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A abertura ocorre com Regin Of Pills, que chega animada e envolvente em seus solos de teclados e em seus vocais, bem como no seu ritmo, que é voltado ao AOR nos inspirando a acompanhar sua letra, além de mergulhar em seus exuberantes solos de guitarras na forma notável de Renato Costa cantar seus versos. Depois com uma ascendência no Hard Rock, um tanto que no estilo do Mötley Crüe nos riffs de guitarras feitos por Eduardo Holanda, On The Edge deixa sua assinatura na atuação do vocalista Renato Costa e também na sua consistente melodia, que apresenta um ótimo refrão voltado na essência do estilo. Na terceira, o Still Living nos coloca diante de um Hard Rock repleto de solos cativantes na guitarra e também a vocalizações eficientes, que tornam Call Of The Night a mais inflamável desta trinca inicial, onde mais uma vez eles capricharam no refrão e adicionaram elementos nos solos de teclados feitos por Thiago Nascimento que remetem diretamente àquela atmosfera que mistura Deep Purple com Whitesnake lembrando obviamente do saudoso mestre Jon Lord.
Em Dusty Blue Shadow, o personagem Jimmy contracena com um estranho em seu percurso noturno através de uma canção positiva e de linhagem melodiosa, que culmina em mais uma eficaz exibição do vocalista Renato Costa. O interlúdio Listen To Me! com algumas falas é o prenúncio da cativante The Man I've Become, um Hard Rock de alma oitentista com ritmo excelente, vocalizações empolgadas e refrão em coro; três fatores que somados capturam logo em sua primeira audição. Após a indagação de sua introdução, o Hard Rock King Of Nothing exalta uma pegada flamejante em seus solos de guitarra e vocais, que será apreciada com facilidade. Aliás, seus solos robustos e seus vocais de longos agudos na parte final são um deleite à parte, que fazem a diferença e mostram uma saborosa aura setentista no ar.
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No segundo interlúdio de Ymmij, o personagem principal conversa no bar - que onde acontece a história - durante a Who Are You?, que antecede a melodiosa e apaixonada balada Mr. Mirror com toques marcantes no piano e que é dividida em quatro partes em uma belíssima composição. Como é possuidora de quatro partes, após a leveza da primeira sente-se um aumento de velocidade na segunda se tornando mais Hard Rock e as mudanças sustentadas nos toques de teclados, como são notados na terceira parte que contém vocais em coro e por fim, na quarta parte, eles disparam solos poderosos na guitarra, além de vocalizações emblemáticas até que a melodia inicial seja retomada. Aliás, recomendo ouvir esta letra de olho em sua letra.
Continuando a história I. M. Jimmy é mais para um AOR em que seu andamento te joga para cima, onde os vocais e os demais instrumentos produzem uma canção harmoniosa e atraente e conduzida com primor pela banda, tanto que posso creditá-la como uma das melhores deste cd. Na conversa com a personagem Jane, representada pela convidada Rosângela C. Taylor com Jimmy temos um novo interlúdio nomeado propositalmente como Jane, que se liga no 'Hardão' Cult Of The Rough Awakening, cujos solos de guitarra e seu andamento caloroso dotam a música de um alto poder de fascinar os fãs em outra atuação competente do vocalista Renato Costa.
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É... o Still Living não só manteve o padrão de seus álbuns anteriores como demonstrou muita criatividade com Ymmij, sendo necessário acompanhar com o encarte nas mãos para uma imersão maior em sua textura conceitual. Acredito que o quinteto foi além e manteve o desafio de compor grandiosas músicas, sendo que novamente conseguiu sagrar-se vencedor. Enfim... uma sonzeira do nosso nordeste calcada no melhor do Hard Rock e AOR, que necessita ser ouvida nos quatro cantos deste planeta.
Nota: 10,0.Por Fernando R. R. Júnior
Novembro/2018
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