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Na capa deste novo artefato temos imagens de guerreiros e soldados de vários pontos do mundo e do tempo em um teatro de operações bastante caótico. Nos encartes que acompanham o cd, o Sabaton incluiu informações e desenhos, que remetem para a batalha ao qual a música em questão se relaciona em um competente trabalho do ilustrador Péter Sallai ( que trabalhou com Cavalera Conspiracy, Hammercult, Kataklysm, W.A.S.P. ), que conferem mais nobreza ao cd. Como bônus nesta versão lançada pela Shinigami Records no Brasil temos um DVD ao vivo registrando o show em Nantes na França em 2016, que será abordado posteriormente nesta resenha.
A primeira incursão é nomeada como Sparta e aborda a história do Rei Leônidas e seus 300 guerreiros na sangrenta Batalha de Thermopilas contra Xerxes I da Pérsia, que começa empolgando em seu estilo de vocais falados e ritmo contagiante, que vem para te convocar para a luta em mais uma impactante canção do Sabaton, que contém obviamente, os generosos riffs de guitarras de Chris Rörland e Thobbe Englund, além de toda a carismática voz de Joakin Brodén.
Pela defesa de Belgrado ( capital da Sérvia ) em 1915, o Major Gralovic fez seu último pronunciamento para as suas tropas convocando-as para sua última batalha e o Sabaton retratou esse episódio através de um Power Metal cadenciado e animado intitulado como Last Dying Breath, que é vocalizado com o conhecido estilo protagonizado por Joakin Brodén. Na terceira, o quinteto viaja para o ano de 1314, nove anos após a execução de William Wallace para narrar os fatos ocorridos com Blood Of Bannockburn e nos exibe uma canção mais rápida e altamente infectante por sua eficaz melodia de vocais e dos demais instrumentos com destaque aos solos do órgão Hammond que foram tocados por Thomas Sunmo junto aos de guitarras de Chris Rörland e Thobbe Englund nas guitarras.
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Na faixa título, The Last Stand, eles contam como 189 bravos soldados suíços resistiram durante o saque em Roma no ano de 1527 protegendo o Papa Clemente VII. Isso acontece ao som de sinos e um andamento cadenciado ( que gosta-se imediatamente ) e embalado pelos vocais de Joakim Brodén nesta homenagem para estes valorosos soldados nos levando a desejar cantar com ele, o que é muito bom, pois, basta pegar o encarte e começar. Em Hill 3234, o Sabaton relata os fatos ocorridos na Guerra do Afeganistão em 1988, quando 39 soldados russos enfrentaram 250 guerrilheiros e apenas 6 vidas russas foram perdidas contra 200 baixas dos afegãos em um dia de batalha. A forma rápida escolhida pelos suecos na música é outro atrativo e tanto seus vocais quanto sua parte instrumental são altamente motivadores, nos inspirando a socar o ar e cantar com eles. O samurai Saigo Takamori derrubou 500 guerreiros na Batalha de Shiroyama em 1877 marcando o fim da Era dos Lendários Samurais, isto é explicado em Shiroyama, a emblemática nona composição de The Last Stand, que é dotada de todos os atributos melodiosos para que possamos apreciar ainda mais sua audição.
Dentre tantos feitos importantes que o Sabaton conta neste cd, um dos maiores foi a resistência da Liga Santa ocorrida em Viena na Áustria em 1683, quando o Império Turco Otomano conquistava boa parte da Europa Oriental. Estes nobres homens ficaram conhecidos na história como Winged Hussars e o quinteto emoldurou estes fatos através de uma imponente canção mais cadenciada com vocais em coro.
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Para All Guns Blazing, o Sabaton dispara uma explosiva versão do Judas Priest que ficou excelente em um verdadeiro tributo ao álbum Painkiller de 1990. No encerramento do cd The Last Stand temos o cover de Camouflage do multi-instrumentista norte-americano Stan Ridgway ( ex-Wall Of Voodoo ) com linhas melódicas expressando muita categoria e aquela pegada de vocais cativantes.
No DVD, cujos detalhes serão contados a partir de agora registrado no Stereolux com direção de Fabien Raymond, temos o Sabaton em Nantes na França no dia 24 de fevereiro de 2016 em um show de 1:30hs nos exibindo toda a sua conhecida agitação, que assim como no DVD Heroes On Tour ( leia resenha ) ao som dos barulhos dos motores dos tanques, palmas dos fãs e muita euforia The March Of War traz a banda para o palco para iniciarem os combates com a adrenalina presente em Ghost Division ( do The Art Of War de 2005 ) e neste show, a banda está bastante próxima do público, que naturalmente interage e fica mais fervente a cada instante.
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Com a "readmissão" de Joakim Brodén e este portando uma guitarra, eles inflamam com Resist And Bite, uma de suas muitas pérolas, sendo esta gravada no Heroes e logo em seguida, após perguntar se os franceses lembram-se do álbum Primo Victoria ( de 2005 ) e deste disco eles tocaram a Wolfpack, onde percebemos a importância dos backing vocals em coro.
Dominium Maris Baltici - outra do Carolus Rex - é executada a toda velocidade e impressiona nas palmas que recebe. Sempre muito esperada, a Carolus Rex traz os fãs aplaudindo de acordo com o seu ritmo épico em seu começo e depois podemos observar Joakim Brodén interpretar a música de forma única, onde percebe-se que ele canta com a alma mesmo. Na canção que podemos considerar como hino do Sabaton, suas notas são entoadas para um 'bravo' vocalista 'discutir' com Thobbe Englund em uma brincadeira que serve para atear mais fogo nos fãs e por fim executar Swedish Pagans, presente no The Art Of War.
Em uma nova 'troca de farpas', Joakim Brodén ordena para que retornem ao set list programado e a rápida Soldier Of 3 Armies ( mais uma do Heroes ) continua com o show do Sabaton em Nantes. Aos gritos de "Sabaton... Sabaton" e com os músicos sorrindo bastante Attero Dominatus ( título do cd de 2006 ) com seus acordes sinfônicos e melódicos confere mais brilho ao espetáculo, que prossegue com The Art Of War, um puro Power metal coroado nos "hey... hey..." dos franceses e a maior surpresa do show... com Chris Rörland cantando e tocando sozinho os versos de Wind Of Change do Scorpions, que se conecta mais uma do Heroes, a To Hell And Back, que está repleta de melodia e eletricidade sendo capaz de fazer todos os franceses pularem com eles.
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The Last Stand além da aula de história que é... se sobressai por ter escolhido em suas letras algumas das mais famosas resistências em várias frentes de batalhas e isso, aliado ao eficaz Power Metal do quinteto sueco Sabaton, que fica melhor a cada ano e torna sua audição um prazer extra devidamente revigorante, pois, retrata verdadeiros guerreiros e heróis, que se superaram diante das maiores adversidades possíveis.
Nota: 9,5.Sites: http://www.sabaton.net/, http://www.twitter.com/sabaton,
https://www.facebook.com/sabaton e https://www.youtube.com/user/Sabaton.Por Fernando R. R. Júnior
Agosto/2017