitarra e backing vocals, Rafael Dentini nos teclados e backing vocals, Rod Rodriguez na bateria e Vinícius Amstalden no baixo e backing vocals.

 

  

    E devidamente trajados como os norte-americanos costumavam se vestir nos anos 80, o quinteto abriu o show com o sucesso You Give Love A Bad Name do álbum Slippery When Wet de 1986, que fez o público do Califórnia balançar e cantar seus versos felizes da vida. E seja nos riffs, na atuação, o clima Hard Rock oitentista começou a reinar no ar, pois, Jean Ramos lembra muito de Jon Bon Jovi seja pelo óculos escuros, suas roupas ou por sua fisionomia.

    Com o astral lá no alto, o These Days continua com Born To Be My Babe do New Jersey de 1988 e para onde eu olhava via sorrisos de satisfação com a troca estabelecida neste momento. Tão contentes quanto nós, o quinteto toca a infectante It´s My Life ( do Crush de 2000 ) e pude reparar algumas garotas literalmente 'vidradas' em Jean Ramos. E quando eles fizeram uma parada estratégica na música e deixaram para que nós completássemos o refrão, já tivemos um ponto alto do show, afinal, isto é o que nos faz acompanhar uma banda ao vivo.

    Feliz, o vocalista nos agradece por esperar até esta hora ( eram mais de duas horas da manhã ), pega o violão e então executa uma mais recente do Bon Jovi com a Misunderstood ( do Bounce de 2002 ), que não posso esquecer do belo solo feito por Carlos Cassim em sua guitarra personalizada idêntica a de Richie Sambora. Com as linhas mais de Blues tomando conta da casa, a sensacional Blaze Of Glory ( do Young Guns II de 1990 ) fez o pessoal balançar seus braços, pular junto com a banda e mostrar que sabia a letra, pois, todos cantaram com eles.

    Com a plateia nas mãos, o These Days relembrou de uma das mais belas composições do Bon Jovi com a Someday I´ll Be Saturday Night ( do Crossroad de 1994 ), pois, tanto sua letra quanto seu ritmo são positivos e convocam a participação da plateia, e nesta, eles optaram por uma versão semi acústica, que também contou com os eficazes solos de guitarra de Carlos Cassim.

    A próxima foi dedicada à primeira fã que entrou no Califórnia e era para deixar as mulheres ainda mais emocionadas ( ou seria excitadas? ) com os acordes nos teclados de Rafael Dentini e toda a interpretação apaixonada do vocalista na balada melosa Always, que também teve seus versos cantados pelo público e novamente contou um reluzente solo feito como Richie Sambora deixou ensinado no álbum Crossroad.

    Novamente com uma melodia muito bonita nos teclados feita por Rafael Dentini tivemos a empolgante In These Arms do Keep The Faith de 1992 com o vocalista dedicando aos casais e bem, era hora para abraçar mesmo a namorada. Depois de duas mais românticas, hora de um Hard Rock cheio de vigor como o caso de Keep The Faith com os holofotes mirados no baixista Vinícius Amstalden, que em seus prolongamentos juntos aos solos de guitarra de Carlos Cassim causava aquele desejo de sair dançando com muita satisfação.

    Bem à vontade no palco e sempre sorridentes ( especialmente o vocalista ), eles tocam agora a Have A Nice Day, título do álbum de 2005 e o fazem com muita garra, que se amplifica no Rock´n´Roll de Bad Medicine ( também do New Jersey ) e pelo jeito que foi tocada... além de fazer a galera cantar com o These Days também foi responsável por me lembrar do show do Bon Jovi no Estádio do Morumbi em São Paulo/SP em 2010 ( confira aqui como foi ) por conta de seus prolongamentos, que contou com a inclusão de Pretty Woman do Roy Orbison em um momento muito divertido do show.

    Para a próxima, Jean Ramos pega seu violão e com o guitarrista Carlos Cassim dedilha os acordes iniciais da balada I´ll Be There For You, outra do New Jersey, que estava na ponta da língua dos fãs e que teve as suas linhas vocálicas muito bem divididas entre os músicos do These Days. Depois, com o tecladista Rafael Dentini recriando o ambiente característico chega o momento de uma das mais emblemáticas canções do Bon Jovi com a Wanted Dead Or Alive, basicamente, um hino registrado pelos americanos no Slippery When Wet, que acredito que foi a que mais cantei no show, pois, sempre adorei seu ritmo e seus versos.

    Jean Ramos diz que está sentindo uma energia 'fodástica' enviada de nós para eles no palco, e antes de prosseguir, apresenta cada um de seus parceiros de These Days, que ganham os aplausos da galera e posteriormente à este instante recebemos a melodia cintilante da canção These Days, que empresta seu nome à este Bon Jovi Cover, que passa sempre quando a escuto um sentimento de prazer muito grande, o que não foi diferente neste sábado com este quinteto representando muito bem os norte-americanos.

    Depois de um sonoro "obrigado", ele avisa que está chegando ao final do show  e logo reparamos no 'talk box' de Carlos Cassim para a execução do hit Livin' On A Prayer, outra que é impossível ficar parado e não cantar com eles. Até parecia que teríamos mais músicas, mas já eram quase quatro da manhã e foi muito gostoso assistir o These Days novamente durante estes poucos mais de 90 minutos de show.

Set List do These Days - Bon Jovi Cover

1 - You Give Love A Bad Name
2 - Born To Be My Babe
3 - It´s My Life
4 - Misunderstood
5 - Blaze Of Glory
6 - Someday I´ll Be Saturday Night
7 - Always
8 - In These Arms
9 - Keep The Faith
10 - Have A Nice Day
11 - Bad Medicine / Pretty Woman
12 - I´ll Be There For You
13 - Wanted Dead Or Alive
14 - These Days
15 - Livin' On A Prayer

Clique aqui e confira uma galeria com 128 fotos dos shows do
Meat, White Shadows, Macchina, BrightStorm e These Days - Bon Jovi Cover no 1º Rock Fest no Califórnia Bar e Danceteria em Poços de Caldas/MG

    Fazia um tempo que não visitava uma cidade da região para cobrir um evento que prestigia nomes que batalham com o seu som autoral e também um cover de tamanha qualidade quanto este visto no Califórnia Bar e Danceteria. E além de ter curtido várias horas de boas músicas também tenho certeza que fiz novas amizades. Que venham mais Rock Fest.

Texto e Fotos: Fernando R. R. Júnior
Agradecimentos à Juliano Souza
pela atenção e credenciamento.
Agosto/2016

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