Mr. Big - Around The World Tour 2011
Abertura: Jorn
Sábado, dia 09 de julho de 2011
no HSBC Brasil em São Paulo/SP
  

  A formação original do Mr. Big retornou para celebrar o aniversário dos 20 anos de seu primeiro LP em 2009, e como nos tempos que reinaram absoluto ( especialmente no Japão ) com muitos sucessos que marcaram o inicio dos anos 90 na cena Hard Rock americana. Quando foi anunciado o show em São Paulo, seria praticamente certeza de show lotado, mas confesso que não esperava ver o HSBC Brasil tão cheio quanto foi esta noite de sábado. O Mr. Big realiza a turnê de divulgação do álbum What If... ( lançado em dezembro 2010 ) com o mesmo feeling de quando começaram em 1988.

    Se apenas uma grande banda não fosse suficiente para nos alegrar por completo, a produtora Free Pass Entreterimento anunciou também Jorn Lande com sua banda solo como a atração de abertura e vale lembrar que o vocalista que já esteve no Brasil nas duas apresentações da Ópera Heavy Metal Avantasia de Tobias Sammet ( em 2008 - confira cobertura e em 2010 - veja mais aqui ). O norueguês está divulgando seu álbum tributo ao ícone Ronnie James Dio, intitulado Dio e lançado em 2010.

    Para mim, os shows teriam um sabor ainda mais especial, pois aconteceriam na véspera de meu aniversário e quer melhor forma para comemorar do que vendo dois espetáculos de Hard Rock e Heavy Metal como foram estes dois shows? Devido à lotação da casa, a produção preferiu retirar os fotógrafos e repórteres da área da pista VIP, e isso, com certeza diminuiu bastante a percepção dos shows, entretanto, eu procurei encontrar um ponto da casa onde pudesse assistir as apresentações e trazer nesta resenha os detalhes como se estivesse posicionado à frente do palco como costumeiramente acontece.

Jorn

    Como disse acima, o grandalhão Jorn Lande já frequentou o Brasil com o Avantasia e também nos shows com o Masterplan, mas nunca com sua ótima banda solo, formada por Tore Moren e Tor Erik Myhe nas guitarras, Nic Angileri no baixo e Willy Bendiksen na bateria. E o show de Jorn Lande começou na hora exata, às 21:00hs a introdução começou a ser tocada e os músicos adentraram o palco ornamentado com uma grande bandeira com a capa do álbum Spirit Black. Jorn não é um vocalista que se movimenta muito pelo palco, mas faz os movimentos certos, com seus olhares e poses que fazem a alegria dos fotógrafos ( e olha que neste dia havia um verdadeiro batalhão no pit ), mas sabe utilizar de sua potente voz para comandar o grande público que aumentava mais e mais a cada instante.  

   A primeira música executada por Jorn foi a pesada e cadenciada Road Of The Cross do cd Spirit Black que empolgou bastante os fãs com os ótimos solos da dupla Tore Moren e Tor Erik Myhe e foi seguida pela eletrizante Shadow People do álbum Lonely Are The Brave que manteve o clima de alegria em alta. Voltando ao Spirit Black Jorn e banda executaram Below que possui uma ótima pegada, e percebia-se que os presentes estavam gostando, mas não conheciam o repertório solo do vocalista. O disco Lonely Are The Brave foi o mais lembrado no show de Jorn e Promises foi a seguinte do set com seu andamento cadenciado e pesado que enfatizou muito bem a performance do vocalista. E o norueguês aproveitou a oportunidade da primeira vez no Brasil solo para mostrar músicas de todos os tempos de sua carreira e World Gone Mad do Spirit Black  foi a seguinte, e a dupla de guitarristas agitava bastante dando a sustentação necessária para que o show de Jorn não fosse morno, pois a grande maioria queria ver lógico o Mr. Big.

    Do álbum The Duke eles tocaram a We Brought The Angels Down e muitos que não estavam agitando respeitaram Jorn e banda, mas isso era problema para ele? Claro que não, e particularmente eu estava gostando muito do Jorn, tanto que vou procurar mais sobre os álbuns dele. Depois duas do Lonely Are The Brave na sequencia com a pesada The Inner Road e Man Of The Dark com direito à um solo do baterista Willy Bendiksen que mostrou técnica e soube como empolgar os presentes que vibraram retribuindo com muitas palmas. Depois veio Blacksong do álbum The Duke com o carisma de Jorn conquistando os fãs do Mr. Big, pois a cada música eles agitavam mais, especialmente com os solos dos guitarristas Tore Moren e Tor Erik Myhe. Encerrando a primeira parte do show do Jorn Lande eles tocaram a pesadaça Soul Of The Wind e a Lonely Are The Brave ( ambas do mesmo cd ) com uma linha de Hard Rock.

   Para quem imaginava que o show de abertura fosse mais curto, é bom saber que Jorn Lande e banda fizeram um set completo, com direito a saída do palco no final do show por alguns instantes para causar aquele frissom, e quando o espetáculo está bom e agradando, antes do bis, os fãs ovacionam a banda e clamaram nas palmas pelo retorno de Jorn. E quando voltou, Jorn falou brevemente sobre a perda do inesquecível Ronnie James Dio e tocou Song For Ronnie James, composição do álbum em homenagem ao lendário vocalista que emocionou muitos dos presentes que como eu idolatram Dio e gritaram o seu nome. Foi um dos melhores momentos do show de Jorn Lande que prosseguiu com outro cover do mestre com Rainbow In The Dark e aí público cantou com muita firmeza com o Jorn. A terceira e última do bis foi a pesada War Of The World, mais uma do álbum Lonely Are The Brave que Jorn solicitou para a galera gritar e foi plenamente atendido. O solos de guitarras nesta última música foram excelentes e Jorn a alongou com muitos "oooo....ooooo" para que fosse aumentada sua interação com a plateia, que correspondeu a cada instante. Para encerrar o vocalista norueguês deu um longo e impressionante grito.

    Mais que um show de abertura, Jorn realizou uma apresentação completa e marcante de uma hora e meia que deixará saudades nos presentes. Quem perdeu o deste sábado pode com sorte acompanhar no dia seguinte o músico no Carioca Club, e muitos assistiram aos dois shows, já quem não viu terá que aguardar o retorno deste brilhante cantor que representa a renovação do Heavy Metal nos dias atuais.

Set List Jorn
1 - Road Of The Cross
2 - Shadow People
3 - Below
4 - Promises
5 - World Gone Mad
6 - We Brought The Angels Dow
7 - The Inner Road
8 - Man Of The Dark
9 - Blacksong
10 - Soul Of The Wind
11 - Lonely Are The Brave

bis
12 - Song For Ronnie James
13 - Rainbow In The Dark
14 - War Of The World

Mr. Big

    E a produção do show trabalhou rapidinho, pois o horário programado para o Mr. Big entrar no palco ( 23:00hs ) foi respeitado e apenas 30 minutos após o término do show de Jorn Lande, a aclamada banda norte-americana encontrava-se no palco. O último ( e único até então ) encontro com os fãs brasileiros foi no M2000 Summer Concerts em 1994 e a saudade de rever Eric Martin nos vocais, Billy Sheeham no baixo, Paul Gilbert na guitarra e Pat Torpey na bateria, era grande e talvez seja um dos principais motivos da hiperlotação do HSBC Brasil neste sábado. Mas não era só isso.

    Ao entrar no palco já deu para ver que o carisma da banda continua o mesmo que ouvimos nos discos, o tempo passou, mas para o Mr. Big não e com a pesada Daddy, Brother, Lover, Little Boy ( The Electric Drill Song ) do álbum Lean Into It de 1991 o show foi aberto com direito as furadeiras que Billy e Paul usam no palco para solar ainda mais seus instrumentos, só este momento nos fará relembrar desse show sempre. A reação da plateia foi pular muito com a banda e cantar a cada momento. Eu estava fotografando no 'pit' e senti a alegria e o calor vindo de cada um dos fãs. Sem pausas eles tocam a melodiosa Green-Tinted Sixties Mind, outra deste excelente álbum de 1991, cujo riff inicial é de uma beleza única e deu para perceber todos os quatro músicos cantando em coro o refrão, o que trouxe ainda mais emoção ao show, tanto que a grande maioria cantou feliz da vida com o Mr. Big.

    Depois deste começo esplendoroso, Eric Martin saúda os fãs com muita humildade, fala que somos os melhores e a cada música se movimenta pelo palco com muito carisma e intensidade. Um dedilhado na guitarra de Paul Gilbert dotado de muita técnica deu inicio a pesada Undertow, a primeira do novo What If... executada na noite com sua pegada cativante e melodiosa. Depois foi a vez de Alive And Kickin' do Lean Into It que foi acompanhada nas palmas com seu punch empolgado e cheio de energia. E nestas primeiras músicas como Eric Martin mexeu seu pedestal de microfone por todos os lados, com um vigor enorme. Com um riff que passa por instantes Blues e segue para um Hard Rock American Beaty deu sequencia ao show, provando que eles estão compondo músicas novas de alta qualidade dotadas de solos técnicos. Em seguida um retorno a 1996, tempos do álbum Hey Man, com a vibrante Take Cover exibindo seu estilo com muitos improvisos por parte de Billy Sheeham e Paul Gilbert aumentaram a beleza da música e mais uma vez todos cantaram com Eric Martin.   

    Just Take My Heart, a linda balada do Lean Into It foi a seguinte e claro, os casais se emocionaram novamente, os demais cantaram os versos e bateram muitas palmas, momento único que só bandas como o Mr. Big sabem fazer, pois encaixaram os pontos fortes do show na hora certa. E esta balada funciona tão bem que duvido que algum dos presentes deixou de cantarolar com Eric Martin os versos da música. Hora de exibir mais do ótimo disco novo com Once Upon A Time, canção mais uma pesada que agregou elementos mais Heavy e muito bem recebida pelos fãs.

    E não adianta discutir, quando um álbum torna-se um clássico é praticamente obrigatório executar suas músicas sempre, e o Blues pesado de A Little Too Loose, outra do álbum Lean Into It foi cantada pelo animado Billy Sheeham ( não basta ser um dos melhores baixistas em atividade do mundo, tem que cantar também... ) e ele com sua voz mais grave, cantou muito bem cada verso e passou a bola para Eric Martin continuar depois. Além da enorme técnica de cada um dos músicos, é muito interessante ressaltar o clima descontraído que o quarteto realiza o seu show, seja brincando um com o outro, simulando como se estivessem trocando empurrões e chutes. Nesta hora o Mr. Big fez algo que sempre foi muito apreciado e uma característica dos anos 70, especialmente quando se fala de Deep Purple e Led Zeppelin: enquanto o Eric fazia uma agudo com sua voz, Paul Gilbert acompanhava com a mesma intensidade com sua guitarra e presenciar isso meus amigos e amigas é maravilhoso. Sequencias de improvisos como esta são o que valem o ingresso de um show, pois quando assistimos uma apresentação ao vivo o que mais queremos é sermos surpreendidos pelos músicos, ver uma exibição de sua capacidade musical e o Mr. Big fez com perfeição.

    Road To Ruin, outra do álbum de 1991 com os backing vocals da banda perfeitos mantiveram a excitação do show e neste Hard Rock Paul Gilbert, que trocava de guitarra a cada canção ( mas eram todas vermelhas ), executou uma verdadeira aula de solos para guitarrista nenhum que se preze por defeito, mas detalhe, ainda não era a hora de seu solo individual. Em Merciless do primeiro cd foi a vez de Eric Martin brincar com a galera, pois o vocalista quis ver quem tinha o grito mais forte: as mulheres ou os homens e soube comandar a força de cada um dos dois, um momento típico em shows de Hard Rock ou Heavy Metal, mas que é sempre apreciado por todos, ainda mais com o ritmo dançante que esta possui. Depois foi a hora de Paul Gilbert mostrar porque é um dos mais velozes, técnicos e virtuoses guitarristas do mundo com um longo e impressionante solo que mostrou a incrível capacidade ele tem e claro, um solo desta magnitude foi aclamado por todos os presentes no HSBC Brasil. E no final, Paul lembrou outro mestre das seis cordas ao tocar com os dentes, pois quem fez isso no passado foi o inigualável Jimi Hendrix.

     Depois do solo os demais membros retornam no palco e o Mr. Big seguiu com a rápida Still Ain't Enough For Me que além da 'rifflerama' de guitarra, vimos Paul Gilbert também acompanhar na mesma velocidade, é o novo trabalho dos caras é realmente muito bom. Price You Gotta Pay do álbum Bump Ahead de 1993, Eric finalmente pega seu pedestal de microfone de volta novamente, e quando Billy Sheehan sola sua gaita, o vocalista vai atrás dele e sola seu baixo no tempo da música, coisas que só acontece com músicos que são técnicos e ao mesmo tempo muito divertidos. Interessante que eles pararam a música para Eric conversar com os fãs e emendou: "dinheiro não traz felicidade, então precisamos de mais dinheiro" e completou dizendo que quem cantasse junto com ele ganharia sexo e chocolate. Se fosse pela interação e diversão causada, Price You Gotta Pay seria um destaque do show, daquele para contar para os amigos, mas o Mr. Big fez mais, muito mais... Paul e Billy realizaram duelos de baixo e guitarra com improvisos perfeitos, de uma sincronia excelente, mas ao mesmo tempo com várias brincadeiras pois vira e mexe Paul tocava o baixo de Billy como se estivesse corrigindo o exímio baixista. E eles foram alongando a música e aumentando a empolgação transformando o momento para proporções ainda maiores, levando à um êxtase musical pleno.

    Retomando o show após essa viagem musical eles tocaram a pesada e agitada Take A Walk do primeiro cd, emendaram com a divertida e puramente Hard Rock Around The World, que dá nome a atual tour e A Far As I Can See dotada de um gingado muito interessante. Aliás, estas duas última são do novo What If... e como a banda estava com a plateia nas mãos, não tinha como não serem muito bem recebidas pelos fãs, uma prova que o Mr. Big ainda sabe compor músicas de qualidade e terão uma longa vida no cenário Hard Rock.   

    Depois foi a vez de Billy Sheeham começar com um dos mais técnicos solos de baixo que eu já vi na vida, pois ele exibiu uma competência digna dos mestres do instrumento e tocou tão bem que fez seu baixo parecer uma guitarra, seja tocando rápido ou mais lento. Muito carismático, Billy coloca pontos para que seja acompanhado nas palmas e interage bastante com os fãs. Instantes mais tarde Pat Torpey faz um acompanhamento na bateria Rock 'n' Roll e Paul Gilbert volta ao palco para duelar com Billy brincando com seus instrumentos como se fossem varinhas mágicas em um duelo de magia.

    Esse duelo - com muitos dedilhados - culminou na mirabolante Addicted To That Rush do primeiro cd e Eric Martin sentou-se próximo a bateria de Pat Torpey como se estivesse descansando e esperando sua hora de entrar em cena. Isso mostra quão descontraída é a banda em um show ao vivo. Em uma das pausas programadas Eric Martin mostrou que sabe comandar o show como poucos e perguntou se amamos o Rock' n' Roll e depois aceleram aquele ritmo mais Rock para um Heavy que encerrou a primeira parte deste grandioso show com uma aula de virtuosismo que literalmente chacoalhou o HSBC Brasil, pois de onde eu estava eu sentia a casa balançando.

A mais esperada, mas não a melhor

    Com os fãs berrando incessantemente pelo retorno do Mr. Big eles voltaram poucos minutos depois e Eric Martin nos fez gritar novamente, repetiu a saudação para os fãs e disse que gosta mais das mulheres ( bobo ele...né? ) e apresentou seus colegas de banda, jogou rosas em Billy Sheeham, enfim, realizou um clima de festa mesmo e para coroar essa alegria, ele anunciou finalmente a execução de um dos maiores clássicos da banda e provavelmente a música mais conhecida e esperada por todos: To Be With You executada com Paul Gilbert no violão foi mesmo um momento ímpar, pois todos cantaram com força e extasiados de felicidade. Embora esta balada do álbum Lean Into It seja mundialmente conhecida, o Mr. Big é uma banda de Hard Rock e Heavy Metal e então Billy Sheeham começa um andamento no seu baixo rapidamente acompanhado pela guitarra de Paul Gilbert e a bateria de Pat Torpey que vão caminhando para um mergulho no Jazz e Blues e assim, eles tocaram a rápida e agressiva Colorado Bulldog, do Bump Ahead, que teve seus momentos acelerados, mas o que mais chamou a atenção foram as 'paradinhas', que eram seguradas pelo baixista naquele clima de Jazz e que eram levadas no limite extremo da velocidade chegando a soar mais alto e pesado do que muitas bandas de Thrash Metal fazem. Sem dúvidas uma das melhores do set list.

    Uma nova pausa e no retorno vemos os acordes do clássico Smoke On The Water do Deep Purple, mas desta vez como é costume nas apresentações do Mr. Big desde a reunião em 2009, os membros trocam de posição e Eric Martin foi para a guitarra, Pat Torpey assumiu o baixo, Paul Gilbert arrebentou na bateria e Billy Sheeham ( com camisa da seleção brasileira com o nome dele ) pegou o microfone e cantou alcançando mais potência em sua voz que o criador Ian Gillan ( na fase atual do inglês, é claro, porque afinal com 65 anos de idade não é fácil gritar como os 20 ). A brincadeira de mudança de lugares continua durante Smoke On The Water e Pat Torpey cantou a terceira parte da música, Billy Sheeham pega a guitarra e solou muito bem, Eric Martin pegou o baixo e Paul Gilbert continuou a 'matar a pau' na bateria. Quero constatar nesta resenha que foi uma das melhores versões de 'Smoke' que eu já vi, superada apenas pelas execuções com o Mk II do Deep Purple nos anos 70. Para encerrar as duas horas impecáveis de Heavy Metal e claro - com cada um de volta ao seu lugar de origem - Shy Boy, gravada na primeira banda de Billy, o Talas, terminou com o peso necessário colocar este show entre os melhores do ano.

    Claro que mesmo em um set list longo e que passou pelos 20 anos de carreira da banda, uma ou outra acaba ficando de fora como por exemplo a balada Wild World, mas depois de uma apresentação que mesclou baladas, muita melodia, muita técnica, músicas novas, flertes com o Blues e o Jazz, sem esquecer do Hard Rock e do Heavy Metal e ao mesmo tempo saber transformar isso tudo em uma festa de Rock' n' Roll é coisa para gente grande, é coisa para o Mr. Big e no meu caso, com uma felicidade extra, pois pude comemorar o meu aniversário em forma de gala com dois shows maravilhosos.

Texto e Fotos: Fernando R. R. Júnior
Agradecimentos à Heloisa Vidal  - Brasil Music Press
e Cristiane Batista - HSBC Brasil
Julho/2011

Galeria de Fotos do Jorn
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Galeria de Fotos do Mr. Big
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Set List Mr. Big
1 - Daddy, Brother, Lover, Little Boy ( The Electric Drill Song )
2 - Green-Tinted Sixties Mind
3 - Undertow
4 - Alive And Kickin'
5 - American Beauty
6 - Take Cover
7 - Just Take My Heart
8 - Once Upon A Time
9 - A Little Too Loose
10 - Road To Ruin
11 - Merciless
12 - Guitar Solo
13 - Still Ain't Enough For Me
14 - Price You Gotta Pay
15 - Take A Walk
16 - Around The World
17 - As Far As I Can See
18 - Bass Solo
19 - Addicted To That Rush
Encore:
20 - To Be With You
21 - Colorado Bulldog
Encore 2:
22 - Smoke On The Water ( Deep Purple cover )
23 - Shy Boy ( Tallas cover )

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