Judas Priest - Nostradamus World Tour
Sábado, dia 15 de novembro de 2008
no Credicard Hall em São Paulo/SP

   Metal Gods

    O Judas Priest mais uma vez em São Paulo e fez um show espetacular, um dos melhores show do ano sem dúvidas, foi a primeira vez em que tocaram em casa fechada em São Paulo com Rob Halford nos vocais, eles impressionaram não somente pela maestria e precisão que adquiriram em quase 40 anos de banda; impressionaram também pelo visual de cavaleiros do Heavy Metal que são, as vestimentas deles, de couros e rebites que eles usam, com certeza nos faz viajar mais para compreender toda aquela eletricidade emanada.

   O palco era impressionante, ver toda a aquela estrutura de escadas, símbolos da cruz do álbum Painkiller, o desenho com a capa do álbum Nostradamus no fundo, tudo o que torna nós metalheads, como diz Rob Halford, honrados de receber essa que é, e sempre será uma das maiores bandas de Heavy Metal de todos os tempos. O Judas Priest veio divulgar o novo álbum Nostradamus, a expectativa para o show foi grande, logo que entramos, aguardamos, e quando apagaram as luzes, eles entraram no palco e logo o Judas Priest começou o show com a primeira música do novo álbum, a Dawn Of Creation, neste momento apareceram Glenn Tipton e K.K. Downing ( guitarras ), Ian Hill ( baixo ) e Scott Travis ( bateria ).

    Subindo por um elevador uma figura que parecia uma estátua, encapuzada sob um manto prateado, quase imóvel, segurando um cajado com cruz do álbum Painkiller, eu sabia que era ele, depois de um tempo, a estátua puxou o capuz para trás e apareceu à figura de Rob Halford sendo ovacionado pelo público, nessa primeira música, como a segunda do mesmo álbum, Profecy, eles nos mostraram muita moral e virtuosismo no palco, e essas músicas, mostraram o quanto que é bom o álbum Nostradamus

    Em seguida tocaram um dos maiores clássicos da banda, o hino Metal Gods, e mais uma vez eles esbanjaram talento, muito carismáticos, nós percebemos que a experiência deles, os fazem mágicos da eletricidade, foi um dos momentos mais emocionantes do show quando a galera cantou em coro “Metal Gods!!!!”, Tipton solou impecavelmente e Halford grita alto, sem tomar conhecimento de seus 57 anos.  

  E continuaram com a seqüência de eletricidade e ritmo sem perder o pique com, Eat Me Alive, Between The Hammer And The Anvil do Painkiller, que foi uma das melhores do show, Rob Halford empunhou uma bandeira vermelha com tribal, o som desta música estava muito lapidado, eu tentava ouvir, mas todos cantavam muito alto essa música do início até o fim, pelo menos no solo, pude ver a dupla Tipton/Downing solando com suas melodias rápidas e selvagens, depois dessa mandaram a Devil’s Child.

    Não podia faltar uma das músicas que mais lançaram o Judas Priest para o estrelato do Metal, a Breaking The Law, e o que dizer....fãs em delírio total, o show era do público também, fãs fervorosos que cantavam do início ao fim da musica, esse ano só vi isso na Aces High do Iron Maiden ( leia resenha ), e no solo, Glenn Tipton tocou com habilidade única, os agudos que saíam de sua Hammer parecia uma das coisas mais maravilhosas do mundo, não há como ter criticas, eles realmente foram impecáveis.

    Mandaram a Hell Patrol do Painkiller, que saiu como um hino, e foi o momento em que Rob usou bem o grave da sua voz, logo em seguida tocaram Messenger Of Death do novo álbum, e resgataram dos 70 a Dissident Aggressor do álbum Sin After Sin. Prosseguiram com a lenta e pesadona Angel e a The Hellion/Electric Eye, não nos poupando na adrenalina, aí o Glenn Tipton sola como uma metralhadora com suas escalas, e finalizam essa trinca com a Rock Hard, Ride Free.    

 Falei tanto de Tipton, mas e K.K. Downing!!?. Bem, na Sinner ele fez o solo avassalador da intro, ele busca a extensão de sua guitarra flecha, que tem sua própria assinatura KxK Guitars, usa a alavanca entortando a melodia e depois passa para um agudo que quase arrebenta nossos tímpanos, e eles começam esse clássico dos 70. Rob Halford realmente é um Metal God, como Dio, para esses músicos, não tem idade, Rob grita de forma descomunal Sinneeerrr!!!!, essa música quem assumiu o comando das guitarras foi K.K. Downing e o solo foi impressionante de K.K. solou com selvageria, sua guitarra parecia um cavalo gritando, um cavalo rampante, muitos clássicos neste show, mas pessoalmente, essa para mim essa foi a melhor do show.

    E finalizaram o show antes do bis, com a música que impôs moral ao Judas em sua capacidade Thrash também, a Painkiller, e como era de se esperar foi uma música em que eles tocaram com um peso sem igual, o virtuose baterista Scott Travis, fez a intro na bateria e várias intervenções na música com solos e a banda se lançou contra nós, com total moral e peso, o set foi perfeito. 

    No bis Rob Halford, aparece no palco com uma moto, provavelmente uma Harley Davidson, óbvio, uma banda com esse tipo de som, só pode ser um ícone musical para motociclistas, que cruzam cidades e estados, pelo prazer e liberdade que essa máquina proporciona. Eles começam com a Hell Bent For Leather. Depois desta, eles foram selvagens, mas muito selvagens, mandaram a The Green Manalishi, a eletricidade com o ritmo dessa música, nos lançaram fagulhas e faíscas em nossos ouvidos e o pessoal ajudou na sessão harmônica dessa música. E eles finalizaram esse show espetacular com a You've Got Another Thing Coming do álbum Screaming For Vengeance, que foi cantada por todo o Credicard Hall

    Esse show foi muito esperado pelos fãs da banda, principalmente pelo fato de ser realizado numa casa fechada com Rob Halford nos vocais, um verdadeiro showman, nas outras vezes com ele, foram em arena aberta, como no Rock In Rio II em 1991 e em São Paulo em 2005 ( leia resenha ). Foi de impressionar a atitude dos fãs do Judas Priest, eu gostaria até de tecer mais comentários a respeito deste ótimo show, mas o público cantou a maioria das músicas do início até o fim delas.

    Os músicos estão de parabéns também pelo set, em que a sequencia melhorava a cada música, estão de parabéns também Ian Hill e Scott Travis, que fizeram o cozinha Judas. Faltaram alguns clássicos, mas fazer o que se o show é de menos de duas horas, portanto, esperamos que eles voltem logo, para nos aplicar mais um set destruidor, e nos lançar a aura de Metal Gods que são.

Texto: André Torres
Fotos: Fernando R. R. Júnior
Agradecimentos Especiais à Lívia Valim - Time For Fun www.t4f.com.br

Set List:

01. Intro: Dawn Of Creation
02. Prophecy
03. Metal Gods
04. Eat Me Alive
05. Between the Hammer And The Anvil
06. Devil's Child
07. Breaking The Law
08. Hell Patrol
09. Messenger Of Death
10. Dissident Aggressor
11. Angel
12. The Hellion / Electric Eye
13. Rock Hard, Ride Free
14. The Sinner
15. Painkiller
Bis
16. Hell Bent For Leather
17. The Green Manalishi ( With The Two-Pronged Crown)
18. You've Got Another Thing Coming

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