Mind Flow
Abertura: DarkWitch
Sábado, dia 03 de março de 2012 no Espaço Teatro Aberto em Santos/SP

    O Coliseu do Rock pode não existir mais fisicamente, mas continua agitando a Baixada Santista, organizando shows e eventos. Chego ao Espaço Teatro Aberto às 21h30, é uma ótima casa, espaçosa e possui um palco grande, se aumentar o número de banheiros vai ser perfeito. A galera vai chegando aos poucos e todos que compraram ingresso ganham o cd 365  ( leia resenha ) da banda Mind Flow, que foi lançado no ano de 2010, fui até o stand da banda e fiquei maravilhada com o marketing dos caras, bons produtos, novas ideias e preços baixos quem resiste? 

DarkWitch

    Às 22h30 entra a banda santista de Heavy Metal Dark Witch, atualmente os caras estão finalizando o primeiro cd Circle Of Blood. A primeira música é justamente a Circle of Blood, o som estava impecável e os músicos também, uma pena foi a pouca plateia para assistir a bela performance do Power trio santista. Logo vem a Master Of Fate, a música é ótima e o vocalista Bill Martins sempre impressiona com seu belo vocal, ao fim de todas as músicas, claro muitas palmas. A terceira é a Wild Heart com seus refrões que colam na mente, bons solos de baixo e guitarra, destaque para o baterista André Kreidel que toca muito nessa música, no palco uma bela iluminação e uma bandeira com o nome da banda.  

    Bom a próxima é a minha música favorita: Cauldron não tenho palavras pra descrever como a música é boa então ouça, ou melhor, veja os caras tocando ao vivo. No meio da música Bill e o guitarrista Cesar Breaker fazem até passinhos sincronizados enquanto tocam seus instrumentos. A intro de Siegfried é tocada, no começo da música o som da distorção da guitarra estava meio estranha, mas passou logo, é uma música mais cadenciada e muito bonita, e a banda continua mandando uma atrás da outra, e quando entram os primeiros riffs de Eletric Eye ( cover do Judas Priest ) o pessoal se empolga, muitos air guitar nessa hora, Bill agradece aos presentes. 

    Mais uma ótima música é a Shadow Mistress, ótima cadencia e bons riffs o baixista não desanima na voz em momento algum do show. Chega a última música do set: Firestorm com cara de hino da banda, quem já conhecia a música canta junto o refrão, e por ser a última a galera agita bastante, os músicos agradecem e se despedem do palco. 

Mind Flow 

    Aproveito para conversar com os amigos e ver as impressões da noite, uma amiga viu a passagem de som do Mind Flow e garantiu que a banda era melhor ainda ao vivo que no cd, às 23h50 entra a banda nacional de Metal Progressivo Mind Flow ( formada atualmente por Danilo Herbert nos vocais, Ricardo Winandy no baixo, Rafael Pensado na bateria e vocais de apoio e Rodrigo Hidalgo na guitarra, vocais de apoio e violão ) junto com a primeira música Corrupted ( do cd 365 de 2010 ) e pude constatar que eles são ainda melhores ao vivo mesmo, conforme minha amiga me disse. Os músicos são muito animados no palco, a qualidade de som também estava perfeita. A maioria do setlist é composta pelas músicas do cd 365 de 2010 e a próxima deles é a Reset The Future, o vocalista Danilo Herbert possui uma voz diferenciada e bastante técnica, alias todos são músicos excelentes. 

    Depois tivemos Shuffle Up And Deal, arranjos empolgantes e sempre muito aplaudidos ao fim de cada música o público era pequeno, mas muito participativo, Danilo agradece e fala das duas vezes que a banda já veio a Santos ( em 2004 e 2006 ) e conta das impressões positivas da cidade. Breakthrough ( Destructive Device de 2009, veja resenha ) possui uma intro excelente, riffs contagiantes e um belo trabalho de bateria, a galera canta junto, os músicos muito sorridentes no palco interagem com a plateia e entre si, ( destaque para o baixista Ricardo Winandy que faz caras e bocas o tempo inteiro ), ao fim da música agradecem a e a galera vai ate o palco e cumprimentam o vocal pela ótima performance. 

    Logo vem a Break Me Out e essa música possui o vídeo clip mais legal da banda, em minha opinião, é no deserto e tal, a galera agita muito, pois ela é bem conhecida e ainda melhor ao vivo, todos os músicos possuem muita presença de palco. Thrust Into This Game é uma das músicas da banda que participa do Guitar Flash ( sim fui até o site conferir o game, que é leve, fácil e bem mais divertido que muito joguinho de Flash por aí ) o dedilhado do baixo é muito bom e o baterista Rafael Pensado esmirilha a batera, ótimos arranjos e muitos aplausos. Walking Tall essa é mais agitada, o pessoal pula junto com o vocal, que alias pula o tempo todo. Ele conta que é o primeiro show deles no Brasil no ano de 2012. 

    With Bare Hands ganha todos os presentes com a empolgação da música e os riffs matadores do guitarrista Rodrigo Hidalgo, muitos sorrisos no palco, ao fim Danilo faz piada sobre o carnaval. Quando toca a The Ride tem até gente acendendo o isqueiro para a música, que tem um ritmo que lembra as baladinhas de antigamente, linda música e que bela guitarra de Rodrigo. Invisible Messages do primeiro álbum de 2003: Just the Two of Us... Me and Them ( confira resenha ).  Danilo explica que essa música faz parte de um álbum conceitual, eles pedem as palmas e a plateia atende, enquanto mais algumas pessoas chegam, a banda vai nos embalando com essa que é a mais cantada e cadenciada de todo o show.  As últimas três músicas pertencem ao álbum Destructive Device.

     Lethal é a mais agressiva do set, o vocalista manda um gutural nervoso e volta para o vocal limpo com muita facilidade ( o cara tem muito fôlego com aqueles pulos todos ), durante o show houve algumas trocas de guitarras, uma mais bonita que a outra, mostrando que o guitarrista Rodrigo além de tocar bem tem muito bom gosto. Rafael continua com um ótimo trabalho a frente da bateria, depois uma pausa para a água. A seguinte, Under An Alias, vem com outra bela intro, mas um problema na bateria ( acho que o baterista se empolgou tanto com a música, que a bateria pediu arrego... ) e a galera levou um balde de água fria por alguns momentos, mas resolvido o problema, o pessoal agita novamente, o clima era de reunião de amigos tanto que do nada ganho uma cerveja, que beleza! Danilo agradece a galera que veio, a produção e os caras da Ordem Headbangers. 

    A última Destructive Device faz com que o povo participe ativamente da música, era gente subindo e cantando juntos no palco,  e entre eles, Eduardo Jr, o vocal da banda Vetor, que subiu no palco e representou a baixada com um ôôôôôô... que deixou até o vocalista Danilo impressionado. Teve roda, pulos e gritos, tudo muito adequado para fechar esse show fantástico. A banda se despede do palco, mas não de Santos, eles descem e vem tirar fotos, dar autógrafos e conversar com a galera, todos muito carismáticos, com certeza angariaram mais fãs essa noite. Apesar do pouco público os músicos tocaram e cantaram com a mesma paixão que cantam para muitos, mostrando que a qualidade supera a quantidade.  

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