|
Kataklysm -
Unconquered
|
Unconquered foi gravado no JFD Studio em Dallas no estado do Texas nos Estados Unidos por Jean-François Dagenais sendo somente a bateria registrada no Pirate Studio em Quebec no Canadá por Oli Beadoin e Chris Donaldson. A mixagem é de Colin Richardson e Chris Clancy e feita no Backstage Studio em Derbyshire na Inglaterra enquanto que a masterização é do citado Chris Clancy. Na capa temos um ser maligno arrancando seu coração e ressurgindo de uma montanha de caveiras, que foi desenhada por Black Armstrong.
Aos dedilhados de guitarra e repiques na bateria The Killshot abre o cd trazendo o esmagador Death Metal urrado até o talo do Kataklysm, que está ainda mais pesado exatamente porque Jean-François Dagenais decidiu usar uma guitarra de sete cordas e ampliando desta maneira a diversidade de seus riffs e de seu peso. Depois da densa pedrada inicial, os canadenses disparam a veloz e agressiva Cut Me Down, onde Maurizio Iacono recebe a participação de Tuomas Saukkonen da banda finlandesa Wolfheart para dividir os vocais com ele e assim elevarem consideravelmente a violência que está contida na canção, que conta com uma base instrumental intensa e aniquiladora. A terceira é Underneath The Scars e é uma composição possuidora de um andamento ótimo para 'banguear', socar o ar e abrir uma roda entre seus insanos urros pronunciados por Maurizio Iacono, justamente quando os demais concedem linhas para colocar a casa abaixo. Confirme esta minha afirmação sentindo Oli Beaudoin esmagar seu kit de bateria.
|
|
Para Defiant, o Kataklysm apresenta um Death Metal dilacerador, que claramente teve a intenção de ser o mais extremo dentre todos neste cd produzindo um clima apocalíptico, que não deixará sobreviventes. Para certificar desta propósito, vide o tamanho dos urros do vocalista Maurizio Iacono ao berrar seus versos ou mesmo o massacre feito por Oli Beaudoin em sua bateria. Aliás, o que ouvimos na anterior foi tão demolidor, que Icarus Falling começa melódica e com belos dedilhados para você ter uns instantes para recuperar o fôlego, mas, com o Kataklysm em ação isto dura pouco, porque em seguida a aspereza desta oitava canção entra em cena e finca suas garras em sua mente te forçando a uma sessão de 'headbanging' através de seu ritmo fortemente cadenciado repleto de vocais enraivecidos. Finalizando Unconquered, eles nos mostram When It's Over, composição em que notam-se os toques opacos feitos pelo baixista Stephane Barbe para que Maurizio Iacono libere seus urros bastante rudes em um andamento cadenciado e de um estilo entristecido.
Novamente, o Kataklysm nos coloca diante de um álbum fiel ao D.N.A. de seu Death Metal de praticamente três décadas de existência, mas que está ainda mais caótico e feroz de acordo com o momento péssimo vivido por todos neste mundo. Quando você estiver furioso com o que está acontecendo ao seu redor e no planeta, e, sentir que é necessário extravasar sua ira para então se reanimar e conseguir forças para enfrentar o dia seguinte... não tenha dúvidas... coloque este lançamento da Shinigami Records em parceria com a Nuclear Blast chamado Unconquered para rodar e liberte-se destes sentimentos ruins.
Nota: 10,0.Por Fernando R. R. Júnior
Maio/2021
|