Dream
Fucking Theater
Não sai da minha cabeça; o Mike Portnoy fazendo uma corrida com as
baquetas na extensão de sua bateria, com pancadaria, intensidade e
precisão absoluta e Jordan Ruddes nos teclados, tocando
virtuosamente "a la" Rick Wakeman ( Yes ) e
Keith Emerson ( Emerson, Lake & Palmer ), aí aparecia o
teclado no telão, e as notas no sintetizador saiam como efeitos de raio,
tudo auxiliado pela percussão demolidora do Mike Portnoy; e depois
eu olhava as luzes perfeitamente sincronizadas com a banda, via as luzes
brancas do alto do palco, que ascendiam todo o estacionamento do
Credicard Hall, e dizia para mim mesmo: aquilo são naceles da nave
Enterprise NCC-1701, foi impressionante, um puta showzaço, e olha que
o Dream Theater não faz parte de minhas bandas favoritas.
Mostrando que tem
personalidade de sobra Nando Fernandes ( vocais ),
Eduardo Martinez ( guitarra ), Fabio Laguna (
teclados ), Nando Mello ( baixo ) e
Aquiles Priester ( bateria ) abrem o show com Just The Begining seguida por Hastiness
ambas do novo cd e neste exato instante, nós estávamos
adentrando no Estacionamento do Credicard Hall. Savior
do cd
Inside Your Soul foi quando começamos a realmente ver o show do Hangar e
acompanhamos a forte presença de palco de Nando Fernandes comandando a
platéia que respondeu com bastante empolgação durante a execução desta
canção. E o Hangar
claro, deu ênfase total ao novo cd tocando Call Me In The Name Of Death
e o público presente mostrou que conhecia bem
a faixa agitando bastante com a banda.
Seguiram com Blind Faith e Surrounded em que John
Petrucci, fez um solo magnífico ( com direito a um trecho de Mother
do Pink Floyd ), ele sempre foi esforçado, mas sempre existiu melhores guitarristas do que ele, tanto que no G3 de 2006 (
veja
resenha e cobertura ) ele foi quem menos apareceu, mas no show e neste
solo o cuidado que ele teve com a melodia, tanto em escalas rápidas como
em melodias lentas, foi uma coisa realmente esplêndida, para mim foi o
melhor momento do show; foi um êxtase inclusive pessoal, talvez foi a
única coisa moderna ( o que o Rock Progressivo traz ) que vi neste
segundo milênio de terror, pobreza e falta de escrúpulos, foi o espaço e o
paraíso, desta vez Petrucci me convenceu - ou finalmente ele chegou
onde queria. E a viagem do Rock
Progressivo depois foi com mais agito, com a The Dark Eternal Night e
nesta foi à vez de Jordan Rudess,
assumir o comando da banda e soltar
raios para todos os lados, pois fez um solo impecável e alucinante no
teclado, levando ao platéia em delírio, uma coisa legal também nesta
música foi o desenho animado que apareceu no telão, em que aparece a
banda perseguindo um monstro, e durante a perseguição, quando cada
integrante fazia um solo no desenho, o personagem ( que eram os
próprios membros da banda ) disparavam vários raios no monstrengo.
E muito rápido, logo em seguida tocam Erotomania, mais uma
recheada de solos virtuoses de teclado e guitarra, que emocionou a
platéia, e o show seguiu com Voices, mais uma boa, e eles
encerraram o show antes do bis com Forsaken - cantada por todo
o publico com muita emoção, Take The Time e In The Presence
Of Enemies, sendo a execução de mais uma usina termoelétrica e
radioativa do Dream Theater.