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Symphony X
Paradise Lost World Tour
Abertura: MindFlow
Domingo, dia 26 de outubro de 2008 no Credicard Hall, São
Paulo/SP |
Em um domingo de muito calor no dia do segundo turno das
eleições municipais em São Paulo e muitas capitais, nos dirigimos ao
Credicard Hall para conferir mais uma das atrações
internacionais que estão passando pelo Brasil neste ano de 2008, que
está avassalador para shows, desta vez conferimos os norte-americanos do
Symphony X, porém, a excelente banda brasileira
MindFlow se encarregou da abertura e é a partir deste ponto que começo esta
resenha.
MindFlow
Às 20:10,
após a execução de uma breve introdução, Danilo Herbert (
vocais ), Rodrigo Hidalgo ( guitarra ), Rafael
Pensado ( bateria ), Ricardo Winandy (
baixo ) e Miguel Spada ( teclados ) sobem no
palco para divulgar o seu terceiro cd Destruction Device
totalmente mergulhado nas idéias do assassino serial "J.A.C.K." que
segundo a história do cd (
leia resenha ) está fazendo suas
vítimas e pode ser até um membro da própria banda. E foi
justamente com a faixa título do cd que é aberto o show dos
paulistas. E como a música é bem empolgante e com muitos fãs da banda
estavam presentes, o MindFlow já deixou bem claro que não
estava ali com figurante e sim para "reclamar seus direitos de
co-atração principal da noite". Depois tivemos Under An Alias
e Breaktrough onde percebia-se o grau de afiação e atitude da
banda somados ao carisma do vocalista Danilo, que andava
de um lado para o outro e soube mostrar muita personalidade ao
cantar.
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Em seguida, o tecladista Miguel Spada e o baixista
Ricardo Winady aplicam muito peso em seus instrumentos dando
uma característica única a Lethal, outra do novo trabalho
Destruction
Device. Aliás, as duas bandas investiram pesado nas músicas
de seus últimos trabalhos, como foi o caso da próxima
Inevitable Nightfall e a agressividade dos vocais de Danilo
estão em alta novamente e eles trazem ao set uma sessão muito mais
metal que o prog característico do MindFlow que desperta uma
reciprocidade única entre os fãs com uma grande atuação do baixista
Ricardo Winady e o guitarrista Rodrigo Hidaldo que agitam sem parar.
Com a bateria, baixo e guitarra tocando em ótima sincronia e
despertando ainda mais integração com o fãs, o quinteto toca mais uma do novo trabalho
com Fragile State Of Peace, que mantém o nível do show lá em
cima e em seguida partem para a melhor do novo cd: Said And Done
que é cantada também pelos fãs da banda
e finalizam com a pesada Meeting Her Eyes do primeiro cd Just the Two of
Us...Me and Them!. Finalmente acompanhei uma apresentação do MindFlow ao
vivo e realmente me surpreendi não somente pela competência da banda
ao vivo, mas pela performance que mexeu com a platéia marcando seus
fãs é claro e também muitos que estavam ali para ver o Symphony X ( detalhe: eles deixaram uma tarefa
difícil para a banda
principal ).
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Setlist do MindFlow
1 - Intro
2 - Destructive Device
3 - Under An Alias
4 - Breakthrough
5 - Lethal
6 - Inevitable Nightfall
7 - Fragile State Of Peace
8 - Said And Done
9 - Meeting Her Eyes
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Symphony X
Após um
breve intervalo para que os acertos que sempre antecedem um show, o
Symphony X começa o seu show com com a introdução Oculus
Ex Inferni que abre o mais recente trabalho da banda
Paradise Lost, e motivo da tour que está realizando sua
segunda passagem pelo Brasil em pouco mais de um ano ( em junho de 2007 eles também
aportaram na terrinha, mas agora, vieram para uma seqüência
maior de shows com datas em várias cidades ). Após essa
introdução temos no palco um empolgado Russel Allen cantando
com muita energia Set The World On Fire, com direito a solos
cheios de técnica de Michael Romeo e muita precisão por parte
do tecladista Michael Pinella, isso naturalmente já
começava a garantir a alegria por parte do público.
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Foto: Mariana
Chiarella |
E como o novo cd estava em alta no set dos americanos, eles
tocam mais outras duas na seqüência: a primeira foi
Domination que é iniciada com firmeza pelo baixista Michael
LePond, que vem para incendiar 'pra valer' a galera
presente, que embora fosse um público bem grande, desta vez o
Credicard Hall, não lotou como aconteceu em alguns shows deste ano (
vide os casos de
Deep Purple,
Scorpions ou
Whitesnake, por exemplo ) havendo muitos espaços vazios e
conseguia-se andar pela casa de um lado para outro sem maiores
dificuldades, mas quem esteve por lá correspondeu gritando junto com
o vocalista do Symphony X. Já a segunda foi a cadenciada
Serpent´s Kiss onde Michael Romeo faz aquele solo com
digitações que os fãs de melódico tanto adoram. E embora o
Symphony X tenha muitas influências de prog-metal e metal
melódico, o peso na bateria de Jason Rullo e a agressividade
dos vocais de Russel Allen chamaram bastante a atenção neste
início de show, especialmente no que tange às faixas do álbum
Paradise Lost.
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Saindo um pouco do novo álbum tivemos Masquerade
cantada com um feeling intenso de Russel Allen que
impressiona e emociona. E esta canção do primeiro trabalho dos
americanos de New Jersey ganha um destaque caindo para o lado mais
progressivo com as lindas melodias extraídas dos teclados Michael
Pinella. De começo mais lento, somos apresentados a Paradise
Lost, canção título do álbum que possui melodia muito bem
cuidada e faz a galera cantar com Russel ( especialmente
no refrão "Say Goodbye... goodbye..." ), onde o músico fica
notadamente feliz ao ver a vibração do povo brasileiro, enquanto a
canção ganha no andamento com seus riffs longos e melódicos fazendo um
dos grandes momentos do show ( no melhor estilo trilha de filme
). The Walls Of Babylon é outra do novo trabalho
apresentada nesta noite e nela Michael Romeo expressa sua
técnica nas seis cordas e consegue passar muita energia. Em seguida
temos muito prog-metal com Inferno ( Unleash The Fire ) e
Smoke And Mirrors duas que mesclam uma passagem por outros
trabalhos da banda ( neste caso: The Odissey e Twilight
In Olympus respectivamente ). Aliás, Smoke and Mirrors
apresentou os longos solos de Michael LePond e Michael
Romeo de forma igual ao que está contido no cd.
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Em
seguida Russel faz uma pausa no show e conversa com os
fãs, que berram a plena força de seus pulmões para que ele cante
Revelation ( Divus Pennae Ex Tragoedia ), mais outra do
Paradise Lost, e insistem tanto que o vocalista diga "I´m
Got", com isso é fortemente aplaudido e executa o pedido dos
seus fãs e o clima que a música passa, literalmente pede a
participação da galera possuindo todos os caminhos para que a
platéia se inflame ainda mais, o resultado, como não poderia deixar
ser, é presenciar um grande coro cantando com o vocal do Symphony X. Antes
da tradicional pausa para o bis, foi tocada a balada Pareadise
Regained ( part VII de The Divine Wings of Tragedy ) que
novamente sentiu-se por todo o Credicard Hall a leveza que a
música passa.
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Na volta
para o bis, Russel fala que muitos tem que
trabalhar no dia seguinte e que não poderia se alongar tanto no
show, afinal, o espetáculo foi realizado em um domingo, e todos
sabem que segunda é dia que o "bicho pega". Sendo assim, disparam a
primeira do bis Eve Of Seduction ( do Paradise Lost
) com Michael Romeo solando sua guitarra novamente daquela
forma que somente os guitarristas virtuoeses colocam em seu som.
Enquanto isso, Russel Allen pega uma bandeira do Brasil,
enrola-se nela e por fim a coloca na frente da bateria, uma
declarada forma de agradecer ao calor recebido pelo povo brasileiro.
E parecia que o show ia acabar, pois todos se abraçaram e
cumprimentaram os fãs presentes, mas os americanos tinham mais
outras duas "na agulha" de seu set e tocaram Of Sins And Shadows ( do
The Divine Wings of Tragedy ) e encerrando de vez com
Evolution ( uma das melhores do álbum V The New Mitology
Suite ) que também era muito esperada pela platéia.
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Foto: Mariana
Chiarella |
Ainda não
tinha visto uma apresentação do Symphony X,
e a julgar pela agitação e empolgação exibida no palco pelos
americanos, vemos que o legado do prog-metal
estará em boas mãos, pois eles deixaram um gosto de "quero mais"
no ar. Mas também não posso encerrar este review sem citar a
competência dos brasileiros do MindFlow, pois já
foi o tempo que todos os 'open-act' da noite eram meros
coadjuvantes em shows. Os paulistas provaram que tem condições para
"brigar de igual para igual" com o quinteto de New Jersey. Que
a overdose de shows internacionais no Brasil continue, porém, em
casos como o desta noite, que as bandas brasileiras tenham tempo
suficiente para confirmarem que também estão no mesmo nível dos gringos.
Texto e Fotos: Fernando R. R.
Júnior
Agradecimentos: Juliana Negri - Top Link Music -
www.toplinkmusic.com e
Heloísa Vidal - Brasil Music Press -
www.brasilmusicpress.com
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Setlist do Symphony X
1 - Intro - Oculus ex inferni
2 - Set the world on fire
3 - Domination
4 - Serpent’s Kiss
5 - Masquerade
6 - Paradise Lost
7 - The Walls of Babylon
8 - Inferno
9 - Smoke and Mirrors
10 - Revelation
11 - Paradise Regained (Part VII da TDWOT)
bis
12 - Eve of Seduction
13 - Of Sins and shadows
14 - Evolution
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Foto: Mariana
Chiarella |
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Symphony X e do MindFlow
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