Picture e Grim Reaper
Abertura: Slippery
Sexta, 9 de maio de 2014 no
Bar da Montanha em Limeira/SP

    Há quem defenda que bandas que fizeram sucesso no passado e pararam não devam retornar e se apresentarem novamente, que estão velhos demais para tocarem, que o tempo deles passou.

    Na imensa maioria dos casos esta afirmação é totalmente equivocada, ainda mais quando se trata de nomes como o Picture e o Grim Reaper, alguns dos mais importantes nomes do Heavy Metal, que juntos a muitos outros grandes nomes ( que relembro apenas três para você se posicionar do que estou falando: Saxon, Def Leppard, Iron Maiden ), que são responsáveis pela propagação do movimento conhecido como New Wave Of British Heavy Metal, e embora o Picture seja holandês, sua importância para o estilo tem o mesmo peso que os ingleses do Grim Reaper, pois ambos imortalizaram grandes e essenciais clássicos do Heavy Metal.

    E qual foi a surpresa quando foi anunciado que as duas bandas fariam uma tour conjunta pelo Brasil e que esta passaria por cidades do interior paulista como Vinhedo e Limeira, sendo a última cidade, com os shows realizados no Bar da Montanha, que serão detalhados ao longo desta resenha.

Slippery

    Não demorou do momento em que realizamos o nosso credenciamento para que a atração de abertura adentrasse ao palco e a banda escolhida para esta noite foi o Slippery, banda de Campinas/SP de Hard Rock com notórias influências de Def Leppard, Dokken, Mötley Crüe, entre outros em seu som. Ainda não haviam muitos presentes para acompanhar Fabiano Drudi nos vocais, Dragão e Kiko Sred nas guitarras, Érico Moraes no baixo e Rod Rodriguez na bateria, porém, eles aproveitaram a oportunidade para nos mostrarem músicas do seu primeiro álbum, o ótimo First Blow ( confira resenha ).

    Foi com os envolventes riffs de guitarras presentes em Sons Of Freedom, que o show foi aberto e logo depois o quinteto disparou a música que intitula a banda, Slippery, com direito à um competente solo do baterista Rod Rodriguez e ótimas vocalizações de Fabiano Drudi, que tem uma bela presença de palco e sabe como fazer os fãs, que desconheciam a banda, vibrar com ele. Verdade seja dita, Slippery a canção, possui um DNA Hard Rock contagiante, até mesmo para quem a ouviu pela primeira vez nesta noite.

    Eles seguiram o show com Follow Your Dreams, que trouxe muita melodia e um andamento envolvente, que foi agradando os fãs, que esperavam ansiosamente pelo Grim Reaper e pelo Picture, inclusive os solos de guitarras trouxeram toda aquela atmosfera dos bons Hards oitentistas.

    Depois desta terceira música, o vocalista fala um "Boa Noite", comenta da honra que é para a banda abrir o show destes dois grandes nomes e lembra que eles tem a 'barraquinha' de 'merchansing' com as últimas unidades do cd First Blow, que é para a galera que está gostando do som comprar. E com muitos solos de guitarras, The First Blow toma conta do Bar da Montanha e o vocalista pega algumas dinamites, calma ele não explodiu o lugar, foi apenas uma forma de se utilizar de um artifício para deixar o show mais explosivo e não é que teve um pequeno trecho de Sweet Home Alabama nas guitarras para de certa forma surpreender os presentes?

   Em seguida, o vocalista anuncia que iriam tocar um cover de um das bandas que os influenciaram e Metal Health ( Bang Your Head ) do Quiet Riot com seu contagiante ritmo cadenciado foi exibida em uma versão muito boa, que garantiu uma maior agitação dos fãs. Continuaram com a própria Out Of The Light, que além de vibração, teve um alongamento nos solos de guitarras, que demonstram a capacidade da banda ao vivo.

     Fabiano Drudi conta que o Picture também consta nas influências da banda e fala sobre a honra de abrir o show deles, mas, prosseguem o show com Trick Or Treat do Fastway, que por ser mais conhecida fez o público se mexer mais.

 

    E mantendo o ótimo clima tivemos ainda a We Seek The Vengeance, outra das criações do Slippery gravada no EP Follow Your Dreams de 2007, que deixam claro a pegada Hard'n'Heavy dos caras e ficou muito bem ao vivo, e ao ouvi-la me pergunto como não foi inclusa no First Blow.

    Conseguindo ganhar a plateia no decorrer do show, Fabiano Drudi avisa que tocarão as duas últimas e que uma delas é bastante conhecida, pois, se tratava do cover de Hellion do W.A.S.P. e que ficou muito bom na versão do quinteto.

    Antes de encerrar o ótimo aquecimento, o vocalista passa o endereço do site da banda, apresenta seus companheiros e então tocam a excelente Two Young Hearts, um Hard Rock de primeira do cd deles, que nos garantiu solos de guitarras imperativos, que deixaram claro o grau de sua sonzeira. Depois eles receberam os fãs para conversar em sua 'barraquinha' e obviamente ficaram para assistir os dois shows históricos que viriam a seguir.

Set List do Slippery

1 - Sons Of Freedom
2 - Slippery
3 - Follow Your Dreams
4 - The First Blow
5 - Metal Health
6 - Out Of The Light
7 - Trick Or Treat
8 - We Seek The Vengeance
9 - Hellion
10 - Two Young Hearts

Clique aqui e confira um álbum de 60 fotos do Slippery  no Bar da Montanha em Limeira/SP

 

Picture

    Após um intervalo, depois da banda Slippery, finalmente o Picture no pequeno, mas especial palco do Bar da Montanha, bem próximo da galera, começou o show com uma de suas principais músicas, a Griffons Guard The Gold ( do clássico Eternarl Dark de 1983, que completou 30 anos e que a banda está realizando a tour comemorativa ) e assim, Pete Lovell na voz, Andre Wullems e Mike Ferguson nas guitarras, Rinus Vreugdenhil no baixo e Laurens Bakker na bateria, mandaram essa música Heavy Rock oitentista ( hoje é Hard na época era Heavy ), com energia de sobra, muita moral e perícia na pegada da música, foi quase suficiente para convencer a galera que eles, mesmo que quase esquecidos, são da mesma safra dos maiorais do Heavy Rock.

   Não posso deixar de fazer outra ponderação importante nesta mesma música, foi uma pergunta que ficou no ar para quem conheceu a banda nos anos oitenta, por que uma banda como o Picture, banda pura na originalidade de sua música, sem cópia de estilo com outras bandas, com originalidade no timbre da harmonia da música, originalidade da voz única e grave de Pete Lovell, eles excursionaram com Saxon e outras bandas do mesmo naipe, então por que o Picture com toda a sua origem parou por vinte anos?

    Imagine que patamar eles poderiam estar agora. Isso não me saia da cabeça, tocaram essa música de forma majestosa, que groove metálico das guitarras, que linha de vocal, não existe facilmente no Metal mundial atual talento como eles tiveram; bem, eles voltaram na ativa, então vamos aguardar mais retornos, apesar da pausa, eles merecem muito mais.

    Em seguida mandaram Message From Hell - do Diamond Dreamer de 1982  - a banda chegou também com estilo no visual, Pete Lovell, mostrou um visual puro nórdico, nada de medieval, usou um quepe parecido com oficiais alemães da Segunda Guerra Mundial, Rinus Vreugdenhil, fundador, velhinho com muita atitude.

    A galera entoou aquele tradicional "olê...olê...olê Pictureee...Picturee..." e em depois tocaram muito bem Diamond Dreamer, música título do álbum homônimo. Na parte técnica os músicos, especialmente nos instrumentos, não foram voadores super técnicos, mas, sem dúvida tocaram com total capacidade que a banda precisava, com certeza fizeram o que muitos jazzistas e eruditos não captariam musicalmente em fazer... a alucinação sonora que eles fizeram.

    Em seguida, apresentaram o maior clássico da banda, a Eternal Dark e impressionante não somente a música, mas também a galera, que cantou muito bem e alto o refrão, junto com a banda, mostraram que conheciam bem a banda, o show estava ganho sem dúvida, e impressionante o nível do show, digno de se tocar num Citibank Hall ou Espaço das Américas, estão de parabéns os organizadores do Edson Moraes, o pessoal do Bar da Montanha e ao Sílvio da Open The Road, enfim, provaram a capacidade que cada vez mais esta tendo o interior de São Paulo de trazer shows internacionais de grande nível.

  Visivelmente contente, Pete Lovell agradeceu o calor dos fãs e anunciou The Hangmen do Diamond Dreamer com seus vibrantes solos de guitarras e prosseguiram com o mesmo potencial com outra deste disco, a You're All Alone com riffs cheios de melodia, peso e técnica. Sem parar, continuaram com Heavy Metal Ears -  título do disco de 1981, outra clássica da fase inicial da banda e cantada por muitos.

    E essa trinca não nos tirou da magia clássica que o Heavy Metal oitentista desta banda tem, com sua eletricidade bem presente, forte e lapidada, o show continuou numa escalada de adrenalina para os ouvintes, eles sabiam muito bem fazer a arte de tocar muito bem, mesmo com simplicidade e ao mesmo tempo conquistaram a galera.

    Lady Lighting do Diamond Dreamer foi a seguinte e nesta eles fazem aquele tradicional prolongamento com os fãs nos "ei...ei...ei" para que cada um dos músicos pudessem ter seu momento de solo sozinho e ser apresentado pelo vocalista, algo que sempre é marcante num show de Heavy Metal.

    Então chegou a vez da pesada, pulsante com viradas de batera super rockers, a Unemployed do Heavy Metal Years com solos excelentes dos guitarristas Andre Wullems Mike Ferguson.

    Em meio aos fãs gritando "olê...olê...olê...Picture...Picture" tivemos os eletrizantes solos de guitarras de The Blade com toques firmes do baixista Rinus Vreugdenhil, que foram seguidos por Battle For The Universe, que assim como a anterior foi outro clássico do Eternal Dark aclamado por todos pelo brilho dos solos de guitarras e da atuação da banda. Depois, Into The Underworld, a última desta trinca do Eternal Dark, com inexoráveis solos de guitarras, algo que só quem é dos grandes nomes do Metal é capaz de fazer, e esta termina a primeira parte do show.

    No bis, que não demorou nada, voltaram com a eletrificada Bombers do primeiro disco autointitulado, e quão impressionante foi a qualidade das músicas do Picture, banda que junto com outras europeias como o Saxon, Grim Reaper, Krokus, isso sem contar as 'mainstreams' como Scorpions e Iron Maiden; que legado que elas estão deixando e que exemplo que não pode passar despercebido, em face da situação que atingiu o Heavy Rock europeu, em todas as suas faces atualmente.

    Atualmente, quase todas as bandas europeias, extremas ou melódicas ou de qualquer outro estilo, estão transformando o Heavy Metal e todas as suas divisões, numa grande quitanda de quinta categoria.

    Acabaram os contratos milionários, acabaram bandas ou músicos de Rock que consigam lotar um estádio, todas estão fazendo muito sucesso agora, mas nas redes sociais, só que tocando em festivais medíocres, com shows medíocres, viajando da Europa para cá recebendo merda pelo trabalho e esses músicos conseguem ainda ter ego inflado, isso se estende também para o Brasil, com exceção do Sepultura, que fez muito sucesso nos EUA, sendo a grande diferença.

    Isso sem contar às pessoas que não conhecem a história do Rock ou Heavy Rock, achando que ele começou ou vale alguma coisa há dez anos, e essas pessoas, além de não irem prestigiar essas bandas nos shows, também não compram cd’s, fazem download, parecem crianças mal educadas, e que fim isso vai ter?... bom, talvez uma analogia pode ser comparada com a mudança de uma Marilyn Monroe por uma futura prostituta subnutrida do interior do nordeste; treinou umas escalas, triplica a 'distorção/compressor/delay/etc/etc' já acha que pode compor, que pode sair tocando, meu Deus, que burrice!!!

    E que isso tem a ver com a resenha do Picture?...bem o Picture, Saxon, W.A.S.P., Raven e por aí vai, começaram numa época em que não havia processador de voz para ajudar vocalista, não existia programa de computador gratuito de construção de escalas e acordes, naquela época era no palco em que havia a filtragem de qual banda era merecedora de fechar contrato com gravadora, era pura raça, hoje milhões por causa da Internet, saturam todo o mercado, que praticamente não existe. Então, o que o Picture conseguiu, foi porque tinham atitude, tinham raça de verdade, eram verdadeiros músicos que buscavam o extremo, mas, do talento.

    Graças a Deus ou ao Diabo, que ainda estão vivas essas bandas, que mesmo com pausas como o Picture, talvez somente com elas na ativa, se consiga obter um flagelo, para que no futuro o Metal não seja um mendigo em comparação com à musica Techno, Pop, Funk e por aí vai.

Set List do Picture

1 - Griffons Guard The Gold
2 - Message From Hell
3 - Diamond Dreamer
4 - Eternal Dark
5 - The Hangmen
6 - You're All Alone
7 - Heavy Metal Ears
8 - Lady Lightning
9 - Unemployed
10 - The Blade
11 - Battle For The Universe
12 - Into The Underworld
13 - Bombers

Clique aqui e confira um álbum com 100 fotos do show do Picture no Bar da Montanha em Limeira/SP

Grim Reaper

    Steve Grimmett já visitou o Brasil uma vez com shows solo ( confira resenha da passagem por São Paulo em 2009 ) e também com o The Santiy Days em 2012, entretanto, esta era a primeira vez que se apresentava no país com o Grim Reaper. E após o término do fabuloso show do Picture, não demorou muito para que o palco fosse acertado para que Steve Grimmett acompanhado de Ian Nash na guitarra, Chaz Grimaldi no baixo e Mark Rumble na bateria prosseguissem a noite dedicada ao chamado Heavy Metal Clássico.

    E como a banda não lançou nenhum cd neste retorno, o set list era calcado nos clássicos que renderam a fama nos anos 80 e foi com a estrondosa Rock You To Hell, título do álbum de 1987 que o show foi aberto, e aí tome-se altas octanagens de guitarra, para um vibrante Heavy Metal vocalizado com muita habilidade por Steve Grimmett, que seguiu direto com a segunda da noite, a Night Of The Vampire ( do mesmo álbum de 1987 ) e nesta hora ele pergunta como nós estamos e a resposta foi um sonoro "Grim Reaper....Grim Reaper" com os braços erguidos que ele teve de resposta, e complementa se estamos prontos para os bons tempos, assim, nos envia a terceira, a Lust For Freedom, que também pertence ao Rock You To Hell e o público do Bar da Montanha acompanhou a banda muito bem cantando com muita alegria os versos com o vocalista.

    Com o público nas mãos, que novamente grita o nome da banda incessantemente, Steve Grimmett fala sobre da felicidade sua pela tour sul americana e ouvimos os riffs cortantes de Ian Nash para Wrath Of The Reaper do See You In Hell de 1984, um Heavy Metal dos rápidos que inflamou ainda mais os fãs.

    E a ideia não era de falar muito com os fãs, apenas um "obrigado" e ele anuncia Now Or Never, e não é aquela do Elvis, mas sim um 'Metalzão' do See You In Hell pesado como tem que ser, que foi muito bem vocalizado por Steve Grimmett e teve atuações empolgadas de Chaz Grimaldi no baixo e Mark Rumble na bateria, que forneceram a base para os longos solos de Ian Nash. Muito bacana na hora dos solos foi ver Steve Grimmettt deixar os dois músicos na frente para que nós pudéssemos acompanhar suas performances mais de perto.

    Sem parar, mais um clássico vem à tona com Fear No Evil, música título do disco de 1985, e assim como as anteriores, tocada com toda a bravura que encontramos no Heavy Metal e todos aqueles longos solos de guitarra, que nos provam porque somos fãs do estilo e inteligentemente eles ligam na seguinte, que foi a cadenciada Liar do See You In Hell e continuam a quebrar tudo com From Hell para o nosso deleite.

    E o Grim Reaper queria mesmo arregaçar com nossos ouvidos, pois, a seguinte foi simplesmente Never Coming Back do Fear No Evil e Ian Nash disparou um alucinante solo inicial que deu lugar à uma sonzeira cheia de energia.

    Enquanto um ou outro pedia uma música, Steve Grimmett apenas olha para os fãs e anuncia Lay It On The Line, mais uma do Fear No Evil que deixa sua guitarra ser evidenciada em um Metal de alto nível como muita gente deveria fazer hoje em dia, e Steve Grimmett ainda alcança altas notas em seus vocais, e cabe mais um elogio, o som manteve-se muito bom durante as duas apresentações.

    Em um dos poucos momentos que falou com os fãs, Steve Grimmett disse o tradicional: "muito obrigado" nos agradecendo pela intensividade que estávamos proporcionando ao show e então perguntou "se estamos prontos para o Rock", com o "yeaah", que bradamos ele executou a frenética Rock Me Till I Die, gravada no Rock You To Hell e foi acompanhada por muitos rostos contentes do Bar da Montanha, aliás, o peso que o Grim Reaper fez em cada uma das músicas era para deixar muita banda nova de queixo caído...

     Infelizmente, com o horário já avançado, muitos não ficaram assistiram o show do Grim Reaper até o final, mas, quem ficou pode acompanhar mais uma aula do verdadeiro Heavy Metal e prosseguiram a todo vapor com Matter Of Time, essa do Fear No Evil.  

    Depois chegara a hora de um cover, que por si só já marcaria o show, mas em se tratando de quem foi homenageado nele, era para arrepiar mesmo, tanto que o vocalista falou que a próxima seria simplesmente Don´t Talk To Strangers, um dos clássicos máximos da carreira do Dio, que ficou muito bom na versão do Grim Reaper e foi cantado verso a verso pela galera que ainda estava no Bar da Montanha, que certamente ficou emocionada e arrepiada ao relembrar deste importantíssimo vocalista da história do Heavy Metal.   

    E não é que Ian Nash solou com muito feeling cada uma das notas desta música? Inclusive, deixou sua guitarra fluir mais e mais para que nós pudéssemos sentir toda sua adrenalina, aliás, o grito que Steve Grimmett deu para terminar a música foi quase indescritível.

   Não parecia, mas o excelente show do Grim Reaper caminhava para o final e os fãs pediam mais músicas, ele ouvia, agitava e anunciou a rápida Waysted Love do Rock You To Hell, que assim como todas as anteriores, foi também responsável por várias sessões de 'headbanging' e muita gente cantando com a banda.

    Em um prolongamento desta canção, após uma formidável sessão de riffs de guitarra, Steve Grimmett apresenta seus companheiros de palco, primeiro o baixista Chaz Grimaldi, depois o baterista Mark Rumble ( que socou com força seu kit durante todo o show ) e por fim o guitarrista Ian Nash, sendo instantes depois tendo seu nome introduzido pelo guitarrista. Este tipo de 'aumento' da música - comum em muitos shows - sempre é bem vindo e provoca uma reação de pleno êxtase nos fãs.

    Depois dessa, ele agradece e envia um "boa noite" e vai para o camarim para - enquanto gritávamos o nome da banda e várias outras músicas - retornarem totalmente ovacionados para tocar a detonadora See You In Hell, título do primeiro álbum do Grim Reaper, que foi a derradeira e sensacional canção da noite, tocada com muita garra pela banda.

    Aliás, eles deixaram apenas Mark Rumble por um momento dando o ritmo em sua bateria... para que nós berrássemos o refrão com todas as nossas forças e então, com muito carisma, retomasse o comando do show para finalizar o espetáculo nos garantindo um prazer pleno pelo show que havíamos visto. Parabéns Grim Reaper pelo impecável show em Limeira.

Set List do Grim Reaper

1 - Rock You To Hell
2 - Night Of The Vampire
3 - Lust For Freedom
4 - Wrath Of The Reaper
5 - Now Or Never
6 - Fear No Evil
7 - Liar
8 - From Hell
9 - Never Coming Back
10 - Lay It On The Line
11 - Rock Me Till I Die
12 - Matter Of Time
13 - Don´t Talk To Strangers
14 - Waysted Love
Bis:
15 - See You In Hell

Clique aqui e confira um álbum com 100 fotos do show do Grim Reaper no Bar da Montanha em Limeira/SP

Meet & Greet

    Enquanto muitos se preparavam para ir embora, vi que os membros do Picture estavam conversando com os fãs em outra parte do Bar da Montanha e bem, também fui conversar rapidinho com eles e tirar algumas fotos claro, e os membros do Picture se mostraram pessoas muito simpáticas, sem luxos, sem frescuras, pois, receberam vários fãs, conversaram rapidamente, autografaram cd´s e discos de vinil, enfim, atitudes humanas e simples como todos esperam de seus ídolos.

    Além de ter assistido seu show, poder ter esse momento único e inesquecível com Pete Lovell, Andre Wullems, Rinus Vreugdenhil, Laurens Bakker e Mike Fergueson, é algo que se guarda na memória para sempre.

    E enquanto isso, quem também apareceu para conversar com os fãs? A galera do Grim Reaper lógico!!! E estes ainda mais felizes, pois, haviam acabado de saírem do palco, mesmo cansados, mesmo ambas as bandas tendo enfrentando uma viagem de 600km do Rio de Janeiro/RJ, onde tocaram na noite anterior, todos eles conversaram e fotografaram com os fãs na maior harmonia.

    E hoje em dia... vemos muitos artistas aí que não conversam com seus fãs, que não tiram fotos próximos, que cobram pelo Meet & Greet, cada um é cada um, mas, quem é verdadeiramente Heavy Metal como são os membros do Grim Reaper e do Picture, são o que são pelo fato de respeitarem seus fãs e de se entregarem totalmente no palco.

    Que tenhamos mais aulas como estas e também que ambas as bandas possam retornar ao país mais vezes com o seu antigo, vigoroso e eterno Heavy Metal.

Textos: Fernando R. R. Júnior ( Slippery e Grim Reaper ) e André Torres ( Picture )
Fotos: Fernando R. R. Júnior
Agradecimentos à Sílvio Rocha da Open The Road Productions pela atenção e credenciamento,
Edson Moraes e também para a equipe do Bar da Montanha
Junho/2014

Galeria de fotos do Meet & Greet com o Picture e o Grim Reaper no Bar da Montanha em Limeira/SP

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