Circle II Circle - Brazilian Tour
Show Acústico e Meet and Greet

13 de fevereiro de 2011 no Blackmore Rock Bar
em São Paulo/SP

    Depois do show elétrico do dia anterior que ocorreu no Hangar 110 ( confira cobertura ), o Circle II Circle realizou um show acústico no Blackmore Rock Bar no começo da noite de domingo e ao final deste show estava programado o tal “Meet and Greet” com a banda que nada mais é do que conhecer a banda de perto tirando fotos, conversando, pegando autógrafos e se tiver sorte, até um suvenir como baqueta ou palheta. Ainda sob o horário de verão, as pessoas fizeram uma grande fila para adentrar ao bar que estava marcado para abrir as 18:00 horas e que só foi abrir suas portas as 18:30, sendo que o show começou cerca de uma hora e meia depois. Quem estava na frente do bar podia ouvir a passagem de som e ficar mais animado(a) com o que estava por vir.

 

    E lá vem eles, sem banda de abertura e com o Blackmore cheio de gente, mas não lotado a ponto de não conseguir chegar perto da beirada do palco para tirar umas fotos, coisa que seria fácil se não tivesse pessoas altas na sua frente ou com as mãos levantadas agitando, acenando ou simulando estar tocando teclado nas músicas que tem teclado e se ouvia com playback.

    Não percebi e nem ouvi gente comentando sobre o playback dizendo que os teclados poderiam ter sido tocados por algum tecladista convidado ou pelo Zak por exemplo, pois sempre tem gente que fala algo no meio do show com tom de crítica e reclamação, mas de uma forma simpática, sem ficar acusando o artista e até mesmo de forma antipática, mas dessa vez o 'Forrest Gump' aqui não ouviu e nem viu nada disso.

    O  Circle II Circle começou o show tocando Take Back Yesterday, que ficou muito legal por sinal e Zak Stevens era a alegria em pessoa vendo todos do público a sua frente reagindo bem a versão da música. Logo depois tocaram Symptoms Of Fate  ( executada também no show em Campinas/SP, confira matéria ) e a grande balada Blood Of An Angel que foi tocada no dia anterior, no show elétrico do Hangar 110 e funcionou perfeitamente no show desplugado. Ficou bem interessante mesmo e nem se notava muita diferença na sonoridade devido a vibração da galera e a pureza do som. Isso que valeu a pena também.

    Da mesma forma que no dia anterior, a quarta música foi Edge Of Thorns, cover do Savatage e lá vem o teclado de playback seguido pelos gritos da plateia que logo se silencia nos primeiros acordes da música, mas que logo depois é substituído pela cantoria da plateia que acompanha a música e dão ênfase no refrão da música. O show prossegue com Out Of NowhereSoul Breaker, duas músicas do próprio CIIC, e logo depois emendaram uma versão interessante do clássico Taunting Cobras. Depois dessa, seguindo a ordem do dia anterior, tocaram a pesadona Anathema, que faz parte do disco novo Consequence Of Power.

    Zak comentou várias vezes que nunca tinha feito um show acústico e achou interessante, mas estranho ao mesmo tempo, e isso se notava pela expressão de seu rosto. O público não estranhou nada e esperou mais dos artistas no palco. Os instrumentistas das cordas, o baixista Mitch e o guitarrista Rollie, estavam bastante a vontade, sorridentes e se entreolhavam em certos momentos sorrindo. Parece que a noite estava boa para eles e o repertório interessante.

    Como no dia anterior, todos os músicos, exceto Zak  Stevens, saem do palco para a entrada do tecladista Mauricio Del Bianco da banda Soulspell. Zak disse que eles haviam conversado na noite anterior depois do show do Hangar 110 e combinaram de tocar alguns sons no show acústico. De fato, a mudança de músicos no palco, marcando - por assim dizer - uma segunda parte no show fez o que parecia ser a noite dos românticos, marcando alguns dos momentos mais sublimes e interessantes do show. Mauricio e Zak tocam, o que para muitos são as quatro baladas mais lindas que o Savatage já compôs. A primeira delas é Believe, que começa a mudar o brilho nos olhos de certas pessoas, mais precisamente, de algumas mulheres levando algumas delas ao choro. Pelo menos vi duas delas chorando, pois uma estava sentada a minha frente e a outra resolveu pegar “grade” sentando na beirada do palco.

    Zak não é um simples intérprete e não canta apenas, mas coloca emoção em cada nota, fora que seus gestos com as mãos e suas expressões ressaltam a ênfase emocional na música. A próxima música é If I Go Away, que foi seguida de All That I Bleed que fazia a plateia se emocionar mais e sentir-se bem. Todos prestavam atenção e não percebi nenhum chato falando alto. A última música dessa sequência de quatro sons foi Alone You Breathe, e Zak dedicou-a ao falecido guitarrista do Savatage, Cris Oliva.

    Todas as músicas foram cantadas por muitos da plateia, o que deu um brilho especial aquele momento. Só quem estava ali e prestou atenção nesses detalhes poderia saber o que foi o que aconteceu. Se a pessoa ficou sentada numa mesa do térreo ou só olhando o palco do mezanino e não viu a reação dos fãs, não conseguia imaginar o que se passava com algumas pessoas.

    Os demais músicos do Circle II Circle retornam ao palco, o baterista Johnny Osborn reverencia Zak e lhe dá um abraço forte e emocionado, mas não sei se era essa a reação dele mesmo, afinal Johnny era um cara simpático e fácil de se conversar e costumava abraçar as pessoas ou apertar suas mãos dando tapas no ombro e agradecendo o papo com elas. Com todos de volta a seus lugares eles encerram o breve, porém interessante e proveitoso show com a não menos poderosa Watching In Silence e mais outra música do SavatageAnymore que fechou o show e foi cantada por todos também, pois depois do acústico e das emoções ali sentidas eles retornaram a pegada mais Heavy e o povo estava com a energia renovada.

    Os músicos agradecem todos, fazem uma reverência bem clichê inclinando-se para frente e saem do palco para descansar um pouco e depois desceram do palco ficando sentados em mesas a frente dele para o “Meet & Greet” com os fãs ali presentes. Alguém estava passando por ali levando mesas para o mezanino dizendo que os autógrafos seriam no andar de cima, coisa que estranhei, pois daí o acesso seria mais difícil para os que subiam e desciam, coisa que não aconteceu pois alguém disse: “ah, vamos fazer aqui embaixo mesmo”. Bom, a pessoa devia estar “viajando” como dizem por aí, afinal o Possessed e Blaze Bayley quando deram autógrafos ficaram ali na frente do palco mesmo e isso é a melhor coisa a se fazer. Penso que se o Circle II Circle gostou muito desse unplugged, certamente poderão repeti-lo numa outra turnê pelo Brasil. Agora é só aguardar.

Por Hamilton Tadeu
Fotos: Carol Pereira
Abril/2011

Galeria de Fotos do Circle II Circle Acústico no Blackmore Rock Bar

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