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Difícil responder caro leitor(a) do Rock On Stage. Alheio a tudo isso, o batera Felix Bohnke sobe no palco do Credicard Hall por volta das 20:20 e é recepcionado pela legião de fãs, que desta vez não foram suficientes para lotar a casa. Instantes depois, Tobias Sammet ( vocais ), Jens Ludwig e Dirk Sauer ( guitarras ), Tobias Exxel ( baixo ) entram e posicionam-se para realizar um excelente show consolidando alguns fatos: primeiro que o Edguy está mergulhado profundamente no hard rock e deixando o lado mais power metal que o consagrou; segundo: os alemães realizaram sua apresentação mais à vontade de todas às vezes por que passaram por aqui; e terceiro: o grande carisma do 'piadista' Tobias Sammet era certeza de diversão garantida. Isso é claro, sem esquecer de mais outros dois pontos importantes: a competência do grupo quando sobe num palco e alegria que eles sempre demonstram ao rever os amigos brasileiros ( como deixaram claro mais uma vez neste show ).
Antes de começar a falar do show em si, tenho que ressaltar o gigante plano de fundo, inspirado nos temas de Tinnitus Sanctus, que envolvia todo o palco e justamente com uma do novo disco, Dead Or Rock - um hard rock vibrante que excita a platéia facilmente, que é aberto o set do Edguy. O sempre empolgado Tobias Sammet e seus amigos eram só sorrisos e alta energia, isso era passado a todos os fãs presentes, tanto que enquanto batia as primeiras fotos no " pit dos fotógrafos " pude sentir de perto toda essa interação.
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No ano passado, quando esteve aqui na tour do Avantasia ( leia resenha ), Tobias ' aprendeu ' com o seu grande amigo André Matos a dizer " du caralho " e embora tenha confessado que ainda não sabe o que quer dizer isso, novamente ele repete a frase neste show confessando mais uma vez a paixão que tem pelo país ao dizer que fez questão que a primeira apresentação depois da tour europeia de Tinnitus Sanctus fosse no Brasil e em São Paulo. Então, finalmente avisa que irão tocar uma das antigas do disco Theatre Of Salvation e apresentam Babylon, e este power rápido dotado de ótimos riffs de guitarras altamente bem conduzidos por Jens Ludwig e Dirk Sauer incendeiam completamente os fãs, resultando em todos os tipos de objetos sendo atirados no palco: camisetas, desenhos, narizes de palhaço.
Um deles acertou o olho do vocalista e fez Tobias sair do palco antes da música acabar, ainda bem que seu humor não se abalou e rapidamente ele já voltou para apresentar mais uma do Mandrake, a longa e épica The Pharaoh, que ativou uma recepção altamente calorosa por parte da plateia que não esperava por essa canção. E como eles queriam deixar cravado este show na memória dos mais de 2.000 presentes, Dirk Sauer utilizou uma guitarra Flying V para extrair os grandes solos, enquanto Tobias Sammet ficava regendo a empolgação da galera.
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Voltando ao novo cd com um hard rock pesadão, tivemos a quente e cheia de riffs Ministry Of Saints, que caiu rapidamente nas graças do público, que pulou e cantou junto com o frontman da banda. Já Jens Ludwig mostrou a sua técnica imortalizando este momento do show a bordo de uma linda guitarra Gibson branca. Como o Edguy não queria desapontar também os fãs mais antigos, eles tocaram outro fervoroso hino da banda com Vain Glory Opera. Em seguida chega a hora do já tradicional solo de bateria Felix Bohnke e desta vez, ao contrário das anteriores que tinham a Marcha Imperial do filme Star Wars, ele realiza uma mescla com o tema do filme Piratas do Caribe enquanto massacra sua bateria e dosa a interação com os fãs que aprovaram a mudança.
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Save Me do Rocket To Ride é a seguinte, mas antes de executar esta balada descrita por ele como "muito triste", o vocalista brincalhão dispara mais uma ao perguntar "quantas garotas gostariam de ( N.E.: para pegar leve ) fazer amor com ele". Bem, nem é preciso dizer que boa parte do mulherio presente se assanhou todo. Não satisfeito, ele emenda: " e quantos rapazes gostariam de 'get fucked' pelo baterista?". Pego de surpresa, o assustado Felix Bohnke gesticula várias vezes dizendo que não é gay, mas é ' desmentido ' pelo piadista da noite que diz: “Ele é gay, mas, é um bom baterista”.
Bem, passado o momento hilariante que fez muitos fãs rirem sem parar, eles finalmente tocam com maestria Save Me, que ao seu decorrer tem a intensa participação do público que mostra que sabe muito bem a letra e canta junto com o Edguy. Ao anunciar que a próxima era a última da noite e ser contestado pelos fãs, Tobias promete voltar ao Brasil sempre quando estiverem em uma turnê e tocam Superheroes ( também do Rocket Ride ), canção que possui um punch hard rock causador de uma grande agitação por todo o Credicard Hall.
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Para o bis, o Edguy preparou Nine Lives ( do novo disco ) e Tobias utilizou um chapéu de coelho ( por alguns instantes para delírio das fãs ) e enquanto cantava totalmente à vontade esse hard com uma levada mais power, coloca o adereço em em Dirk Sauer. No início da execução de Lavatory Love Machine, Tobias Sammet diz que a galera não está agitando muito e que estaria voando para a Argentina no dia seguinte e queria ver se nós somos mais barulhentos que eles, e ainda completa: "Eu até gosto das pessoas de lá, mas vocês têm os melhores jogadores de futebol”. Ao insinuar a velha rivalidade, Tobias despertou o alto poder de fogo dos brazucas e aí todos gritaram bem fortes a seqüência dos "Eeeee". Quando finalmente tocam este hit do Hellfire Club ouvia-se todos os fãs cantando juntos a plenos pulmões e se divertindo muito com a banda.
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Galeria de Fotos do Edguy
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