Com os músicos fora do palco momentaneamente, ao som de
tiros, helicópteros, explosões e imagens de soldados indo para o campo de batalha ( que me
lembraram do horror que acontece neste momento na Ucrânia ), hora de mais
outra canção atordoante com a One ( do …And Justice For All
de 1988 ), que
começa lenta nos dedilhados e vai ganhando forma em seu decorrer garantindo
assim a formação de mais um enorme coro dos fãs, que acompanharam verso por verso
James Hetfield, que se sempre se movimentava para um ponto do palco,
seja à direita ou à esquerda, ocupando assim todo o espaço. O resultado de
One com seus solos, com a visão dos quatro músicos disparando cada nota foi
em uma descomunal quantidade de gritos e aplausos extremamente contentes dos fãs.
James Hetfield pergunta se gostamos desta canção e disse
que vai tocar uma que não gostamos, e neste tom de brincadeira conversou com
o público para que então, à capella cantasse os versos iniciais de Sad But True
e
segundos depois ter os demais fornecendo o ritmo e a harmonia do sucesso do
Black Album, que fez muitos conhecerem o Metallica seja nos anos 90 ou
até nos
dias atuais. Assim como várias outras do set, o público cantou efusivamente
com James Hetfield sentindo cada nota tocada por eles adentrar em nossas
células.
Surpresa quase intragável
O Metallica não é uma banda que se prenda à um set list
específico para a turnê e das dezesseis músicas escolhidas para cada show, você
pode ter certeza caro leitor(a) terão surpresas e além disso, eles mudam a
sequencia das músicas, incluem e tiram músicas dos dez álbuns de estúdio da
carreira, enfim, possuem controle de palco fora do normal e uma liberdade
de modificarem o quanto quiserem sem perder o pique ou a empolgação do show.
Entretanto, as outras três cidades brasileiras por onde a turnê passou foram beneficiadas com canções como
"Whiskey In The Jar", "Blackened", "No Remorse", "The Unforgiven",
"Hardwired",
"Cyranide", "Fight Fire With Fire", "Moth In The Flame",
"Fade To Black", "Harvester
Of Sorrow", ufa... só aí já dá quase um set list para um outro show... e
infelizmente, São
Paulo ficou justo com uma do indigesto St. Anger de 2003 com a
Dirty Window.