Velhas Virgens
Abertura: Sweet Hearts, Rising Power ( AC/DC Cover ), Kerozene
Sábado, dia 12 de fevereiro de 2011 no Clube Centrão em Itapira/SP

    Velhas Virgens, a maior banda independente do Brasil, retornou na cidade de Itapira para mais um show que, certamente, ficou na memória dos presentes dado a irreverência, sarcasmo, bom humor e claro muito Rock´N´Roll pesadão com dosagens corretas de Blues e como era de se esperar, mais uma vez com casa lotada para o show. E como sempre já é costume dos shows em Itapira, a banda principal sempre vem acompanhada de algumas outras boas atrações de abertura, afinal, uma banda com quatro belas garotas como é o caso do The Sweet Hearts, outra que só tocam clássicos do Rock como o Kerozene e um cover do AC/DC, o Rising Power, o tempero necessário para as Velhas Virgens detonarem depois na medida.

The Sweet Hearts

    As beldades Camilla nos vocais, Raphaela na guitarra, Krys no baixo e Livia na bateria mais uma vez abriram a noite, assim como já tinham feito no show dos Raimundos ( veja cobertura ) e novamente, mostraram muita competência no palco. A vocalista Camilla, além de muito bonita, tem muito carisma e simplicidade o que ajuda a banda a conquistar novos fãs. No repertório, as meninas mostraram que sua delicadeza acaba assim quando produzem suas notas musicais, pois elas gostam de uma linha mais voltada para o Punk Rock e assim executaram vários sucessos como Anarchy In The U.K. do Sex Pistols, Pretending We´re Dead do L7, Papai Noel Velho Filho da Puta dos Garotos Podres, Smells Like Teen Spirit do Nirvana entre outras. Foi um bom aquecimento no sábado de muito calor em Itapira e mesmo com amidalite, Camilla comandou o show muito bem e ressaltou a importância de abrir o show para as Velhas Virgens.

 

Kerozene   

    O Kerozene que já abriu vários shows das Velhas Virgens na região, entre eles, em Mogi Mirim/SP em agosto de 2007 ( leia resenha ), novamente esteve presente para repetir a dose com suas boas interpretações de grandes clássicos do Rock e Heavy Metal. Alexandre nos vocais e guitarra, André guitarra e backing vocals, Rodrigo baixo e backing vocals sendo completados por Tuco na bateria subiram no palco por volta das 23:00hs e sem delongas iniciaram seu show com Fear Of The Dark do Iron Maiden em uma excelente versão que fez o público, que neste momento havia aumentado consideravelmente no Centrão, pular bastante. Depois o quarteto emendou Crazy Train do Ozzy Osbourne e o vocalista Alexandre agradece a empolgação dos fãs e executa Wasted Years do Iron Maiden e Enter Sandman do Metallica. Com o público nas mãos após essas duas faixas, o Kerozene dispara Run To The Hills do Iron Maiden e acalma um pouco com Tears Of The Dragon do Bruce Dickinson e The Unforgiven do Metallica, aliás, essas duas músicas foram cantadas por todos.

    Should I Stay Should I Go do The Clash também fez o povo agitar bastante e eles surpreendem ao colocarem I´m Want To Break Free do Queen no set em uma versão bem pesada. Quando executaram Rock´N´Roll do Led Zeppelin os fãs do quarteto inglês agitaram sem parar e esta música mostrou como os presentes recebem bem o Kerozene, talvez resida aí o motivo de sempre eles estarem entre as atrações de abertura dos shows que tem acontecido em Itapira. Se as meninas do The Sweet Hearts melhoraram bastante em relação a última vez que vi, o Kerozene está muito mais preciso e exibiu muita coesão, que garantiram a empolgação dos headbangers em todas as suas músicas, fato que não foi diferente na execução da última Highway Star do Deep Purple. Vale lembrar que o vocalista Alexandre disse que brevemente eles estarão gravando seu primeiro cd com composições próprias, e afirmo aqui, isso levará a banda para novos horizontes, ainda mais com a capacidade que eles demonstram nas covers, é certo teremos um ótimo lançamento.

Rising Power AC/DC cover

   O retorno do Rising Power à Itapira após alguns meses, quando abriram para o Matanza ( veja cobertura ) foi provavelmente à dois motivos: primeiro a excelente apresentação naquele dia e segundo porque seriam a banda perfeita para energizar de vez os fãs das Velhas Virgens neste sábado. E novamente Fabiano Drudi ( vocais ), Ricardo Peewee ( o guitarrista 'Angus Young'  da banda ), Vulcano ( guitarra ), Ricardo Costa ( baixo ) e Marcelo Jorge ( bateria ) nos enviaram músicas de uma das bandas mais cultuadas do Rock Pesado, o AC/DC. Eles abriram com Stiff Upper Lip e Shoot To Thrill, petardos que fizeram o grande público presente se balançar bastante e em plena felicidade. Fabiano encarnou tanto Brian Johnson quanto Bon Scott com muita versatilidade, como pude notar na Jailbreaker que trouxe todo aquele punch único. E Ricardo Peewee além de tocar muito bem agita de igual forma ao Angus Young e nos primeiros riffs de Thunderstruck a agitação estava garantida.

    Enquanto estava batendo fotos do Rising Power vi o Paulão, vocalista das Velhas Virgens acompanhando o show deles, e aproveitei e fui conversar com ele, e além de ser muito gente fina, o cara me contou que é um grande fã do AC/DC, tanto que tem tatuado na pele o logotipo da banda. Claro que falamos de mulheres e também de um tipo muito bom de cerveja ( com uma fórmula que não posso detalhar aqui qual seria ). Outra que estava por lá também assistindo ao show era a bela e muito simpática Juliana Kosso e aproveitei para conversar com ela também por alguns instantes.

    Bem voltando ao Rising Power, eles fizeram uma versão bem longa de Bad Boy Boogie com direito a um pequeno strip de Ricardo Pewee, mas com o calor forte que estava dentro do Centrão era difícil ficar com a camisa mesmo. E em Bad Boy Boogie, tanto Vulcano quanto Ricardo realizaram solos memoráveis que louvaram muito o trabalho do AC/DC original. Depois eles tocaram "Back In Black", "The Jack" e "Hells Bells", uma trinca explosiva que são para mexer com os brios de qualquer um.

    E seguem com Wholla Lotta Rosie e You Shook Me All Night Long ( e nesta Fabiano diz que ia pedir para a galera cantar com ele, mas nem foi preciso, pois todos estavam cantando todas as canções ). Finalizaram com T.N.T. e a eletrizante Highway To Hell para mais uma vez glorificarem com respeito os mais de 30 anos do AC/DC.

Velhas Virgens

    Eram pouco mais de 2 da manhã quando Paulão de Carvalho nos vocais, gaita e sax, Tuca Paiva no baixo, Alexandre "Cavalo" Dias na guitarra e backing vocal, Roy Carlini na guitarra e Simon na bateria, subiram no palco para deliciarem os fãs com os clássicos antigos e as novidades ( nem tão novas assim ) do cd Ninguém Beija Como as Lésbicas de 2009. E esta era a segunda vez em Itapira e pelo que comprovei com os amigos e produtores que estivaram na primeira, esta foi ainda melhor, afinal foram duas horas de show sem tirar de dentro, digo, sem parar.

    A primeira música foi O Gênio da Garrafa que abre o cd Ninguém Beija Como As Lésbicas com "eu vou... eu vou... eu vou pra garrafa agora eu vou!!!" e assim o vocalista surge no palco com uma roupa branca.... e aí meus amigos a sonzeira começou. Em seguida a pesada Essa Mulher Só Quer Viver Na Balada, outra do cd novo que trouxe o carisma e a atitude de Paulão, que serviu para criar uma excelente interação com os fãs, aliás devo comentar que ao vivo, ele canta com ainda mais garra e energia que no estúdio e faz quem está assistindo o show vibrar bastante. Depois Tudo O Que A Gente Faz conta o trabalho que nós homens enfrentamos dia-a-dia para conseguirmos uma mulher ( oooo tarefa difícil viu... ), e o vocalista deixou os fãs completarem o refrão aumentando a interatividade do show. A sacanagem aumenta com o Rock´N´Roll de Toda Puta Mora Longe que tem seu refrão gritado com muita força e dividido com a plateia. 

    Na seguinte, Cafajeste, a bela ruiva Juliana Kosso assume os vocais com muita sensualidade comanda e prova que é uma excelente frontwoman. Depois Paulão comenta sobre o Rising Power e exibe então sua tatuagem do AC/DC no braço, conta uma história de um "Opalão" e comenta sobre os 25 anos de independência da banda e inicia um relativo strip tease e tirou as vestimentas de gênio que estava usando desde o inicio do show e canta Velho Safado.

    Bastante falante, Paulão comenta sobre a Copa do Mundo no Brasil em 2014 e avisa que deseja que as Velhas Virgens sejam a banda de abertura do evento, que a banda pode tocar um pagode/samba que seria ideal para a Copa e tocam Eu Bebo Sim, só que muito pesado e rápido. Em seguida é a vez da faixa título do último álbum: Ninguém Beija Como As Lésbicas com uma linha de Blues bem divertida e sacana. Aproveitando a linha mais bluesistica iniciada na anterior, Strip´n´Blues é outra das novas, e Juju Kosso cantou muito bem trazendo toda a sua sensualidade aos gritos de 'gostosa' por parte da 'marmanjada' presente.

    O Que É Que A Gente Quer? (B.U.C.E.T.A.) é um Blues  dos mais sacanas já gravados pela Velhas Virgens e uma das mais aguardadas por todos, que dividem os vocais com o Paulão que em seguida comenta sobre como as gravadoras 'se ferraram'  nos dias de hoje, critica a Universal e reza a Oração da Cerva - muito engraçado. A Última Partida de Bilhar é um Blues lento e 'zoadão' como só as Velhas Virgens sabem fazer, com destaque para os competentes solos de guitarras de Alexandre Cavalo e Roy Carlini.

    Sabe aquele estratégia de guardar o melhor para o final? Bem as Velhas Virgens também utilizam e e prepararam uma sequencia de clássicos das antigas seguidos que foram para arrebentar com o Centrão: a primeira foi Siririca Baby que fez mesmo todo mundo participar com o Paulão, pois este dividiu os fãs entre os que tocam 'bronha' e as que tocam 'siririca' nos fazendo gritar com muita força, no final, elogiou as mulheres e alongou a música para que sua energia fosse ainda maior. Depois  foi a vez do Bluesão Madrugada e Meia que além da voz rouca de Paulão tivemos solos de guitarras que enaltecem o poder que o instrumento cria quando é bem tocado.

    A despudorada Juju volta ao palco para Abre Suas Pernas e as Velhas Virgens fizeram sua execução linhas de Blues de muita qualidade e a ex-Patotinha ( sim ela quando criança cantou nessa banda ) Juliana Kosso teve uma atuação excelente. Paulão grudou a beldade, praticamente a derrubou no chão e ficou junto à ela para um belo aumento da libido de todos nós.

    Na volta para o bis as Velhas Virgens dispararam uma nova, pesada e engraçada com O Amor É Outra Coisa e nesta Paulão após criticar o BBB sola sua gaita de forma fantástica e ao final apresenta cada um dos membros da banda. Show bom é assim, nem parecia que haviam se passado quase duas horas de show e as Velhas Virgens tinham ainda mais algumas balas na agulha: Beijos De Corpo faz novamente a plateia se inflamar novamente, por onde se olhava via-se todos pulando ou cantando com as Velhas Virgens. Ainda na gaita, Paulão toca Uns Drinks para felicidade dos fãs e encerra o show com Bortolotto Blues.

    Assim como a frase vencedora da promoção do Rock On Stage, show das Velhas Virgens é que nem sexo, se você faz uma vez, logo quer a segunda, e a terceira, e assim por diante, e aí não queremos parar mais.... Então caros leitores e leitoras, essa segunda vez em Itapira foi ainda melhor, claro que mais um clássico das antigas poderia ter sido incluído aqui ou ali, mas a verdade é que o set list foi adequado e manteve a essência da temática de sexo, cervejada, mulherada em duas horas de pura energia Rock´N´Roll e Blues. Mais uma vez registro os agradecimentos aos organizadores ( Leandro e André ) que sempre estão nos brindando com grandes atrações em Itapira.

    Finalizando o review, quero mostrar algumas das participações dos fãs responderam a Promoção Velhas Virgens em Itapira que responderam a pergunta: "Porque a Segunda Vez é Melhor que a Primeira?

Campeã
- Velhas também é sexo, e sexo é melhor na segunda vez

As Melhores:
- Porque as pernas já abrem mais fácil

- Porque na segunda você já tá mais esperto.

- É que nem vacina em criança, aplica-se a primeira aí depois precisa de um reforço. Foi aplicada a primeira dose de Rock'n´Roll em Itapira, só que precisamos de um reforço pra aguentar o resto da vida!

- Porque na segunda agente sempre sabe fazer melhor as coisas

- Por que a segunda vez é quando você tem a chance de aprimorar o que na primeira não deu certo!

- Porque na primeira é reconhecimento do território e na segunda é a dominação.

- É como a cerveja, uma chama a outra... Que venha a terceira.

Galeria de Fotos das Velhas Virgens, Sweet Hearts, Rising Power ( AC/DC Cover ), Kerozene
 

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