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Como o local do evento se consolidou no Autódromo de Interlagos, o melhor jeito de ir ao Lollapalooza Brasil seria de transporte público e utilizando os trens que chegam até a estação do local. E a primeira surpresa do dia foi assim quando saímos da estação de trem, pois, havia uma inversão no sentido da caminhada a seguir, se comparada com o trajeto do ano passado e diferente da grande subida... dessa vez o caminho era mais plano e bem mais tranquilo.
Outro destaque é a área destinada a alimentação, chamada Chef's Stage, onde várias comidas bem conhecidas de São Paulo eram vendidas e com preços variando entre 15 a 30 reais, porém, sendo belíssimos pratos e não aquele caro e famoso, pão, 'taio' e salsicha, que costuma custar 10 reais em eventos culturais de grande porte, e a parte negativa do Lollapalooza Brasil, ficou com os caixas, onde literalmente quem levou apenas cartão, não poderia comprar nada... pois, os cartões de débito e crédito, simplesmente não funcionaram durante quase todo o primeiro dia, mas, vamos aos shows do festival.
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O que vale dizer sobre o Bula é que a banda é ótima, entretanto, é claro que o som lembra o Charlie Brown, afinal, os músicos passaram pela mesma e eram compositores, mas, em nenhum momento eles citaram a ex-banda e mostraram seu trabalho querendo ver o futuro e não viver do passado, o que é ótimo e louvável, e o som do Bula se classifica daquele modo: sendo pesado demais para ser Pop e leve demais para ser um Heavy Metal, entretanto, o que classifiquei é que é um Rock Pesado sim... e muito bem feito... e isso é o que interessa no final, a qualidade de sua música e isso eles possuem.
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Com muita presença de palco Marcão e a baixista Lena ( que também fazem parte do Urbana Legion ) sempre se aproximam, agitam muito e mostram muita atitude. Só na Contabilidade, com sua levada mais Pop, porém, com um andamento de baixo bastante interessante trouxe muitos aplausos do público, que ia aumentando e enquanto uma introdução com um 'DJ', Marcão anuncia a música que deu nome ao disco, a Não Estamos Sozinhos.
Por fim, agradecem ao público e terminam seu rápido set com a Dilemas e a Duas Caras marcando um excepcional começo para o Lollapalooza Brasil 2015. Após o show, o Bula estava próximo a sala de imprensa e conversando com integrantes da parte técnica da banda, nós tentamos pegar algumas palavras dos integrantes de como tinha sido a experiência de tocar no festival, mas segundo o produtor, a resposta foi que a banda estava cansada e não falaria com a gente, uma pena.
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A música Hey Nana fez a plateia cantar bem alto, especialmente a segunda parte, que mostrou uma participação mais forte e que aumentava cada vez mais. Depois tocaram a Mais Ninguém, que tem um ótimo vídeo clipe e uma letra bastante romântica. Na sequencia, a interessante Pode Ser com uma levada de quase uma balada e com muita percussão feita pelos integrantes foi terminada com um belo som de bateria e chocalho com todos os músicos tocando juntos.
Mallu Magalhães elogia mais uma vez a todos os presentes e claramente a banda foi surpreendida pela número de pessoas na plateia e por sua reação, assim tivemos a Mia e então, Mallu Magalhães se entrega na emoção dizendo que não esperava aquela reação, que serviu de introdução para a música seguinte, a Faz Tempo. Como a banda tem um álbum lançado e os músicos são bem conhecidos no Brasil por conta de suas carreiras solo, que são bastante sólidas, seria natural que teríamos alguns covers das respectivas carreiras e o começo veio com músicas da carreira de Mallu Magalhães, que graças a sua belíssima voz nos brindou com três composições de solo: primeiro a Velho e Louca, depois a bem bossa nova Olha Só, Moreno e fechou este momento solo com a Sambinha Bom.
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A banda de Marcelo Camelo, o Los Hermanos também teve seu momento com Além do Que Se Vê e homenageia seu irmão Leo Camelo dedicando para ele a música Solar, que também pertence ao cd da Banda do Mar. Mallu Magalhães volta aos vocais para Seja Como For, que também é do primeiro disco do trio.
Aos curiosos e fofoqueiros de plantão, saibam que Marcelo Camelo e Mallu Magalhães formam um casal e a primeira música onde tocaram juntos, claro que esteve presente, que é a música Janta da carreira solo de Marcelo Camelo, onde a simpática e romântica Mallu Magalhães lembra da música especial e pede a pessoal beije a pessoa do lado, caso não esteja comprometida, muito bacana isso e deu um belo grau na apresentação da Banda do Mar.
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Na continuação do show tocaram outra do primeiro e bom álbum Indie da Banda do Mar com a Dia Clarear, mesclando com Morena, um sucesso dos Los Hermanos. Faltava ainda o grande sucesso da banda, com a Muitos Chocolates, que foi muito bem cantada pelos quase 20 mil que assistiam a apresentação. O trio agradeceu e notadamente estavam contentes com o que realmente viam, pois, a banda não esperava aquela receptividade do público e agradeceram carinhosamente encerrando uma brilhante apresentação.
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Alt-J
O trio inglês da cidade de Leeds Alt-J foi a próxima atração que fui conferir e Joe Newman na guitarra e vocal, Thom Green bateria e Gus Unger-Hamilton nos teclados formam a banda, que desde 2007 trilham o caminho do Indie Rock com dois álbuns lançados, sendo o primeiro no ano de 2012, o aclamado An Awesome Wave e o novíssimo This Is All Yours de 2014. O sucesso de Breezeblocks me fez conhecer a banda nesse show e o que posso dizer, é que por mais mente aberta que estava no dia, realmente a banda não me agradou.
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O Alt-J entrou tranquilamente no palco e se comporta - como no Paralamas do Sucesso - de forma em linha e começam com tocando as músicas Hubger Of The Pine do This Is All Yours seguida por Fitzpleasure do An Awesome Wave. Eu não tenho o menor preconceito com o Indie Rock, acho até algumas bandas bem interessantes, porém, não foi o que achei do Alt-J, pois, seus músicos são bem estáticos no palco, embora, o vocalista tenha agradecido muito essa primeira tour pela América Latina e possibilidade de estar no Brasil, mas, a parte mais triste ou melancólica, que é uma característica da banda, não era a mesma que a minha e só empolgou um pouco no final com o hit Breezeblocks que fechou a apresentação.
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Todas camisetas do Led Zeppelin se uniram em frente ao Palco Skol e quando as luzes apagaram e tivemos os primeiros acordes da introdução de Babe, I’m Gonna Leave You, um cover de Joan Baez, que o Led Zeppelin gravou em seu primeiro álbum, que ao vivo ficou muito próxima a registrada no ano de 1969 tanto nas batidas, quanto afinação, como no tempo das viradas da música e um final apoteótico promovido pelo guitarrista Liam “Skin” Tyson. O feeling que Robert Plant aplicou à canção não só emocionou como também nos levou aos tempos que o Led Zeppelin reinava na terra, mesmo com sua roupagem atual. Robert Plant fez questão de agradecer a plateia e mencionou o quanto estava feliz por estar aqui, entretanto, ao invés de agradecer em palavras ele cantou essa saudação ante a uma quase viagem instrumental, que recebeu suas dosagens de peso.
Robert Plant vem divulgando seu novo álbum solo, o Lullaby and… The Ceaseless Roar e dele tivemos a Rainbow, com uma parte percussiva muito forte, uma harmonia envolvente e quase espiritual em uma levada mais voltada ao Pop, que vem sendo feita ultimamente, mas como todo fã 'Zeppeliano' conseguimos ver muito da banda na composição.
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Hora de voltar com outro clássico do Led Zeppelin IV com Going To Califórnia, que mesmo sendo a belíssima balada que todos conhecemos, foi executada em uma versão acústica e com uma interpretação cheia de emoção, que levou sua energia sideral a todos no festival e gerou sorrisos múltiplos, e aí lembramos do quanto a música é mágica e transporta as pessoas a um belíssimo lugar na imaginação de cada um. As linhas de violão comandadas pelo competente Liam “Skin” Tyson e as intervenções de teclados de John Baggot ajudaram esta música caminhar à outra dimensão e naturalmente nos lembrar do que o Led Zeppelin fez nos anos 70.
Robert Plant ainda puxou os "oooh aaahh" com os fãs várias vezes antes de encerrar brilhantemente esta canção agradecendo a nós e apresentando os músicos Justin Adams, Liam “Skin” Tyson, nos teclados John Baggot, Dave Smith, Billy Fuller, citando o que cada um toca no show com uma empolgação e respeito por cada um muito grande.
Em seguida, Robert Plant nos brinda com o Blues de Spoontiful, cover de Willie Dixon, que foi uma espécie de viagem eletrificada e psicodélica ao Egito ou para as Arábias, porém, uma ressalva vale aqui, para os menos acostumados com improvisações ao vivo e desejam a música como foi gravada no cd, pode se tornar um pouco cansativo algumas variações que Robert Plant faz ao vivo, com riffs ou notas a mais dispersando boa parte do seu público, mas, ele é um ex-Led Zeppelin e ao vivo o Led Zeppelin ficou famoso por seus shows longos e lotados de improvisações, tanto que nesta, a energia foi sendo levada à nível tão diferenciado que somente os quem possuem 'DNA de Rock' elevado foram capazes de absorver.
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Sem pestanejar, Robert Plant and The Sensational Space Shifters emendaram com os primeiros acordes de The Lemon Song do Led Zeppelin II, que foi de certa forma uma surpresa triste, pois, quando reparei que seria sua vez no set, já sabia que provavelmente ele não retornaria tocando com Jack White como fez no Lollapalooza na edição dos 'hermanos' argentinos. Entretanto, as sensações ao ver este clássico com o inglês a cantando é algo fenomenal, mesmo não sendo tão pesada quanto no passado, quando tínhamos John Bonham na bateria e Jimmy Page na guitarra, mas até que Dave Smith, Justin Adams e Liam “Skin” Tyson deram conta do recado.
Brincando com os fãs, nos "oooo yeahh" ele anuncia a Little Maggie, que é o nome de sua nova namorada e também outra de seu novo disco, cheia de linhas percussivas, uso de instrumentos diferentes como o riti em uma nova presença de Juldeh Camara, que ganhou muitas palmas dos fãs em seu decorrer, que não empolgou muito, mesmo tendo uma belíssima harmonia e levada 'Zeppeliana', talvez por conta de muitos não possuírem a capacidade de entender a levada exótica que era exibida no Palco Skol e totalmente dispare das bandas Indies ( e afins ) do Lollapalooza.
Para estes ( que não são conhecedores do verdadeiro Rock ) Robert Plant executou a esplêndida What Is And What Should Never Be do Led Zeppelin II, que retomava a atenção de todos novamente em sua exibição mais lenta dotada de vocais compenetrados, riffs de guitarras enfeitiçantes e cheios de linhas Bluesadas, que assim como outrora recebeu todo seu peso e sentimento mais próximo ao seu final. E seguindo direto aproveitando cada instante de seu pouco tempo no festival ( porque ele deveria ser o headliner com duas horas, mas enfim... ), ele executou a Fixing To Die, ( do bluesman Bukka White ) presente em 'bootlegs' como o Live at Royal Albert Hall de 1970 e muitos conhecem essa versão do 'Zeppelin de Chumbo', que foi iniciada com batidas eletrônicas que até dificultaram descobrir qual música era, porém, com inteligência Robert Plant e banda vão adicionando seus elementos mais Rock´n´Roll, que novamente tiveram direito a várias improvisações durante os solos de guitarras, especialmente Justin Adams, que estava tocando de forma alucinada.
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O final foi simplesmente magnífico, pois, Robert Plant brinca com o verso de Wholla Lotta Love em um ritmo de Blues, que surpreendeu a todos e alguns só foram descobrir que se tratava mesmo de Wholla Lotta Love quando os solos de guitarras mais conhecidos aparecerem. É o grau de surrealidade que Robert Plant and The Sensational Space Shitfers estavam exibindo neste início de noite no Autódromo de Interlagos era realmente incrível.
A experiência musical que fomos expostos é algo que não se expressa em palavras, mas sim... em sentimentos de euforia e com a alma lavada digamos assim, sendo que desta forma o inglês e sua banda encerravam sua participação no Lollapalooza, afinal, basta se lembrar no que eles fizeram no meio da música quando John Bonham espancava sua bateria, com Juldeh Camara novamente no palco trazendo toda a musicalidade de seu riti junto a Robert Plant misturando versos de Not Fade Away ( de Bo Diddley ) à música para retomar com a atmosfera puramente Led Zeppelin de Wholla Lotta Love, que foi cantada por todos.
Qual não foi minha surpresa ( aos gritos de "mais um..." e "Robert Plant" ) ao ver a banda de volta ao palco com o Lord inglês trazendo riffs elétricos fortes nos teclados de John Baggot quebrados pela melodia do riti de Juldeh Camara, que caminham para o hino Rock'n'Roll ( do Led Zeppelin IV ), aí com o coração cheio de alegria, hora de ouvir ( e ver ) uma execução primorosa desta música, que fez todos pularem, se divertirem e cantarem no mais alto som possível toda a letra ou a parte que saibam de uma das melhores músicas de todos os tempos em uma versão digna do soberbo show do Robert Plant, que nos agradece dizendo que nos verá em breve ( que assim seja ). E o pensamento que veio em minha mente foi certamente compartilhado por muitos: para mim estava encerrando o Lollapalooza, afinal, o que viesse depois consideramos como lucro certo, pois, este era o "Show do Festival".
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The Raconteurs, banda paralela que Jack White toca desde 2005 com outros amigos de outras bandas teve uma música relembrada, que foi a surpreendente Steady, As She Goes, onde alguns fãs conheciam o projeto paralelo de Jack White, principalmente por conta da música ter se saído muito bem nas FM’s do Brasil, e aí... imagine a adrenalina que surgiu com pedido de Jack White para que o público do Lollapalooza cantasse com ele a parte do refrão... O norte-americano foi prontamente atendido e tivemos aquela euforia que o público brasileiro sempre faz.
Outra do cd Blunderbuss foi a balada Love Interruption, que também foi bem recebida pelos fãs para em seguida ele incendiar a galera mais saudosa de sua ex-banda, o White Stripes, com três músicas na sequencia: a We're Going To Be Friends em uma versão calma e muito emocionante, que fez os fãs mais fervorosos cantarem com ele, mas, que também recebeu seus solos mais robustos na guitarra do inquieto Jack White, depois a Fell In Love With A Girl, que passou uma dosagem de adrenalina imensa, e por fim, fechando a trinca, a insana Black Math, cuja parte instrumental é bem fora do normal. E desta maneira incansável que ele estava conduzindo seu show, me peguei pensando: "se ele continuar tocando direto assim... tocará toda sua discografia".
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E quando o show apresenta um nível de eletricidade como Jack White estava fazendo neste Lollapalooza não se percebia o tempo passar, entretanto, o cansaço lembrava que estava chegando o final e era visível em todos sinais de fadiga, pois, a média é que estariam ali umas seis ou sete horas andando por uma área enorme e uma hora o corpo cobraria. Mas, Jack White e sua banda estavam alheios a isso e prosseguem o show com mais agito e executam uma de cada álbum solo: inicialmente as viagens no theremim feitas por Fats Kaplin em Three Woman ( do Lazaretto ), posteriormente, ele continua com a Missing Peaces ( do Blunderbuss ), que em algum momento flertam com o Rock em suas muitas improvisações levando o vocalista a perguntar: "E aí Brasil vocês querem mais canções?" para finalizar esta primeira parte com - claro - mais uma do White Stripes, porém, quem pensou isso - assim como eu - se enganou, pois tivemos outra do The Raconteurs com a Top Yourself.
Nos momentos da pausa, a galera já fica puxando o refrão da Seven Nation Army e até que o bis veio rápido e iniciado com toques do baterista Daru Jones numa sinfonia instrumental atordoante para se ligar a uma do White Stripes, a I'm Slowly Turning Into You, que retomou as linhas cheias de eletrificação de Jack White e obviamente isso foi muito bem recebido pelos fãs. Em seguida, mais do Lazaretto com a Would You Fight For My Love?, que começa assim como seu videoclipe, com linhas melancólicas no piano e que no seu refrão fez a galera cantar com eles ( porém, um tanto que discretos ) e logo depois, a um tanto que doida That Black Bat Licorice e num primeiro momento mostrou uma atmosfera quase Progressiva, talvez pelo uso do violino, mas, Jack White querendo deixar marcado seu show na memória dos fãs vira e mexe se movimentava muito na frente do palco.
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Entretanto, o momento de maior euforia do show chegaria após a execução de Rock´n´Roll quase agressivo de Ball and Biscuit ( outra do White Stripes ) cujos solos foram extremamente distorcidos na guitarra de Jack White entre seus vários improvisos. É a música mais aguardada por todos e que é considerada um hino informal Eurocopa 2012, é cantada atualmente por vários times que disputam a UEFA Champions League e que antes havia sido utilizada em um jogo da seleção da Itália contra a Espanha, estou falando do emblemático sucesso Seven Nation Army ( também do White Stripes ), cuja introdução no baixo de Dominic Davis com suas linhas opacas gerou "ôôôôôhh... ôôôôôhh..." absurdos e fez a galera pular, cantar e berrar seus versos com Jack White.
E aquela multidão continuou a gritar no ritmo o refrão de Seven Nation Army ( o trecho dos "ôôôôôhh... ôôôôôhh..." ), que por eles deveria continuar... mesmo com a banda já parando de tocar e com a guitarra distorcida deixada em alto volume e com a nota travada... Jack White foi ao microfone para os agradecimentos finais e nos disse: "Deus abençoe a todos... vocês são incríveis..." deixando nós todos curtindo a explosão de fogos e indo para casa devidamente satisfeitos. Esta música encerrou com primor o espetacular e agitado show de Jack White e sua banda, que conseguiu se sair muito bem, deixando lembranças muito positivas em quem ficou até o final, após o espetacular show de Robert Plant neste Lollapalooza.
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Um primeiro dia surpreendente, pois, não esperava um show tão bem cantado por Robert Plant no esplendor de seus mais de 60 anos e um Jack White mostrando ser um grande músico como foi e que sabe como se destacar em festival, mesmo que a maioria de suas músicas não sejam tão comerciais, mas o show que ele apresenta é algo que anima e explode a multidão presente a olhos vistos pela tamanha empolgação, que nos mostrou nesta primeira noite de Lollapalooza Brasil 2015.
Texto: Marcos César de Almeida
Fotos: Marcos César de Almeida, Mattina - I Hate Flash, Mila - I Hate Flash,
Schaepfer - I Hate Flash, M. Rossi e David James Swanson
Agradecimentos Costábile Salzano Jr. e equipe da T4F
pela atenção e credenciamento
Junho/2015
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