Obituary - Classic Set List Take Over Tour
Abertura: KroW e Genocídio
27 de Abril de 2014 no Clash Club em São Paulo/SP

    O último domingo de abril não foi um qualquer... mas sim um Domingo histórico com uma das bandas ícones do Death Metal mundial trazendo a turnê Classic Set-List Take Over em homenagem aos seus três primeiros álbuns Slowly We Rot de 1989, Cause Of Death de 1990 e The End Complete de 1992, estamos falando do caótico Obituary, entretanto, como vocês poderão acompanhar mais abaixo no texto, eles tiveram uma bela dose de ousadia ao incluírem três composições novas que ainda não tem seus títulos definidos.

    Uma bela prova que a banda ainda terá muitas novidades para nos apresentar. E para a farra ficar completa a abertura fica a cargo das excelentes KroW e Genocídio.

KroW

    Chego às 18h10 no Clash Club, ainda temos pouca gente dentro e fora da casa, o que é muito bom para colocar a conversa com os amigos em dia, mas logo dez minutos depois começa o show da banda de “Death Metal from Triângulo Satânico Mineiro”, o KroW, com sete anos de existência, que já colecionam vários shows com bandas nacionais e internacionais, além de dois EP's e mais dois cd's.

    O quarteto formada por Guilherme Miranda nos vocais e guitarra, Lucas "The Carcass" Simon na guitarra, Cauê De Marinis no baixo e Jhoka Ribeiro na bateria começam na pressão com a Relentless Disease ( do EP Relentless Disease de abril deste ano ) e o som está bem alto, a banda bem pesada e veloz, e os músicos bangeiam muito. O vocalista anuncia: "Essa vem do inferno satânico" e sem mais, mandam a destruidora Despair ( do cd Traces Of The Trade de 2012, confira resenha ) a casa vai enchendo aos poucos, e quem vai chegando, se acomoda para escutar os caras, nessa música a galera bangeia, porém, ao final o pessoal aplaude bastante, sinal que gostaram.

    Guilherme Miranda agradece e diz: "São Paulo é muito bom ver vocês!" e inicia a Retaliated ( outra do Traces Of The Trade ), cuja bateria de Jhoka Ribeiro é maravilhosa e em alguns trechos da música, a letra parece que é indígena. Os guitarristas Cauê De Marinis e Lucas "The Carcass" Simon se movimentam bem pelo palco e agitam muito. Aliás, atrás dos caras havia uma bandeira com o nome da banda e na parede dos lados vão passando vídeos com várias imagens aleatórias e rapidamente.

    Outbreak Of A Maniac ( também do Traces Of The Trade ) traz além de variações de ritmo, dois fãs cativos, que gritam nomes de música, pulam e cantam, que vem lá do fundo até aqui a frente, só para curtir melhor a banda. Lucas "The Carcass" Simon vai até o Cauê De Marinis para juntos darem umas jogadas de cabelo sincronizado, essa é muito foda ao vivo.  Na Eidolon ( outra do cd Traces Of The Trade ), os músicos ficam virados para Jhoka Ribeiro, menos Guilherme Miranda, que canta e toca toda a música, muito concentrado nos guturais e riffs intricados, além de pedir punhos ao ar, e a grande maioria bangeia com os caras. Do meu lado um cara grita nomes de músicas e sem se controlar ainda manda um "Aí caralho!"

    Guilherme Miranda avisa: "Estamos lançando novo EP esse mês e essa é a Whoreborn". E assim começa com a brutal nova composição do Relentless Disease. Lucas "The Carcass" Simon interage, canta as músicas e não fica parado em lugar nenhum. Essa dá aquela acordada no pessoal.


    "Obrigado São Paulo"
, agradece Guilherme Miranda e continua: "essa é a nossa última música, nós somos o KroW!", e então tocam a Before The Ashes, minha favorita dos caras, se você ainda não conhece o som dos deles comece com esta empolgante faixa do álbum Before The Ashes do ano de 2009, ao seu final, eles arrumam rapidamente os instrumentos, enquanto isso agradecem a nossa presença e jogam baquetas, aqui embaixo, uns gritos ou outro de volta aí! E a palavra 'fudido' é repetida várias vezes por muitas pessoas, um set curto e direto que acabou às 18h50, mas que colocou os caras no meu set list para ouvir novamente.


Setlist do KroW

1 - Relentless Disease
2 - Despair
3 - Retaliated
4 - Outbreak Of A Maniac
5 - Eidolon
6 – Whoreborn
7 - Before The Ashes

Genocídio

    Às 19h05, depois de alguns ajustes técnicos, começa a calma intro Birth Of Chaos da banda de Death Metal brazuka Genocídio, atualmente composta por Murilo Leite nos vocais e guitarra, Wanderley Perna no baixo, João Gobo na bateria e Rafael Orsi na guitarra. E a música do último cd dos caras, o In Love With Hatred ( essa faixa foi criada pela Sphaera Rock Orchestra e conta com o maestro Alexey Kurkdjian em sua versão de estúdio ).

    Notei que mais e mais pessoas vão chegando ao Clash Club e também vão se acomodando para escutar a banda, já escutei os caras em janeiro desse ano e gostei muito, é uma banda cheia de energia e técnica alinhadas em suas músicas. Eles abrem o set com a agressiva Kill Brazil ( também do In Love With Hatred ) e nos telões era exibido o nome da banda, e no fundo do palco, uma bandeira escrita Genocídio.

    Em seguida, a clássica Encephalic Disturbance ( do Depression de 1990 ), para delírio dos fãs mais antigos da banda gerando muitas palmas e gritos ao final. Murilo Leite diz: "Obrigado São Paulo! Fudido! Hoje é um show especial, vamos tocar uma música de cada disco!" O povo vibra, a próxima para nossa alegria é a Cloister, do álbum Posthumous de 1996 e essa dá aquela acalmada na galera, já que puxa mais para um lado gótico dos caras, mas temos alguns que acompanham cantando junto.

     In Love With Hatred ( a título do novo cd ) possui uma cozinha apaixonante com sua bateria e riffs de baixo envolventes... Se é que dá para usar essa palavra em uma música de Death Metal. No palco os músicos tocam concentrados, e a galera ( me incluo nessa leva ) agita muito. Murilo Leite avisa que a próxima é de 2001 e Rebellion ( título do cd Rebellion ) vem brutal, amo essa batera! No meio do caos sonoro, tem um infante fotografo entre a banda registrando detalhes da banda.

    Ao final das músicas, muitas palmas para a banda e Murilo Leite nos conta que a próxima é uma das primeira da banda e vem lá de 1988 com a The Grave ( da primeira demo dos caras e re-lançada no álbum Hoctaedrom de 1993 ).

    Os caras querem fazer um vídeo clipe da música Come To The Sabbath ( cover da banda Mercyful Fate e música do álbum Don't Break The Oath ) e adivinha de onde eles vão tirar imagens do clipe? Isso mesmo! É 'noix' no Youtube! Rafael Orsi e Wanderley Perna cantam junto conosco e cada vez mais pessoas agitam com a gente. Mais imagens aleatórias projetadas no telão, em cima do nome da banda e então Murilo Leite canta: "São Paulo! Come To The Sabbath!". E o guitarrista Rafael Orsi com seus cabelos longos faz solinho matador enquanto João Gobo destrói tudo na bateria, com cara de quem nem faz esforço! Wanderley Perna pede palmas e todos acompanhamos.

    Não entendo... Como não tem roda para a The Clan ( a música que intitula o cd The Clan de 2010 ), minha favorita dos caras... ( ok disputando com a In Love With Hatred ). Bem, continuando, uma pena o palco baixo desse jeito, difícil a vidas das baixinhas, gente olha esses riffs! E a batera? Pesada e veloz como eu gosto. Bom se não temos roda nem empurra-empurra, os bangues e palmas pelo menos são garantidos.

   Murilo Leite ( infelizmente ) anuncia: "Essa é a última! Obrigado por prestigiar o Metal Nacional!" E lá vem a destruidora Uproar ( também do Hoctaedrom ). Pelo menos a galera acorda com uns bangues nessa e fotos, valeu São Paulo! No término da canção eles são ovacionados e atrás de mim, alguns pedem para tocar mais uma música. Mas eles já estão deixando o palco, porém, não sem antes jogar as baquetas da morte. Mais desejadas que as varinhas de Harry Porter. Essas baquetas causam muita comoção e quase esmagamento de garotas desavisadas.
 


Set List do Genocídio

1 - Birth Of Chaos (intro)
2 - Kill Brazil
3 - Encephalic Disturbance
4 - Cloister
5 - In Love With Hatred
6 - Rebellion
7 - The Grave
8 - Come To The Sabbath (Mercyful Fate cover)
9 - The Clan
10 - Uproar

Obituary

  Os músicos já estão testando o som da casa, às 20h45 sobem ao palco os veteranos do Death Metal da Flórida ( e também de vindas ao Brasil, já que é a sua quinta vez por aqui, os outros shows foram em: 2007, 2008, 2009 e 2012 - saiba como foi ) Obituary e nos trazem a Stinkupuss do violento e veloz Slowly We Rot debut de 1989, um marco no estilo Death Metal. Rapidamente a galera faz roda, as coisas apertam bastante para o meu lado, já que a casa está cheia e cada vez mais gente vai para frente do palco, me fazendo ir cada vez mais para trás da pista, não conseguindo ver nada do palco, triste ser baixinha! O vocalista John Tardy lembra o "primo It" do filme A Família Addams com seus longos cabelos que cobrem tudo, quando ele olha para baixo.

    Sem dizer nada, eles mandam a brutal Intoxicated ( outra do Slowly We Rot ) e o povo está descontrolado, como são maiores para todos os lados, desisto e subo no mezanino para poder ver melhor o show, nos telões está escrito Obituary. Emendam Blood Soaked ( a terceira na sequencia do Slowly We Rot ) que faz a pista inteira rodar e pular. A Immortal Visions ( mais uma do Slowly We Rot ) é fudida, o guitarrista Trevor Peres nos cumprimenta e em troca recebe rodas.

    Os músicos se viram para o batera Donald Tardy, enquanto gritamos Final Thoughts ( do quarto álbum World Demise, cd de 1994 ) e também o nome de outras músicas, mas, eles são fiéis à turnê e mandam a rápida Gates To Hell ( é mais uma do Slowly We Rot ) para delírio dos fãs das antigas e esses riffs, uauu... é eles focam nos riffs.

    O pessoal se empurra cada vez mais, a cara de satisfação do vocalista John Tardy é a melhor, ele bate palmas para nós, "Well see... Eu sei o que vocês querem!". E não é que sabe mesmo?, pois inicia This Is Infected do Cause Of Death, que traz o caos para o Clash Club. Lá embaixo, a galera canta e grita a plenos pulmões e os músicos são bem concentrados, não se mexem tanto, mas bangueiam muito com os seus cabelões...

    Música nova, vamos chamar de '#1', mas, rumores na Internet dizem que os nomes das músicas novas serão: "Lost In Time", "Violence", "Break You Down", bem, certamente que ela estará no futuro álbum, os caras fizeram um 'crowdfunding' em setembro do ano passado para finalizar o novo cd. Na pista e no mezanino algumas poucas câmeras levantadas, pois, a maior parte do público está curtindo a banda.

    E sem delongas mandam a destruidora '#2' ( também do futuro álbum ) e mesmo sendo a primeira vez que escutamos ao vivo, todos curtimos! A galera se mata na pista, essa parece que será a favorita de muitos. Sempre muitas palmas ao final das músicas e os músicos não falam muito, muita gritaria de nomes de músicas, enquanto várias palhetas são jogadas pelo baixista Terry Butler.

    Os primeiros riffs denunciam a pesada Chopped In Half ( outra do Cause Of Death de 1990, esse álbum tem a mesma equipe técnica do primeiro e mantém o Obituary como uma banda diferenciada das demais da época ). Essa intro é 'do caralho' ( desculpem... algumas músicas só são bem descritas com um palavrão ) e John Tardy canta muito.

    Bem, acompanhamos essa com "heys" e com todas as mãos ao ar na pista, essa é a minha favorita da noite, desloquei uma vértebra do pescoço nessa música, com certeza! O povo é uma bagunça só lá embaixo, os guitarristas Kenny Andrews e Trevor Peres bangueiam e solam muito. Yeahh!!!

    John Tardy avisa: "Vamos lá São Paulo!" Uma atmosfera de decadência aparece com a Turned Inside Out ( mais uma do Cause Of Death ) e ele vai até a ponta para cantar para a gente, tem um cara agarrado atrás da caixa de som grudado no palco, com certeza o melhor lugar da casa, pela expressão de felicidade dele... Sem comentários, e os pedidos de música continuam.

  Os músicos se voltam novamente para o baterista Donald Tardy e confabulam mais um pouco. John Tardy assume novamente o microfone: "nós queremos... Body Bag". Desta forma anunciam mais uma do Cause Of Death e a cara dos músicos está ótima, todos estão se divertindo, mesmo essa música sendo bem mais devagar, quase arrastada em alguns momentos se fossemos comparar com a velocidade das outras, a roda na pista continua firme, tem até um corajoso no meio gravando com uma câmera.

    Back To One ( do álbum The End Complete do ano de 1992, leva o Obituary da cena underground para o mundo vendendo mais de 550.00 cópias ) tem uma intro maravilhosa na parte instrumental, John Tardy aproveita para passear pelo palco, Trevor Peres vem cumprimentar a gente e cada vez mais os músicos se soltam e ficam a vontade conosco.

    Enquanto procuro meu segundo bloquinho de anotação só observo o ser humano do meu lado que parece o ator Bruce Willis, já imagino como seria loko um filme de ação com uma trilha sonora do Obituary... Voltando ao show, nessa pausa gritamos "Obituary, Obituary!" com toda a força que dispúnhamos.

    John Tardy quer ver o circo pegar fogo e pede para fazermos mais barulho: "agora vamos voltar para 1992!" O pessoal não para de agitar lá embaixo pois estávamos recebendo a viciante Killing Time ( também do The End Complete ) e o baixista Terry Butleer gosta de ficar mais para trás do palco, enquanto o guitarrista Trevor Peres - o empolgado - já gosta de passear e vir nos incentivar, enquanto isso, pude observar um videoclipe passando na parede, misturando vídeo grafismo junto com o nome da banda.

    Mal John Tardy anuncia a The End Complete ( título do álbum de 1992 ) já vem logo 'a paulada na orelha', ele gosta de vir até a frente interagir com a plateia e o guitarrista Trevor Peres se abaixa tanto para tocar que seus cabelos varrem o chão.

    A galera está muito envolvida com a banda e isso é lindo, pois todos bangueiam muito, os músicos fazem uma pausa para uma cerva gelada, enquanto o pessoal da pista dá um show à parte nos gritos: "Toca até amanhã! Melhor show PQP! Joga a mãe e o dinheiro". Esse último comentário acontece quando o Trevor Peres joga uma palheta. Meu que galera insana!!!

    E no meio desse pequeno caos os músicos emendam a ótima Dead Silence ( outra do The End Complete ) que mescla riffs pesados e densos com arranjos rápidos. Terry Butler se solta um pouco mais ao tocar seu baixo e caminha pelo palco. Trevor Peres aproveita para brincar com a galera perto dele enquanto solava. Todos cantando junto com Trevor Peres, na pista continuamos pulando, bangueando e nos "heys". Os músicos agradecem e saem, às 21h50.

    E só ficou no palco o barulho da distorção, aqui embaixo, nós - os insistentes - ficamos gritando "Obituary, Obituary!". Agora que está tudo calmo a nossa volta, os amigos se encontram e se cumprimentam, alguns dão aquela corrida até o balcão das bebidas, corrida é modo de falar porque a casa está entupida de gente.

    Terry Butler vem para o palco abaixado tentando não ser percebido ( 'sabe de nada inocente!' Nossos olhos estão treinados para cada pequeno movimento no palco ) e assim que o avistamos já recomeça a bagunça, e o guitarrista Kenny Andrews avisa que só vão tocar mais uma e todos respondem: "Nãooooo!".

    A '#3' ( também do futuro álbum ) começa 'foda' como todas as músicas da noite, junto com um sempre feliz John Tardy e seu sorriso no rosto, que vem novamente para frente cantar perto de nós, essa dá uma acalmada no povo, nisso... Terry Butler bate palmas para nossa empolgação e Trevor Peres - fanfarrão - brinca e solta um 'Wooow' ( deveria ser um 'cheers', mas beleza ) com a cerveja na mão, jogando ela em cima da gente e do meu lado sempre alguém que não perde a piada: "me dá uma cheia!". John Tardy arremessa coisas do palco para o pessoal, mas não consigo ver o que é ( provavelmente garrafas, set ou o que esteja próximo e agrade os fãs ).

    Donald Tardy nos presenteia com um solo na bateria enquanto John Tardy o acompanha nas palmas e a roda continua, começa a agonizante I’m In Pain ( outra The End Complete) John Tardy canta junto com o Trevor Peres, pessoal da roda se renova e se bate com vontade, depois os músicos voltam a conversar com o batera, bebem mais cerveja, enquanto John Tardy agradece: "meus amigos obrigado, Antônio obrigado, Brasil obrigado! Let's Metal!".( N.E.: 'Antônio' dito pelo vocalista é uma referência ao produtor do show, o Antônio Pirani da Rock Brigade Concerts ).

    A monstruosa faixa título do primeiro cd, a Slowly We Rot traz o caos da última música para o Clash Club, pois, John Tardy canta uma parte e nos completamos o resto aos gritos, “Dead to all. Fighting as you slowly read in your love...”  A roda dá uma parada, afinal, todos queremos cantar junto com eles, mas sempre com um ou outro querendo pular no meio da galera, ou mostrando seus golpes ninjas ao som da música.

    Os músicos agradecem novamente e batem palmas para nós, John Tardy sempre vem na ponta, cumprimentar tocando na mão da galera, enquanto o pessoal ainda pede músicas, todos os braços da casa estão erguidos, ou para palmas, ou para filmar. Eles jogam palhetas, nos fotografam e filmam, Trevor Peres, o simpático, é o último a sair jogando tudo o que encontra pelo palco para nós.

    E o espetáculo acaba às 22h10, a casa está cheia e demora um pouco para entender que o show acabou e que os músicos não vão tocar mais essa noite. Os fãs todos estão de parabéns e por causa deles entendo o porquê da banda sempre vir ao Brasil regularmente. Eu saio cansada e com as costas e pescoço pegando fogo, mas como todos a minha volta saio com um grande sorriso no rosto, enfim tive uma noite memorável!!!


Texto: Érika Alves de Almeida
Fotos: Marcos César de Almeida
Agradecimentos à Erick Tedesco e a Rock Brigade Concerts
pela atenção e credenciamento
Julho/2014

Set List do Obituary

1 - Stinkupuss
2 - Intoxicated
3 - Blood Soaked
4 - Immortal Visions
5 - Gates To Hell
6 - Infected
7 - Música Nova #1
8 - Música Nova #2
9 - Chopped In Half
10 - Turned Inside Out
11 - Body Bag
12 - Back To One
13 - Killing Time
14 - The End Complete
15 - Dead Silence

Encore:
16 - Música Nova #3
17 - I’m In Pain
18 - Slowly We Rot

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