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Monsters Of Rock -
2º Dia Com:
KISS,
Judas Priest,
Manowar,
Accept,
Unisonic,
Yngwie Malmsteen,
Steel
Panther
e Doctor Pheabes Domingo,
26 de Abril de 2015 na Arena Anhembi em São Paulo/SP
Depois do
êxtase ao estar presente no
primeiro excelente dia de Monsters Of Rock (
confira matéria ), onde pudemos assistir shows excelentes de
Ozzy Osbourne e Judas Priest, o segundo dia prometia ainda mais,
afinal, se no primeiro dia tivemos nomes como o Coal Chamber e o
Black Veil Brides que até fizeram bons shows, mas longe da
expectativa dos clássicos e históricos nomes, no segundo, a coisa
ia ser bastante diferente... exceção do Steel Panther e do Unisonic, os
demais estão na lista das mais importantes bandas do Heavy
Metal/Hard Rock em todos os tempos.
E em um mesmo dia assistir Yngwie Malmsteen, Accept, Manowar,
Judas Priest e KISS era praticamente a realização de um sonho de criança, que
vemos que acontece somente em festivais europeus como o Wacken
Open Air ou o Sweden Rock Festival ( entre
outros ), mas todos em um dia e aqui... foi inédito... inclusive,
o KISS foi o responsável por muitos fãs estarem de rostos pintados e por um número
ainda maior de presentes comparando-se com o primeiro dia.
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Doctor Pheabes
De volta a
Arena Anhembi por
volta das 13hs e com uma perspectiva ainda maior que no sábado,
realizei o meu rápido credenciamento para a continuação desta
matéria para o Rock On Stage.
Nesta hora, a banda brasileira
Doctor Pheabes já estava no palco quase terminando seu show, de modo que
não pude acompanhar a atuação de Fernando "Magrão" Parrillo
na guitarra solo,
Eduardo "Dr. Pheabes" Parrillo na guitarra e vocal, Fábio
"Cuca" Ressio no baixo e Paulo "Raul" Ressio
na
bateria em mais um show da divulgação do debut cd Seventy Dogs (
confira resenha ),
de onde foi tirado o set list com as músicas "Seventy Dogs",
"Where Do You Come From?",
"Godzilla", "Sound", "Suzy".
Nas conversas que tive com colegas
presentes antes de mim, fiquei sabendo que eles fizeram um bom show,
certinho e foram uma atração de abertura com a devida competência.
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Steel Panther
E o domingo
ensolarado ficou ainda mais quente por volta das 13:20, quando a banda de Glam-Rock de Los Angeles, Califórnia chamada
Steel Panther subiu no
palco, pois, além de revisitar aquele Hard Rock oitentista conhecido
por muitos como 'farofa', Ralph Saenz ( “Michael Starr”
) nos vocais, Darren
Leader ( “Stix Zadinia” ) na bateria, Travis Haley
( “Lexxi Foxxx” ) no
baixo e o Russ Parrish ( “Satchel” ) na guitarra, com suas grandes
perucas, jaquetas de couro, calças coloridas de zebras, letras
machistas e bem humoradas mostraram lados que há muito tempo não
estamos vendo no Rock: da irresponsabilidade, do glamour, do show em
si, da brincadeira e das mulheres... no sentido de festa com tudo
liberado ( ou quase, mas explico isso mais detalhado nas linhas
seguintes )
A
primeira do set do
Steel
Panther foi a Pussywhipped do novo cd All You Can Eat
( lançado em
2014 ) e com facilidade, eles foram conquistando os fãs pela energia de
seu Hard Rock, cheio de bons riffs de guitarra de Satchel
e de uma atuação contagiante do vocalista Michael Starr, com
um estilo que misturava Dave Lee Roth e Vince Neil.
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Neste clima de pura farra Rock´n´Roll, eles executam em seguida a
Party Like Tomorrow Is
The End Of The World, outra do novo trabalho, que tem os dois pés
fincados nos anos 80 e deu para ver que muita gente estava com as
músicas na ponta da língua interagindo bastante com o vocalista e
lógico, que a facilidade da letra também ajudou bem. Durante os solos
de guitarra, o baixista Lexxi Foxxx pegou um espelho e um
batom e começou a retocar a maquiagem... simplesmente hilário.
E
durante esta segunda música, algumas garotas que estavam nos ombros
de amigos ( ou namorados )
começaram a ficar mais à vontade naquele calorão todo e quando o
vocalista percebeu... ele já a incentivou a fazer um topless com as
mãos.
Então, o guitarrista Satchel vai ao microfone avisa que vai
falar algumas palavras em português grita: "Mostrem os peitos"
e a primeira garota que fez isso era uma loira bonita e dona de
um belo par de seios. Ele continua dizendo: "Minhas bolas têm gosto de
morango e que gosta de bunda grande" e que "Michael Starr tem pinto pequeno", entre outras frases
na nossa língua, que fez muitas pessoas rirem. E com todo esse
discurso... um sutiã foi arremessado no palco para felicidade dos
membros da banda e então, o guitarrista aproveita para apresentar os
integrantes do Steel Panther com muito bom humor.
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Notadamente empolgados
com a recepção do público, o Steel Panther, que ao iniciar os
toques de Asian Hooker ( do Feel The Steel de 2009 ) foram
brindados com "hey...hey..." dos fãs e em troca recebemos a mais
pesada das três músicas apresentadas. E o vocalista Michael Starr
canta seus versos rebolando muito, o cara é só trejeitos, mas, isso
dá resultado, pois, mais garotas começaram a se empolgar e exibir
seus belos seios enquanto recebíamos seus ótimos solos de guitarra.
E a festa prossegue com o Hard Rock animador de Eyes Of A Panther,
outra do álbum de 2009, que fez a galera curtir bastante com a banda
seus solos de guitarra e a atuação do vocalista, que sabe muito bem
comandar uma multidão como aquela, que já nesta hora estava tomando
conta dos espaços da Arena Anhenbi.
Porém, a parte mais ...
hum
interessante do show.... foi a seguir, pois o guitarrista Satchel
falou que é um dia especial para a banda e que é a primeira vez em
São Paulo, então apresenta o baixista Lexxi Foxxx, que quando
sola faz o tipo, mas na verdade não sola nada e Satchel e o
vocalista Michael Starr usaram dois sopradores de folhas fazendo
os seus
longos cabelos ficarem tremulando para um hair
solo, momento Glam puro... entretanto nesta hora, quem segurou 'a bronca' mesmo foi o baterista
Stix
Zadinia.
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Quando começaram o hit
17 Girls In A Row do Balls Out de
2011, várias das garotas que haviam mostrado seus seios na plateia
foram convidadas para dançarem no palco ao lado dos músicos do Steel
Panther e compartilhar seus belos peitos com todos os presentes
no Monsters Of Rock, sendo que algumas até deram beijos e se esfregaram nos
integrantes da banda, tiraram fotos, ou seja, um clima de zoeira
pura, desinibição total, uma gostosa anarquia regada a um Hard Rock
dos bons. E se alguém assustou isso, saiba que é padrão nos shows do
Steel Panther pelo mundo... e que bom... precisamos de bandas que não
sejam totalmente certinhas.
Para emocionar a todos e algo
que jamais pode faltar nos shows de Hard Rock, eles tocaram a balada
Community Property,
gravada no Feel The Steel e apesar de sua bela execução, que fez
muitos cantarem com eles, vi algo que me chamou a atenção: uma fã
chorando ao ver esta música ser tocada.
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O vocalista
Michael Starr gritou um "Sãoooo Pauloooo" começou a soltar alguns "Fuck
Miley
Cyrus" e emendou uma letra totalmente erótica sobre a cantora (
olha
o processo... ), que geraram muitos risos nos fãs que acompanhou ele em
algumas partes, mas isso, serviu de introdução para Party All Day ( Fuck All Night ),
um Hard Rock no estilo do Bon Jovi, dotado de uma letra muito
interessante, para não falar outra coisa desta música do álbum
Feel
The Steel, que fez a galera cantar com eles, especialmente o refrão.
Eletrizando ainda mais, o vocalista nos pergunta várias vezes: "You
Like Heavy Metal?" e neste clima positivo, o Steel Panther
tocou a Death
To All But Metal ( outra do Feel The Steel ), que contaminou todos
com seus solos de guitarra.
Depois desta, o quarteto nos agradece
pela troca de energia e nós... a eles pelo showzão que fizeram,
daqueles que quem viu não se esquecerá e que mostrou uma cara que muita
gente parece que está se esquecendo... Rock é festa, é diversão, é
chamar a atenção das mulheres.... e ajudar elas a ficarem mais
desinibidas... Que o Steel Panther retorne no Brasil mais vezes e em
uma turnê como atração principal.
Set List do Steel Panther
1 - Pussywhipped 2 - Party Like Tomorrow Is The End Of The World 3 - Asian Hooker 4 - Eyes Of A Panther 5 - 17 Girls In A Row 6 - Community Property 7 - Party All Day (Fuck All Night) 8 - Death
To All But Metal
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Yngwie Malmsteen
Terminado o show do
Steel
Panther era hora de dar uma volta e tomar uma água enquanto o palco
era preparado para o virtuoso guitarrista sueco Yngwie J. Malmsteen,
que desde 1984 lançou-se em carreira solo, que já nos rendeu 18
álbuns de estúdio e alguns ao vivo, sendo o último de estúdio, o
Speelbound de 2012. Quando retornei mais próximo ao palco do
Monsters Of Rock vi um verdadeiro 'paredão' de amplificadores
Marshall, que
mesmo enquanto estava distante, aquela montanha chamava bastante a
atenção, pois, praticamente ocupava metade do espaço disponível.
É... Yngwie J. Malmsteen
queria que todos os presentes ouvissem sua guitarra
com clareza. E o show começou às 14:50 com sua banda composta por Patrick Johansson
na bateria, Nick Marino nos teclados e vocais e
Ralph Ciavolino no baixo e vocais
preparando o terreno na introdução para que a estrela maior entrasse
no palco ao som de Rising Force ( do Odissey de
1988 ), onde vimos toda sua exuberante
técnica oriunda de sua Fender Stratocaster branca e bege ser
exibida.
Deu para perceber que a pegada de
Yngwie J. Malmsteen ao vivo
nesta tarde seria muito mais potente comparando com a vez que assisti seu show
em 2007 ( confira resenha ), aliás, apesar de estar cantando em
seus shows, nesta primeira música, quem assumiu os vocais foi o
tecladista Nick Marino.
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Além disso, neste principio de show
do virtuoso guitarrista, deu para notar uma certa linha imaginária,
onde os demais músicos não poderiam passar, sendo que eles ficaram
mais atrás e algumas poucas vezes, o baixista Ralph Ciavolino veio
mais à frente, afinal, o grande nome no palco era ele - Yngwie
Malmsteen - que estava até que carismático, pois, em todas as músicas
jogou várias palhetas para a plateia ( e para todos os lados,
algumas inclusive no palco ) e antes de começar a segunda, ele
saudou os fãs com um "Saoooo Pauuuulooooo" e enfrentou um problema
no microfone, além do sol, que nesta hora ficou muito forte e começou a
bater na sua cara.
Spellbound, título do álbum de 2012, dotada de riffs
que exprimem uma imensa habilidade encantou muitos fãs, que responderam batendo
palmas e berrando os "hey...hey..." e teve sua letra cantada pelo
baixista Ralph Ciavolino.
A cada música,
Yngwie J.
Malmsteen trocava sua guitarra por outra idêntica, mas ele
estava 'ligado nos 220v' e as trocas eram feitas com ele jogando sua
guitarra para o seu rápido e ágil roadie, que as guardava com todo cuidado. Aliás, Yngwie J. Malmsteen foi muito inteligente ao fazer
isso, pois, ajudou os
fãs ficarem mais ligados na sua apresentação quebrando aquele
estigma que "show de guitarrista não é animado, é só "técnica...
técnica e técnica".
Em seguida, Yngwie J. Malmsteen,
que estava trajado
com sua calça de couro e camisa preta em um visual bem setentista de longas costeletas
inspirado em um certo Richie Blackmore executou a Damnation Game
( do Perpetual Flame de 2008 ), cujos solos passam aquela sensação tipo
'como ele
consegue fazer tudo isso com tanta facilidade?'.
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Yngwie
J. Malmsteen
se movimentava bastante pelo palco, no pequeno espaço que sobrou
entre ' a montanha de Marshalls' e a frente do palco
indo sempre de um lado para outro, olhando e ajustando uma coisa
aqui ou ali entre seus muitos amplificadores. E o guitarrista trouxe
também momentos mais clássicos ao Monsters Of Rock com
a trinca Overture / From A Thousand Cuts / Molto Arpeggioso (
Arpeggios From Hell ) gravadas nos seu discos
Relentless ( 2010 ), Spellbound e
War To End All Wars ( 2000 ), respectivamente,
para depois emendar com a Seventh Sign ( título do álbum
de 1993 ), que ele fez alguns backing vocals, além de
caretas e solos com os dentes. Como esta era bem conhecida dos fãs,
muitos cantaram alguns versos com o tecladista Nick Marino.
Então,
Yngwie J. Malmsteen nos pergunta se queremos ouvir umas músicas
dos bons tempos e com a resposta positiva ( já com outra
Fender ), ele retorna nas mais eruditas de sua carreira com
Concerto #4 e Adagio
( do Concerto Suite For Electric Guitar and
Orchestra In E Flat Minor, Opus 1 de 1998 ), que nos
mostraram todo o poder que exala das notas de sua guitarra até nos
momentos mais melancólicos da música e logo depois a Far Beyond
The Sun (
do Rising Force de 1984 ), que é uma de suas
mais conhecidas e perfeitas composições, que ele fez questão de
aplicar vários e sensacionais improvisos.
Este momento foi um daqueles que são ótimos para
viajar e que demonstram que a combinação Yngwie Malmsteen +
Fender Stratocaster resulta em músicas de altíssimo nível. Obviamente, que
com um set list assim, ele conseguiu fazer os fãs vibrarem e o incontido
músico solou com os dentes e até de joelhos, perto de seus vários Marshalls.
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Saindo da linha mais clássica, com um "Saooo Paulooo"
berrado pelo baixista Ralph Ciavolino, o
guitarrista homenageia um de seus principias heróis nas seis cordas
com um pequeno trecho de Purple Haze do The Jimi Hendrix Experience,
que assim que foi percebida pelos fãs... fez que todos agitassem
significativamente e nesta ele também cantou alguns de seus versos,
que foram ligados a mais uma trinca, agora composta por Trilogy
Suite Op: 5 ( do Trilogy de 1986 ), Krakatau ( do
Odissey ) e Cadenza #2, e aí... tome mais fortes dosagens
da imensa categoria do sueco solando cada vez mais acelerado, que
faz o que quer de sua guitarra, aliás, ele sim sola muitas notas por
minuto, agride as cordas de sua guitarra e vai além, ao contrário de
algumas bandas que acham que solar rápido é sinônimo de muita
técnica.
No término desta
parte, ele trava sua guitarra em uma nota
que a faz enviar solos fantasmagóricos e Patrick Johansson
finalmente pega forte em sua bateria até a volta de Yngwie J. Malmsteen.
Depois desta viagem
instrumental, hora de uma música com vocais e com uma linhagem mais
Hard Rock Heaven Tonight do Odissey teve suas letras
cantadas pela dupla Nick Marino e Ralph Ciavolino, com este último
ousando vir a frente e se aproximando do guitarrista durante os
solos, que fizeram os fãs baterem palmas e acompanhar seu ritmo nos
"hey...hey..." felicitados por um "São Paulo Thank you so much"
dito
pelo baixista, que levaram a outra magnífica sucessão de solos de
guitarra presentes na Black Star do álbum Rising Force.
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A última do
set foi a conhecida e esperada I'll See The Light Tonight do
Marching Out de 1985, que entrou a toda
velocidade, fez muitos cantarem seus versos e receberem outra 'tantada'
de solos de Yngwie J. Malmsteen, que estava com a intenção de também
deixar sua apresentação no Monsters Of Rock entre os melhores shows
do festival.
E ele cravou isso ao pegar uma
Fender Stratocaster toda branca, joga-la para o
alto, deixa-la cair e só se contentar quando finalmente a quebrou (
rachando seu corpo ao meio ), e
isso regado à um solo matador dos outros três músicos. Yngwie J.
Malmsteen fez um ótimo show com um final apoteótico, que inflamou
ainda mais os fãs com sua eletrizante atuação.
Set List Yngwie Malmsteen
1 - Rising Force 2 - Spellbound 3 - Damnation Game 4 - Overture / From a Thousand Cuts / Arpeggios From Hell 5 - Seventh Sign 6 - Concerto #4 / Adagio / Far Beyond The Sun (Songs from: ?? /
Niccolò Paganini / himself) 7 - Purple Haze (The Jimi Hendrix Experience cover) 8 - Trilogy Suite Op: 5 / Krakatau / Cadenza #2 9 - Heaven Tonight 10 - Black Star 11 - I'll See The Light Tonight
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Unisonic
No breve tempo em que se
seguiu entre o final do show do Yngwie Malmsteen e a próxima
atração, que eram os alemães do Unisonic, aproveitei para mais uma volta
pelas lojas ( especialmente de cd´s ) na Arena Anhembi
e entre olhar
um e outro dos muitos álbuns disponíveis, fui rapidamente mais para
a frente para conferir a segunda passagem no Brasil ( a primeira
foi em 2012,
confira resenha ).
E a banda formada em 2012 por
Michael
Kiske nos vocais, Kai Hansen e Mandy Meyer nas
guitarras ( substituído neste show pelo baixista Tobias "Eggi"
Exxel do Edguy, já que o titular estava tocando com sua outra
banda, o Krokus ), Dennis Ward no baixo e Kosta Zafiriou
na bateria. O Unisonic aproveitou este show no Monsters Of Rock
para a
divulgação de seu novo trabalho, o ótimo Light Of Dawn
de 2014.
Por
conta de Michael Kiske e Kai Hansen terem sido membros do
Helloween
e responsáveis por alguns dos maiores clássicos da carreira banda, a
expectativa de muitos fãs era enorme. Na introdução, os alemães
entraram ao som de Venite 2.0, que também é a música de abertura do
novo cd e após as saudações da plateia, eles trazem a animação
presente em For The Kingdom, um Power Metal com toda a energia
tradicional germânica, que garantiu à eles toda o sucesso que
possuem.
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Michael Kiske nem precisava fazer esforço para
cantar e emocionar seus fãs graças ao seu carisma natural, mas
curiosamente, entrou trajado com uma jaqueta de couro preta naquele calor ( vai
entender.... ), Kai Hansen sempre sorrindo e solando muito bem sua
guitarra ao lado do muito contente Tobias "Eggi" Exxel ( que
mostrou-se um ótimo guitarrista ). E esta primeira música exibida do
Light Of Dawn se mostrou muito bem conhecida por uma boa parcela de
fãs que a cantaram com a banda.
Ainda no novo trabalho, o
Unisonic tocou a melodiosa Exceptional, que bem como seu título
deixa claro, é
uma música que conquista os fãs rapidamente, que notadamente estavam
muito felizes por estarem vendo Michael Kiske cantando com toda sua
potente voz ( se eu que já vi ele algumas vezes no Avantasia e no
Unisonic fiquei contente, quem o assistiu pela primeira vez, imagino
o que sentiu ) e o vocalista ia sempre de um lado para outro do
palco deixando claro o grande frontman que é.
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Durante os solos de
Exceptional muitos fãs acompanharam nas palmas e no final da música
começaram a gritar aquele tradicional "Olê...Olê...Olê... Kiskeee", que
responde com um "Heeeloooo Saoo Pauuloo" e provoca mais
manifestações dos fãs ao anunciar a contagiante e positiva Star Rider
- do primeiro cd - que foi tocada com todo o brilho que possui.
Durante seus prolongamentos deu para reparar na força do baterista
Kosta Zafiriou, que segurou o ritmo com muita categoria ao
lado do baixista Dennis Ward para que o refrão fosse dividido
entre os fãs, Kai Hansen e o vocalista ( cantando alguns trechos
sentado ) em uma imensa harmonia, ou seja, um prato cheio para os
amantes do Power Metal.
Foi pouco para que os fãs gritassem "Hansen... Hansen...",
que demonstrava muito prazer por estar no Brasil novamente e neste
momento, Michael Kiske relembra da passagem em 2012 como 'headliner',
pergunta se gostamos mais das canções rápidas, se temos o novo cd e
fica contente com a resposta, assim, a veloz Your Time Has Come
do
Light Of Dawn foi tocada em outra atuação 'de gala' do Unisonic, com
destaque para os solos melódicos da dupla Kai Hansen e Tobias "Eggi"
Exxel ( que mandou realmente muito bem em sua Gibson, tanto que
enfatizo... o cara é baixista... mas nesta tarde, detonou na guitarra
).
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Depois, Michael Kiske
solicita
mais palmas das plateia e dá início a cadenciada When The Deed Is Done,
mais uma do novo cd, que também era bem aguardada pelos fãs, que a
cantaram empolgados com o vocalista. Com todo a capacidade que acumulou
na carreira, Michael Kiske pede para ver nossas mãos e exclama:
"this
is a beatiful hands" para depois anunciar a King For
A Day do primeiro álbum, que também foi bem recebida.
Kai Hansen
começa um solo em
sua Gibson Les Paul, que relembra do Helloween e aí a galera
praticamente pega fogo, mas, foi apenas um breve momento, pois, ele
modifica o andamento para os dedilhados de Throne Of The Dawn, outra do
Light Of
Dawn, que garantiu palmas, outra atuação reluzente de Michael Kiske
e que obviamente, cai também nas graças dos fãs. E esta recepção era sentida
pelo vocalista, que inicia um "Olê...Olê...Olê..." para que
completássemos com "Kiskeee... Kiskeee" ( ele entrou no clima da plateia brasileira...
) e nos informa que irá voltar aos tempos que
tinha cabelos longos do Helloween com a imponente e explosiva
March Of Time,
que garantiu frisson e a agitação dos fãs, que cantaram o refrão com
toda força junto ao vocalista no momento mais caloroso do
show do Unisonic.
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E sem pestanejar, eles fervem o povo com a clássica
I Want Out
do Helloween, cujos primeiros versos foram cantados pelos fãs, e meu
amigo(a), como era gostoso gritar cada vez mais forte o "I Waant
Ouut..." com o vocalista e ser regido por ele durante os "ôôôôôôô".
Neste ambiente feliz vemos a dupla Kai Hansen / Tobias "Eggi' Exxel
muito bem sincronizada e solando com muita habilidade, que ligaram
esta música na próxima, que era alegre e rápida Unisonic,
música que intitula a banda e que ficou com a honra de encerrar mais
esta excelente apresentação do quinteto germânico no Brasil com
todos seus velozes riffs de guitarras.
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Set List do Unisonic
1
- Venite 2.0 2 - For The Kingdom 3 - Exceptional 4 - Star Rider 5 - Your Time Has Come 6 - When The Deed Is Done 7 - King For
A Day 8 - Throne Of The Dawn 9 - March Of Time 10 - I Want Out 11 - Unisonic
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Accept
Deste ponto do
Monsters Of
Rock para diante não haveria mais 'passear' pelo festival como fiz
em outras vezes... agora era se posicionar para assistir uma sequencia de shows que por muito tempo será comentada pelos mais de
35.000 presentes no evento, se no dia anterior meus
objetivos pessoais eram assistir Ozzy Osbourne, Motörhead
e Judas Priest, neste domingo, os que mais aguardava eram
Accept, Manowar,
Judas Priest e KISS.
E agora,
por volta das 17:40, o Accept estava no Brasil pela terceira
vez na carreira para continuar a segunda parte da Blind Rage
World Tour, que divulga seu último lançamento de estúdio, o
Blind Rage que saiu em 2014. E uma curiosidade cercava
este show da banda, que retomou suas atividades para valer em 2009, e
de lá para cá, lançando três excelentes álbuns com o novo vocalista
Mark Tornillo: ver como seriam as atuações dos recém
incorporados
integrantes Uwe Lulis na guitarra e Christopher Williams
na bateria ao lado dos consagrados Wolf Hoffmann na guitarra
e Peter Baltes no baixo.
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Com o logo
da banda em um fundo vermelho e de luzes vermelhas, a introdução foi
tocada e em poucos instantes, os músicos foram ao palco para
começarem a realizar um dos melhores shows do Monsters Of Rock,
a melhor apresentação até aqui do Accept em solo brasileiro e
uma aula de Heavy Metal, que foi iniciada com a pedrada recente
Stampede, que trouxe seus riffs de guitarras desconcertantes,
que são uma exuberância plena. Esta música, que posso considerar um
hit do novo cd, deixou claro o poder que o Accept possui
desde que retornou, pois, os fãs reagiram agitando freneticamente
com a banda.
Em seguida, continuaram o show
com uma composição que ainda é recente, mas, já posso considerar como
um clássico pelo impacto que causa em suas execuções ao
vivo: Stalingrad, título do álbum de 2012 ( que garantiu a
segunda passagem da banda no país, em 2013,
leia matéria ), e onde eu pude
concluir que a mudança dos integrantes não afetou a performance e o
padrão de qualidade do Accept em nada, a única coisa
diferente é que o novo
guitarrista Uwe Lulis ficou mais contido e não participou da
coreografia feita praticamente durante todo o show por Wolf Hoffman
e Peter Baltes, que tocam mexendo sua guitarra e baixo de forma
sincronizada. Além de participarem com muitos "ôôôôô",
os fãs sempre
respondiam quando Mark Tornillo gritava o nome da música em uma
interação única.
Com apenas um "good evening
Saoo Paulooo" dito pelo vocalista, o show prossegue com uma das
antigas, a cadenciada London Leatherboys, um sucesso do álbum Balls
To The Wall de 1983, que encantou toda aquela imensa plateia,
seja fãs da era Udo Dirkschneider ou da atual. Muito bacana era que
Mark Tornillo, Peter Baltes e Wolf Hoffman sempre vinham mais a
frente para realizarem a coreografia tradicional da banda colocando mais energia no show.
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E
para incendiar ainda mais, eles executaram a cavalgante Restless
And Wild,
título do clássico disco de 1982, que é uma beleza ver o vocalista
cantando com o microfone e cabeça erguidos para o alto e também a
participação daquela multidão toda feliz com palmas e 'heys' durante
os solos de guitarras. Mark Tornillo anuncia rapidamente: "do nosso
último cd, Final Journey" e este verdadeiro Heavy Metal
continua a tomar de assalto a Arena Anhembi. Nesta hora pude reparar
na intensidade do novo baterista Christopher Williams e como o
guitarrista Uwe Lulis tocou muito, mas ficou digamos, mais
tímido e se movimentou pouco. É o 'Accept 2015' está muito bem
afiado e continuará mantendo o legado histórico da banda.
Aproveitando cada segundo de
seu tempo, o vocalista apenas agradece com um "Obrigado... Thank You
So Much" e recebemos neste empolgante show... a colossal Princess Of The Dawn
do Restless And Wild, música que foi daquelas que eram extremamente
aguardadas por todos e que são para colocar a 'casa' abaixo. Sendo
saudada com uma enormidade quantidade de "hey... hey... hey", palmas e
"ôôôôôôôô"
extraídos à toda força que buscávamos sabe se lá da onde, esta sonzeira
marcou a alma metálica de cada um. Mark Tornillo é um excelente
frontman e durante os prolongamentos costumeiros, ele regeu
os "ôôôôôô", pediu mais palmas e solicitou que os
fãs elevassem os "ôôôôôô" cada vez mais dizendo: "louder"
e a galera entrou no
ritmo, enquanto o sol ia cada vez mais ao fundo e a noite começava
a cair criando no palco, com aquelas fortes luzes vermelhas um
contraste lindo, enfim, simplesmente um
momento mágico.
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Era direto... sem falatórios..
Heavy Metal puro... o Accept mesclou inteligentemente uma
música antiga e
uma mais recente no set list de forma alucinante e agora... seguiram
com a Pandemic do Blood Of The Nations de 2009, o primeiro com o
vocalista Mark Tornillo, que sabe muito bem comandar a adrenalina de
um grande público, como o presente na Arena Anhembi. E a nova dupla
de guitarristas da banda, Wolf Hoffman e Uwe Lulis nos enviaram
solos de guitarras com a maestria que Pandemic pedia. Com a noite já
tomando conta dos espaços, recebemos aquela conhecida melodia japonesa, que marca
início da veloz Fast As A Shark do Restless And Wild, que fizeram
estourar algumas rodas na plateia, enquanto que outros cantavam
felizes 'para mais de metro' seus versos com Mark Tornillo e alguns
( meu caso ) ficavam fissurados nos solos das flechas ( Flying V
)
de Wolf Hoffman e Uwe Lulis, que resolveu ir ao lado do guitarrista
fundador para solar junto.
Mas a explosão veio mesmo com
o clássico absoluto da carreira da banda, a Metal Heart ( título do
álbum de 1985 ), que fez todo mundo pular e berrar com o Accept,
acredito que... pelo menos o refrão... todos gritaram em um amplificado
frenesi, que ficou ainda maior quando chegou nos solos,
especialmente aquela parte
que os "ôôôôôôô" tomam conta da música. Lembro-me de uma mulher que
estava com os filhos e olhou na minha cara e espantada com o
deleite
que eu fui tomado nesta hora... Mark Tornillo novamente regeu
todos os fãs gritando "louuuder" na sessão de ""ôôôôôôô" que
nós
apresentamos antes da banda brilhantemente retornar ao ritmo acentuado
desta música. Sinceramente, estas linhas não conseguem descrever
claramente o sentimento Heavy Metal que tivemos em nossas almas
nesta hora, só estando lá.
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Sem dar chances para respirar, o Accept já enviou a
pesada Teutonic Terror
do Blood Of The Nations com um pequeno, mas, belo solo de
Peter Baltes, que também foi cantada com muita força pelos fãs,
confirmando que
a fase que a banda se encontra atualmente é uma das melhores da
carreira. A última da noite foi outro dos inesquecíveis hinos dos
alemães... era somente a Balls To The Wall, que cravou este show
entre um dos melhores do festival e disparado um dos melhores shows de Heavy
Metal do ano em solo brasileiro. Balls To The Wall foi cantada por todos,
inclusive no refrão, onde ficamos aplaudindo e berrando cada vez mais
alto seu título, além óbvio dos "ôôôôôôôôô..." sucessivos
e cada vez mais fortes. No final,
só deu tempo para um "obrigado Saoo Paulooo" e os tradicionais
agradecimentos dos músicos.
O show do
Accept foi tão
vigoroso, que seu tempo no palco parecia que foi pouco, que não tinha
sido uma hora e se possível fosse, merecia mais, merecia mais
clássicos, mais músicas dos últimos cd´s, enfim, eles deixaram uma
missão difícil para o Manowar e os demais, afinal, foi um show
irrepreensível e impecável. Que eles continuem retornando no Brasil
muitas vezes.
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Set List do Accept
1 - Stampede 2 - Stalingrad 3 - London Leatherboys 4 - Restless and Wild 5 - Final Journey 6 - Princess Of The Dawn 7 - Pandemic 8 - Fast As A Shark 9 - Metal Heart 10 - Teutonic Terror 11 - Balls To The Wall
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Manowar
Nem bem terminou o
Accept e
alguns gritos de
Manowar começaram a surgir na parte frontal da Arena Anhembi
e como disse
anteriormente, sem chances de sair do ponto onde me encontrava. Observando a montagem do palco dos norte-americanos reparei que três
'paredões' de amplificadores foram colocados, sendo um de cada lado
e um maior que os outros dois à frente de cada lado da bateria.
É o Manowar iria justificar
o título de banda mais barulhenta do mundo no Brasil nesta noite no
Monsters Of Rock e ao contrário do Accept, que
utilizou o telão apenas com a capa do último cd ou o logo da banda
em vermelho, eles usaram o telão para potencializar as emoções
durante seu show. O
Manowar estava em dívida com sua legião de fanáticos seguidores,
pois, mesmo já tendo realizado shows destruidores no país, a última
passagem em 2010 ( leia resenha
) foi muita boa, mas a banda não
apresentou nenhum de seus maiores clássicos levando muita gente sair
reclamando, mas desta vez, o verso "others bands play
Manowar kill" fez muito mais sentido para mim.
Assim,
o líder Joey DeMaio já
havia avisado que tudo seria diferente, que teríamos um show como
merecíamos e então, quando eram 19:05hs, ao som de uma melodia que
encaixaria muito bem na trilha de um filme do Conan, e com narrações dizendo: "From United States Of America... Manowar..."
o baterista Donnie Hamzik entrou no palco sendo seguido por
Karl Logan na
guitarra, Joey DeMaio no baixo e Eric Adams no vocal para realizarem
um show que 'True' nenhum poderia apontar um defeito.
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Eles
começaram ao som da
destruidora Manowar do Battle Hymns de 1982, e aquele amontoado
triplo de Marshalls estava produzindo um som ensurdecedor, que levou
a ensandecida massa de fãs explodir de alegria. Exceto por alguns problemas
na regulagem do som, que foram superados no decorrer da apresentação, a passagem
da Kings Of Metal MMXIV World Tour no Brasil seria massacrante.
Joey DeMaio avisa que o show será especial e convida para
o palco o virtuoso guitarrista brasileiro Robertinho do Recife
em um
primeiro e claro sinal de respeito com o público brasileiro, para que
juntos tocassem a Metal Daze ( do Battle Hymns
), outra que sacudiu os fãs para valer e
fez muitos cantarem seu refrão. Embora Karl Logan estivesse solando
com fúria, o som de sua guitarra não estava aparecendo como deveria
neste
princípio de show, não sei se era intencional, entretanto, nenhum fã
parecia estar se importando.
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E o Manowar
veio com 'sede de sangue' para este show, pois a terceira do set foi a
memorável Kill With Power
do Hail To England de 1984, e nesta, os fãs berraram com Eric
Adams seu refrão sempre que solicitados e seu ritmo dava uma vontade
de tirar sua espada e sair lutando em uma batalha... Yeaahh!!! O
vocalista andou por todos os lados do palco e soube aumentar a
interação da plateia com a banda, que foi ainda maior no final com os
solos gigantes de Karl Logan.
A avalanche sonora continua com as
esmagadoras notas do baterista Donnie Hamzik, que deu início a veloz
Sign Of The Hammer,
que intitula o álbum que também é de 1984, e não tinha jeito, várias
rodas surgiram pela pista do Monsters Of Rock, onde eu estava havia
uma grande, que durou praticamente o show todo e cheguei a notar
outras mais distantes um pouco. Uma coisa muito interessante nesta
hora era que o telão mostrava um martelo e aquela multidão de fãs
faziam um sinal com os braços, que simbolizam o martelo em uma
devoção pura à banda. Continuando o show mais alto do Monsters
Of Rock,
pois, neste o volume ficou no 'talo' o tempo todo tivemos a The Dawn Of Battle,
que intitula o EP lançado em 2002 com seus vocais e ritmos
agressivos, que caíram como uma bomba na Arena Anhembi
levando assim os fãs ao delírio.
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Em
seguida,
Joey DeMaio faz seu
solo de baixo tirando notas em altíssima velocidade, que
impressionam como ele consegue tocar tantas notas em um instrumento
que não é uma guitarra. A reação da galera foi gritar e aplaudir
bastante o músico, que passou a bola para Karl Logan, que iniciou seu
melodioso solo de guitarra intitulado como Fallen Brothers, onde
foram exibidos nos telões vários nomes importantes para o Manowar que já se
foram, e um deles foi o dono da Voz do Metal, Ronnie James Dio ( que nos
deixou em 2010 ), que teve seu nome gritado pela multidão de fãs,
além do ex-baterista Scott Columbus do Manowar falecido em 2011. O
Manowar fez uma bela homenagem aos seus amigos,
profissionais que trabalharam com a banda e seus ídolos esclarecendo
que ninguém chega ao topo sozinho, que é necessário a ajuda de
muitos.
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Depois disso, Joey DeMaio, todo marrento veio à frente do
palco para discursar, e detalhe em um fluente português, ou seja,
ele estudou nossa língua. Ele disse: "Antes de qualquer coisa
queremos desejar melhoras ao Lemmy e que queria agradecer seus
amigos e irmãos José e Paul ( os organizadores do festival ) e a
todos vocês" - sendo aplaudido por nós - "que vieram ver o
Manowar".
Ele também enfatiza que nós temos um lugar especial
nos corações deles e que estamos na história do Heavy Metal, mas, não
deixou de alfinetar as outras bandas, que não falam português e
complementou dizendo: "falei no português brasileiro, pois estou
aqui". E continuou... "para quem não gosta de Heavy Metal a
gente diz... Vá se fuder... para quem não gosta dos fãs do Manowar, do
Brasil a gente diz... Vá se fuder, para quem não gosta do Manowar a
gente diz... Vá se fuder!!!".
Obviamente, que todos gritaram "Vá
se fuder" com Joey DeMaio a plenos pulmões e ele pede para que
gritássemos cada vez mais alto concluindo sua fala com um "muito
obrigado". Desta forma, o baixista anuncia conclui com um
"Hail And
Kill and Hail To Brazil".
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Com os outros integrantes de de volta,
recebemos as baquetadas de Donnie Hamzik em Warriors Of The World
United que exaltou a garra dos fãs nos "hey... hey..."
até
que Karl Logan faz a 'chamada na guitarra' trazendo um andamento
cadenciado para que esta música do Warriors Of The World
( de 2002 )
fosse executada com todo o seu ímpeto Heavy Metal. No telão tínhamos o
guerreiro da capa do cd para trazer mais emoção aos versos cantados
por Eric Adams, que fez uma performance toda épica.
E então, hora de um dos hinos
True... Kings Of Metal, que é a música título do álbum de 1988 e
traz aquele verso que mencionei no começo desta resenha do Manowar
( relembrando:
"others bands play
Manowar kill" ) e sinceramente, essa era a sensação, mas, não tinha
como esquecer do que o Accept havia feito antes, mas o que vale é a
intenção e o momento de prazer que esta música proporcionou.
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Mesmo
fazendo um show qualitativo, ainda o Manowar não havia 'pagado' seu
tributo com o povo brasileiro, se considerando a apresentação de 2010,
faltava ainda a 'conquista do trono e decapitação do rei', que eles
fizeram na sequencia final do show com a matadora Hail And Kill
(
outra do Kings Of Metal ) com direito à um Eric Adams
usando os
agudos de sua voz ao extremo e depois acelerando o seu ritmo junto aos solos de
guitarra e baixo, que fizeram aquela multidão berrar, pular e
estender os braços ao alto em plena euforia. Para quem ainda tinha
forças para continuar na batalha, eles tocaram a The Power do
Louder Than Hell de 1996 com um ímpeto ( perdoe o trocadilho
) monstruoso e
inabalável, parecia que o volume da música estava ainda mais alto
que antes.
Entretanto, o show não seria
magnífico como foi sem o clássico Battle Hymn ( do
Battle Hymns ), que assim que foi
reconhecido em suas primeiras notas arrepiou muitos dos presentes (
certamente ) e encharcou nossas células de adrenalina, de forma que
o cansaço foi embora sabe-se lá para onde, pois, nesta teria que
pular e bastante. Mas, só pular não era suficiente... também
tínhamos que cantar com Eric Adams, especialmente os "Kiiiilll...
Kiiiilll... ôôôôô... ôôôôô..." e sentir a energia de suas melodias épicas.
Inclusive, o vocalista soube empolgar e na hora do trecho mais
emocionante do show um novo problema aconteceu ( talvez, uma das
caixas de som com o volume excessivamente alto tenha estourado ) e
este brincou "é um show ao vivo..." prosseguindo com a mesma dedicação,
que nos leva à um final onde as distorções da guitarra e do baixo
imperam e terminam o show de forma majestosa.
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Não parecia que mais de uma
hora de espetáculo já havia passado e aos gritos de "Manowar... Manowar"
eles saem do palco. Mas ainda tinha tempo para mais uma, a animada e
bem Heavy/Power Metal Black Wind, Fire And Steel do Fighting The
World de 1987, que marcou o final do show, porém, a guitarra de
Karl
Logan ficou travada em uma nota forte e Joey DeMaio começou a
arrebentar as cordas de seu baixo, parecia que ele também ia
quebrá-lo como fez Yngwie Malmsteen com sua guitarra anteriormente, mas, o músico
levou o show para outro grau, pois, foram vários minutos até que ele
arrancou todas as cordas e isso, destruindo os nossos ouvidos com a
imensa distorção que fizeram. Segurando o baixo e a guitarra nas
mãos, ao lado de Karl Logan e Joey DeMaio, Eric Adams
envia um "Saoo
Paulooo thank you and goodnight and will return".
Os nova iorquinos
se despedem ao som da heroica The Crown And The Ring ( Lament Of The Kings ) nos
P.A.s e ficou uma evidente certeza: este show
nos enche de orgulho, inspira a juntar os dedos fazendo o símbolo
máximo do Heavy Metal com um sorriso de conquista em nossos rostos.
Parabéns Manowar pela brilhante apresentação, que seguramente
causaria um problema para as bandas seguintes, que se não tivessem
as décadas de experiência de palco e os clássicos absolutos do Heavy
Metal que possuem, o Manowar seria o rei do Monsters Of Rock.
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Set List do Manowar
1 - Manowar 2 - Metal Daze 3 - Kill With Power 4 - Sign Of The Hammer 5 - The Dawn Of Battle 6 - Bass Solo / Sting Of The Bumblebee 7 - Fallen Brothers
8 - Joey's Speech 9 - Warriors Of The World United 10 - Kings
Of Metal 11 - Hail And Kill 12 - The Power 13 - Battle Hymn 14 - Black Wind, Fire And Steel 15 - The Crown And The Ring ( Lament
Of The Kings )
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Judas Priest
Depois dos
notáveis shows do
Accept e do Manowar, uma certa dúvida pairava nos fãs do
Judas Priest... será que os ingleses conseguiriam fazer um
show melhor que os alemães e os americanos? Será que o show deste domingo seria
melhor que o do dia anterior? A resposta para esta e outras questões
começou a se esclarecer por volta das 21:00hs quando novamente Scott Travis
na bateria, Glenn Tripton e Rick Faulkner nas guitarras,
Ian Hill no baixo e Rob Halford nos vocais retornavam
para o palco do Monsters Of Rock.
Sim, os 'Metal Gods' tiveram que
modificar ( bem pouco é verdade ) o set list, pois, no dia
anterior, acabaram tocando por um período maior devido à falta do
show completo do Motörhead e
hoje, seria o set list normal, com a pegada da tour que promove o cd
Redeemer Of Souls. Particularmente, iria realizar um sonho pessoal,
pois, em 2008, quando o Judas Priest veio ao Brasil para dois shows
no Credicard Hall em São Paulo, e ao sair do primeiro (
confira resenha
), fiquei com muita vontade de ver o segundo show, o que não foi
possível naquela época, mas, neste final de semana foi.
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Assim, como no dia anterior a
introdução foi com Battle Cry interligada com Dragonaut
( do Redeemer Of Souls de 2014 ), mas uma
diferença já começou a ser sentida... nesta noite, o Judas Priest
estava mais Heavy Metal, estava tocando mais pesado e notadamente
com 'sangue no zóio', pois, não podiam destoar do desafio imposto
pelas bandas anteriores. E sem falar nada com a plateia, Metal Gods
(
British Steel - 1980 ) foi a seguinte e executada com toda a moral, que fez toda
aquela enormidade de fãs cantarem com o Rob Halford, que nesta noite
estava berrando mais alto que ontem.
A tradicional saudação do titã
foi dita mais uma vez: "The Priest Is Back, who many maniacs here in
the night... are you everybody ready for Judas Priest style of Heavy
Metal?" deixando claro o posto que ocupam, pois, se os quatro
Manowar
são reis, os cinco do Judas Priest são os deuses.... Bem com a
vibrante e empolgada resposta da plateia tivemos a Devil's Child
(Screaming Of
Vengeance - 1982 ), que foi
vocalizada com muito ímpeto por Rob Halford e também foi muito bem recebida
pelos fãs, especialmente quando a dupla Glenn Tripton e Rick Faulkner
desferem solos radiantes em suas guitarras. Durante este show do Judas Priest
o cansaço estava batendo forte mesmo, mas havia ainda pique para
continuar, porém, aguentar dois dias, com tantos shows... é uma tarefa que somente guerreiros Heavy Metal com longo
período de estrada são capazes de suportar.
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Aos gritos de
"Judas...
Judas..." os telões exibem a capa do álbum de 1976, o Sad Wings Of Destiny
e os
solos de guitarras foram melodiosos como o esperado, só que com mais
peso e com Rob Halford cantando com um potencial fabuloso, que
culminam em um momento único entre voz e guitarras, que crescem cada
vez mais com solos destruidores até que diminuam o ritmo, mas não a
empolgação que é causada resultando em palmas por todos os lados da
Arena Anhembi.
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Do novo Redeemer Of Souls, o Judas Priest
atacou com
dois de seus incandescentes sons, primeiro a rápida Halls Of Valhalla,
que é um verdadeiro 'soco na cara' de quem acha que nomes como o
Judas Priest estão acabados, pois, músicas assim são melhores que a
discografia inteira de muitas bandas, riffs sem dó, bateria forte,
baixo com toques incansáveis e vocais que chegam até a exibir trechos
guturais. E comandando isso, um vocalista que se movimenta pelo
palco lentamente, mas sabe levantar uma multidão de fãs como quase
nenhum outro. A segunda
executada na sequencia substituiu a Love Bites tocada na noite
anterior pela cadenciada e agressiva March Of The Damned
com várias imagens no telão de zumbis, que aumentaram a ligação
entre seus solos e os fãs, que por mais cansados que estivessem...
socavam o ar com suas mãos sempre ao alto.
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Com aquela linha de guitarras
oitentista, que é totalmente transmissível, Turbo Lover (
do
Turbo - 1986 ) eio como um
raio e fez a multidão cantar com firmeza junto a Rob Halford, que desta vez
comunicou-se apenas o necessário com os fãs - e pergunta se alguém
reclamou... - como no final desta música, onde o vocalista nos
agradece pelas duas noites de Monsters Of Rock e que foi uma grande
honra, que é fantástico, que adorou tocar com Ozzy Osbourne e
as outras bandas terminando a conversa dizendo que o Judas Priest
está
fazendo Heavy Metal por 40 anos, que nós somos os melhores fãs
do Metal do mundo e anuncia a recente Redeemer Of Souls, que também recebeu
uma roupagem mais agressiva nesta noite, que foi recebida muito bem pelos fãs
que gritaram alguns "hey... hey..." durante os solos de guitarras de Glenn Tripton
e Rick Faulkner.
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Após alguns instantes,
Jawbreaker ( do Defenders Of The Faith
- 1984
) nos revelou uma eletricidade tamanha que expulsa o cansaço e renova a
disposição em cada um de nós com seus riffs, onde percebemos que Rob Halford alcançava agudos mais fortes que ontem na sua voz. Desta vez,
o show, conforme mencionei, foi mais direto e ofegando um pouco pela
matadora atuação anterior, o
vocalista nos pergunta: "Breaking the What?" - por três vezes -
completadas por grande "Laaaaw" por nós até que
os riffs iniciais deste hit feitos com eficiência pelos guitarristas nos tragam a
melodia do clássico gravado no British Steel, que fizeram todos
cantarem e pularem com o Judas Priest levando a um delírio coletivo.
Mesclando as notas da música com o motor da Harley Davidson de
Rob Halford Hell Bent For Leather ( Killing Machine
-
1978 ) levou um peso considerável ao palco do
Monsters Of Rock, onde Rick Faulkner pegou
firme na alavanca de sua Flying V para depois os demais continuarem com autoridade
sua execução.
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As luzes são rapidamente
apagadas e instantes depois aos frenéticos gritos de "Juuuudaaass"
a dupla The Hellion/Electric Eye (Screaming
For Vengeance - 1982 ) venha devorando a todos com seus solos de guitarras e mantenham os fãs mais
grudados no show do quinteto, pois, a imensa maioria cantou seus
versos com
Rob Halford. Assim como no dia anterior, o baterista Scott Travis
perguntou "Saooo Pauuulooo vocês querem mais uma música?? quaal??"
E
aos gritos de "Paaanikileeer" este clássico máximo do Heavy Metal
Mundial que em 1990 mostrou a geração Grunge o poder do Heavy Metal entrou como um foguete através das guitarras, bateria, baixo e
principalmente nos vocais agressivos de Rob Halford, que soltou a
sua voz realizando um domínio completo nos fãs, que corresponderam
muito seja pulando ou cantando, mas sem sobras de dúvidas que ficaram
totalmente extasiados.
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Com
muitos aplausos e "heys...heys..." ouvimos um 'one-two-three-four'
dito por Rob Halford convocando todos para cantarem com ele a alegre
Living After Midnight,
canção do British Steel que ficou com a honra de encerrar este segundo show do Judas Priest
no festival, com o vocalista agradecendo de bom grado o Manowar, o
Accept e a todos os fãs. Se no sábado o
Judas Priest fez um show com mais músicas ( uma na verdade
), com mais interações com os fãs, neste
domingo tivemos um verdadeiro e 'classudo' Heavy Metal
Tradicional, que ostentou o poder de fogo inigualável que a banda detém desde os
anos 70 e prova também o porque deles serem um dos maiores nomes da
história do estilo.
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Set List do Judas Priest
1 - Battle Cry (Intro) 2 - Dragonaut 3 - Metal Gods 4 - Devil's Child 5 - Victim
Of Changes 6 - Halls Of Valhalla 7 - March Of The Damned 8 - Turbo Lover 9 - Redeemer
Of Souls 10 - Jawbreaker 11 - Breaking The Law 12 - Hell Bent
For Leather Encore: 13 - The Hellion/ Electric Eye 14 - Painkiller 15 - Living After Midnight
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KISS
A responsabilidade
de fechar
este segundo dia de shows e também o Monsters Of Rock coube aos
norte-americanos do KISS, que retornavam ao Brasil, pouco
mais de dois anos da turnê do Monster ( confira
resenha do show de São Paulo
neste
link e do Rio de Janeiro
clicando aqui
) e depois de todos estes shows
espetaculares ficava a dúvida se o show do quarteto formado por Paul
Stanley na guitarra e vocais, Gene Simmons no baixo e vocais, Tommy Thayer
na guitarra e vocais e Eric Singer na bateria e vocais
superaria tudo que vimos neste domingo. Lógico que será um grande
show, afinal, é o KISS, mas será que eles seriam
capazes de realizar um espetáculo que nós enchêssemos a boca e
contássemos para todos: "sim... eu vi o KISS mais uma vez e foi
sensacional".
Bem, nomes como o KISS, Ozzy Osbourne,
Iron Maiden,
Metallica, AC/DC ( citando alguns ) possuem esta habilidade de
sobra, como também sempre realizam shows memoráveis, que sempre
deixam saudades e o KISS, que cravou mais uma apresentação de sua
KISS 40Th Anniversary World Tour trazendo um glamour extra ao evento
com sua super produção com efeitos de luzes, pirotecnia,
lança-chamas, foguetes, lasers e tudo mais que tínhamos direito.
Nós
só fomos ouvir a tradicional frase dita por Gene Simmons:
"All
Right Saooo Paaauloooo, You Wanted The Best, You Got The Best: The
Hottest Band In The World: KISS!" por volta das 23:15 da
noite... um pouco tarde em se tratando de um domingo, mas quem se
importou???
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Assim, o grande pano que cobria o palco desceu e os
heróis The Starchild, The Demon, The Spaceman e
The Catman começaram
o show detonando com com Detroit Rock City ( do álbum Destroyer de
1976 ) com explosões e aquela eletricidade de guitarras que concedem
à este Rock´n´Roll um brilho ainda maior e fez todos pularem,
cantarem e abrirem os sorrisos. Com o tradicional carisma que é
detentor, Paul Stanley cantou esta música com a determinação que faz
a banda possuir tantos seguidores e quando no refrão ficávamos
nos "ôôôôôôôôô", ele nos regeu me levando a
enfatizar: só este começo de show já
levantou a multidão.
Depois eles executaram a
Creatures
Of The Night, que intitula o álbum de 1982 e aí você já percebe o
'motor' que Tommy Thayer representa para a banda, pois, enquanto que
o Paul Stanley canta a música, ergue os braços e faz todas as graças
que sempre provocam a plateia, Tommy Thayer sola sua guitarra
levando mais potência à este histórico Hard Rock. Tudo bem, ele não
é o lendário The Space Ace Frehley, mas, cumpre sua missão com louvor na
banda e o mais importante... faz o show.
Na sequencia, eles tocaram
a explosiva Psycho Circus ( do álbum homônimo de 1998 ) com toda
aquela sua pegada sexy e seus riffs empolgantes, que fizeram todos
cantarem com o KISS, além de participarem intensamente nas
palmas, 'hey... hey' e pulos. E enquanto isso, Gene Simmons
quando
não estava fazendo os backings tirava sua grande língua para fora e
ficava mexendo sem parar.
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Depois desta trinca 'que é de
lascar', Paul Stanley grita um "Saooo Paaauloo", aumenta o êxtase da plateia ao dizer que nós somos os
'números 1' e pede para todos
gritarem para ele naquele esquema de lado direito, lado esquerdo -
sendo que berramos para valer mesmo - e ele diz bom português:
"Vocês
são demais..." para concluir em inglês: "inacreditável... thanks Saoo Paulooo"
e que nós deveríamos estar no Rock And Roll Of
Fame, e aí Gene Simmons canta I Love It Loud, que desde que foi
lançada no Creatures Of The Night tornou-se um sucesso imediato,
especialmente no Brasil, e nesta os fãs gritaram com toda a força
que ainda possuíam nos pulmões os "oooooeee yeaahh" em uma ligação
direta
com The Demon, que certamente marcou tanto ele... quanto cada um
de nós.
War Machine, que também é deste mesmo álbum, teve como
vocalista principal Gene Simmons, que a cantou com seu vozeirão
típico e fez a galera cantar, mas, o melhor ficou ao seu término,
onde o baixista cuspe fogo ao som de sirenes de polícia.
Depois,
hora Paul Stanley chamar a atenção para si com um misto de discurso
e primeiros versos do clássico Do You Love Me do Destroyer
com o
'homem-carisma' solicitando palmas nos repiques da bateria de Eric
Singer enquanto que no telão várias imagens da história do KISS
foram exibidas, bem... claro, que cantamos e dançamos com o
Starchild,
que trouxe uma versão bastante Rock´n´Roll desta música.
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Literalmente se divertindo na
interação com a plateia, Paul Stanley nos informa que a seguinte era
do primeiro álbum de 1974 e todo insinuante fala que é um clássico.
Então, Deuce foi tocada com todo seu appeal, seja nos riffs de
guitarras, que fazem ele e Tommy Thayer se mexerem no ritmo da
música ou na inconfundível voz de Gene Simmons, que dá mais garra a
esta música, sendo que ao vivo é impossível ficar sem vibrar com
ela.
Bastante falante Paul Stanley nos conta que tocou em Brasília,
porém, nesta noite é em São Paulo e que em 2012, eles lançaram o álbum
Monster e no 'momento Steel Panther' do KISS comenta que
'gosta de
bundas brasileiras', até concluir todo modesto, que a música Hell Or Hallelujah
será um futuro clássico do KISS. Ele não está errado, pois, esta
Hell Or Hallelujah realmente é Rock´n´Roll dos bons, cheios de bons solos, que cai
muito bem ao vivo e contém suas doses de empolgação fazendo aquela
multidão pular e cantar com a banda. E nesta, quem tem seu momento de
brilho é o guitarrista Tommy Thayer, que sola sua Gibson e dela saem
rojões que estouram no palco, ou seja, mais glamour e poder de
conquista ao KISS.
Passando muito alegria em suas
falas, Paul Stanley faz o anúncio que introduz Calling Dr. Love
do
álbum Rock And Roll Over de 1976 e Gene Simmons divide os vocais
conosco, pois,
quando ele cantava "They call me..." e nós todos
completávamos "Dr. Looove" em
perfeita sincronia.
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Novamente, controlando
a multidão Paul Stanley
pergunta se estamos cansados, se queremos ir para casa e um grande
"nooooo" foi ouvido, desta maneira ele colocou a
Arena Anhembi para agitar
com Lick It Up, título do álbum de 1983, que ficou famoso por ser o
primeiro da banda sem as máscaras, que nesta versão recebeu um
prolongamento mais Rock´n´Roll, que foi acompanhado nas palmas pelos fãs, é
desta maneira que eles fazem o diferencial quando tocam ao vivo e por isso
que estão completando quarenta anos com todo esse sucesso.
O eterno 'Deus do Trovão' do
Rock
Então, o palco se escurece e
em instantes depois ouvimos sons do baixo de Gene Simmons
entre vários efeitos mais macabros, além de sinos, onde o The
Demon cospe sangue e 'voa' até o alto do palco. Lá de cima ele mexe
com os fãs e sorrindo inicia as primeiras notas pesadas da 'Hardaça'
Dog Of
Thunder ( do Destroyer ), que fez nossas cabeças
olharem todas para cima, especialmente pelos lasers que viajavam pela
Arena Anhembi.
Enquanto
Gene Simmons voltava ao seu posto
tradicional, ou seja, o chão, Paul Stanley assume os vocais para um
clássico fervoroso, a Parasite do Hotter Than Hell,
o segundo álbum
de 1974, que manteve a grande voltagem dos solos de guitarras.
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Paul Stanley
fala que é uma noite especial em São Paulo, que é o último show da
KISS 40Th Anniversary Tour pelo Brasil e que tem muito
carinho pelos brasileiros desde os anos 80, quando vieram aqui pela
primeira vez e que somos uma família, nos pedindo para gritar com ele e
assim... os acordes de Love Gun ( título do disco lançado em 1977
)
foram iniciados com seu 'punch' único ele vai com sua tirolesa até o
meio da pista e canta a música de lá, mas, apesar da euforia que esta
música nos passou, alguns fãs já estavam começando a ir embora, pois,
já era bastante tarde e quem dependia de transporte público teria
que perder parte do show para chegar em casa com segurança, mas quem ficou... participou com muita vontade entre
novas explosões, luzes e lasers.
E aos gritos de
"Paul...Paul...Paul..." do ponto onde estava, o vocalista troca de
guitarra, faz alguns dedilhados que denunciam a próxima música e diz
que nos ama, pede palmas... é atendido prontamente e faz toda aquela multidão
cantar com ele, entretanto, ele não fica contente e inicia o hino Black Diamond,
que fecha o primeiro disco da banda de 1974 novamente para o delírio de todos,
que quando chega na sua parte mais pesada toda a sua pirotecnia é
exibida com inclusive a bateria de Eric Singer sendo elevada durante
suas partes nos vocais. E na parte final, com seus solos de
guitarras, muita fumaça no palco encerrando de forma primorosa a
primeira parte do show do KISS.
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Quando voltam
Paul Stanley começa a falar com os fãs mais uma vez e pede as mãos para o alto para
prosseguir o show com a Shout It Out Loud, o formidável Rock´n´Roll
do álbum Destroyer, que foi cantado por todos em intensa alegria.
I Was Made
For Lovin' You ( do Dynasty de 1979 ) veio na sequencia e trouxe aquela harmonia do
Rock´n´Roll aliada a Dance Music, que só nomes como o KISS foram
capazes de juntar, que ao vivo fica melhor ainda.
E a
iluminação fez a Arena Anhembi se tornar uma gigante pista de dança,
que teve seus riffs acompanhados nas palmas e contou também alguns
estouros de rojões, explosões e muitos lasers. Sem pausar, Gene Simmons
assume o comando do show para a sensacional Rock and Roll All Nite
do Dressed To Kill, que é de 1975, mas, a música é
atual, passa seu bom astral até hoje e teve a honra de fechar com sua atmosfera
positiva o show do KISS, com direito a todos os fãs cantando os
versos, apreciando cada riff de guitarras, bateria, baixo, e sendo
expostos aquela densidade de emoções que assistir o KISS
proporciona. Inteligentemente, Paul Stanley pede para que nós
fizéssemos a festa nas palmas ao cantar "night... I wanna rock and
roll all night and party everyday".
Como sempre é tradicional nos
shows do KISS no término temos aquela chuva de papéis picados, fogos,
estouros, e tudo que temos direito, mas nesta apresentação, outra
surpresa ficou garantida: Paul
Stanley e Gene Simmons subiram em dois braços mecânicos, que os
elevaram até uma boa parte da frente do palco mais próximo dos fãs,
o que impressionou bastante e eles ficaram parados como dois deuses do Rock
- que são - sendo intensamente aplaudidos pelos fãs.
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O KISS sempre traz alguma diferente e incrível para os fãs e consegue
realizar um show que você falará o que escrevi no começo desta resenha:
"sim... eu vi o KISS mais uma vez e foi
sensacional". E ao som nos PA´s durante os agradecimentos
finais foi de God Gave Rock 'n' Roll
To You II, que serviu para que os fãs olhassem um para o outro
extremamente contentes e começassem a ir embora ante a vários
foguetes estourando no céu sabendo que estiveram no maior festival de
Rock da história do Brasil.
Lembranças
Históricas
E
especificamente neste domingo, assistir o brilhante show do KISS,
a potência do Judas Priest, o eletrizante Heavy Metal do
Accept ( digno de ser gravado para um DVD ) e a interação
misturada com adoração tanto dos fãs para a banda quanto da banda
para os fãs durante o Manowar, a técnica virtuosa e
incendiária de Yngwie Malmsteen foram juntos o que posso
considerar como o que tivemos de melhor, mas não posso esquecer
também das ótimas e competentes exibições do Unisonic e do
Steel Panther, sendo que esta última nos relembrou de como o
Hard Rock deve ser, enfim, todos estes shows resultaram em uma gama
muito grande de excelentes momentos, que estarão gravados na cabeça
daquela imensa multidão por muitos e muitos anos e vários desses
shows estarão na lista de melhores shows do ano de 2015.
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Dois dias de glória e
honra
Ao longo destes
anos todos, vários outros grandes festivais de Rock e Heavy Metal já
foram realizados no Brasil, mas creio que nenhum, nem mesmo as
outras edições anteriores do Monsters Of Rock reuniram
em dois dias tantas atrações de nível de qualidade tão soberbo como
o cast escolhido para este ano de 2015. Decerto, com o passar do tempo
veremos que a importância destes dois dias de festival foi ainda
maior que sentimos após deixar a Arena Anhembi e quem
esteve lá... poderá bater no peito todo orgulhoso ao contar aos
filhos, netos, primos, sobrinhos, amigos, etc. e dizer: "Eu
assisti todos esses shows e sou parte da história do Heavy Metal!!!".
Mesmo que você tenha ido em apenas um dia, também conterá essa honra
dentro de seu coração. Já fica o desafio lançado para a
Mercury Concerts e toda a organização do festival para que
em 2017 ( ou 2016... por que não? ) realizar uma nova edição
tão magnífica quanto esta, mas aviso... será difícil superar o que
presenciamos este ano, mas ainda assim, estaremos lá para conferir.
Texto: Fernando R. R. Júnior
Fotos: Camila Cara e Ale Frata / Divulgação Monsters Of Rock
e Fernando R. R. Júnior
Agradecimentos à Denise Catto Joia e a equipe da Mediamania
pela
atenção e credenciamento
Maio/2015
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Set List do KISS
1 - Detroit Rock City 2 - Creatures Of The Night 3 - Psycho Circus 4 - I Love It Loud 5 - War
Machine 6 - Do You Love Me 7 - Deuce 8 - Hell Or Hallelujah 9 - Calling Dr. Love 10 - Lick It Up 11 - Bass
Solo 12 - God
Of Thunder 13 - Parasite 14 - Love Gun 15 - Black Diamond Encore: 16 - Shout It Out Loud 17 - I Was Made
For Lovin' You 18 - Rock and Roll All Nite 19 - God Gave Rock 'n' Roll
To You II ( outro )
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