VII Rock In Lago
Com: Cachorro Grande, Flor de Lótus e Marginalia Blues
Lago Municipal de Jacutinga/MG
Sábado, 19 de agosto de 2017

    Já consolidado entre o calendário de eventos da cidade mineira de Jacutinga, o Rock In Lago ganha a cada ano mais presentes, que comparecem no Lago Municipal para conferir as atrações da região, da própria cidade e de grande expressão nacional. Em anos anteriores, o Rock In Lago já colocou em seu palco nomes como Ratos de Porão, Nasi, Supla, Tia Anastácia e tantos outros.

    Em 2017, o VII Rock In Lago contou como atração principal os gaúchos do Cachorro Grande, além dezesseis outras bandas, sendo elas: Flor de Lótus, Garage Machine, Gunser ( Guns'n'Roses Cover do Brasil ), Rockets, Groovitacional, La Calle, Marginalia Blues, Leticia Graciolli, T-Ale, Sunset Boulevard, Six no Rusty, Dialética, Venomized, Brutal System e Johnny Joe se alternando nos três dias de evento. Nesta primeira parte da cobertura do Rock On Stage, pude acompanhar alguns shows que aconteceram no sábado.

    O VII Rock In Lago foi realizado por Rodrigo Tuiaya em parceira com o Clube do Rock de Jacutinga e a Prefeitura Municipal de Jacutinga/MG provando que a união do poder público e quem realmente quer fazer algo em benefício maior do município pode acontecer e transformar um final de semana em uma verdadeira confraternização de amigos e amigas em pura harmonia.

    No segundo dia do VII Rock In Lago seria a data em que o renomado Cachorro Grande iria se apresentar pela primeira vez na cidade e eles eram a mais aguardada banda do evento, que foi responsável por levar fãs de muitas cidades da região para conferir o seu show. Quando cheguei no Lago Municipal um grande público já estava conferindo as atrações que ficaram com a honra de realizar a abertura para os gaúchos. O Lago Municipal de Jacutinga/MG é um espaço bonito, arborizado e a parte escolhida para os shows contou com uma excelente estrutura de palco e som, apoio da Polícia Militar, de várias pessoas dos departamentos da Prefeitura Municipal de Jacutinga, além de uma vasta praça de alimentação com vários Food Trucks, que foi uma novidade neste VII Rock In Lago.

Marginalia Blues

    Aos presentes eram pedido apenas um quilo de alimento para ser entregue para as instituições de caridade da cidade e quem chegou primeiro pode conferir os shows das bandas Groovitacional, T-Ale e Lá Calle. Quando aportei na região do Lago Municipal e precisamente, no local onde são realizados os shows, o quinteto Marginalia Blues formado por Júnior Pretorius ( vocal ), Vinícius Castro ( guitarra e violão ), Marco Túlio ( guitarra ), Guto Silva ( baixo ) e Igor Junho ( bateria e percussão ) já estava pronto para começar sua participação no VII Rock In Lago.

    E os mineiros de Jacutinga mergulham no Rock e Blues de nomes clássicos e conhecidos, que passam muita energia a cada nota, sendo que eles começaram com Rockin' In The Free World do Neil Young com destaque para a dupla de guitarristas do Marginalia Blues, que solaram naquela pegada setentista, que sempre gostamos.

    Acelerando um pouco eles seguem ainda na década de 70 com uma composição fundamental para o Heavy Metal, a Paranoid, que também foi exibida em uma boa versão pela banda com muito peso, que obviamente nos faz relembrar do último show do Black Sabbath no Brasil em dezembro último ( confira matéria ).

    O vocalista Júnior Pretorius comenta do estilo dos anos 50, 60 e 70 adotado pelo Marginalia Blues e os guitarristas relembram de um dos mais belos solos já criados na história do Rock: aqueles que introduzem a Voodoo Child do Jimi Hendrix e as distorções ferveram para um aumento de nosso contentamento. Mantiveram o clima em alta com Come Togheter do lendário quarteto inglês The Beatles em uma variação bem Rock'n'Roll, onde novamente destaco os solos de guitarras, que foram alongados.

    Inesperada, mas, que caiu muito bem no show do Marginalia Blues foi a versão de Mercedes Benz da Janis Joplin, que contou com aplausos dos fãs e apenas nos vocais e toques de bateria sendo ligada na inflamável Light My Fire do The Doors, que também foi devidamente agradável aos fãs do bom e jamais velho Rock'n'Roll.

    Antes de prosseguir, Júnior Pretorius comenta da emoção por estarem tocando no sábado e antes do Cachorro Grande para anunciar uma música de uma banda que eles gostam muito. E a julgar pela camisa do vocalista, ele deve estar bastante ansioso pelo show do The Who em setembro, e assim, Behind Blue Eyes emociona e contou com uma atuação empolgada dos membros do Marginalia Blues, que na sequencia surpreenderam com a brilhante versão de Starman, que para mim foi a melhor das músicas que apresentaram neste VII Rock In Lago, além de prestar uma homenagem ao mestre David Bowie.

    Jumpin' Jack Flash, um dos muitos grandes sucessos dos Rolling Stones também constou no set do Marginalia Blues, assim como a Hush, sendo difícil ficar parado expostos a canções que fizeram a diferença no Rock. Aliás, o Júnior Pretorius, que instantes antes havia agradecido pela oportunidade aproveitou o início de Hush para apresentar a banda e para comandar os fãs no refrão desta música de Billy Joe Royal, mas, que ficou conhecida mesmo com o Deep Purple e neste show contou com um ritmo contagiante na interação dos solos de guitarras com o baterista Igor Junho.

   A última do show do Marginalia Blues, que durou próximo a quarenta e cinco minutos foi simplesmente a sensacional Baba O'Riley do The Who e outra daquelas que fizeram a galera participar com o quinteto pela forma que foi exibida nesta noite. Ainda não conhecia a Marginalia Blues, mas, atesto... eles realizaram uma ótima apresentação ao relembrarem de tantos clássicos importantes e históricos do Rock.

Set List Marginalia Blues

1 - Rockin' In The Free World
2 - Paranoid
3 - Voodoo Child
4 - Come Togheter
5 - Mercedes Benz
6 - Light My Fire
7 - Behind Blue Eyes
8 - Starman
9 - Jumpin' Jack Flash
10 - Hush
11 - Baba O' Riley

Flor de Lótus

    A segunda banda que acompanhei neste segundo dia do VII Rock In Lago foi a Flor de Lótus, que também teve sua formação em Jacutinga e atualmente conta com Rodrigo Tuiaya na voz e violão, Leandro Brandelero na  guitarra, Willian no baixo, Língua na bateria e Molinari nos teclados. Já tive a oportunidade de conferir um show deles no Bar do Clube Recreativo aqui em Espírito Santo do Pinhal/SP e sabia que eles se prepararam para uma apresentação marcante no evento, ainda mais com a responsabilidade de serem a última banda antes da grande atração do VII Rock In Lago.

    Porém, foi com desenvoltura e tranquilidade por quem já está na música há muito tempo que o Flor de Lótus iniciou seu show e logo de cara tivemos a música Pérola do RPM com Rodrigo Tuiaya cantando com muita emoção cada verso em sua atmosfera mais viajante. Depois, com a intenção de balançar os presentes, hora de uma do Barão Vermelho com a canção Cuidado, que contou com uma execução de muita qualidade e fez muitos cantarem seus versos. Na hora dos solos de guitarras Leandro Brandelero tocou com habilidade em um ambiente bastante  Rock'n'Roll provenientes da atuação dos demais membros do Flor de Lótus.

    Rodrigo Tuiaya agradece a presença de todos e também pelo quilo de alimento entregue para apresentar na sequencia a versão da banda para o sucesso São Paulo do 365, que por se tratar de um dos hinos do anos 80 causou boas vibrações e também alguns "ôôôôôô" na maioria do público. Rodrigo Tuiaya canta com muita dedicação e se movimenta pelo palco na hora dos solos passando aquela energia para seus companheiros de banda, ou seja, executa o papel de frontman com habilidade.

    Na sequencia eles relembram de um das melhores músicas dos anos 80 com Camila Camila do Nenhum de Nós, que foi exibida com muito carisma pelo Flor de Lótus, onde o vocalista Rodrigo Tuiaya soube como conduzir nossa participação na hora do refrão nesta letra, que recomendo qualquer hora ouvi-la com atenção.

    Outra que marcou época foi a O Tempo Não Pára do Cazuza e também contou com sua versão pelo Flor de Lótus levando muitos a cantarem seus ácidos versos com a banda, onde destaco a distorção aplicada na guitarra de Leandro Brandelero, os toques nos teclados de Molinari nos momentos mais lentos da música e os prolongamentos puramente Rock'n'Roll realizados pela banda.

    Rodrigo Tuiaya agradece a recepção do público com um "valeu..." e no clima estabelecido na anterior dispara uma da nobre Rainha do Rock Brasileiro Rita Lee com Jardins da Babilônia, que também ficou muito bem no estilo do Flor de Lótus. O show segue com a divertida Quando o Sol Bater na Janela do Seu Quarto do Legião Urbana, que ajudou a levantar a galera e para quem estava mais atento pode notar um trecho de Here Comes The Sun dos Beatles na parte instrumental.

    De linhas mais pesadas e letra um tanto sarcástica, o Flor de Lótus prossegue com Cabrobró, sucesso de uma das bandas que já estiveram entre as headliners do Rock In Lago, o Tia Anastácia, onde o quinteto presente no palco, inteligentemente convocou a participação dos fãs nos pontos certos da música. Rodrigo Tuiaya presta uma homenagem ao amigo Sandino - que deixou prematuramente este mundo - ao tocar uma canção de sua autoria, a Duas Américas, que é excelente e empolgante, seja em seus solos de guitarra, sua letra ou o estilo que seus vocais são cantados, aliás, recomendo que seja gravada em estúdio e disponibilizada para que mais pessoas a conheçam.

    E não é só de músicas em português que se faz o show do Flor de Lótus, pois, a versão do hit Pop Losing My Religion do R.E.M. foi muito bem recebida, assim como a 'eletrificante' Roadhouse Blues do The Doors com seus devidos prolongamentos. A última do show dos mineiros foi uma encorpada versão de Que País É Este do Legião Urbana, que contou com trechos de País Tropical do Jorge Ben Jor encerrando este ótimo show que teve aproximadamente uma hora e deixou todos bastante aquecidos para o Cachorro Grande.

Set List do Flor de Lótus

1 - Pérola
2 - Cuidado
3 - São Paulo
4 - Camila Camila
5 - O Tempo Não Para
6 - Jardins da Babilônia
7 - Quando o Sol Bater na Janela do Seu Quarto
8 - Cabrobró
9 - Duas Américas
10 - Losing My Religion
11 - Roadhouse Blues
12 - Que País é Este

 

Cachorro Grande

    Os gaúchos de Porto Alegre Beto Bruno ( vocal ), Marcelo Gross ( guitarra ), Rodolfo  Krieger ( baixo ), Pedro Pelotas ( teclado ) e Gabriel Azambuja ( bateria ) estão completando 18 anos do Cachorro Grande, oito álbuns de estúdio, dois splits ( sendo um ao lado do Nando Reis ), um DVD e vários singles, além de já terem sido atração de abertura de shows de ícones do Rock como Rolling Stones ( 2016 em Porto Alegre/RS ), Scorpions ( 2010 em João Pessoa/PB ), Aerosmith ( 2010 em São Paulo/SP - relembre aqui ), além de dividirem o palco com nomes como Lobão, Iggy Pop, Rita Lee, Nando Reis, Ira! e tantos outros, ou seja, os caras tem estrada e sabem o que fazem no palco.

    Esta noite marcaria a primeira vez que eu e muitos dos presentes acompanharíamos um show completo do Cachorro Grande e em uma fase em que eles estão com um set list que projeta um 'revival' de suas grandes músicas da carreira, o que tornou esta apresentação no VII Rock In Lago ainda mais especial.

 

   A equipe responsável pela troca de palco trabalhou rapidamente e próximo da 1:00 da manhã foi chegado o momento do quinteto iniciar seu show com sua pegada Rock'n'Roll setentista aliada a Blues, Rock Psicodélico e algumas pitadas de Indie Rock. E foi com Você Não Sabe o Que Perdeu, um Rock frenético do álbum Pista Livre de 2015, que foi responsável por uma agitação muito grande e também pelos primeiros coros dos fãs, que o show foi aberto trazendo Beto Bruno cantando com garra e Marcelo Gross enviando solos robustos em sua guitarra.

     Depois, Hey, Amigo ( do As Próximas Horas Serão Muito Boas de 2004 ), uma composição com um jeito 'nonsense' e ao mesmo tempo com cara de filme dos anos 20 por conta do seu ritmo foi calorosamente recebida pela galera, que se mexeu bastante e cantou seus versos com Beto Bruno, que ao seu término mandou um "Boa noite galera do Rock'n'Roll... muito obrigado a presença de todos neste sétimo Rock In Lagooo...." e seguiu o set com Conflitos Existenciais ( do Todos os Tempos de 2007 ), onde entre os vários "hey... hey..." dos fãs sentíamos os solos repletos de voltagem de Marcelo Gross percorrerem nossa veias.

    E o interessante, o andamento imposto pelo Cachorro Grande é altamente contagiante e quem não conhecia a fundo suas músicas, certamente se tornou fã delas.

  Na sequencia retornam ao Pista Livre eles dispararam Desentoa, que me lembrou um Stoner Rock por conta de seu andamento orientado pela guitarra e quem comandou os vocais foi o guitarrista Marcelo Gross em uma viagem elétrica literalmente 'chapante' e embasada no Rock'n'Roll executado pelos demais, tanto que foi interessante observar e sentir como eles alongaram a música deixando a fluir livremente, o que nos dias atuais é difícil ver uma banda caminhando por esta linha com tamanha destreza.

    Uma expressão que usamos no dia a dia intitula a quarta da noite, que foi a Deixa Fudê do cd Todos Os Tempos e começou de uma forma bastante elaborada com toques envolventes do baixista Rodolfo Krieger em seu Rickenbaker, que foram aliados aos solos de teclados de Pedro Pelotas lembrando um Hammond eclodindo assim na acidez da música, que se ligou a um trecho de Estrangeiro do Titãs e exibiu um ritmo que definitivamente não era para deixar ninguém parado. Rodolfo Krieger foi quem comandou também os vocais neste momento e mandou muito bem.

    Bom Brasileiro, que foi bastante tocada nas rádios foi outra do álbum Pista Livre que marcou sua presença neste show do Cachorro Grande no VII Rock In Lago, sendo que seus versos foram cantados pela maioria por serem ainda bastante atuais suavizando a adrenalina que foi passada até este ponto do show, porém, de forma irônica e que pouco depois ganhou um prolongamento viajante graças aos solos eficazes de Marcelo Gross em sua Gibson SG vermelha, que foram acompanhados na bateria, no baixo e nos teclados elevando a potência da música consideravelmente e marcando ainda mais sua exibição nesta noite.

    Beto Bruno anuncia o título da seguinte, que foi a Que Loucura, outra do As Próximas Horas Serão Muito Boas e nos trouxe uma roupagem Rock'n'Roll enorme e um jeito despojado de cantar, que foi acompanhado pelo público. Mais próximo ao seu final, o Cachorro Grande aumenta seu peso e o baterista Gabriel Azambuja realiza ótimas e cativantes viradas em seu kit.

    Basicamente sem pausar o show, o Cachorro Grande ataca com o Rock emblemático de As Próximas Horas, a primeira do álbum As Próximas Horas Serão Muito Boas e seguem como um rolo compressor sonoro por conta de seu andamento, devidamente mais pesado que no estúdio. Em Como Era Bom, o quinteto nos leva para 2014, ano que lançaram o cd Costa do Marfim através de uma música de média velocidade e altas doses de abstração sonora.

     Beto Bruno agradece com um "Obrigado Jacutingaaa" para que o ritmo instrumental espacial de Roda Gigante ( do Todos os Tempos ) nos enfeitiçar em uma atmosfera Psicodélica, que transportou minha mente para o que os Rolling Stones fizeram no álbum Their Satanic Majesties Request em 1968 até que seus seus versos apareçam e confirmem esta sensação que tive, ou seja, fechar os olhos se viajar na sonzeira vinda do palco, que é tão grande que parece que não vai mais ter fim em um momento que é gratificante olhar o guitarrista Marcelo Gross e o baixista Rodolfo Krieger interagindo em uma base ambientada nos teclados e na bateria.

    Para nos trazer de volta ao mundo real... se é que me entende, o vocalista informa que vai tocar uma música do primeiro disco ( de 2001 ) e o hit Debaixo do Chapéu passa um estilo descontraído e descompromissado em uma base Rock'n'Roll, que recebe fortes doses de energia mostrando claramente a pegada escolhida pelo Cachorro Grande.

    Entre muitas distorções, Velha Amiga do Pista Livre entra passando mais melodia em seus vocais divididos entre Beto Bruno e Marcelo Gross nos cativando pelo jeito que os dois se interagem no palco, caracterizando mais a banda não só pela técnica que embute nas canções, mas pelo carisma que nos passa ao interpretá-las me levando a cravar aqui: que sonzeira!!!

 Do último álbum de estúdio de 2016, o Cachorro Grande disparou sua canção título, a rápida Electromod, que passou uma linha mais agressiva, que refletiu bem o complicado momento político que estamos passando em uma crítica feroz em sua letra e que bom que temos bandas cantam isso ao vivo sem medo de seguir o malfadado 'politicamente correto'. E mesmo sendo mais recente, a galera agitou bastante em sinal de aprovação à composição.

 

    Beto Bruno avisa: "Marcelo Gross nosso guitarrista..." e este vai ao microfone para cantar a Dia Perfeito ( também do primeiro disco de 2001 ) em um Rock Blues rasgado com uma certa agressividade nos levando a dividir com ele o refrão tanto por sua atitude quanto pelo andamento da música. E ainda relembrando do disco de estreia do Cachorro Grande tivemos a Vai T. Q. Dá, que não dava a impressão que o show já estivesse chegando ao seu final pela troca de energia que estávamos realizando com eles.

    Na parte final tivemos a balada Sinceramente no teclado de Pedro Pelotas e com Beto Bruno cantando seus versos de forma mais afetiva e nos levando a erguer as mãos e cantar com ele. Contente com a nossa atuação, o vocalista berra: "Vocês são simplesmente maravilhosos.... até a próxima..." para junto aos demais nos brindarem com Lunático, a empolgada música de abertura do primeiro cd, que era aguardada por muitos e que contou com um solo de teclados mais forte.

    E com o Cachorro Grande não tem aquela velha história de sair do palco para o bis, o show segue direto e para a explosiva Sexperienced, que foi a última da noite sendo entremeada com vários gritos de "valeuuu" do vocalista e aquela vibração única oriunda dos teclados.

     Sinceramente, não esperava que o Cachorro Grande em um show somente seu fosse tão bom e detentor de uma pegada tão vibrante como esta que presenciei, pois, volto a afirmar: eles deixam a música viajar livremente para onde seus solos desejam ir, mas, de certa forma, não poderia esperar menos de uma banda que está com quase vinte anos com os pés fincados firmemente no Rock'n'Roll das antigas e sem frescuras de eletricidade pura.

    O Cachorro Grande foi uma excelente escolha como nome principal para coroar o VII Rock In Lago e nos deixou a certeza que presenciamos um dos grande nomes do país que caminham pelo Rock'n'Roll, que eles possam continuar na ativa por mais 18 anos.

Texto e Fotos: Fernando R. R. Júnior
Agradecimentos a Rodrigo Tuiaya e Marcela Sosi
pela atenção e credenciamento

Setembro/2017

Set List do Cachorro Grande

1 - Você Não Sabe O Que Perdeu
2 - Hey Amigo
3 - Conflitos Existenciais
4 - Desentoa
5 - Deixa Fudê
6 - Bom Brasileiro
7 - Que Loucura
8 - As Próximas Horas
9 - Como Era Bom
10 - Roda Gigante
11 - Debaixo do Chapéu
12 - Velha Amiga
13 - Electromod
14 - Dia Perfeito
15 - Vai T. Q. Dá
16 - Sinceramente
17 - Lunático
18 - Sexperienced

Clique aqui e confira uma galeria de 45  fotos dos shows do Cachorro Grande, do Flor de Lótus e do Marginalia Blues no VII Rock In Lago de Jacutinga/MG

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