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De cara tivemos Against The Odds do Sea Of Lights
de 1995 e Overload do Wake The Sleeper de
2008, que inflamaram gerações de fãs da banda e então
Bernie Shaw vem ao microfone e
fala: "Eu estou na maior festa de rua do mundo, incrível ver todos
vocês...", afinal, o público estimado era de mais ou menos 50.000
( somando os otimistas e pessimistas e dividindo por 2 ).
Quando tocaram o clássico histórico Sunrise com
os pedidos de palmas na introdução da música, a reação dos presentes
foi incandescente e a balada praticamente
progressiva do maravilhoso álbum The Magician's Birthday
de 1972 enfeitiçou a
todos.
Problemas
de som claro que teve, onde estava a guitarra e a bateria se
mostravam super altas, deixando a banda bem mais pesado que o usual e os teclados,
instrumento lindo e
importantíssimo na banda bem baixo. Claro que o guitarrista Mick Box, brincou
tocando todo o tempo como é clássico em todo seus shows, Bernie
Shaw, um excelente frontman, que se encaixou muito bem na banda
ganhou muitas atenções, mas
todos os músicos são destaques, pois sabem aparecer, se destacar e
levar o entretenimento ao mais alto nível.
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Stealin'
do Sweet Freedom de 1973 teve durante sua introdução de teclados
realizada com categoria por Phil Lanzon e Bernie Shaw
pede
para fazer barulho, o famoso "make some noise São Paulo" e digamos,
esse foi um dos pontos mais altos da Virada Cultural com uma versão
sensacional do clássico setentista cantado naturalmente pelos
milhares de presentes. O vocalista depois lembrou que o
Uriah Heep lançou um álbum desde a última passagem aqui (
relembre como foi no show de São Paulo
neste
link ), Into The
Wild de 2011 e dele gostaríamos de tocar I'm ready.
Do disco Sonic
Origami, de 1998, veio a música que abre o disco, a Between
Two Worlds
com o hardão característico da banda e na sequência veio uma das
baladas mais viajantes do composições do Rock, que faz parte de qualquer trilha
sonora que se faça desta época com a maravilhosa July Morning, sempre poderosa, e
imprescindível em qualquer show do Uriah Heep.
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Mick
Box, brinca com a plateia e lembra que a próxima faz parte de um
disco "de alguns anos atrás" do primeiro disco do
Uriah Heep,
o ...Very 'Eavy ...Very 'Umble de 1970 e esta seria a
surpresa do set... e assim fomos brindados com o vislumbre de Gypsy.
O que
dizer das duas seguintes? Pois simplesmente foram a eletrizante
Look At Yourself ( título do álbum de 1971, que inclusive
teve direito a uma pausa para que cantassem o "Happy Birthday" ao
baterista Russell Gilbrook ) e a fantasmagórica Lady in Black
( do Salisbury também de 1971 ),
dois clássicos absolutos que fizeram a alegria da galera e terminou
a apresentação conforme o previsto, afinal, tínhamos um cronograma de
24 horas de shows, mas verdade seja dita, pelo gosto da maioria
daquela multidão, a ideia seria que o Uriah Heep tocasse por
três horas seguidas, e dentre todas as atrações apenas umas três ou
quatro estariam no nosso gosto.
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O
fotografo que fez as fotos para o Rock On Stage, chega perto para
comentarmos algo, e uma senhora de 71 anos, fala para a gente: "pede
para o Uriah Heep voltar e tocar Easy Living...". E depois descobrimos
que ela gosta realmente de Rock através de seu sobrinho e que tinha ido
inclusive ao Rock in Rio para ver o Metallica, claro que aplaudimos
a senhora depois dessa aula de postura e amor a música.
O pedido
desta senhora, que mesmo sem saber o nome dedicamos aqui esta música
( por nossa conta ) a ela foi atendido e o Uriah Heep
voltou ao palco para executar o bis com a Easy Livin´ do
inigualável Demons And Wizards de 1972, que
praticamente ensandeceu os fãs que responderam aplaudindo
enormemente a banda. Showzão que ficará marcado na história da
Virada Cultural.
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Setlist:
1 - Against the Odds
2 - Overload
3 - Sunrise
4 - Stealin'
5 - I'm Ready
6 - Between Two Worlds
7 - July Morning
8 - Gypsy
9 - Look at Yourself
10 - Lady in Black
Encore:
11 - Easy Livin'
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Mark Farner
Chegava a
hora de rever um dos shows mais alucinantes que eu havia assistido na
vida em sua primeira apresentação no Brasil (
confira aqui
). E após a coletiva de
imprensa, era chegada de rever esse senhor, que por muitos anos foi
a voz do Grand Funk Railroad e certamente, uma das mais marcantes no
Hard Rock influenciando gerações de músicos.
A banda
que o acompanha foi a mesma do show de 2012 formada porLawrence Buckner no baixo,
Hubert ( The H-Bomb )
Crawford na bateria e Karl Propst
nos teclados e óbvio... Mark Farner na guitarra, que entra no
palco conecta o cabo de sua guitarra e começa de cara com Are You Ready
do álbum On Time de 1969 e depois disso teríamos as
músicas do álbum Caught In The Act, discão ao vivo de 1975, quase que na íntegra.
A
presença de palco dele impressiona, ele não é nenhum adolescente em
inicio de carreira, muito pelo contrário, mas o "sangue no zoio" dele
e sua vibração no palco com milhares de pessoas olhando para ele,
que é carisma puro hipnotiza a todos, assim, alguns clássicos vieram na sequencia
com a Rock
& Roll Soul, a explosiva Footstompin´Music e a
cheia de adrenalina We´re An American Band, todas presentes no registro
Caught In The Act, e não há quem consiga
ficar inerte ao som deste clássico do Hard Rock, já 'coverizado' por
uma infinidade de grupos.
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Embora na
posição que eu estava, em frente a caixa de som, o mesmo não estava
naquela qualidade que esperamos, mas acredito que no palco estava
bem pior, pois várias vezes, Mike Farner se dirigiu até a mesa de
som para reclamar sobre o som.
Shinin´On cuja consagrada versão ao vivo vocês
imaginam de qual álbum era, veio na sequencia e depois foi a
vez de Paranoid do primeiro álbum chamado
Grand Funk, e Mark Farner mencionava o quanto era bom estar de volta
ao Brasil e em um evento como a Virada Cultural. Mesmo com os
constantes problemas de som, embora ele estivesse se importando muito,
não parecia, pois claramente Mark Farner é músico por
vocação, enfim,
a sua alegria de estar tocando e cantando ao microfone transcende
tudo.
Desta
maneira, Into The Sun do álbum On Time também
de 1969 exibiu seus riffs potentes para que então a Sin´s A Good Man´s Brother do
All The Girls In The World Beware!!!
de 1974 fosse tocada em uma reluzente versão e não havia ninguém insensível a apresentação,
pois era indiscutível, e certamente -
todos concordavam - Mark Farner realizou a melhor apresentação da
Virada Cultural, independente
dos problemas com o som que músico teve.
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Bad Time,
outro dos grandes clássicos criados pelo guitarrista foi tocado
antes da
apoteótica The Loco-Motion, que embora seja um cover de
Little Eva, muitos dos
que estavam lá achavam que a música na verdade seria um Dance dos
anos 80 e não o megahit do disco Shinin' On, que chegou ao primeiro lugar
das paradas em 1974 em tempos que o Led Zeppelin e o Pink
Floyd deixavam pouco espaço para as bandas conseguirem tal
feito. Para finalizar a primeira parte do show tivemos outra magnífica
canção com a Some Kind Of
Wonderful do All The Girls In The World Beware!!!.
Pensei,
faltam tantas outras ainda, pois gostaria de ouvir músicas como "Heartbreaker", "Mr. Limousine Driver" ou
tantas mais, e pairava em minha cabeça ( e na dos milhares de fãs
) a dúvida: será que teremos um bis? E claro que tivemos,
primeiro com um solo destruidor do baterista
Hubert ( The H-Bomb )
Crawford bem característico do se fazia nos anos 70 e para
terminar o I´m Your Captain ( Closer To Home ) que foi cantada por
todos.
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A Virada
Cultural
nos trás muitas alegrias e também algo para reflexão, como e porque
gastar tanto se temos graves problemas de saúde, que com esse dinheiro
poderíamos ajudar à vários hospitais, ou entreter o
público que também está com dificuldades financeiras passa a cada dia ter
menos opções e a Virada Cultural é um evento barato de se
frequentar, pois temos grandes shows gratuitos para a população.
Espero
que a organização faça melhor e que continuamos a ter sempre o
evento, pois Cultura nunca é demais. Muitos "haters" de rede social
que descem a lenha em tudo, menos na própria pessoa ou ego e se
acham acima do bem e do mal falaram demais, porém, garanto que assim
como eu, a maioria se divertiu muito, mesmo com os problemas de som e esse
é o intuito do evento, a diversão e alegria das pessoas. Peça a esses
infelizes, que na próxima não precisam se
deslocarem para a Virada Cultural, como sempre dizemos vai quem quer,
e quem
quer se diverte e muito.
Texto: Marcos César de
Almeida
Fotos: Bruno Miguel e Leandro Almeida
a quem registramos nossos agradecimentos
Agosto/2014
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Set List do Mark
Farner
1 - Are You Ready
2 - Rock & Roll Soul
3 - Footstompin'Music
4 - We"re
An American Band
5 - Shinin'
On
6 - Paranoid
7 - Into
the Sun
8 - Sins A Good Man's Brother
9 - Bad
Time
10 - The Loco-Motion
11 - Some Kind Of Wonderful
Encore:
12 - Drum
Solo
13 - I"m Your Captain ( Closer To Home )
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