Melhores Shows e Álbuns Internacionais e Nacionais de 2018

Rock On Stage Especial
Os Melhores Álbuns Internacionais e Nacionais de 2018
E também Os Melhores Álbuns Ao Vivo de 2018
Além dos Melhores Shows de 2018

    Há alguns anos que não faço a lista de melhores do ano, porém, é algo que sempre é muito bacana de relembrar daqueles discos e shows que nos marcaram no ano anterior. Óbvio, que neste especial não serão abordados todos os lançamentos que tivemos em 2018, certamente faltarão outros que foram igualmente importantes e que fizeram a alegria de milhares de fãs pelo mundo todo. Assim como na última vez que reavivei a memória do que se passou no ano anterior, vou enfatizar alguns dos discos que tiveram ( e terão ) suas resenhas publicadas no Rock On Stage.

    Neste ano de 2018, infelizmente, por vários motivos não estive presente em tantos shows quanto gostaria, ainda assim, acompanhei de perto alguns dos mais importantes shows do ano e alguns daqueles que devemos guardar na memória para sempre, conforme relembrarei mais abaixo.

    E como todas as listas que você encontrará nos sites e revistas de Rock e Heavy Metal, esta também trata-se apenas de uma opinião pessoal deste jornalista, pois, sempre estas músicas de alguma forma me marcaram e me fizeram ouvir muitas e muitas vezes os discos onde foram gravadas. E assim como é o meu objetivo nas resenhas que escrevo, a grande ideia aqui é despertar a curiosidade no leitor(a) do Rock On Stage de forma que ele(a) conheça mais de cada uma das bandas citadas e que tenha sua própria opinião.

Melhores Álbuns Internacionais

    Logo no começo do ano, dois dos mais importantes nomes nos brindaram duas verdadeiras aulas de como se deve gravar um álbum de Heavy Metal, pois, a firmeza, a vitalidade, a garra, a eletricidade, os solos, os agudos, enfim, a verdadeira definição de como é o estilo foram colocadas no mercado em fevereiro com o Thunderbolt do Saxon ( leia resenha ) e o Firepower do Judas Priest.

    Ainda no começo do ano, em janeiro tivemos também o Magnum com o excelente Lost On The Road To Eternity ( confira resenha ) - que se tornou um dos mais bem sucedidos da carreira dos ingleses e também o Grimmest Hits do Black Label Society ( porém, sua divulgação ainda não aconteceu em uma larga turnê por conta de Zakk Wylde ter sido chamado pelo 'chefe' Ozzy Osbourne em seu giro de despedida ).

    Quem também chamou a atenção foi Don Airey com o One Of A Kind ( veja a resenha ), onde apesar de sua importância nos teclados de cada música, a liberdade concedida aos demais para que as canções se tornassem vibrantes foi sentida.

    Outro nome das antigas que disponibilizou um 'discão' foi o veterano Bluesman Buddy Guy com The Blues Is Alive And Well, onde além das emocionantes canções, ele contou com a participação de grandes nomes como Keith Richards, Mick Jagger e Jeff Beck. No lado do Grunge, o Alice In Chains depois de cinco anos longe do estúdio nos trouxe Rainier Fog, que é o sexto de sua carreira e com sua pegada única.

    No lado do Hard Rock, novamente o The Dead Daisies veio com o eletrizante Burn It Down, que você coloca para rodar e não para até que ele acabe, pois, é a essência da sonzeira. E a Rainha do Metal Doro Pesch registrou o duplo Forever Warriors, Forever United com música em homenagem ao lendário Lemmy Kilmister, participação de vários amigos da cantora e um hit instantâneo com All For Metal.

    O icônico Udo Dirkschneider também deixou sua marca em 2018 com o ótimo Steelfactory, um álbum que é o que pode-se considerar como Heavy Metal 'puro sangue' e o veterano ex-Beatle Paul McCartney gravou Egypt Station, que merece uma menção honrosa por se tratar de um ótimo trabalho de um artista completo do alto de seus 76 anos e também pela sua sensacional estratégia de divulgação. Falando em experiência, o Uriah Heep surpreendeu com o fabuloso Living The Dream, ouça e entenda o que estou dizendo aqui.

    Alguns dos álbuns lançados em 2017, eu só ouvi e resenhei em 2018, assim sendo, sinto-me no dever de incluí-los nesta lista e peço-lhes uma "licença poética" para isso, pois, ficaram por um bom tempo no meu cd player ( sabe o que é isso caro leitor(a) mais jovem? ).

    Vamos lá à eles: primeiramente o Appice, projeto dos irmãos - e lendas da bateria - Carmine e Vinnie Appice que lançaram o cd Sinister e que é uma baita sonzeira Heavy Metal ( saiba mais aqui ), a ótima surpresa Cellar Darling com This Is The Sound ( leia resenha ), um projeto capitaneado pela ex-Eluvietie Anna Murphy, o Hard'n'Heavy infectante do Black Star Riders com o emblemático Heavy Fire ( leia sua resenha ) ou mesmo o Heavy 'padrão alemão' do Panzer com Fatal Command ( detalhes aqui ) - que poderia naturalmente colocá-lo junto ao Lost On The Road To Eternity do Magnum como as melhores capas de 2018.

  Dentre o universo das bandas mais extremas em que muitos outros nomes deveriam estarem aqui relacionados, faço questão de recomendar o álbum Medusa do Paradise Lost ( resenha neste link ), que é uma mescla perfeita entre Doom Metal e Gothic Metal e o Woe To The Vanquished do Warbringer ( confira a resenha ), que é um Thrash Metal daqueles simplesmente trituradores. E da Inglaterra também não posso deixar de comentar do Memoriam, uma banda de Death Metal de Birmingham surgida para aplacar as dores das perdas dos amigos e familiares expressando sobre elas no álbum For The Fallen ( leia resenha ).

    Outros dois que foram lançados em 2018 e merecem um destaque são: o 'trabalhador' Blaze Bayley que finaliza a sua trilogia iniciada em 2016 com The Redemption Of William Black ( Infinite Entanglement Part III ) e o Dee Snider com o álbum For The Love Of Metal, que se num é aquele super trabalho é muito melhor que seu anterior.

    E não posso também esquecer de mencionar a banda que será apontada como revelação do ano, o Greta Van Fleet que lançou o Anthem Of The Peaceful Army, que lembra do Led Zeppelin, foi influenciado pelo Led Zeppelin, tem solos a la Led Zeppelin, mas, caro leitor(a) antes ser próximo e lembrar do Led Zeppelin que próximo de .... ( nem quero falar o nome ... ).


Melhores Discos Internacionais de 2018

1 - Judas Priest - Firepower
2 - Saxon - Thunderbolt
3 - Magnum - Lost On The Road To Eternity
4 - Don Airey - One Of A Kind
5 - Uriah Heep - Living The Dream
6 - Buddy Guy - The Blues Is Alive And Well
7 - Udo Dirkschneider - Steelfactory
8 - The Dead Daisies - Burn It Down
9 - Doro Pesch - Forever Warriors, Forever United
10 - Dee Snider - For The Love of Metal
11 - Black Star - Riders Heavy Fire
12 - Appice - Sinister
13 - Blaze Bayley - The Redemption of William Black ( Infinite Entanglement Part III )
14 - Alice In Chains - Raining Fog
15 - Paradise Lost - Medusa
16 - Black Label Society - Grimmest Hits
17 - Cellar Darling - This Is The Sound
18 - Memoriam - For The Fallen
19 - Panzer - Fatal Command
20 - Warbringer - Woe To The Vanquished

Revelação: Greta Van Fleet - Anthem Of The Peaceful Army


 

Melhores Álbuns Nacionais

    Por aqui no Brasil tivemos uma safra excelente de discos, muitos tão bons quanto os gringos, que em muitos casos abrem as portas para longas turnês pelo mundo como são os casos do Omni do Angra ( leia resenha ) - um dos melhores da banda - e do sempre eficiente Krisun, a máquina mortífera de Death Metal nacional, muito respeitada por onde toca e que soltou seu rolo compressor com o detonador Scourge Of The Enthroned.

    Outro álbum excepcional lançado em 2018 foi o aguardado Espresso Della Vita: Solare do Maestrick, que superou todas as expectativas e tem sua audição altamente indicada por várias vezes para os amantes do Prog Metal. Mantendo o caminho de se superar a cada álbum, o Still Living nos presenteou com o conceitual Ymmij, uma criativa mescla de Hard Rock e AOR ( leia resenha ).

  Dentre os que cantam em português enalteço o 'sulfúrico' Motor Vermelho do Baranga, que novamente nos expôs ao seu Rock'n'Roll encorpado e contagiante; o explosivo Barril de Pólvora ( cujo debut autoinititulado é uma combinação perfeita de Rock, Blues, Heavy Metal Tradicional e Hard Rock - confira resenha ) e o Saída de Emergência com o Nova Velha Era ( um 'Rockão', que bebeu da fonte do Rock e Blues praticado no Brasil nos anos 70 - leia sua resenha ).

    Mais um nome que se destacou nesta linha Rock Pesado em português e com uma veia eletrizante foram os paulistas do Mattilha com disco Crônicas do Underground.

    No Thrash Metal, os veteranos do MX ( que retornou em 2012 ) disponibilizaram o seu quarto disco de inéditas com o atualíssimo A Circus Called Brazil, onde a ideia de criticar e quebrar tudo. Por falar nisso, quem também destruiu para valer no ano passado foi o trio de Death Metal Funeratus com o massacre contido em Accept The Death.

    Quem também colocou um disco simplesmente detonador foram as meninas do Nervosa com o Downfall Of Manking, onde além de uma extensa turnê pelo Brasil e pelo mundo elas estão tão pesadas que flertam com o Death Metal em seu Thrash Metal visceral, sendo que isso rendeu um convite para participar da Noite do Metal no Rock In Rio de 2019.

    E embora sejam de 2017, os álbuns Inhuman Nature do Krucipha ( um Thrash Metal violento e destruidor - leia resenha ), Slaves Of Fate do Fire Strike ( um quinteto de Heavy Metal Tradicional com vocais femininos  - confira detalhes ) e Judgement Of Egypt do Seventh Sign From Heaven ( um EP de Heavy Metal Tradicional que é da categoria de um cd pelo que os piauienses cravaram - confira resenha ); conclui suas resenhas em 2018 e esta trinca também foi muito ouvida ao longo do ano.

    De Campo Grande/MS, o Shadows Legacy, uma ótima banda de Heavy Metal Tradicional disponibilizou o álbum Lost Humanity, o segundo de sua carreira, que deixa claro a categoria que o estilo se encontra em todos os lados do país. E retornando dois anos no tempo quando foi registrado, ou seja 2016, foi somente no ano passado também que finalmente ouvi o excelente No Fear To Face What´s Buried Inside You do AttracthA ( leia resenha ) com seu Heavy Metal Moderno sempre vibrante.

    Entre muitas revelações que tivemos no Brasil em 2018, para este especial escolherei a banda The Gard de Campinas/SP, notadamente influenciados pelo Led Zeppelin e que disponibilizaram o seu diversificado 'discão' de estreia chamado Madhouse ( confira sua resenha ).


Melhores Discos Nacionais de 2018

1 - Angra - Omni
2 - Maestrick - Espresso Della Vita: Solare
3 - Krisiun - Scourge of the Enthroned
4 - Saída de Emergência - Nova Velha Era
5 - Still Living - Ymmij
6 - Barril de Pólvora
7 - AttracthA - No Fear To Face What´s Buried Inside You
8 - Baranga - Motor Vermelho
9 - MX - A Circus Called Brazil
10 - Matillha - Crônicas do Underground
11 - Shadows Legacy - Lost Humanity
12 - Funeratus - Accept The Death
13 - Nervosa - Downfall Of Mankind
14 - Krucipha - Inhuman Nature
15 - Fire Strike - Slaves Of Fate
16 - Seventh Sign From Heaven - Judgement Of Egypt

Revelação: The Gard - Madhouse


Melhores Álbuns Ao Vivo

    Neste ano de 2018, aproveito para abrir um novo quesito dentre os melhores álbuns, os que foram gravados Ao Vivo registrando as turnês e que praticamente sempre são acompanhados de uma versão em DVD, quase sempre com o show na íntegra e mais uma grande quantidade tanto de extras.

    Porém, aqui neste especial, a ideia é de comentar dos álbuns que são altamente recomendados que façam parte de sua coleção também e que ao ouví-los você sentirá aquela emoção e aquele prazer único, mesmo não estando presente nos shows ou possivelmente, caro leitor(a), você poderá ter visto a passagem da banda pelo Brasil e no caso das tupiniquins, em sua cidade e trazer o show de volta a sua cabeça.

    E um dos melhores do ano é sem dúvidas o álbum Symphonic Terror - Live At Wacken 2017, que contém o espetacular show do Accept no tradicional festival com direito a participação de uma orquestra junto ao quinteto germânico na divulgação do espetacular The Rise Of Chaos ( confira resenha ).

    A finlandesa Tarja Turunen nos brindou com o excelente Tarja Act II ( confira resenha ), que exibe sua sensacional performance cheia de carisma e tem seu set baseado nos álbuns The Brightest Void ( leia resenha ) e Shadow Self ( detalhes aqui ). O veterano e magnífico guitarrista inglês Steve Hackett, que esteve no Brasil no primeiro semestre de 2018 lançou no começo do ano o magnífico Wuthering Nights: Live in Birmingham, onde ele revisitou clássicos do Genesis, pérolas de sua carreira solo e nos contou alguns outros detalhes em uma curta, mas, muito interessante entrevista ( leia aqui ).

    Os italianos do Lacuna Coil, que realizaram a turnê do empolgante álbum Delirium ( que pude acompanhar em Limeira/SP em 2017  - relembre aqui ) disponibilizaram um de seus mais ousados álbuns com o The 119 Show - Live In London, sendo que este além de curtir o som executado com perfeição pela banda... será necessário assistir o DVD por conta da insana atuação teatral dos integrantes em um verdadeiro circo de horrores.

     Falando nisso, o mestre do assunto Alice Cooper, que realizou um dos melhores espetáculos do São Paulo Trip em 2017 nos fazendo quase esquecer que teria o Guns'n'Roses depois dele ( confira detalhes do show ) cravou com o alucinante A Paranormal Evening at Olympia Paris um pouco mais do vimos em São Paulo/SP e acrescentou novas e antigas canções que nos fazem imaginar como foi este show na capital francesa, tanto que espero que seja lançado em DVD também.

    Do lado do Heavy Metal mais tradicional e norte americano, quem chamou a atenção também foi o Metal Church com seu Classic Live ( leia resenha ), que como o nome indica tem apenas os maiores clássicos de seus melhores tempos dos anos 80 ( entretanto, este figura entre os álbuns de 2017, que ouvi muitas vezes em 2018 e por isso merece seu lugar aqui ). E o Kadavar que já merecia um destaque especial pelo surpreendente disco Rough Times ( veja a sua resenha ) disponibilizou o Live In Copenhagen gravado no entardecer a beira da praia em uma simplicidade teoricamente não condizente com um show de Rock, mas que ficou cheio da adrenalina típica da banda.

    Para não perder o costume, o Lynyrd Skynyrd também lançou mais um álbum ao vivo em 2018 com o Live In Atlantic City, que foi gravado há mais de uma década atrás, precisamente no dia 23 de junho de 2006, onde além dos seus gloriosos clássicos tivemos também os convidados Hank Williams, 3 Doors Down e Bo Bice.

    No lado brasileiro tivemos o Camisa de Vênus com outro trabalho que será enaltecido por muitos e muitos anos com o Dançando em Porto Alegre ( Ao Vivo no Auditório Araújo Vianna ) que é o puro Rock'n'Roll sarcástico e ácido praticado pelos baianos há tanto tempo.

    Outro álbum tive o prazer de ouvir e resenhar em 2018 foi o Live Sessions II de Tony Babalu ( confira aqui ) em que o guitarrista nos convida para uma imersão instrumental de altíssimo nível. Mais outro relevante disco ao vivo lançado no ano passado foi o Livin' No Regrets do Marenna, que é um registro da turnê do álbum No Regrets, cuja sonoridade é dotada do melhor Hard Rock oitentista e satisfatoriamente gostoso de se ouvir cada uma das suas excitantes faixas.

    Para fechar, não citar o DVD ao vivo da maior banda de Heavy Metal de toda a galáxia - que retomou suas atividades no ano passado - seria uma blasfêmia... claro que estou falando do Massacration, que nos presenteou com o Live Metal Espancation e ao assistí-lo é garantia de muitas risadas durante o tempo todo do show.

Melhores Discos Ao Vivo de 2018

1 - Accept - Symphonic Terror - Live At Wacken 2017
2 - Steve Hackett - Wuthering Nights: Live in Birmingham
3 - Tarja - Act II
4 - Lacuna Coil The 119 Show - Live In London
5 - Alice Cooper - A Paranormal Evening at Olympia Paris
6 - Camisa de Vênus - Dançando em Porto Alegre ( Ao Vivo no Auditório Araújo Vianna )
7 - Metal Church - Classic Live
8 - Kadavar - Live In Copenhagen
9 - Lynyrd Skynyrd - Live In Atlantic City
10 - Tony Babalu - Live Sessions II
11 - Marenna - Livin' No Regrets

DVD: Massacration - Live Metal Espancation

Melhores Shows de 2018

    O universo de shows internacionais no Brasil, o ano passado foi incrível e muito grande como tem acontecido nos últimos anos com direito a Roger Waters, Foo Fighters, Epica, Pearl Jam, Radiohead, Saxon, Nightwish, Ozzy Osbourne, Glenn Hughes, Steven Wilson, Carl Palmer, Steve Hackett, Tarja, Destruction, Napalm Death, Tom Morello, Enthroned, Accept, Arkona, Tyr, Steve Harris com o seu British Lion, Judas Priest, Alice In Chains, Dimmu Borgir, Kreator, Arch Enemy, L7, Udo Dirkschneider, Phil Collins... ufa!!! E isso que estou apenas citando alguns dos que foram mais comentados e mais ansiosamente esperado pelos fãs.

    Alguns destes shows contaram com promoções de vendas de ingressos para que obtivessem sua lotação ou mesmo uma ocupação próxima do total do local. Lógico que estas estratégias promocionais aconteceram por conta dos preços elevados dos ingressos e a crise financeira e econômica que estamos atravessando no país, mas, a grande maioria ou contou com um grande público ou teve lotação esgotada comprovando que o Brasil é um excelente mercado para grandes espetáculos.

    Como falei anteriormente, não estive presente em muitos destes shows, porém, assisti e cobri logo no começo do ano o Rhapsody Reunion - 20Th Anniversary Farewell Tour, que seria a última turnê dos italianos juntos, entretanto, isso acabou levando ao nascimento de uma nova banda, o Lione/Turilli Rhapsody ( relembre de como foi ); a primeira turnê como artista solo de Phil Collins em uma apresentação emocionante do começo ao fim com abertura do The Pretenders ( confira como foi ); o último show da última turnê de Ozzy Osbourne em São Paulo/SP ( reveja aqui ) - que provavelmente teremos mais uma ou até duas... ou você que o 'madman' vai pendurar mesmo as chuteiras?

    Para fechar 2018 fui até Limeira/SP no já tradicional Bar da Montanha para conferir o Metal Singers II com os shows do Udo Dirkschneider, Blaze Bayley, Andre Matos e Doogie White em um espetáculo dedicado aos grandes sucessos que eles ajudaram a imortalizar em suas carreiras e na história do nosso adorado estilo de música ( veja os detalhes ).  E por lá também conferi um dos shows da primeira visita dos gregos do Firewind, banda liderada pelo virtuoso guitarrista Gus G. em uma noite bastante Power Metal ( clique aqui ).

    Apesar de não ter assistido seus shows, porém, pelo que li e conversei com amigos, as apresentações do Accept, do Nightwish, do Saxon, do Carl Palmer, do Glenn Hughes, do Kreator e do Arch Enemy e da trinca Judas Priest, Alice In Chains e Black Star Riders nas cidades que passaram foram igualmente sensacionais. Bom que alguns deles estarão de volta no país em 2019 como será o caso do Saxon e aí poderemos (re)ver seus shows.

Roger Waters

   Embora os shows de Phil Collins, de Ozzy Osbourne e do Rhapsody - 20Th Anniversary Farewell Tour tenham sido deveras marcantes e grandiosos, a polêmica e histórica passagem do ex-baixista do Pink Floyd, o senhor Roger Waters com a sua turnê Us + Them com ferrenhas e fortíssimas críticas ao então candidato a Presidência da República Jair Bolsonaro e à extrema direita mundial, especialmente, na primeira apresentação em São Paulo/SP no Allianz Parque merece um trecho deste especial só para ela.

    A produção, as imagens projetadas no telão, o conceito, os exuberantes efeitos visuais, a performance impactante de Roger Waters e sua banda, o som perfeito a cada ponto do estádio, a sequencia das músicas tanto do Pink Floyd com ênfase nos clássicos presentes nos discos "The Dark Side Of The Moon", "The Animals", "Wish You Were Here" e "The Wall" quanto do recente Is This The Life We Really Want? ( simplesmente, para mim... disparado o melhor de 2017 sem discussões ) só não foram maiores que o confronto de ideias proposto pelo músico inglês em que demonstrou claramente que somos divididos por muitos motivos ( políticos, sociais, religiosos, econômicos ) quando deveríamos nos unir e lutar contra os ditadores ( aí vai um comentário pessoal... sejam eles de direita, de esquerda ou de centro, afinal, ninguém é santo na política... ), que nos manipulam e nos mantém divididos para governarem com mais facilidade.

    Foi um show de arrepiar a cada instante e também de sentir viagens imersivas únicas e inigualáveis, que considero como um dos melhores que estive presente em toda a minha vida.

    Tudo bem que ao exibir algumas críticas mais ácidas, Roger Waters quase fez que o Allianz Parque se tornasse uma 'praça de guerra' entre apoiadores de uma corrente política que estava disputando a presidência e a outra contrária, o músico inglês pode ter exagerado e podemos ficar horas discutindo se estava correto ou não, mas, a verdade é que em uma democracia verdadeira temos que estarmos preparados para respeitar uns aos outros e suas opiniões divergentes para uma convivência pacífica e harmônica da humanidade.

    Isso pode ser uma utopia, mas, devemos tentar acreditar e lutar por isso. Em suma, tivemos a história do Rock da América do Sul acontecendo diante de nossos olhos e ouvidos neste inesquecível dia 09 de outubro de 2018.

 

Brazukas no palco

    Do lado brasileiro tivemos o Angra na sua Omni World Tour se apresentando por várias cidades do Brasil e do mundo, confirmando a boa fase vivida pela banda nestes últimos anos, que foi consolidada com o lançamento do álbum Omni. Um destes muitos shows tive a oportunidade de cobrir foi a excelente apresentação do quinteto foi na cidade de Limeira/SP no Studio Mirage Eventos ( confira como foi ).

     Além disso, o Shaman, que anunciou sua reunião com sua formação original ( o que era impossível até alguns anos atrás ) e anunciou um show para o final de setembro. Vários meses antes desta primeira data, todos os ingressos se esgotaram, o que é um grande feito para uma banda nacional nos dias atuais, e por conta disso, uma segunda noite foi marcada e todos os ingressos novamente ou se esgotaram ou ficaram próximos a isso, e esta segunda noite no Audio Club em São Paulo/SP pude conferir e relembrar da pegada empolgada desta importante banda de Heavy/Power Metal Brasileira ( leia mais ) em um histórico show. A turnê deu tão certo que mais capitais puderam assistir também as apresentações do Shaman executando os álbuns Ritual e Reason na integra e neste ano de 2019 também veremos o Shaman por aí.

    Outra data marcante do ano foi o sábado do VIII Rock In Lago na cidade de Jacutinga/MG, precisamente no dia 18 de agosto em que pude acompanhar finalmente - e com muita alegria - o meu primeiro show dos gaúchos do Nenhum de Nós no maior público já visto neste evento em que toda a galera da região do Sul de Minas esteve presente ( veja mais detalhes ).

    Quem também retornou e foi deveras importante para o Hard Rock nacional foi o Dr. Sin, que após alguns anos de ter encerrado oficialmente suas atividades, anunciou que ia voltar e logo em seguida nos brindou com o cativante single Lost In Space e foi uma das atrações do segundo Angra Fest em dezembro.

2019... Expectativas...

    Já nos primeiros meses de 2019 alguns grandes lançamentos estarão disponíveis e já são ansiosamente aguardados pelos fãs de Heavy Metal no mundo todo, como são os casos dos álbuns Moonglow do Avantasia, Feral Roots do Rival Sons, Distance Over Time do Dream Theater, Focus 11 do Focus, The Atlantic do Evergrey, At The Edge Of Light do Steve Hackett, The Wings Of War do Overkill, The Door To Doom do Candlemass, II do Last In Line, The Verdict do Queensrÿrche e Flesh & Blood do Whitesnake.

    Enfim, sabemos que muitas bandas preparando álbuns que serão futuramente comentados aqui no Rock On Stage e por toda a imprensa musical. Dentre os prováveis lançamentos que serão falados em todas as rodas de fãs, da imprensa e das redes sociais, pode grifar aí os novos discos do AC/DC, do Anthrax, do Black Country Communion, do Exodus, do Flying Colours, do Greta Van Fleet, do Megadeth, do Sabaton, do Slipknot, do Sons Of Apollo, do Testament, da Tarja... e isso... para ficar apenas nos nomes mais conhecidos. E a cada lançamento significa uma nova turnê e uma provavelmente uma visita no Brasil.

    No Brasil, mesmo enfrentando muitas dificuldades, as bandas de Rock e Heavy Metal também lançarão álbuns que certamente serão assunto aqui no Rock On Stage como serão os casos do Tuatha de Danann, Dr. Sin, além de um novo álbum do Shaman com sua formação original ( ao menos é uma forte especulação ).

    O vocalista Edu Falaschi com o seu Rebirth Of Shadows gravará um DVD do álbum Temple Of Shadows com uma orquestra em um espetáculo único no Brasil, enfim, o ano terá também boas surpresas no âmbito nacional.


 

     2019 será também um ano com muitos shows no Brasil, pois, teremos o sempre discutido e amado Rock In Rio, cuja chamada "Noite do Metal" está fabulosa com a presença do Iron Maiden, Scorpions, Megadeth, Sepultura, Anthrax, Slayer, Torture Squad, Claustrofobia e Nervosa. E olha que estarão no festival também, mas em outras noites Bon Jovi, King Crimson, Dave Matthews Band e Red Hot Chilli Peppers, ou seja, nomes que podem e devem se apresentar em São Paulo/SP e mais capitais do país. Ou você dúvida que estes grandes nomes estarão no Brasil apenas para um único show no Rio de Janeiro/RJ? Assim, a a torcida e os burburinhos para um São Paulo Trip 2, ou um outro festival deste porte com outro nome qualquer aumenta e muito.

    Aliás, a lista de shows até agora de 2019 já conta com incrível Paul McCartney, que também fará shows no país em março e durante o decorrer do ano teremos Black Label Society, Saxon, Lacrimosa, Enslaved, Amorphis, Nuclear Assualt, Grave Digger, Blackberry Smoke, Mark Farner, Vuur e Delain, Graveyard, Raven, Slash e muitos outros nomes que serão anunciados ao longo do ano.

    No campo dos sonhos e desejos que queremos ver por aqui coloco o Van Halen, cuja volta está pipocando nos sites especializados e nas falas dos seus membros, e caso aconteça ( há quem diga que já temos datas marcadas em estádios nos Estados Unidos ) será com a formação original. E acredito que até o final de 2019, quem fará uma turnê no Brasil será o Metallica, fico apenas na dúvida se acontecerá no Rock In Rio ou depois do festival. 

    Enfim, 2019 promete e o Rock On Stage estará atento aos lançamentos e a tudo que acontece para trazer para vocês as novidades... aguardem!!!

Por Fernando R. R. Júnior
Fevereiro/2019

Voltar para Especiais